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DPC3_T20_Busca e Apreensão

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
 
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
Tema 20.	BUSCA E APREENSÃO. Conceito. Classificação. Pressupostos. Ação Cautelar e Ação principal de busca e apreensão.
C O N C E I T O 
A previsão da busca e apreensão presta-se para completar o instrumental do juízo cautelar, fora do âmbito do arresto e do seqüestro. Isto porque existem objetos e coisas que não podem ser destinatários do arresto ou do seqüestro, como por exemplo os documentos (vide parágrafo único do art. 1.129 do CPC), de um modo geral. Dai impõe-se a figura da providência cautelar da busca e apreensão, “in casu”, com o fito de procurar e apreender tais coisas, mesmo quando estas não sejam objeto do litígio.
A busca e apreensão estão capituladas nos arts. 839/843 do CPC, lembrando sempre que o rito procedimental, e efeitos, para todas as cautelares têm como fonte subsidiária os arts. 801 e seguintes do CPC.
No particular ao conceito, transcrevemos trecho da obra de Theodoro Júnior, citada, pág. 472:
“Conceito
Há busca e apreensão ‘sempre que o mandamento do juiz é no sentido de que se faça mais do que quando se manda exibir a coisa para se produzir ou exercer algum direito e se não preceitua o devedor, ou o possuidor da coisa, a que se apresente’.
Busca ‘é a procura, a cata, a pesquisa de uma coisa ou pessoa’. É ato que não esgota em si mesmo sua finalidade. Vem sempre ligado ao seu complemento que é a ‘apreensão’ da coisa buscada. Não há separação ou autonomia entre os dois atos. ‘Há seguimento, o buscar, e o apreender, que depende do bom êxito da busca’. Há, portanto, verdadeira fusão dos dois atos.
A medida da busca e apreensão pode apresentar-se como simples meio de execução de outras providências cautelares, como seqüestro, arresto etc. Mas, pode também ser o fim exclusivo de uma ação cautelar, como se dá quando na aplicação do procedimento regulado pelos arts. 839 a 843.
Aliás, previsão de um procedimento da busca e apreensão fora dos limites habituais do arresto e do seqüestro presta-se a completar o instrumental do juízo cautelar. Pois há casos em que certos bens não se enquadram no âmbito de nenhuma daquelas medidas, mas há evidente necessidade de sua apreensão judicial.
Assim, por exemplo, um objeto pode não ser litigioso, mas representa grande importância para apuração dos fatos controvertidos. Os documentos, de maneira geral, não são passíveis de seqüestro.
Nessas situações em que as medidas tradicionais não se revelam adequadas, aplica-se a ação de busca e apreensão, quando presentes os requisitos da tutela de prevenção”.
C L A S S I F I C A Ç Ã O 
Seguindo, ainda, os ensinamentos do citado Mestre, encontramos a sua classificação:
							 . de coisas
 				. Quanto ao objeto 
							 . de pessoas
Busca e Apreensão 
						 . cautelar
			. Quanto a natureza
						 . principal (não cautelar – rito ordinário)
No que diz respeito a coisas, há busca e apreensão de objetos, como de documentos subtraídos pela parte, “e nos casos de instrumentabilidade, medidas como o arresto, o seqüestro e o depósito.” (idem, pag. 473)
Quanto à pessoa, pode ocorrer a busca e apreensão de pessoa, uma ação cautelar “nos casos de guarda de incapazes”. (provisória)
A busca e apreensão de natureza cautelar é aquela de que tratam os arts. 839/843, já citados, porquanto ai são processadas as medidas que objetivam exclusivamente “à função cautelar, isto é, à realização de tutela instrumental de outro processo, cuja eficiência busca assegurar.” (idem)
Já a Busca e Apreensão que tem natureza de ação principal é “Medida satisfativa principal...” que, como medida instrumental, “pode-se, por exemplo, encontrar na busca e apreensão com que se realiza a execução para entrega da coisa certa (art. 625) e, ainda, na ação correspondente à alienação fiduciária em garantia (Dec.-Lei nº 911/69). Com tais hipóteses, porém nenhuma pertinência tem a ação cautelar ora em exame.
Ação, outrossim, que sob o nome de busca e apreensão, seja ajuizada, por exemplo, para dirimir, em definitivo, o direito de posse ou guarda de incapaz, deve ser processada como ação de cognição, sob rito ordinário, e não como ação cautelar, cujo rito sumário não se presta a composição de mérito”. (idem)
P R E S S U P O S T O S
Não há pressupostos específicos para a Busca e Apreensão, pelo que esta figura jurídica processual acolhe os pressupostos comuns a todas as medidas cautelares, consoante nos ensina o citado mestre:
“Pressupostos
A lei ao criar o procedimento específico da busca e apreensão não o subordinou a requisitos especiais, agindo, pois, de maneira diversa daquela observada no arresto e no seqüestro.
Assim, a busca e apreensão, medida preventiva ou de segurança, subordina-se apenas aos pressupostos comuns das medidas cautelares:
