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Co nta bil ida de Au la 01 - In tr od uç ão �Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Aula Nº 1 – Introdução Objetivos da aula: Esta primeira aula tem por objetivo mostrar a importância da Contabilidade para o mundo dos negócios, suas origens, limitações e evolução, tendo, por objeto de estudo, o Patrimônio e suas variações. Ao final desta aula, você deverá ter compreendido, de forma empírica, o objetivo de estudar contabilidade e sua importância para a área de negócios. A Contabilidade, objetivamente, é um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade-objeto de contabilização. A contabilidade deve ser vista como um sistema de informações, cujo método consiste em coletar, processar e transmitir dados sobre a situação econômico-financeira de uma entidade em determinado momento (estática patrimonial) e sua evolução em determinado período (resultados econômicos). Partindo desse enfoque, os seus objetivos sintetizam-se na produção de informações úteis a diversos interessados. Esses interessados podem ser usuários internos e externos à empresa – gerentes, diretores, sindicatos, fornecedores de materiais e de capitais, governo, acionistas etc. Nesta primeira aula, você desenvolverá a seguinte habilidade: • Avaliar o impacto das operações no patrimônio da empresa. 2. Origens da Contabilidade Por volta de 1450, muitos dos clássicos da matemática foram traduzidos Co nta bil ida de Au la 01 - In tr od uç ão �Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno para o italiano e publicados em latim. Os matemáticos entregaram-se a animados debates públicos sobre as soluções de complexas equações algébricas. O estímulo de grande parte desse interesse data de 1494, com a publicação de um notável livro de um monge franciscano chamado Luca Paccioli: Summa de Arithmetic, Geometria et Proportionalità. A Summa fixa os princípios básicos da álgebra e contém todas as tábuas de multiplicação até 60 x 60 - um recurso útil em uma época em que a imprensa disseminava o uso do novo sistema de numeração. Uma das contribuições mais notáveis do livro foi sua apresentação da contabilidade por partidas dobradas. Embora não fosse inventada por Paccioli, recebeu o mais extenso tratamento até então. A noção de contabilidade por partidas dobradas já aparecera em um livro publicado em torno de 1305 pela filial londrina de uma empresa italiana. Qualquer que seja sua origem, essa inovação revolucionária nos métodos contábeis teve importantes conseqüências econômicas, comparáveis à descoberta da máquina a vapor trezentos anos depois. Do método italiano da época de Luca Paccioli para o atual, ressaltamos quatro diferenças que, pode-se dizer, foram evoluções naturais: • O sistema contábil anterior tinha por objetivo informar apenas o proprietário. • Os ativos e passivos do proprietário e do negócio confundiam- se. • Não existia a idéia de período contábil nem de continuidade. • Não existia um denominador comum monetário. 3. Limitações Uma das limitações é dificuldade em produzir demonstrações financeiras uniformes e de fácil entendimento pela maioria dos interessados, pela falta de um conjunto coerente de princípios e normas e de uma terminologia Co nta bil ida de Au la 01 - In tr od uç ão �Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno definida. Essa é uma limitação que vem sendo reduzida, na medida em que os órgãos governamentais e de classe se mobilizam para melhorar as normas e procedimentos para a produção e publicação das informações contábeis. As decisões tomadas pelos usuários da informação contábil são influenciadas por aspectos não quantitativos que, normalmente, escapam do alcance da contabilidade, que só é capaz de registrar fatos avaliáveis monetariamente, no entanto é uma limitação que não invalida o método contábil. 4. Evolução O conhecimento de contabilidade deixou de ser exigência apenas do pessoal envolvido diretamente com a área e passou a envolver todo o pessoal das áreas operacionais que se tornaram responsáveis pelo registro contábil de suas próprias operações. Os modernos sistemas contábeis são integrados aos sistemas operacionais e estão sob a responsabilidade dos diversos departamentos da empresa, passamos a ter uma contabilidade descentralizada, pois o próprio responsável pelas operações passou a ser também responsável pelo registro contábil delas. 5. Usuários da Contabilidade O objeto de estudo da Contabilidade é o Patrimônio e suas variações ao longo do tempo, mensurando seus valores e apurando o resultado dessa movimentação. A contabilidade capta informações sobre os fenômenos que afetam o patrimônio, registrando, acumulando, resumindo e interpretando-os. Emite, também, relatórios com informações relevantes sobre o patrimônio e sua movimentação para grupos de pessoas interessadas na informação contábil, tais como: • Sócios, acionistas e detentores de participações em sociedades Co nta bil ida de Au la 01 - In tr od uç ão �Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno São pessoas que podem estar presentes na administração da empresa ou apenas acompanhar a distância como investidor, mas, de qualquer maneira, estão interessadas em participar do desenvolvimento dos negócios da empresa, em saber qual está sendo sua rentabilidade, quais as perspectivas de retorno e quais os riscos envolvidos com relação a essa empresa. • Administradores, Diretores, Gerentes e outros executivos Este grupo de pessoas utiliza-se da informação contábil para tomada de decisão, portanto o seu grau de aprofundamento nas informações contábeis é muito maior. O administrador inteligente sabe que, usando a informação contábil e conhecendo suas limitações, tem, em suas mãos, uma poderosa ferramenta de gestão, pois a Contabilidade não se limita a registrar informações passadas, ela oferece um fluxo contínuo de informações sobre a gestão econômica e financeira das empresas. • Governo e seus representantes O governo precisa das informações contábeis para arrecadar impostos, taxas e contribuições. Vários órgãos governamentais utilizam-se da informação contábil das empresas para fazer análises globais ou setoriais da economia. • Instituições Financeiras e Fornecedores de Capital Estes usuários da informação contábil estão interessados quase exclusivamente na rentabilidade da empresa e seu risco, pois querem segurança para os empréstimos que fazem a elas. • Pessoas Físicas em geral Um pouco de ordem e controle nas finanças pessoais é bastante aconselhável, portanto alguns conhecimentos de Contabilidade e Finanças ajudam no equilíbrio do orçamento doméstico e também na administração do patrimônio pessoal. 6. O Patrimônio O Patrimônio é entendido como o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade (pessoa física ou jurídica, com ou sem fins lucrativos). Co nta bil ida de Au la 01 - In tr od uç ão �Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Pessoa Física é a pessoa natural, registrada no cartório de registro de pessoas naturais, com direitos e obrigações perante o Estado e a sociedade, responde, individualmente, pelos seus atos. E o fim de sua existência perante a lei se dá pela morte. Pessoa Jurídica é composta por pessoas físicas por meio de um contrato registrado em cartório e em outros órgãos competentes (Receita Federal, Junta Comercial etc.), nos quais manifestam um acordo de vontades de praticar determinada atividade. Pela pessoa jurídica respondem os sócios e sua extinção se dá por um acordo entre os sócios ou por determinação judicial. Representação do Patrimônio Para representar o Patrimônio, a Contabilidade utiliza-se do Balanço Patrimonial. A palavra balanço dá a idéia de equilíbrio, portanto temos o equilíbriodo patrimônio na seguinte figura: Os bens e direitos representam as aplicações de recursos que a empresa faz e as obrigações representam as fontes ou origem dos recursos. A Contabilidade sempre registra o valor da aplicação e o valor da origem dos recursos de cada fato administrativo, portanto o patrimônio sempre estará em equilíbrio -> bens e direitos = obrigações. Entendem-se por bens as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas. Os bens da entidade podem ser tangíveis e intangíveis. Bens tangíveis – têm forma física, são palpáveis. Denominam-se bens Bens e Direitos Obrigações Co nta bil ida de Au la 01 - In tr od uç ão 10Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno tangíveis: veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios (móveis de escritórios), equipamentos, ferramentas etc. Bens intangíveis – são os bens incorpóreos, isto é, não constituídos de matéria. Denominam-se bens intangíveis. Normalmente, são as marcas (ex.: Mesbla, Lojas Americanas, Coca-cola) e as patentes de invenção. PATRIMÔNIO DA CIA PETRÓPOLIS Bens e Direitos Obrigações Bens 2.800 Obrigações 4.500 Direitos 1.700 Total 4.500 Total 4.500 Vamos constituir uma empresa e registrar os fatos administrativos desde o início: os sócios João da Silva e Fernanda de Souza fundaram a empresa JOFER Comércio de Papéis e Materiais Escolares Ltda. com capital de R$ 100.000,00 integralizados (50% de cada sócio) em dinheiro. PATRIMÔNIO DA JOFER