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Pneumonia 
 
Pneumonias são infecções que se instalam nos pulmões, órgãos duplos 
localizados um de cada lado da caixa torácica. Podem acometer a região dos 
alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos 
brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). 
Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente 
infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no 
espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre 
muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o 
sangue. 
Diferentes do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos 
da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente. 
 
Sintomas 
 
- Febre alta; 
- Tosse; 
- Dor no tórax; 
- Alterações da pressão arterial; 
- Confusão mental; 
- Mal-estar generalizado; 
- Falta de ar; 
- Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada; 
- Toxemia; 
- Prostração. 
 
Fatores de risco 
 
- Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes 
infecciosos; 
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- Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do 
aparelho respiratório; 
- Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e 
bactérias; 
- Resfriados mal cuidados; 
- Mudanças bruscas de temperatura. 
 
Diagnóstico 
 
Exame clínico, auscultação dos pulmões e radiografias de tórax são recursos 
essenciais para o diagnóstico das pneumonias. 
 
Tratamento 
 
O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos e a melhora 
costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se 
necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações 
clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da 
função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela 
baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não 
funciona para a troca de gases. 
 
Recomendações 
 
- Não fume e não beba exageradamente; 
- Observe as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado 
em condições adequadas; 
- Não se exponha a mudanças bruscas de temperatura; 
- Procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para 
diminuir a probabilidade de complicações. 
 
 
 
 
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Bronquite 
 
Bronquite é a inflamação dos brônquios que ocorre quando seus minúsculos 
cílios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. Esse acúmulo 
de secreção faz com que os brônquios fiquem permanentemente inflamados e 
contraídos. A bronquite pode ser aguda ou crônica. A diferença consiste na 
duração e agravamento das crises, que são mais curtas (uma ou duas 
semanas) na bronquite aguda, enquanto, na crônica, não desaparecem e 
pioram pela manhã. 
A bronquite aguda é causada geralmente por vírus, embora, em alguns casos, 
possa ser uma infecção bacteriana. O cigarro é o principal responsável pelo 
agravamento da doença. Poeiras, poluentes ambientais e químicos também 
pioram o quadro. 
A bronquite crônica instala-se como extensão da bronquite aguda e pode ser 
provocada unicamente pela fumaça do cigarro. Por isso, é conhecida por “tosse 
dos fumantes”, por ser rara entre não-fumantes. 
 
Sintomas 
 
Tanto na forma aguda quanto na crônica, a tosse é o principal sintoma da 
bronquite. Tosse seca ou produtiva podem ser manifestações da bronquite 
aguda. Na crônica, porém, a tosse é sempre produtiva e a expectoração, 
espessa. Falta de ar e chiado são outros sintomas da doença. 
Atenção: 
A bronquite crônica aumenta o risco de outras infecções respiratórias, 
particularmente o da pneumonia. 
 
Recomendações 
 
# A medida mais importante para o tratamento da bronquite é parar de fumar. 
Se você não consegue, tente fumar menos e evite locais onde haja pessoas 
fumando; 
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# Utilize máscara ou outro equipamento protetor, se você trabalha sujeito à 
inalação de elementos irritantes; 
# Ingira bastante água, pois ela ajuda a diluir as secreções brônquicas e facilita 
a expectoração; 
# Evite contato com pessoas resfriadas, gripadas ou com outras doenças 
transmissíveis por via respiratória; 
# Não impeça a tosse produtiva; 
# Evite locais onde o ar seja seco demais. 
 
 
Asma 
 
Asma é o estreitamento dos bronquíolos (pequenos canais de ar dos pulmões) 
que dificulta a passagem do ar provocando contrações ou broncoespasmos. As 
crises comprometem a respiração, tornando-a difícil. 
Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco o que aumenta o 
problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma vez 
que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco. 
A asma acomete pessoas de qualquer idade. A maioria dos casos, todavia, é 
diagnosticada na infância e é comum manifestar-se em pessoas de uma 
mesma família. 
 
Sintomas 
 
Os sintomas mais freqüentes são falta de ar, tosse seca, chiado e opressão no 
peito. Gripes e resfriados costumam agravá-los. 
Fatores de risco e desencadeadores de crises (gatilhos) 
Os fatores de risco são diversos. Entre adultos destacam-se o fumo e a 
exposição a produtos irritantes. Pais fumantes provocam aumento considerável 
da susceptibilidade nas crianças. 
Pólen, mofo, ácaros, fumaça de cigarro, poluentes do ar, gases químicos, 
inseticidas, poeiras e até determinados alimentos, como o leite e os ovos, 
podem desencadear as crises. 
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Além disso, resfriados e gripes, o estresse emocional e a prática de exercícios 
vigorosos podem agravar os sintomas. Instalada a crise, pacientes adultos (e, 
se crianças, seus pais) podem entrar em pânico, o que agrava o problema. 
 
