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Dpc3_T7_Incidentes da execução

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
Tema 07. 	Incidentes da execução. Defesa do executado. Penhora ou depósito.
Embargos do Devedor. Efeitos. Títulos judicial e extrajudicial.
O procedimento à luz do CPC.
INCIDENTES DA EXECUÇÃO
DEFESA DO EXECUTADO
Não é da índole da execução o processo dialético, de modo que a citação do executado não objetiva oferecer oportunidade de defesa, com a “máxima” do contraditório, mas sim a oportunidade de pagar o débito, ou satisfazer a obrigação, no prazo indicado para o caso específico de execução.
Desse modo, o executado não apresenta propriamente uma defesa, exatamente como ocorre no processo de conhecimento, mas sim, por meio dos embargos, oferece resistência à execução, quando ocorre uma das figuras típicas do direito processual por meio dos quais se pode atacar o processo de execução, por exemplo, e inclusive, em razão de nulidades e de direitos materiais oponíveis ao direito do credor.
Em verdade, os embargos são uma ação do devedor, de resistência à execução, que tem por objetivo desconstituir o título executivo. Esta pretensão se realiza por via de uma ação constitutiva negativa, ou seja, uma ação descontitutiva. Isto quer dizer que os embargos são verdadeiramente uma ação judicial promovida pelo devedor. Daí porque a jurisdição, na presença dos embargos, não julga a execução mas sim os embargos, que podem ser procedentes ou improcedentes. Com a procedência estará extinta a execução e com a improcedência prossegue-se na execução. Na abordagem do assunto referente à extinção da execução, de logo, convém gizar o pensamento de Theodoro Júnior, incontestável pela pertinência:
“Faltaram, na enumeração do art. 794, dois casos muito comuns da extinção do processo executivo, ou seja:
a)	a desistência da execução, que é uma faculdade expressamente assegurada ao credor pelo art. 569;
b)	a improcedência da execução, por decorrência de acolhimento de embargo do devedor.”
(obr. cit. pág. 349)
A resistência à execução forçada defeituosa, iníqua ou injusta, se faz por via dos embargos, os quais se configuram como incidentes processuais, por isso que em autos apartados, que se constituem ação e processo autônomos. Visam os embargos evitar que a execução se faça em desconformidade com o conteúdo do título executivo, como a deformação dos atos executivos, o descumprimento de regras processuais ou do comando sentencial, "como também resguardar direitos materiais supervenientes ou contrários ao título executivo, capazes de neutralizá-lo ou de reduzir-lhe a eficácia", como: pagamento, novação, compensação, remissão, ausência de responsabilidade patrimonial, impenhorabilidade de bens, etc.
Consoante determina a lei processual, a resistência à execução pode ser oferecida através de:
. embargos do devedor (arts. 736/745-A)
. embargos de terceiros (arts. 1046/1054)
Os embargos do devedor só são oponíveis na execução forçada, enquanto que os embargos de terceiros é um procedimento especial que pode ocorrer a qualquer momento e em qualquer tipo de ação onde haja presente a necessidade da defesa de interesse de estranho a uma determinada relação processual, tanto mais quanto são essencialmente incidentes processuais.
O estudo sobre embargos de terceiro se realiza na temática do Direito Processual Civil IV, enquanto que os embargos à arrematação e à adjudicação são objeto de estudo em tema posterior desta mesma disciplina.
PENHORA OU DEPÓSITO
EMBARGOS DO DEVEDOR
 EFEITOS
A penhora ou o depósito à ordem judicial, de bem ou bens que sejam suficientes para satisfazer a obrigação, não são mais condição “sine qua non” para realizar os embargos, na dicção do art. 736, e seu Parágrafo Único, do CPC. Todavia em caso de haver penhora, esta deverá ser suficiente, quanto ao valor, quando se trata de penhora, para cobrir o preço de toda a execução: principal, juros, correção, custas e honorários.
Isto pode ocorrer em duas hipóteses e a sua natureza corresponde à do objeto da prestação, na medida em que seja a execução por quantia certa, quando esta se faz pela penhora, ou para a entrega de coisa, quando se faz pelo depósito da coisa (art. 736).
Vale lembrar que, quando o devedor não entrega a coisa ou quando não a deposita, pode o credor obter do juiz a expedição do mandado de busca e apreensão, quando se tratar de coisa móvel, ou de imissão de posse quando se tratar de coisa imóvel. 
Observa-se, também, que a penhora pode ser total, quando há bens do devedor suficientes para cobrir o principal, os acessórios e as despesas da execução forçada, como pode ser parcial, quando houver insuficiência de bens. 
Na conformidade do disposto no art. 738, os embargos poderão ser opostos no prazo de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação.
Na contagem dos prazos, seguem-se as regras comuns do procedimento, quanto ao tipo de ato da comunicação processual (art. 241). 
No que diz respeito a execução por Carta Precatória, segundo dicção do art. 747 "... os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação de bens".
Caso sejam os embargos recebidos, “.... o juiz mandará intimar o credor para impugná-los no prazo de 15 (quinze) dias, designando em seguida a audiência de instrução e julgamento” (o procedimento aí terá rito ordinário), conforme se depreende do art. 740. 
 O PROCEDIEMNTO
“Art. 736 – O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos.
Parágrafo Único – Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado, e instruídos com cópias (art. 544, § 1º. In fine) das peças processuais relevantes.
Art. 737 – (Revogado)
Art. 738 – Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.
I - (Revogado)
II - (Revogado)
II - (Revogado)
IV - (Revogado)
§ 1º. – Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório, salvo tratando-se de conjugue.
§ 2º. – Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos de tal comunicação. 
§ 3º. – Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta lei.
Art. 739 – O juiz rejeitará liminarmente os embargos: 
I – quando intempestivos;
II – quando inepta a petição (art. 295); ou
III – quando manifestamente protelatórios.
 