LTDA Bens e Direitos Obrigações Dinheiro em Caixa 100.000 Capital Social 100.000 Total 100.000 Total 100.000 Observe a representação: R$ 100.000 aplicados no Caixa, considerando que os recursos originaram-se do capital dos sócios, portanto o patrimônio está em equilíbrio. Co nta bil ida de Au la 01 - In tr od uç ão 11Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Em seguida, os sócios abrem uma conta bancária para a JOFER LTDA e depositam R$ 95.000. PATRIMÔNIO DA JOFER LTDA Bens e Direitos Obrigações Dinheiro em Caixa 5.000 Capital Social 100.000 Bens 95.000 Total 100.000 Total 100.000 A empresa adquiriu um terreno por R$ 50.000 e pagou em cheque: PATRIMÔNIO DA JOFER LTDA Bens e Direitos Obrigações Dinheiro em Caixa 5.000 Capital Social 100.000 Banco 45.000 Imóveis 50.000 Total 100.000 Total 100.000 Mudou a composição dos bens e direitos, mas o total continua o mesmo, os sócios trocaram dinheiro por um imóvel. Co nta bil ida de Au la 01 - In tr od uç ão 12Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Síntese Nesta aula, estudamos a origem da Contabilidade, um pouco de seu histórico e a evolução ao longo do tempo até chegar aos dias atuais, os principais interessados nas informações contábeis (público interno e externo) e os conceitos iniciais de patrimônio, pessoa física, pessoa jurídica, bens tangíveis e intangíveis. Na próxima aula, vamos estudar alguns conceitos que são de fundamental importância para o desenvolvimento do raciocínio contábil. Não perca! Referências Bibliográficas IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Contabilidade Introdutória. 7. ed. São Paulo: Atlas..1998 Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 13Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Aula Nº 2 – Conceitos Objetivos da aula: Os objetivos desta aula são: 1) Apresentar uma das principais demonstrações que a Contabilidade produz e mostrar a lógica de sua construção. 2) Conceituar os principais elementos que compõem o Balanço Patrimonial. 3) Conceituar o Resultado e demonstrar a sua ligação com o Balanço Patrimonial. Ao final desta aula, você deverá estar apto a compreender a lógica do equilíbrio do patrimônio e suas relações com o resultado das operações da empresa. 1. Introdução O termo balanço patrimonial remete-nos à idéia de equilíbrio do patrimônio, mas equilíbrio em qual sentido? No sentido de que todos os recursos que são aplicados na empresa têm uma origem, portanto a soma dos valores aplicados deve ser igual à soma dos valores das origens dos recursos. A empresa investe em bens e direitos (valores a receber): dinheiro em caixa, dinheiro depositado em bancos, adquire mercadorias para revender, adquire imóveis, adquire veículos para fazer as entregas de suas mercadorias, adquire móveis etc. E de onde vêm os recursos para fazer esses investimentos? Os recursos podem vir dos sócios ou de terceiros que, de alguma forma, estão financiando a empresa. Portanto, se a contabilidade registrar tudo o Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 14Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno que foi investido na empresa e, concomitantemente, registrar as origens desses recursos investidos, teremos o equilíbrio do patrimônio e poderemos demonstrá-lo por meio do Balanço Patrimonial. Portanto, o Balanço Patrimônio demonstra o equilíbrio do Patrimônio: bens e direitos (aplicações) = obrigações (origens). Para que as demonstrações contábeis tenham uniformidade, a contabilidade demonstra sempre os bens e direitos no lado esquerdo e o denomina de ATIVO; e, no lado direito, as obrigações e denomina de PASSIVO. 2. Conceitos de Ativo e Passivo Portanto, podemos dizer que o Ativo de uma empresa é composto pelos seus bens e direitos (aplicações de recursos) e o Passivo é composto por suas obrigações (origens dos recursos). No Passivo, as obrigações que a empresa assume para com terceiros são também chamadas de obrigações exigíveis, ou seja, no vencimento, os credores exigirão o pagamento da obrigação. As obrigações que a empresa tem com os seus sócios ou acionistas são também chamadas de obrigações não exigíveis, ou seja, não têm vencimento, os sócios não exigirão o cumprimento dessa obrigação em determinado prazo, daí surge o conceito de PATRIMÔNIO LÍQUIDO, que pode ser definido de forma Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 15Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno simples como: tudo o que a empresa tem (bens e direitos), menos o que ela deve a terceiros (obrigações exigíveis), portanto: PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO EXIGÍVEL Assim, a demonstração do Patrimônio (Balanço Patrimonial) ficaria: 3. Contas Patrimoniais Com o objetivo de facilitar o controle dos itens do Patrimônio, a Contabilidade cria um sistema de contas (Plano de Contas), agrupando, em cada conta criada, um ou mais itens com características semelhantes. Para controlar os recursos em espécie, a Contabilidade cria a conta “Caixa”, nela concentrando toda a movimentação em dinheiro da empresa. Para controlar as mercadorias para revenda, cria a conta “Mercadorias”. Se a empresa tiver diversos tipos de mercadorias para revenda, deve controlar cada item por meio de uma ficha separada de controle de estoque. Para controlar os valores a receber, cria a conta “Duplicatas a Receber” ou “Clientes”, assim todas as vendas a prazo e todos recebimentos de clientes são ali registrados. A empresa deve criar uma subconta para cada cliente a fim de melhorar o controle de seus créditos com cada um deles. Para controlar os bens duráveis, a Contabilidade cria uma conta para cada item, para veículos, para os móveis e utensílios, para suas máquinasCo nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 16Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno e equipamentos etc., controlando, assim, todos os ingressos e todas as baixas desses bens. O mesmo acontece do lado das obrigações (que são as origens dos recursos aplicados no Ativo). Para controlar o que deve aos seus fornecedores de mercadorias, cria a conta “Duplicatas a Pagar” ou “Fornecedores” e deve criar, também, uma subconta para cada fornecedor. Para controlar os saldos de seus empréstimos, cria a conta “Empréstimos Bancários”, registrando nela suas dívidas e pagamentos aos bancos. Para todas as obrigações com terceiros, são criadas contas específicas para controle: “Salários a Pagar”, “Impostos a Pagar”, “Títulos a Pagar”, “Financiamento” etc. Para controlar os recursos investidos pelos sócios, a Contabilidade cria as contas “Capital Social” e “Capital a Integralizar”. Na primeira conta, registra o capital contratado pelos sócios e, na segunda, registra eventuais valores que ainda não foram integralizados por eles. BEIRA MAR LTDA. - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/2005 O Balanço Patrimonial da empresa Beira Mar Ltda. demonstra que, no dia 31/12/2005, seu Patrimônio era composto por bens e direitos (aplicações de recursos) no valor de R$ 75.000, Obrigações exigíveis (origens de recursos) no valor de R$ 10.500 e Patrimônio Líquido - Obrigações não exigíveis Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 17Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno (origens de recursos) no valor de R$ 65.000. 4. Fluxo de Recursos BALANÇO PATRIMONIAL 5. Resultado O que é resultado em Contabilidade? É a diferença entre Receitas e Custos (ou Despesas). E o que são Receitas? São os recursos econômicos gerados pela atividade empresarial, por exemplo, quando a empresa vende uma mercadoria que estava em seu estoque, está gerando um novo recurso econômico ou, quando uma empresa presta um serviço, está também gerando um novo recurso econômico por meio de sua atividade. E o que são despesas? São os recursos econômicos consumidos pela atividade empresarial Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 18Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno com o objetivo de gerar receitas. Por exemplo, a empresa gasta energia elétrica para iluminar suas instalações e funcionar seus equipamentos. Esse gasto não pode ser registrado no Ativo (bens e direitos), porque já foi consumido. Se a empresa tivesse como armazenar a energia que seria consumida, certamente poderia registrá-la como um bem no seu Ativo. Todos os gastos são bens consumidos com o objetivo de gerar receitas, portanto estão diminuindo o resultado da empresa, no entanto, sem esses gastos, a empresa não consegue gerar suas receitas. Se a empresa distribui panfletos para divulgar seus produtos, está consumindo recursos (panfletos e o valor pago ao divulgador), com o objetivo de que o consumidor conheça as qualidades de seus produtos e compre (gerando receitas). Podemos, então, concluir que o Resultado Econômico de uma empresa é a diferença entre os recursos econômicos gerados (Receitas) e os recursos econômicos consumidos (custos ou despesas). O resultado econômico de um período fará parte do patrimônio ao final daquele período. Suponha que uma empresa obteve receitas no valor de R$ 100.000 durante determinado mês e, para obter essas receitas, gastou R$ 80.000 (despesas), então seu lucro, nesse mês, foi de R$ 20.000. Ao encerrar o balanço no final desse mês, a empresa deverá considerar, em seu patrimônio líquido, o valor de R$ 20.000 de lucro obtido no período. Note que o Balanço Patrimonial é uma demonstração estática, é a “fotografia” do patrimônio em um determinado instante (data). O resultado é composto pela movimentação das contas de resultado de determinado período. Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 19Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Veja: As contas de resultado dão origem a uma conta patrimonial no final do período, que é o resultado (lucro ou prejuízo). As contas de resultado modificam o patrimônio líquido da empresa, para mais caso se trate de receitas e, para menos, quando se tratar de custos ou despesas. Exemplo 1 - Uma empresa comercial, no dia 03/01/06, vende à vista uma mercadoria por R$ 300 e ela estava registrada, em seu estoque, por R$ 200, e entrega essa mercadoria ao cliente. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/05 ANTES DA VENDA Nesse caso, teríamos um consumo de recursos de R$ 200 (saída da mercadoria do estoque pelo preço de custo e entregue ao cliente) e uma geração de novos recursos (Receita) no valor de R$ 300. A diferença entre os recursos econômicos gerados e consumidos seria o resultado do período de 31/12/05 a 03/01/06 e, se quiséssemos levantar um balanço após essa operação, ficaria assim: Total 24.300 Total 24.300 O caixa aumentou em R$ 300 (venda à vista), o estoque foi reduzido em R$ 200 (custo da mercadoria entregue ao cliente) e o lucro da operação R$ Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 20Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno 100, registrado no Patrimônio Líquido. Obviamente, as empresas não fazem um balanço após cada operação ou após cada venda realizada. O balanço é levantado no final de um período (mês, trimestre, ano etc.), de acordo com a legislação vigente ou o interesse dos administradores nas informações contábeis. Então, durante o período, as contas de resultado vão acumulando os valores até o momento de fechamento do balanço. Nesse momento, elas são “descarregadas” ou “zeradas” com a finalidade de apurar o resultado do período e fornecer o resultado para o Balanço Patrimonial (veremos esse processo mais adiante). 6. Critérios de Apuração de Resultado REGIME DE CAIXA Um critério para apuração do resultado das empresas muito pouco utilizado é o Regime de Caixa, por meio do qual se considera, como receita, todas as entradas de caixa provenientes de vendas de produtos ou serviços e considera-se, como custo ou despesa, todas as saídas de caixa destinadas a pagamentos de custos ou despesas, obtendo-se um lucro que pode não corresponder ao resultado econômico do período de apuração. REGIME DE COMPETÊNCIA DE EXERCÍCIOS Este é o critério amplamente utilizado pelas empresas para apuração de seus resultados e consiste em considerar, como receita de um período, as vendas efetivamente realizadas naquele período, independentemente do seu recebimento. Por exemplo, se uma empresa vende mercadorias em janeiro no valor de R$ 12.000, com prazo de 30/60 dias, a receita será considerada integralmente (R$ 12.000) no mês em que foi realizada a venda (janeiro) e não no mês do recebimento (fevereiro e março). As despesas são consideradas no período em que ocorre o fato gerador da despesa e não no período em que é paga. Por exemplo, a empresa paga Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 21Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno os salários de seus funcionários no 5o. dia útil do mês seguinte (prazo legal para fazer o pagamento). A folha de pagamento do mês de janeiro soma R$ 5.500,00 e será paga, portanto, somente no 5o. dia útil do mês de fevereiro. Pelo regime de competência de exercícios, a Contabilidade deverá considerar o valor de R$ 5.500 como “Despesa de Pessoal” no mês de janeiro, período em que foram consumidos os recursos. Não confunda! Consumo de recursos não significa pagamento, significa que o esforço do trabalho dos funcionários foi realizado em janeiro. Co nta bil ida de Au la 02 - Co nc eit os 22Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Síntese Nesta aula, estudamos a lógica da apresentação do Balanço Patrimonial, conceituamos seus elementos (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido), conceituamos, também, o Resultado. Na próxima aula, estudaremos o Método das Partidas Dobradas, que é a técnica usada pelos contadores para registrar,continuamente, todas as operações de uma empresa e, em determinado momento, preparar o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados. Referências Bibliográficas IUDÍCIBUS, Sérgio de et. al. Contabilidade Introdutória. 7.ed. São Paulo: Atlas Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 23Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Aula Nº 3 – Princípios Contábeis Objetivos da aula: Nesta aula, vamos estudar os princípios norteadores da Contabilidade, que procuram dar uniformidade e consistência às informações, tornando- as sólidas e seguras para o processo de tomada de decisões. Ao final desta aula, você verá que a Contabilidade não é uma mera técnica de controle, mas uma ciência que procura fornecer informações seguras aos seus usuários. 1. Introdução Princípios de contabilidade geralmente aceitos são os preceitos resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras. Os princípios contábeis permitem aos usuários fixar padrões de comparação e de credibilidade, de acordo com o reconhecimento dos critérios adotados para a elaboração das demonstrações financeiras, aumentam a utilidade dos dados fornecidos e facilitam a adequação entre empresas do mesmo setor. Princípios contábeis podem ser conceituados como premissas básicas acerca dos fenômenos econômicos contemplados pela contabilidade, premissas que são a cristalização da análise e observação da realidade econômica. No âmbito dessa complexa realidade, o observador analisa as características principais do sistema e chega a certas conclusões quanto ao seu funcionamento. Tais conclusões, se geralmente aceitas pela classe contábil, transformam- Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 24Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno se em princípios, aos quais toda a prática contábil e, principalmente, os processos de auditoria devem ater-se. Em contrapartida, o observador, uma vez verificada alteração profunda nas condições que o levaram a estabelecer a primeira série de princípios, tem a incumbência de proceder a uma nova análise da situação e modificar, adaptar ou mesmo substituir os princípios originais por outros mais concordes com a nova realidade. A função de observador é, hoje, desempenhada pelas entidades de classe, pelos comitês especialmente designados e, finalmente, pelas comissões especiais de conferências e convenções internacionais. Custo histórico com base de valor: Os ativos são registrados pelo preço pago para adquiri-las ou fabricá-las. Realização da Receita: Ocorre quando produtos ou serviços são transferidos para outra entidade, mediante pagamento. Competência dos exercícios: Receitas e despesas são atribuídas aos períodos de acordo com sua real ocorrência. Denominador comum monetário: A unidade monetária é, para efeitos contábeis, considerada um padrão uniforme e homogêneo de mensuração. Objetividade: São as mensurações impessoais que existem fora da mente da pessoa que as está realizando. Conservadorismo: Sempre que o contador se defrontar com a alternativa de atribuir valores diferentes a elementos do Ativo / Passivo, deverá optar pelo mais baixo para o ativo e o mais alto para o passivo. Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 25Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Materialidade: Avalia influência e materialidade da informação à luz da relação custo - benefício. Uniformidade: Uma vez adotado um determinado procedimento, não poderá ser mudado. 2. Condições Básicas de um Princípio As condições básicas para que um princípio se transforme em “geralmente aceito” e incorporado à doutrina contábil são: 1- Deve ser considerado praticável por consenso profissional. 2- Deve ser considerado útil. Muitos contadores atribuem mais importância à praticabilidade de um princípio do que à sua utilidade intrínseca, no entanto a praticabilidade não deve ser confundida com facilidade ou dificuldade de se colocar em prática determinado processo. Ao aceitar como praticável somente o que é de extrema facilidade de ser colocado em prática, a Contabilidade estaria freando o seu progresso técnico, pois, sempre que se quiser retratar a realidade com maior precisão, aumentarão as dificuldades práticas e os processos tenderão a ser mais complexos. É esse o caso típico dos processos de ajustamento de relatórios contábeis históricos diante das flutuações de preços. Alguns contadores negaram a utilidade dos ajustamentos por considerá- los impraticáveis, confundiram impraticabilidade com dificuldade. E houve o temor de que os ajustamentos substituíssem os relatórios históricos, sem deixar vestígios destes. Temor infundado, pois ninguém discute a utilidade desses relatórios para certas finalidades, principalmente fiscais. Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 26Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno 3. Os princípios contábeis geralmente aceitos Os princípios contábeis geralmente aceitos são classificados em três categorias: 3.1 - Postulados - referem-se ao ambiente sócio-político-econômico no qual a contabilidade é praticada. 3.1.1 - Entidade 3.1.2 - Continuidade 3.2 - Princípios - regras básicas para aplicação da contabilidade. 3.2.1- Custo com base de valor 3.2.2 - Realização 3.2.3 - Competência dos exercícios 3.2.4 - Denominador comum monetário 3.3 - Convenções - limitações e regras para aplicação dos postulados e dos princípios. 3.3.1 - Objetividade 3.3.2 - Conservadorismo 3.3.3 - Relevância ou materialidade 3.3.4 - Uniformidade ou consistência) 3.1.1 – O postulado da Entidade De acordo com este postulado, a contabilidade é executada e mantida para as entidades como pessoas jurídicas, distintas das pessoas físicas (ou jurídicas) dos sócios. Esse é um princípio que independe de valor, permanecendo sua consolidação intacta ao longo do tempo, sua função é segregar o patrimônio da sociedade do patrimônio dos sócios. Mesmo quando uma firma individual paga uma despesa, é o caixa da firma que está desembolsando o dinheiro, e não o proprietário da empresa, embora, materialmente, as duas coisas possam se confundir. Nesse caso, o proprietário deve suprir a empresa de recursos suficientes para que possa ter uma existência autônoma. Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 27Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno 3.1.2 - Continuidade Por meio deste princípio, a contabilidade assume que a empresa continuará operando indefinidamente, sem que haja um prazo para encerramento de suas atividades, tendo, como conseqüência, o critério de avaliação dos ativos pelos valores de aquisição. Caso a empresa tivesse um prazo determinado para encerrar suas operações, isso não faria sentido, deveríamos estar interessados no valor de realização dos ativos da empresa e liquidação dos passivos. É, portanto, um princípio norteador do critério de avaliação de ativos e passivos e sua representação nas demonstrações contábeis. 3.2.1- Custo com base de valor Pode também ser denominado “Princípio do Custo Histórico (ou original) como Base de Valor”. Como princípio geralmente aceito, refere-se ao custo original. Na conceituação ortodoxa, os elementos do ativo entram nos registros contábeis pelo valor pago para adquiri-los ou fabricá-los, no entanto, em algumas situações, esse custo histórico precisa ser alterado. Elementos do ativo sujeitos à amortização, depreciação ou exaustão são registrados pelo valor histórico e, posteriormente, retificados por contas de depreciação acumulada, em casos de reavaliação de ativo previstos pelas legislações de alguns países. Torna-se evidente que a aplicação irrestrita desse princípio, principalmente em períodos de acentuadasflutuações de preços, restringe as possibilidades informativas da contabilidade. 3.2.2 - Realização A realização ocorre quando bens ou serviços são entregues a terceiros em troca de dinheiro ou de outro elemento do ativo. Quando uma empresa comercial vende uma determinada mercadoria por Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 28Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno $ 200,00 e esta lhe custou apenas $ 150,00, a contabilidade ortodoxa apura, imediatamente, um lucro bruto de $50. Esse lucro é, para todos os efeitos, considerado como operacional, mesmo que a mercadoria vendida, para ser resposta, exija um desembolso de $180. O mais correto tecnicamente seria reconhecer um “lucro realizável” de $ 30,00 (a diferença entre o custo original da mercadoria e o de reposição), no ato da venda, somente $ 20,00 seriam considerados como lucro operacional corrente. 3.2.3 - Competência dos exercícios De acordo com esse princípio, as receitas e os custos são atribuídos aos períodos de acordo com sua real incorrência, isto é, de acordo com a data do fato gerador, e não quando são recebidos ou pagos em dinheiro. Por esse princípio, a folha de pagamento dos funcionários relativa ao mês de dezembro, suponhamos, será considerada como despesa de dezembro, mesmo que, na prática, o pagamento só seja efetuado nos primeiros dias de janeiro. O fato gerador da despesa é o serviço prestado pelos operários, e não o pagamento do salário. 3.2.4 - Denominador comum monetário Esse princípio contribuiu para a teoria sob um duplo aspecto: em primeiro lugar, a contabilidade só contempla aqueles fatos monetariamente avaliáveis; em segundo lugar, a unidade monetária é, para efeitos contábeis, considerada um padrão uniforme e homogênea de mensuração, independentemente das variações de seu poder de compra. Quanto ao primeiro aspecto, parece-nos uma limitação inevitável do método contábil; quanto ao segundo, entretanto, sua aceitação implica não considerar a realidade dos fatos. A vulnerabilidade da premissa é manifesta, pois a experiência de quase todos os países tem demonstrado que a unidade monetária está longe de representar um padrão uniforme Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 29Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno e homogêneo de medida. 3.3.1 – Convenção da Objetividade O profissional deve procurar sempre exercer a Contabilidade de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar no seu trabalho, e os registros devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência do fato administrativo. 3.3.2 - Conservadorismo Essa convenção pode ser explicada da melhor forma possível por meio do exemplo que, a seguir, será relatado. Suponha-se que o contador, para avaliação de um certo bem, dispusesse de duas fontes: a fatura relativa à compra do bem e o laudo do maior especialista mundial em avaliação. Deverá escolher, como valor de registro, o indicado na fatura. Entre um critério subjetivo de valor, mesmo ponderável, e outro objetivo, o contador deverá optar pela hipótese mais objetiva. A finalidade dessa convenção é eliminar ou restringir áreas de excessivo liberalismo na escolha de critérios, principalmente de valor. 3.3.2 - Conservadorismo Estabelece que o profissional da Contabilidade deve manter uma conduta mais conservadora em relação aos resultados que serão apresentados, evitando que projeções distorcidas sejam feitas pelos usuários. Assim, é preferível ter expectativa de prejuízo e a entidade apresentar resultados positivos, ou seja, se houver duas opções igualmente válidas, deve-se optar sempre por aquela que acusa um menor valor para os ativos e para as receitas e o maior valor para os passivos e para as despesas. A regra “Custo ou Mercado, dos dois o menor”, está intimamente ligada ao conservadorismo. Em outras palavras, o custo é a base de valor para a contabilidade, mas, se o valor de mercado for inferior ao de custo, Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 30Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno adotaremos o valor de mercado. 3.3.3 - Relevância ou materialidade A informação contábil deve ser relevante, justa e adequada e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade. Por exemplo, sempre que os empregados do escritório se utilizam de papéis e impressos da empresa, registra-se uma diminuição do ativo da empresa, diminuição essa que poderia, teoricamente, ser lançada nos registros contábeis à medida de sua ocorrência. Entretanto, isso não é feito, pela irrelevância da operação, e a despesa só é apurada no fim do período por diferença de estoques. 3.3.4 - Uniformidade ou consistência Os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo das informações consistentes, para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários. Uma vez adotado determinado processo, dentre os vários possíveis que podem atender a um mesmo princípio geral, ele não deverá ser mudado com demasiada freqüência, pois,assim estaria sendo prejudicada a comparabilidade dos relatórios contábeis. Se, por exemplo, for adotado o método PEPS para avaliação de estoques em lugar do UEPS (ambos atendem ao mesmo princípio geral, isto é, “Custo como base de valor”), deverá ser usado sempre o mesmo método nos outros períodos. E, se houver a necessidade inadiável de se adotar outro critério, essa adoção deve ser declarada como nota explicativa dos relatórios, de maneira a cientificar o leitor. Co nta bil ida de Au la 03 - Pr inc ípi os C on tá be is 31Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Síntese Nesta aula, estudamos os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos e sua importância para que as Demonstrações Contábeis sejam fidedignas, podendo-se extrair informações úteis para a tomada de decisões. Na próxima aula, estudaremos o milenar Método das Partidas Dobradas, que torna possível os registros das operações de uma empresa e o equilíbrio do Patrimônio. Não perca! Referências Bibliográficas IUDÍCIBUS, Sérgio de et. al. Contabilidade Introdutória. 7.ed. São Paulo: Atlas. Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 32Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Aula Nº 4 – Método Das Partidas Dobradas Objetivos da aula: O objetivo desta aula é mostrar como a Contabilidade, por meio de suas técnicas, consegue registrar todos os fatos administrativos e manter o equilíbrio do Patrimônio. Ao final desta aula, você estará apto a compreender as rotinas de “fechamento dos números”, os lançamentos finais e a integridade das demonstrações financeiras. 1. Introdução Vimos, nas aulas anteriores, que o Balanço Patrimonial representa o equilíbrio do patrimônio, pois, em seu lado esquerdo, estão representadas as aplicações de recursos (bens e direitos) e, no lado direito, todas as origens dos recursos aplicados. Entretanto, para que a Contabilidade produza uma demonstração com essas características, é necessário que, em cada operação, o raciocínio seja o mesmo, ou seja, cada operação que a empresa faz movimenta recursos, aplicando em algum item do patrimônio e esse recurso tem uma origem específica. Por exemplo, quando os sócios integralizam o capital social em dinheiro, é feita uma aplicação no Caixa da empresa e a origem foi o capital social (dos sócios). Ou quando a empresa compra mercadorias a prazo, há uma aplicação de recursos no estoque de mercadorias e uma origem de capital de terceiros (fornecedores). Ou ainda, quando a empresa recebe uma dívida de clientes, Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 33FaculdadeOn-Line UVB Anotações do Aluno novamente há uma aplicação de recursos em seu Caixa e a origem desses recursos é de seus clientes. Veja que, em cada operação, são registradas as suas duas faces, onde foi aplicado o recurso e de onde veio. Mesmo quando se trata de contas de resultado, no pagamento de uma despesa, a empresa está aplicando em recursos consumidos e esses recursos têm uma origem interna (Caixa, Bancos) ou externa (Governo, Funcionários etc.). 2. Débitos e Créditos Para que esse mecanismo se tornasse operacional, no século XIV foi inventado o método das partidas dobradas e teve sua aplicação cada vez mais aperfeiçoada às necessidades das operações das empresas. Esse método consiste em fazer débitos e créditos no mesmo valor para cada operação, a cada débito deve corresponder um ou mais créditos no mesmo valor do débito e vice versa ou, para cada crédito, deve corresponder um ou mais débitos no mesmo valor do crédito. E para que esse mecanismo se tornasse funcional, as seguintes regras foram criadas, a partir da natureza das contas de Ativo Passivo e Resultado: DÉBITOS • AUMENTAM AS CONTAS DO ATIVO. • DIMIMUEM AS CONTAS DO PASSIVO. • DIMINUEM AS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO. CRÉDITOS • DIMINUEM AS CONTAS DO ATIVO. • AUMENTAM AS CONTAS DO PASSIVO. • AUMENTAM AS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Ou, podemos, ainda, enunciar a mesma regra de outra forma, segundo os elementos do Patrimônio: Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 34Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno ATIVO • OS DÉBITOS AUMENTAM O VALOR DE SUAS CONTAS. • OS CRÉDITOS DIMINUEM O VALOR DE SUAS CONTAS. PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO • OS DÉBITOS DIMINUEM O VALOR DE SUAS CONTAS. • OS CRÉDITOS DIMINUEM O VALOR DE SUAS CONTAS. 3. Exemplos Usando essa regra, toda operação que implicar aumento de contas do ativo, esta conta deverá ser debitada. Por exemplo, a integralização do capital social em dinheiro no valor de R$ 100.000; a conta Caixa deverá ser debitada em R$ 100.000 e a conta capital deverá ser creditada em R$ 100.000, pois houve um aumento do Ativo e um aumento no Patrimônio Líquido no mesmo valor. A compra de mercadorias a vista implicará aumento no estoque de mercadorias (Ativo) e diminuição dinheiro em Caixa (Ativo), portanto, deverá ser debitada a conta “Mercadorias” (aumento do Ativo) e creditada a conta “Caixa“ (diminuição de Ativo). Se a compra fosse a prazo, deveríamos debitar a conta “Mercadorias” (aumento do Ativo) e creditar a conta “Fornecedores” (aumento do Passivo). Para facilitar o entendimento dessa regra, vamos construir pequenos gráficos, como fizemos com o Balanço Patrimonial, usando os pratos de uma balança no Ativo e no Passivo e balanças menores para as contas. No caso da integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$ 50.000, teríamos: Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 35Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno 50.000 (1) (1) 50.000 ATIVO PASSIVO PATRIMÓNIO LÍQUIDO CAIXA CAPITAL SOCIAL O lado esquerdo das balanças menores chama-se débito e o lado direito chama-se crédito, portanto debitamos a conta “Caixa” e creditamos a conta “Capital”, fazendo com que a balança maior ficasse em equilíbrio. Vejamos um segundo exemplo: a empresa comprou mercadorias a prazo no valor de R$ 10.000. 50.000 (1) (1) 50.000 ATIVO PASSIVO PATRIMÓNIO LÍQUIDO CAIXA CAPITAL SOCIAL (2) 10.000 Mercadoria s 10.000 (2) Fornecedores Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 36Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Debitamos a conta “Mercadorias” (aplicação de recursos) e creditamos a conta “Fornecedores” (origem dos recursos necessários para a compra), e a “balança maior” manteve-se em equilíbrio novamente. Não se esqueça: o lado esquerdo das balanças menores chama-se débito e o lado direito chama-se crédito. Assim, sempre que há um aumento em qualquer conta do Ativo, fazemos um débito e quando há uma diminuição em qualquer conta do Ativo, fazemos um crédito. E, no Passivo e Patrimônio Líquido, ocorre o contrário, quando aumentamos qualquer obrigação, fazemos um crédito e quando diminuímos qualquer obrigação, fazemos um débito. 4. Contas de Resultado E as contas de Resultado? Quando serão debitadas ou creditadas? Como ficará o equilíbrio do Patrimônio com a movimentação dessas contas? Neste mesmo exemplo, suponhamos, agora, que a empresa pagou R$ 1.500 de salários do mês em curso, o Patrimônio ficaria assim: (2) 10.000 1.500 (3) 50.000 (1) (1) 50.000 ATIVO PASSIVO PATRIMÓNIO LÍQUIDO CAIXA CAPITAL SOCIAL Mercadoria s 10.000 (2) Fornecedores Veja que a despesa que afetará o Patrimônio Líquido negativamente é registrada à parte, como conta de resultado. No final do mês, todas Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 37Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno as contas de resultado consolidadas se transformarão em uma conta Patrimonial, lucro ou prejuízo do exercício. (3) 1.500 Despesa de Salário Ainda neste exemplo, suponha, agora, que a empresa prestou serviços no mês no valor de R$ 10.000, recebendo 50% no próprio mês e os outros 50% no mês seguinte: (2) 10.000 1.500 (3) 50.000 (1) (1) 50.000 (4) 5.000 ATIVO PASSIVO PATRIMÓNIO LÍQUIDO CAIXA CAPITAL SOCIAL Mercadoria s 10.000 (2) Fornecedores (3) 1.500 Despesa de Salário 10.000 (4) Receita de Serviços (4) 5.000 Contas a Receber Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 38Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Agora, temos duas contas de resultado, uma pendendo para o lado esquerdo (despesa) e outra pendendo para o lado direito (receita). Se fôssemos fechar o balanço após essas operações, o resultado seria um lucro de R$ 8.500 (R$ 10.000 menos R$ 1.500). Esse resultado equilibraria novamente o balanço patrimonial com a seguinte composição do ativo: R$ 53.500 (saldo em caixa) + R$ 5.000 (saldo em Contas a Receber) + R$ 10.000 (saldo de Mercadorias) = R$ 68.500. O Passivo seria composto de: R$ 10.000 (dívida com Fornecedores) + R$ 50.000 (Capital Social) + R$ 8.500 (Lucro do mês) = R$ 68.500. 5. Razonetes Talvez esta ilustração com as balanças (contas) e a balança maior (balanço patrimonial) o ajude a entender o mecanismo de débito e crédito, mas, se você consultar outros livros, encontrará uma ilustração um pouco diferente, as balanças são substituídas por “razonetes”, porém o conceito é o mesmo: o lado esquerdo de qualquer “razonete” chama-se débito e o lado direito chama-se crédito: RAZONETE DÉBITO CRÉDITO Vamos, agora, registrar em “razonetes” algumas operações de uma empresa: 1) Walter e Francisco resolveram abrir uma empresa para compra e venda de calçados sob a denominação de WF Calçados Ltda. Cada um dos sócios entrou para a sociedade com R$ 10.000 em dinheiro. Para contabilizar esse fato, vamos utilizar o método das partidas dobradas nos razonetes: Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 39Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Caixa Capital Social (1) 20.000 20.000 (1) Fizemos um débito na conta “Caixa” (aplicação de recursos) e um crédito na conta “Capital Social” (origem dos recursos) no valor de R$ 20.000. 2) Os sócios resolveram comprar um estoque de calçados de R$ 3.000 pagando a vista. Caixa Mercadorias Capital Social (1) 20.000 3.000 (2) (2) 3.000 20.000 (1) saldo 17.000 Fizemos um débito na conta “Mercadorias” (aplicação de recursos) e umcrédito na conta “Caixa” (origem dos recursos) no valor de R$ 3.000. 3) A WF Calçados Ltda. comprou Móveis (prateleiras) para a loja no valor de R$ 1.500, pagando a vista: Caixa Mercadorias Capital Social (1) 20.000 3.000 (2) (2) 3.000 20.000 (1) 1.500 (3) saldo 15.500 Móveis e Utensílios (3) 1.500 Fizemos um débito na conta “Móveis e Utensílios” (em que os recursos foram aplicados) e um crédito na conta “Caixa” (origem dos recursos utilizados para a compra). 