6 AULA -PREVIDENCIA SOCIAL --

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Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP 
 DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Décimo semestre – Aula 6- PREVIDÊNCIA SOCIAL
Professora Cristina Castro
		AULA 6 – PREVIDÊNCIA SOCIAL
 
6. AULA – PREVIDÊNCIA SOCIAL
Aponta com propriedade FREDERICO AMADO (Curso de Direito e Processo Previdenciário, Editora JusPODIVM, página 168, 13 edição, 2020/2) que:
 
“Em sentido amplo e objetivo, especialmente visando abarcar todos os planos de previdência básicos e complementares disponíveis no Brasil, a previdência social pode ser definida como um seguro com regime jurídico especial, pois regida por normas de Direito Público, sendo necessariamente contributiva, que disponibiliza benefícios e serviços aos segurados e seus dependentes, que variarão a depender do plano de cobertura”.
 
Traço que diferencia a previdência social da assistência social e da saúde pública: caráter contributivo.
 
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A disciplina constitucional (CF/88) é regida em especial pelos artigos:
 
Artigo 40 – previdência dos servidores públicos efetivos e militares – Regime próprio da previdência social.
 Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.           (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
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Artigo 201 – previdência dos trabalhadores em geral – regime geral da previdência social.
 Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada;          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
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III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
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§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
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Artigo 202 – previdência complementar privada. 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)         (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
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Importante apontar que a previdência apresenta duas vertentes: custeio – obrigação de pagar as contribuições previdenciárias e o plano de benefícios e serviços – pagamento de prestações pela Previdência Social aos segurados e dependentes desde que presentes as hipóteses legais de concessão.
 
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Planos previdenciários no Brasil
 
Divididos em:
Básicos – compulsórios para os indivíduos que exerçam atividade laboral com remuneração. Tem natureza jurídica de seguro obrigatório legal.
 
Complementares – que garantem prestações complementares para assegurar o padrão de vida do segurado e de seus dependentes. Este é facultativo. Trata-se de um seguro contratual sui generis.
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Portanto, a previdência social, engloba, além do regime geral, também o regime facultativo complementar, conforme previsão do artigo 9º da lei 8213/91 (que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências):
Art. 9º A Previdência Social compreende:
I - o Regime Geral de Previdência Social;
II - o Regime Facultativo Complementar de Previdência Social.
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Importante apontar que o regime geral de previdência social é obrigatório para os trabalhadores em geral, com exceção dos titulares de cargos públicos efetivos e militares filiados a regime próprio de previdência social.
 
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Ao INSS – Instituto Nacional do Seguro Social compete a administração do plano de benefícios e serviços. 
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Importante apontar que o REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL não objetiva manter o status social dos beneficiários, mas sim conceder cobertura necessária para a manutenção de uma vida digna. Há um teto para pagamento dos benefícios que atualmente monta no valor de R$ 7.786,02, que somente poderá ser ultrapassado em hipóteses excepcionais.
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O plano de custeio foi aprovado pela Lei 8212/91 e o plano de benefícios pela lei 8213/91.
 
Regimes próprios da previdência social – são os regimes tidos como obrigatórios para os servidores públicos efetivos da UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS, bem como para os militares, caso tenham sido criados pelas respectivas entidades políticas.
 
Importante apontar que os servidores que são titulares de cargo em comissão, temporários ou empregados públicos são considerados segurados obrigatórios do regime geral da previdência social, na condição de segurados empregados nos termos do artigo 40, parágrafo 13 da CF e os titulares de mandato eletivo, já que o regime próprio da previdência social somente abrange os servidores efetivos em todas as esferas do governo.
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Assim, tem-se que o regramento geral dos regimes previdenciários dos servidores públicos efetivos e militares está no artigo 40 da CF (observadas as regras de transição da EC 103/2019), cabendo a cada entidade política cuidar para aprovar as suas leis criando e regulamentando os seus RPPSs, observando a regulação genérica federal.
 
Vale dizer que a União, os estados e o distrito federal possuem seus RPPSs, mas a esmagadora maioria dos municípios do Brasil não os instituiu por conta da pequena estrutura administrativa. Nestes casos, o servidores efetivos estarão vinculados ao RGPS na condição de empregados.
 
 
 
 
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Para finalizar, importante apontar que, segundo FREDERICO AMADO (Curso de Direito e Processo Previdenciário, Editora JusPODIVM, página 173, 13ª edição, 2020/2): “De efeito, é possível definir o Direito Previdenciário como o ramo do Direito composto por regras e princípios que disciplinam os planos básicos e complementares de previdência social no Brasil, assim como a atuação dos órgãos e entidades da Administração Pública e as pessoas jurídicas privadas que exerçam atividades previdenciárias”.