§ 1º. – (Revogado)
§ 2º. – (Revogado)
§ 3º. – (Revogado)
Art. 739 –B – Os embargos do executado não terão efeito suspensivo.
§ 1º. – O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. 
§ 2º. – A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstâncias que a motivarem.
§ 3º. – Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, essa prosseguirá quanto à parte restante. 
§ 4º. – A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargarem, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante.
§ 5º. – Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dosembargos ou de não conhecimento desse fundamento.
§ 6º. – A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de penhora e avaliação dos bens. 
Art. 739 –A – A cobrança de multa ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé (arts. 17 e 18) será promovida no próprio processo de execução, em autos apensos, operando-se por compensação ou por execução.
Art. 740 – Recebidos os embargos, será o exeqüente ouvido no prazo de 15 (quinze) dias; a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido (art. 330) ou designará audiência de conciliação, instrução e julgamento, proferindo sentença no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo Único – No caso de embargos manifestamente protelatórios, o juiz imporá, em favor do exeqüente, multa ao embargante em valor não superior a 20% (vinte por cento) do valor em execução.”
TÍTULOS JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL
Título Judicial 
No cumprimento da sentença serão observadas as disposições do Código modificado, destacando-se o art. 475-l. Os demais são objetos de consulta:
“Art. 475-l – O cumprimento da sentença far-se-á conforme os art. 461 e 461-A desta Lei ou, tratando-se de obrigação por quantia certa por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo.
§ 1º. – É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo.
§ 2º. – Quando na sentença houver uma parte liquida e outra ilíquida, ao credor é licito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, liquidação desta ”. 
Título Extrajudicial 
Na execução fundada em título extrajudicial, “... o devedor poderá alegar, em embargos, além das matérias previstas no 745 e 745-A, qualquer outra que lhe seria licito deduzir como defesa no processo de conhecimento,” conforme se lê: arts. 745 e 745-A do CPC: 
“Art. 745 – Nos embargos, poderá o executado alegar:
I – nulidade da execução, por não ser executivo o titulo apresentado;
II – penhora incorreta ou avaliação errônea; 
III – excesso de execução, ou cumulação indevida de execuções; 
IV – retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de título para entrega de coisa certa (art. 621);
V – qualquer matéria que lhe seria licito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
§ 1.º - Nos embargos de retenção por benfeitorias, poderá o exeqüente requerer a compensação de seu valor com a dos frutos ou danos considerados devidos pelo executado, cumprindo ao juiz, para a apuração dos respectivos valores, nomear perito, fixando-lhe breve prazo para entrega do laudo. 
§ 2.º - O exeqüente poderá, a qualquer tempo, ser imitido da posse da coisa, prestando caução ou depositando o valor devido pelas benfeitorias ou resultante da compensação.
Art. 745 –A – No prazo para embargos, reconhecendo o credito do exeqüente e comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor da execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês.
§ 1.º - Sendo a proposta deferida pelo juiz, o exeqüente levantará a quantia depositada e serão suspensos os atos executivos; caso indeferida seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito.
§ 2.º - O não pagamento de qualquer das prestações implicará, de pleno direito, o vencimento das subseqüentes e o prosseguimento do processo, com o imediato inicio dos atos executivos, imposta ao executado multa de 10% (dez por cento) sobre o valor das prestações não pagas e vedada a oposição de embargos.”
Na execução de título extrajudicial, admite-se que o devedor possa ampliar a sua defesa, já que não houve processo de conhecimento quanto ao direito representado pelo título executivo, sem limitações. 
Por fim, é de bom alvitre registrar, mais uma vez, que os embargos, são opostos com a pretensão de desconstituir a eficácia do título do credor, tanto que aquele não é submetido a julgamento de mérito, em sentido estrito. Daí, os embargos é que serão julgados procedentes ou improcedentes, nunca a execução, que estará sempre respaldada em um título: instrumento legal extrajudicial.
______________________________________________________________________
APOSTILA DE RESPONSABILIDADE DO PROFº. LUIZ SOUZA CUNHA.
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS:
Moacyr Amaral Santos	Direito Processual Civil
	3º Volume -12ª Edição -1992
Humberto Theodoro Júnior	Curso de Direito Processual Civil
	Volume II -14ª Edição l995
Atenção: 	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica. 
Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto. podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
Atualizada em maio/2011
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DPC3P7 - Incidentes da execução

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