4) A WF Calçados Ltda. comprou um prédio para instalar sua primeira loja por R$ 10.000, pagando R$ 5.000 e assinando uma nota promissória de R$ 5.000 com vencimento para 3 meses. Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 40Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Caixa Mercadorias Capital Social (1) 20.000 3.000 (2) (2) 3.000 20.000 (1) 1.500 (3) 5.000 (4) saldo 10.500 Móveis e Utensílios Imóveis N.P. a Pagar (3) 1.500 (4) 10.000 5.000 (4) Fizemos um débito na conta “Imóveis” (aplicação dos recursos) no valor de R$ 10.000, um crédito na conta “Caixa” (origem dinheiro pago na aquisição) no valor de R$ 5.000 e um crédito na conta “Notas Promissórias a Pagar” (origem dos recursos – de terceiros), no valor de R$ 5.000. Após as quatro operações, o Balanço Patrimonial da WF Calçados Ltda. ficaria assim: ATIVO PASSIVO Caixa $ 10.500 N.P. a Pagar $ 5.000 Mercadorias $ 3.000 Móveis e Utensílios $ 1.500 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Imóveis $10.000 Capital Social $ 20.000 Total do Ativo $ 25.000 Total do Passivo $ 25.000 Os recursos da empresa originam-se de: • Capital de Terceiros N.P. a Pagar $ 5.000 • Capital Próprio Capital Social $ 20.000 Total $ 25.000 As aplicações desses recursos foram feitas nos itens do Ativo conforme enunciado acima. Co nta bil ida de Au la 04 - M ét od o Da s P ar tid as D ob ra da s 41Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Síntese Nesta aula, tivemos contato com a técnica contábil que permite o equilíbrio do patrimônio, fazendo com que cada operação seja registrada de acordo com o método das partidas dobradas. Na próxima aula, estudaremos os grupos de contas patrimoniais, assim você entenderá melhor como é apresentado o Balanço Patrimonial e como deve ser interpretado. Referências Bibliográficas IUDÍCIBUS, Sérgio de et. al. Contabilidade Introdutória. 7. ed. São Paulo: Atlas. Co nta bil ida de Au la 05 - Ex er cíc ios 42Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Aula Nº 5 – Exercícios Objetivos da aula: O objetivo desta aula é apresentar exemplos e exercícios para colocarmos em prática tudo o que foi visto até agora em termos conceituais e técnicos. Vamos registrar os mais variados fatos administrativos para mostrar como se comporta o patrimônio da empresa. Ao final desta aula, você estará apto a compreender as rotinas de “fechamento dos números”, os lançamentos finais e a integridade das demonstrações financeiras. 1. Exercício A Cia. Principal S/A iniciou suas atividades no dia 02/01/2003. Durante o seu primeiro mês de funcionamento, os seguintes fatos ocorreram: 1o. No dia 04/01 - Integralização do Capital Social da empresa no valor de R$ 100.000,00. 2o. No dia 06/01- Compra de equipamentos a vista, no valor de R$ 10.000,00. 3o. No dia 19/01 - Adquiriu Móveis e Utensílios a vista, no valor de R$ 5.000,00. 4o. No dia 20/01 - Comprou mercadorias a vista por R$ 20.000,00. 5o. No dia 22/01 - Adquiriu um veículo para fazer entregas, no valor de R$ 45.000,00; pagando R$ 15.000,00 e assinando notas promissórias para a dívida restante. 6o. No dia 22/01 - Vendeu mercadorias a vista, no valor de R$ 2.000,00, sem obter lucro. 7o. No dia 23/01 - Vendeu mercadorias a prazo, por R$ 1.000,00, não obtendo lucro nessa venda. 8o. No dia 24/01 - Outra venda de mercadorias no valor de R$ 3.000,00; recebendo 50% a vista e ficando o restante para ser recebido posteriormente. Mais uma vez, não obteve lucro na transação. Co nta bil ida de Au la 05 - Ex er cíc ios 43Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno 9o. No dia 24/01 - Recebimento da conta referente às mercadorias vendidas em 23/01. 10o. No dia 25/01 - Pagou R$ 2.000,00 referentes ao veículo comprado em 22/01. 11o. No dia 26/01 - Comprou mercadorias por R$ 40.000,00, pagando 15% a vista e o restante a prazo. 12o. No dia 27 - Vendeu a vista mercadorias que custaram R$ 20.000,00 por R$ 30.000,00, obtendo um lucro de R$ 10.000,00. 13o. No dia 28/01 - Pagou salários do pessoal de escritório no valor de R$ 1.000,00. 14o. No dia 29/01 - Vendeu mercadorias que custaram R$ 5.000,00 por R$ 4.000,00 (houve um prejuízo de R$ 1.000,00 nessa transação), recebendo a vista. 15o. No dia 31/01 - Pagou comissões sobre vendas aos seus vendedores no valor de R$ 2.000,00. A contabilidade registra todas as operações da empresa no livro diário, em ordem cronológica de ocorrência dos fatos, colocando, em primeiro lugar, a conta debitada e depois a conta creditada precedido pelo artigo “a”; em cada operação, coloca-se, também, um histórico para identificar a operação e os documentos comprobatórios que a sustentam. Vamos apresentar, aqui, um modelo de diário simplificado (sem o histórico): 2. Livro Diário data Conta debitada Conta creditada Valor debitado Valor creditado 04/01 Caixa a Capital 100.000,00 100.000,00 06/01 Equipamentos a Caixa 10.000,00 10.000,00 19/01 Móveis e Utensílios a Caixa 5.000,00 5.000,00 Co nta bil ida de Au la 05 - Ex er cíc ios 44Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno 20/01 Mercadorias a Caixa 20.000,00 20.000,00 22/01 Veículos a Caixa a Títulos a Pagar 45.000,00 15.000,00 30.000,00 22/01 Caixa Custo das Mercadorias Vendidas a Receita de Vendas a Mercadorias 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 23/01 Contas a Receber Custo das Mercadorias Vendidas a Receita de Vendas a Mercadorias 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 24/01 Caixa Custo das Mercadorias Vendidas Contas a Receber a Receita de Vendas a Mercadorias 1.500,00 3.000,00 1.500,00 3.000,00 3.000,00 24/01 Caixa a Contas a Receber 1.000,00 1.000,00 25/01 Títulos a Pagar a Caixa 2.000,00 2.000,00 26/01 Mercadorias a Caixa a Fornecedores 40.000,00 6.000,00 34.000,00 27/01 Caixa Custo das Mercadorias Vendidas a Receita de Vendas a Mercadorias 30.000,00 20.000,00 30.000,00 20.000,00 28/01 Despesa de Salários a Caixa 1.000,00 1.000,00 29/01 Caixa Custo das Mercadorias Vendidas a Receita de Vendas a Mercadorias 4.000,00 5.000,00 4.000,00 5.000,00 Co nta bil ida de Au la 05 - Ex er cíc ios 45Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno 31/01 Despesa de Comissões a Caixa 2.000,00 2.000,00 Outro livro que deve ser escriturado pela Contabilidade, para efeitos de controle das contas, é o livro Razão, que vamos aqui simplificar pelos “razonetes”. Por meio do Razão, cada conta tem sua movimentação controlada separadamente. 3. Livro Razão (ou razonetes) Contas de Ativo CaixaMercadorias Contas a Receber (1) 100.000 10.000 (2) (4) 20.000 2.000 (6) (7) 1.000 1.000 (9) (6) 2.000 5.000 (3) (11) 40.000 1.000 (7) (8) 1.500 (8) 1.500 20.000 (4) 3.000 (8) 2.500 1.000 (9) 1.000 15.000 (5) 20.000 (12) 1.500 (12) 30.000 2.000 (10) 60.000 26.000 6.000 (11) 34.000 1.000 (13) 2.000 (14) 134.500 61.000 73.500 Equipamentos Móveis e Utensílios Veículos (2) 10.000 (3) 5.000 (5) 45.000 10.000 5.000 45.000 Contas de Passivo Capital Títulos a Pagar Fornecedores 100.000 (1) (10) 2.000 30.000 (5) 34.000 (11) 100.000 28.000 34.000 Co nta bil ida de Au la 05 - Ex er cíc ios 46Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Contas de Resultado Receita de Vendas C.M.V Despesas de Salários 2.000 (6) (6) 2.000 (13) 1.000 1.000 (7) (7) 1.000 1.000 1.000 (E3) 3.000 (8) (8) 3.000 30.000 (12) (12) 20.000 (E1) 36.000 36.000 26.000 26.000 (E2) Despesas de Comissões Apuração do Resultado Lucro do Exercício (14) 2.000 (E2) 26.000 36.000 (E1) 7.000 (E5) 2.000 2.000 (E4) (E3) 1.000 (E4) 2.000 29.000 36.000 7.000 4. Balancete de Verificação Para verificarmos se os lançamentos foram contabilizados corretamente e, para ter um resumo do saldo das contas, a Contabilidade prepara o Balancete de Verificação, que nada mais é do que uma listagem de contas com os respectivos saldos: CONTAS SALDOS DEVEDORES SALDOS CREDORES Caixa 73.500,00 Mercadorias 34.000,00 Contas a Receber 1.500,00 Equipamentos 10.000,00 Móveis e Utensílios 5.000,00 Veículos 45.000,00 Capital 100.000,00 Títulos a Pagar 28.000,00 Fornecedores 34.000,00 Receita de Vendas 36.000,00 Co nta bil ida de Au la 05 - Ex er cíc ios 47Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Custo das Mercadorias Vendidas 26.000,00 Despesas de Salários 1.000,00 Despesas de Comissões 2.000,00 Total 198.000,00 198.000,00 6. Apuração do Resultado Para apurar o resultado do exercício, todos os valores das contas de resultado são transferidos para uma única conta chamada “Apuração do Resultado do Exercício” – A.R.E. Para transferir as despesas, fazemos um débito na conta “A.R.E.” e um crédito na conta de despesa e, para transferir o saldo das contas de receitas, fazemos um débito na conta de receita e um crédito na conta “A.R.E.”. Veja os lançamentos feitos na cor vermelha. Após a apuração do resultado, podemos levantar o Balanço Patrimonial. 7. Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Caixa 73.500,00 Fornecedores 34.000,00 Contas a Receber 1.500,00 Títulos a Pagar 28.000,00 Mercadorias 34.000,00 Móveis e Utensílios 5.000,00 Veículos 45.000,00 Patrimônio Líquido Equipamentos 10.000,00 Capital 100.000,00 Lucro do Exercício 7.000,00 Total do Ativo 169.000,00 Total do Passivo 169.000,00 4. Demonstração do Resultado Co nta bil ida de Au la 05 - Ex er cíc ios 48Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Para acompanhar o Balanço Patrimonial, elabora-se, também, a Demonstração do Resultado para que o leitor saiba como se chegou ao resultado de R$ 7.000,00. Receita de Vendas R$ 36.000,00 (-) C.M.V. (R$ 26.000,00) = Lucro Bruto sobre Vendas R$ 10.000,00 (-) Despesas Operacionais Salários R$ 1.000,00 Comissões R$ 2.000,00 (R$ 3.000,00) Lucro antes do Imposto de Renda R$ 7.000,00 Co nta bil ida de Au la 05 - Ex er cíc ios 49Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Síntese Nesta aula, tivemos contato com a prática contábil, fizemos todos os lançamentos contábeis necessários para registrar as operações da Cia. Principal, de acordo com o método das partidas dobradas, encerramos as contas de resultado e preparamos os demonstrativos contábeis, o que nos permitiu verificar o equilíbrio do patrimônio. Na próxima aula, estudaremos os grupos de contas patrimoniais, assim você entenderá melhor como é apresentado o Balanço Patrimonial e como deve ser interpretado. Referências Bibliográficas IUDÍCIBUS, Sérgio de et. al. Contabilidade Introdutória. 7.ed. São Paulo: Atlas. Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 50Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Aula Nº 6 – Grupos de Contas Patrimoniais Objetivos da aula: Objetivo desta aula será conceituar todos os grupos de contas patrimoniais de acordo com a legislação vigente. Para um melhor entendimento do assunto, vamos explorar, inicialmente, o plano de contas, as condições para sua elaboração e as características dos planos de contas das diversas atividades. Ao final desta aula, você estará apto a compreender a divisão das contas apresentadas no Balanço Patrimonial, podendo tirar algumas conclusões a respeito dos números apresentados nos balanços das empresas. 1. Introdução Plano de Contas Para atender às necessidades de registro dos fatos administrativos, de forma a possibilitar a construção dos principais relatórios contábeis e atender a todos os usuários da informação contábil, o contador elabora um Plano de Contas. A estruturação do Plano de Contas deve ser planejada de forma que possibilite os melhores resultados no trato com as informações contábeis. É uma peça de fundamental importância dentro da organização contábil. Sem ele, torna-se impossível os registros dos fatos administrativos de forma ordenada. Para melhor compreensão do conjunto patrimonial e sistematização do Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 51Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno trabalho contábil, as contas devem ser ordenadas, seguindo uma forma lógica, e estruturadas. O principal objetivo das contas é possibilitar o registro dos lançamentos contábeis, criando condições ótimas de classificação e acumulação dos dados. 2. Condições para elaboração do Plano de Contas Algumas condições devem ser observadas para elaboração do plano de contas: 1. O contador deve monitorar e aconselhar os dirigentes da empresa quanto às necessidades de informações que poderão ser produzidas pela Contabilidade, mas sempre respeitando o seu ponto de vista. 2. O plano de contas deve ser personalizado, atendendo às necessidades específicas de cada empresa com suas segmentações de responsabilidade e às necessidades de informação de todos os usuários das informações contábeis; 3. Procurar atender aos demais usuários da informação contábil, partindo das necessidades de informações do(s) dirigente(s), e seguindo em ordem hierárquica, toda empresa; 4. A classificação deve atender o detalhamento adequado ao Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados e Fluxo de Caixa, que são os relatórios mais importantes da empresa; 5. Os agrupamentos das contas devem ser feitos pensando nos relatórios ou informações que deles se organizarão; 6. A codificação das contas deve conter elementos claros para sua rápida identificação e assimilação do querepresentam; Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 52Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno 7. A classificação deve partir do geral para o particular; 8. Deve haver flexibilidade (margem para ampliação) e operacionalidade nos planos propostos. 9. Os títulos das contas devem refletir, imediatamente, os elementos patrimoniais que representam - devendo ser claros e sucintos; 3. Fundamentos para a estruturação do Plano de Contas Para que se observem as condições de integração e navegabilidade de dados, alguns fundamentos são necessários para a estruturação dos planos de contas: 1. A estruturação do plano de contas deve fazer com que a apresentação da informação seja automática para os relatórios futuros, para evitar re- trabalho e duplicidade de dados; 2. Deve fornecer a informação no grau de detalhamento necessário, evitando-se informações relevantes de modo resumido, dificultando sua compreensão; 3. Deve ser estruturada para manter o inter-relacionamento completo entre as contas afins do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados; 4. Para que os três fundamentos anteriores possam ser atendidos, devem ser criadas tantas contas adicionais quantas forem necessárias. 4. Personalização do Plano de Contas Como descrevemos nas condições para elaboração de um plano de contas, Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 53Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno cada entidade tem um plano de contas personalizado, isto é, em harmonia com a sua atividade, seu patrimônio, sua constituição jurídica e disposições legais inerentes. Embora possa existir uma tendência de padronização estrutural dos planos de contas de empresas pertencentes a uma mesma atividade, não haverá dois planos de contas exatamente iguais - isto é, os planos de contas das empresas comerciais, por exemplo, têm semelhança estrutural, mas, ao serem comparados, os planos de contas de todas essa empresas, verifica-se que são diferentes entre si em muitos aspectos particulares à operação de cada empresa, levando a marca da direção da empresa a que pertence; sendo identificado, também, pelos problemas especiais da empresa e pela filosofia do trabalho por ela adotada. Assim acontece em entidades de qualquer atividade: industriais, financeiras, agro-pastoris, de transportes, entidades governamentais, comunicações, entidades de finalidades não lucrativas etc. Os planos de contas de empresas comercias, por exemplo, têm uma semelhança estrutural genérica que caracteriza a atividade comercial; há também uma semelhança estrutural específica que caracteriza o setor comercial, o tipo de comércio; assim, os planos de contas dos supermercados têm, entre si, uma semelhança estrutural específica, diferente da semelhança de estrutura dos planos de contas das empresas que comercializam automóveis, e assim por diante. A legislação, quase sempre interfere na elaboração dos planos de contas de certas entidades que desenvolvem atividades sob controle estatal, sendo essas organizações obrigadas a adotar planos de contas de estrutura geral padronizada. A padronização legal, às vezes, resume-se na forma de registrar certas operações, outras vezes na forma de apresentar os relatórios, ou no uso compulsório de certos títulos de contas, É o que acontece, por exemplo, com a planificação de contas dos estabelecimentos bancários e de seguros que, além de seguirem as normas usuais de sua atividade, estão sujeitos à legislação das sociedades anônimas e às instruções baixadas pelo Banco Central do Brasil e à legislação específica que controla a atividade securitária no país; o mesmo acontece com as cooperativas, com as empresas de transportes, companhias de comunicações, empresas agro-pastoris etc. Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 54Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno A administração pública deve organizar suas contas em conformidade com o padrão legal estabelecido pela Lei Federal n.º 4320, de 17 de março de 1964. Essa lei padroniza a estrutura dos balanços patrimoniais, financeiro e orçamentário, indicando até as denominações dos grupos de contas e de muitas contas de primeiro, segundo e terceiro graus. Assim, tanto o Governo Federal como os Governos Estaduais, Municipais e correspondentes autarquias são obrigadas a estruturar suas contas em rigorosa consonância com a legislação financeira nacional. Toda empresa obrigada a manter uma estruturação contábil deve efetuar um estudo preliminar sobre quais contas utilizará para registrar suas operações. Desse trabalho, resultará uma relação de contas que servirá como guia nas tarefas contábeis. Essa relação de contas é conhecida como Plano de Contas. O Plano de Contas leva em consideração algumas características funcionais, tais como: Interesse dos usuários - as pessoas que utilizam a contabilidade devem definir que tipo de informação contábil desejam que a Contabilidade lhes forneça, sejam elas gerentes ou administradores. Tamanho da empresa - se é micro, pequena, média ou grande empresa. Ramo de Atividade – comercial, industrial, prestação de serviços - de acordo com o objetivo social de cada empresa e as características do seu ramo de atividade. Sistema Contábil - a contabilidade pode ser manual, mecanizada ou eletrônica, executada conforme a disponibilidade de recursos materiais e humanos da empresa. 