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DPC3_T23_Alimentos Provisionais

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
 
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
Tema 23.	ALIMENTOS PROVISIONAIS. Cabimento; oportunidade. Duração da prestação jurisdicional de alimentos. Execução.
ALIMENTOS PROVISIONAIS
CABIMENTO; OPORTUNIDADE
Sob o ponto de vista jurídico, vale dizer em matéria de direito, “alimentos é expressão a que correspondem não só os gêneros alimentícios, os materiais necessários a manter a dupla troca orgânica que constitui a vida vegetativa (cibária), como também a habitação (habitatio), o vestuário (vestiarium), os remédios (corporis curandi impedia), a instrução (quae ad studia pertinent) (Digesto,” De verborum significatione”, fls. 43,44,234, § 2º) ” - in Theodoro Júnior, obr. cit. pág. 491.
A medida cautelar de alimentos, com a mencionada gama de necessidades a serem atendidas, as quais, pela própria natureza, implicam em providências urgentes e imediatas, tanto que a demora e inaceitável, foi instituída exatamente levando em conta tais razões. A ação cautelar de alimentos pressupõe ação principal de alimentos e desta é congênita.
Daí o entendimento de que a cautelar é liminar da principal. “No entanto, a ação cautelar de alimentos provisionais diverge da ação principal de alimentos porque:
1) é acessória do processo;
2)	é preventiva, no sentido de evitar que a falta de alimentos prejudique o outro pleito (venter non patitur dilationem);
3) não é definitiva em ralação à determinação da dívida, pois vigora apenas até a solução definitiva da demanda.
............................................................................................................................
Note-se, outrossim, que nem a lei exige uma ação cautelar para conceder a prevenção em matéria alimentícia.
Há hipóteses, como veremos adiante, de deferimento provisional de alimentos por meio de simples decisões interlocutórias, dentro do processo principal (Lei nº 5.478/68 art. 4º). Quando tal ocorre, tem-se medida cautelar, mas não ação cautelar, nem processo cautelar” (Idem, pág. 492).
CABIMENTO; OPORTUNIDADE
DURAÇÃO. EXECUÇÃO
Em vista da especialidade da matéria, tanto que é de pouco uso o procedimento cautelar para alimentos, também porquanto exposto o tema de forma impecável, optamos por transcrever, para estudo em sala de aula, o texto do citado Mestre:
“Cabimento e oportunidade
São cabíveis os alimentos provisionais (art. 852):
I. 	nas ações de separação judicial e de anulação de casamento;
II. 	nas ações de alimentos;
III.	nos demais casos expressos em lei.
De maneira geral, os alimentos provisionais são postuláveis antes do processo principal ou durante a sua marcha, em qualquer fase do feito, mesmo na pendência de recurso.
No entanto, como acessório da ação de alimentos só podem ser pedidos a partir da propositura da ação principal (ou seja: ‘desde o despacho da petição inicial’, conforme o art. 852, nº II). Não há, portanto, alimentos provisionais preparatórios diante da ação principal de alimentos, mas apenas incidentais.
Nas ações de separação judicial e de anulação (ou nulidade) de casamento, sua admissibilidade se faz presente desde o momento em que se separem os conjugues, o que pode ocorrer antes da propositura da ação (art. 852, nº I).
Em ação de separação judicial não influi na concessão dos alimentos provisionais o motivo ou fundamento da causa ou das acusações que se fazem ao conjugue que pleiteia alimentos.
Do contrário, como bem pondera Moura Bittencourt, ter-se-ia de promover um pré-julgamento da lide, o que é contrário à índole dos procedimentos cautelares.
Postulados alimentos provisionais em caráter preparatório, a ação principal deverá ser proposta no prazo do art. 806, sob pena de perda de eficácia da medida.
Deve-se entender como efetivação da medida, para contagem do prazo do art. 806, ‘o primeiro pagamento feito pelo vencido’. Admite-se, contudo, a renovação da medida no curso da ação principal, porque a necessidade alimentar é fato que se renova e se atualiza a todo instante.
Outros casos de cabimento da medida cautelar de alimentos provisionais são os da ação de investigação de paternidade ilegítima, a partir da sentença favorável (Lei 883, de 21.10.49, art. 5º), e, ainda, os das ações ou suspensão ou destituição do pátrio poder e as de destituição de tutores ou curadores, que eram previstos, expressamente, no art. 676, nº VIII do Código de Processo Civil de 1939, e que subsistem no sistema atual, conforme a lição de Moura Bittencourt.”
								(idem, pág. 492/493)
“Duração da prestação provisional de alimentos
A melhor exegese, embora não seja a única, é a que fica como marco inicial da vigência dos alimentos provisionais, a data em que o devedor é citado para a medida, seja ela incidente ou preparatória.
No caso especial do art. 4º da Lei de Alimentos, sua vigência antecede a citação e tem início a partir do despacho concessivo que é dado unilateralmente em favor do requerente.
Nos casos enquadrados na Lei nº 5.478 (ações de alimentos, separação judicial e anulação de casamento), ‘os alimentos provisionais serão devidos até à decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário’(art. 13, § 3º).
Não importa que a sentença da ação principal, em 1º ou 2º grau de jurisdição, seja desfavorável ao autor dos alimentos provisionais. A cassação destes alimentos só poderá ocorrer após trânsito em julgado da decisão final, esgotada inclusive a via do recurso extraordinário.
No entanto, se a sentença concede alimentos definitivos em quantia menor do que a verba provisional, é justo que esta seja reduzida ao valor daqueles.
Nos demais casos de alimentos, a duração dos alimentos provisionais rege-se pelas regras comuns do art. 808.
É possível, outrossim, a revogação ou modificação dos alimentos provisionais em procedimento apartado, conforme os arts. 807, do CPC, e 13, § 1º, da Lei nº 5.478.
É característica especial dos alimentos provisórios a irrepetibilidade dos que forem pagos, ainda que indevidos.
Execução
A exigência dos alimentos provisionais se faz regras da execução por quantia certa, com as peculiaridades dos arts. 732 a 735, inclusive com possibilidade de prisão civil do devedor inadimplente (art. 733, § 1º).
Em sua redação primitiva, o § 2º do art. 733 só permitia a imposição da pena de prisão civil uma única vez, desde que houvesse efetivo cumprimento da sanção.
Com o advento, porém, da Lei nº 6.515, de 26.12.77, que deu nova redação ao mencionado dispositivo do Código, ficou eliminada a restrição. Agora, é possível aplicar-se a pena de prisão civil ilimitadamente, tantas vezes quantas sejam as do inadimplemento do alimentante.’
Urge, todavia, lembrar que a imposição da pena de prisão civil pode ser evitada mediante justificação, pelo devedor, da impossibilidade de solver a prestação alimentícia (art. 733, caput e § 1º).
Sobre a execução dos alimentos provisionais, veja-se ainda o exposto nos nºs 891 a 895, retro.”
									(idem, pág. 497/498)
__________________________________________________________
_____________________________________________
APOSTILA ELABORADA PELO PROFº MÁRIO MARQUES DE SOUZA E REESCRITA PELO PROFº LUIZ SOUZA CUNHA
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS
José Frederico Marques - Manual de Direito Processual Civil
 4º Volume - 7ª Edição - 1987.
Humberto Theodoro Júnior - Curso de Direito Processual Civil
 Volume II - 14ª Edição - 1995.
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
		Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
		Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
Atualizada em julho/ 2008
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