a) fundado receio de dano jurídico (periculum in mora); e
b)	interesse processual na segurança da situação de fato sobre que deverá incidir a prestação jurisdicional definitiva (fumus boni iuris).
Trata-se de procedimento cautelar específico, não pelos pressupostos ou requisitos, mas apenas pelo rito, portanto.
Tal como a regulou o Código, a busca e apreensão é medida cautelar que, além de prestar colaboração à execução de outras medidas como o arresto, o seqüestro, e o depósito, pode ser exercitada autonomamente (dentro, é claro, do conceito de autonomia cautelar).
Em seu procedimento tipicamente cautelar, isto é, com o rito dos arts. 840/843, não se presta, porem, a realizar direitos substanciais da parte, como sucedâneo da ação reivindicatória, nem tampouco à solução definitiva do direito à guarda de menores ou incapazes”.
								(idem, pág. 473)
AÇÃO CAUTELAR E AÇÃO PRINCIPAL 
DE BUSCA E APREENSÃO
Quanto a ação principal de busca e apreensão, nos reportamos no tópico relativo à classificação. No particular à Busca e Apreensão de natureza cautelar, mais uma vez nos louvamos do referido Mestre:
“Procedimento
Como medida precedente (preparatória) ou como incidente de processo já em curso, a busca e apreensão é formada de ação cautelar que deve ser autuada à parte, com oportuno apensamento aos autos principais (ar. 809). 
Principia-se por petição inicial, com os requisitos dos arts. 282 e 801, devendo o autor expor, expressamente, “as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou coisa no lugar designado”(art. 840).
O deferimento da medida se dá, em regra, sem contraditório, inaudita altera parte, com expedição imediata da ordem judicial, à luz das informações e dados apresentados pelo requerente.
O juiz, no entanto, quando julgar indispensável a justificação das razões da busca e apreensão, determinará que esta se processe em segredo de justiça, unilateralmente (arts. 841), o que se fará nos próprios autos da medida cautelar.
Provado quanto bastante o alegado, será autorizada a expedição do mandado de busca e apreensão, que obrigatoriamente deve conter, segundo o art. 841:
I. 	a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligencia;
II. 	a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a lhe dar;
III. 	a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.
O mandado deve ser cumprido por dois oficiais de justiça (art. 842), que são autorizados, em razão da própria natureza da ordem judicial, a praticar arrombamento de portas externas ou internas e de quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada, desde que não se dê a abertura voluntária, pelo promovido, após a devida intimação (art. 842, § 1º).
Deverão os oficiais ser acompanhados por duas testemunhas (art. 842, § 2º). Encerrada a diligência, os oficiais de justiça lavrarão auto circunstanciado, que será assinado por eles e pelas testemunhas e será juntado ao processo (art. 843).
Entende-se por auto circunstanciado aquele que não só descreve,
pormenorizadamente, o objeto apreendido, como também indica todas as circunstâncias em que a diligência se realizou, como resistência, arrombamento,emprego de força policial, depósito, etc. ”
(idem, págs. 474/475)
Para discussão em sala de aula, transcrevemos o processo:
“Da busca e Apreensão
Art. 839. O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas.
Art. 840. Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designado.
Art. 841. A justificação prévia far-se-á em, segredo de justiça, se for indispensável. Provado quanto baste o alegado, expedir-se-á o mandado que conterá:
a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência;
 a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a lhe dar;
a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.
Art. 842. O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas.
§1º. Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada.
§2º. Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas.
§3º. Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritos aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.
Art. 843. Finda a diligência, lavrarão os oficiais de justiça auto circunstanciado, assinando-o com as testemunhas.”
	
__________________________________________________________
_____________________________________________
APOSTILA ELABORADA PELO PROF. MÁRIO MARQUES DE SOUZA E REESCRITA PELO PROF. LUIZ SOUZA CUNHA
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS
José Frederico Marques - Manual de Direito Processual Civil
 4º Volume - 7ª Edição - 1987.
Humberto Theodoro Júnior - Curso de Direito Processual Civil
 Volume II - 17ª Edição - 1996.
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
		Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
		Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
Atualizada em julho/ 2008
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