5. Contas de Resultado As Contas de Resultado, ou seja, receitas e despesas não aparecem no Balanço, uma vez que, no processo contábil de encerramento de exercício, os seus saldos devem ser zerados para apuração do resultado lucro ou prejuízo, Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 55Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno sendo este resultado considerado um item do Balanço Patrimonial. Estrutura do Plano de Contas - as contas patrimoniais que compõem o balanço devem ser dispostas em grupos e grau decrescentes de liquidez para facilitar a interpretação e análise da situação financeira. 6. Codificação das contas O Plano de Contas apresentado pode, por exemplo, ser codificado da seguinte maneira: inicia-se com a codificação “1” para todas as contas do Ativo; com a codificação “2” para todas as contas do Passivo e Patrimônio Líquido; com a codificação “3” para todas as contas de Receita e Deduções da Receita; com a codificação “4’’ para as contas dedutivas nos resultados (custos, despesas, participações etc.), com a codificação “5” para a apuração de resultado. Exemplo: 1. Ativo 1.1 Ativo Circulante 1.1.1 Ativo Circulante Caixa 1.1.2 Ativo Circulante Bancos Isso facilita muito os lançamentos em sistemas informatizados. No Brasil, a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações) padronizou o título de cada grupo do balanço. Assim, o balanço patrimonial deve ser apresentado com as contas classificadas nos seguintes grupos: No Ativo - Circulante - Realizável em longo prazo - Permanente Investimento Imobilizado Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 56Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Diferido No Passivo - Circulante - Exigível em longo prazo - Resultado de exercícios futuros - Patrimônio líquido A apresentação das contas do ativo em grupos deve obedecer a uma ordem decrescente de grau de liquidez, representando esta a maior ou menor facilidade com que determinados bens são transformados em numerário. O artigo 179 da Lei 6.404 estabelece a forma de classificação dos ativos circulantes e deixa clara a definição de curto prazo: “Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicaçõesde recursos em despesas do exercício seguinte.” Portanto, o critério de classificação das contas, dentro de cada grupo do ativo, está relacionado com os fatores tempo, intenção e dinheiro. O título de cada grupo indica qual o tempo necessário à empresa para transformar seus ativos em dinheiro, de acordo com suas intenções. No ativo circulante, existe a intenção de transformar em dinheiro e o tempo está definido pela lei, todos os direitos com vencimento no próximo exercício social. O primeiro critério para classificação das contas do passivo dentro de cada grupo é o da exigibilidade ou não das contas para a empresa. Quando as contas representam exigibilidade, a classificação se fará de acordo com o prazo que a companhia terá para pagar suas dívidas. Se as contas não representarem exigibilidades, serão classificadas como patrimônio líquido, com exceção das contas classificadas como resultados de exercícios futuros. Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 57Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno As exigibilidades de curto prazo, ou seja, aquelas cujo vencimento estão dentro do exercício social subseqüente ao encerramento do balanço, serão classificadas no Passivo Circulante e as exigibilidades cujo vencimento ultrapassam o exercício social subseqüente são classificadas no Exigível em Longo Prazo. 7. Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO C I R C U L A N T E C I R C U L A N T E disponibilidades créditos de curto prazo EXIGÍVEL EM LONGO PRAZO estoques despesas antecipadas RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO P E R M A N E N T E PATRIMÔNIO LÍQUIDO investimentos imobilizado Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 58Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno diferido 8. Elenco das contas Patrimoniais e de Resultado ELENCO DE ATIVO ATIVO CIRCULANTE DISPONIBILIDADES Caixa Bancos c/ Movimento Aplicações de Liquidez Imediata CRÉDITOS A RECEBER Duplicatas a receber a) Clientes b) Coligadas e controladas - transações operacionais (-) Duplicatas Descontadas (-) Provisão para Devedores Duvidosos Títulos a Receber Bancos - Contas Vinculadas Adiantamentos a Empregados Impostos a Recuperar Investimentos temporários a) Aplicações temporárias em ouro b) Aplicações em Títulos e Valores Mobiliários c) Imóveis destinados à Venda ESTOQUES Mercadorias para revenda Material de expediente Importações em Andamento de Bens Destinados à Venda Adiantamento a Fornecedores de Bens Destinados à Venda DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE PAGAS ANTECIPADAMENTE Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 59Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Seguros a Vencer Juros a Apropriar Assinaturas e Anuidades a Apropriar ATIVO REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO CRÉDITOS E VALORES Bancos - Contas Vinculadas Clientes Créditos com Coligadas e Controladas - Transações não Operacionais Créditos c/ Sócios, Acionistas ou Titular Adiantamentos a Terceiros (-) Provisão para Devedores Duvidosos INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS EM LONGO PRAZO Títulos a Valores Mobiliários Aplicações Temporárias em Incentivos Fiscais Empréstimos compulsórios DEPESAS ANTECIPADAS Seguros a Vencer em Longo Prazo ATIVO PERMANENTE INVESTIMENTOS Participações permanentes em outras sociedades Obras-de-Arte Terrenos e Imóveis para utilização futura Imóveis Destinados à Renda (-) Provisão para Perdas Permanentes IMOBILIZADO Terrenos Instalações Máquinas e Equipamentos Móveis e Utensílios Veículos Construções em Andamento Importações em Andamento de Bens do Imobilizado Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 60Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Adiantamento para Inversões Fixas Direitos de Uso de Telefones Marcas e Patentes Industriais Florestamento e Reflorestamento Direitos sobre Recursos Naturais (-) Depreciação Acumulada (-) Amortização Acumulada (-) Exaustão Acumulada DIFERIDO Despesas de Implantação e Pré-Operacionais Despesas de Modernização Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos (-) Amortização Acumulada PASSIVO CIRCULANTE Salários a Pagar Fornecedores Encargos Sociais a Pagar Empréstimos a Pagar Impostos e Taxas a Recolher Adiantamentos Recebidos Participações e Gratificações a Pagar EXIGÍVEL EM LONGO PRAZO Empréstimos e Financiamentos Debêntures a Resgatar Imposto de Renda Diferido Provisão para Riscos Fiscais e outros Passivos Contingentes RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS Receita de Exercícios Futuros (-) Custos e Despesas correspondentes às Receitas Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 61Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Capital Subscrito (-) Capital a Integralizar Reservas de Capital Reserva de Reavaliação Reservas de Lucros Lucros (ou Prejuízos) Acumulados (-) Ações em Tesouraria CUSTOS E DESPESAS DO EXERCÍCIO CUSTOS DO EXERCÍCIO Custo das Mercadorias Vendidas DESPESAS DO EXERCÍCIO DESPESAS ADMINISTRATIVAS Honorários da Diretoria Gratificações à Diretoria Honorários diversos Contribuições p/ INSS Materiais de Expediente Consumidos Seguros Despesas de viagens Contribuições e doações Assinaturas de jornais e revistas Depreciações Amortizações DESPESAS COM PESSOAL Ordenados e férias 13º salário Gratificação a empregados Contribuições p/ INSS Contribuições p/ FGTS Indenizações Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 62Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Refeitório Vale-Transporte DESPESAS COM VENDAS Comissões s/ vendas Fretes s/ vendas Contribuições p/ INSS Despachos PIS s/ Receita Operacional I.P.V.A. Adicional do IR - Estadual I.P.T.U. Impostos e taxas diversos Multas Fiscais Propaganda DESPESAS TRIBUTÁRIAS Imposto s/ operações financeiras IR s/ aplicações financeiras Contribuição Social s/ lucros ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS DESPESAS FINANCEIRAS Juros de mora passivos Juros passivos Descontos concedidos Despesas bancárias Correção pré-fixada passiva Multas contratuais (-) RECEITAS FINANCEIRAS Juros Ativos Juros de Mora Ativos Correção monetária pré-fixada ativa Descontos obtidos Comissões ativas Renda de participações Renda de aplicações financeiras ENCARGOS MONETÁRIOS LÍQUIDOS Co nta bil ida de Au la 06 - Gr up os d e Co nt as P at rim on iai s 63Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno VARIAÇÕES MONETÁRIAS PASSIVAS Correção monetária pós-fixada passiva Variação cambial passiva (-) VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS Correção monetária pós-fixada ativa Variação cambial ativa DESPESAS GERAIS Conservação e limpeza Comunicações Energia elétrica Água e esgoto Aluguéis passivos Despesas c/ veículos Leasing Despesas diversas PERDAS DIVERSAS Perdas por insolvência Formação de Prov. p/ Riscos de Créditos
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