Recomendações 
 
# Não fume. Numa família de asmático ninguém deve fumar. Evite o contato 
com fumaça e com fumantes; 
# Todos os membros de uma família de asmáticos precisam ser orientados a 
respeito das características da doença e das crises. A informação correta ajuda 
a reduzir os mitos que cercam a doença e os doentes; 
# Identifique os sintomas iniciais das crises e tome as medidas necessárias 
para que não se tornem graves; 
# Submeta-se a testes de pele para identificar possíveis alergias a alguma 
substância específica; 
# Evite apanhar resfriados e gripes; 
# Fumaças, gases, cheiros de tinta, de produtos de limpeza ou de higiene 
pessoal e perfumes podem ser prejudiciais aos asmáticos. Fuja deles; 
# Evite mudanças abruptas de temperatura; 
# Exercite-se moderadamente todos os dias. Não cometa excessos. A asma 
não deve limitar a vida ou a atividade física de ninguém. Caminhar, nadar e 
pedalar são atividades muito saudáveis; 
# Tome muito líquido. Recomenda-se ingerir de cinco a oito copos por dia. Isso 
ajuda a diluir a secreção brônquica e facilita a expectoração; 
# Pratique exercícios respiratórios. Ioga pode ser uma boa sugestão; 
# Não tome medicamentos indutores do sono, que usualmente tornam a 
respiração mais lenta; 
# Se café, chá ou outro produto qualquer mantêm você desperto, não os tome 
no fim da tarde ou à noite; 
# Se tosse ou outros sintomas não o deixam dormir, eleve a cabeceira da cama 
com calços ou utilize travesseiros extras; 
# Use broncodiltadores ou outros medicamentos prescritos por seu médico. 
Evite a chamada medicação caseira. Inaladores orais podem ser muito 
eficientes; 
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# Combata a azia, que predispõe as pessoas a crises de asma. 
# Evite o pânico nos momentos de crise. 
 
Observe corretamente as orientações do seu médico Mantenha-o informado 
sobre todo tratamento caseiro que eventualmente você adote. 
A asma não controlada pode causar sérias complicações. Consulte o médico 
na ocorrência de qualquer febre durante as crises, tosse persistente, respiração 
difícil, falta de ar e dor no peito. 
 
 
Enfisema 
 
O enfisema é uma irritação respiratória crônica, de lenta evolução, quase 
semprecausada pelo fumo, embora outros agentes (poeira, poluentes, vapores 
químicos) também possam provocá-lo. No enfisema, os alvéolos transformam-
se em grandes sacos cheios de ar que dificultam o contato do ar com o 
sangue, uma vez que foi destruído o tecido por onde passavam os vasos. 
Alguns fatores hereditários também podem contribuir para o aparecimento do 
enfisema. 
Relativamente rara, a deficiência congênita de uma enzima protetora dos 
pulmões pode indicar maior predisposição para desenvolver a doença mesmo 
em não-fumantes. Nesse caso, ela se manifesta em pessoas mais jovens e sua 
evolução é mais rápida. 
 
Sintomas 
 
Respiração ofegante com chiado, tosse, sensação de sufoco são sintomas do 
enfisema, mas o pior deles é a falta de ar que se agrava à medida que a 
doença se agrava. Os pulmões se tornam menos eficientes e o peito adquire 
uma forma cilíndrica característica da doença. 
No enfisema, os alvéolos ficam comprometidos e perdem a capacidade de 
fornecer oxigênio ao sangue e dele retirar o dióxido de carbono. Alvéolos 
saudáveis são minúsculos, numerosos, esponjosos e elásticos. No enfisema, 
são maiores, menos numerosos e comparativamente mais rígidos. Nos 
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estágios avançados da doença, a pessoa fica impossibilitada de executar até 
mesmo atividades físicas insignificantes e pode necessitar de oxigênio 
suplementar. Nesses casos, o enfisema pode ser fatal. 
 
Outras recomendações: 
 
# Execute as tarefas enquanto estiver expirando; 
# Adote o critério de respirar com os lábios contraídos (posição de assobio), 
deixando apenas uma passagem pequena para o ar. Inale pelo nariz. Expire 
vagarosamente e com firmeza; 
# Pare e descanse assim que sentir falta de ar; 
# Inale oxigênio suplementar sempre que necessário; 
# Planeje seus afazeres. Defina o meio mais eficiente e menos cansativo para 
executar suas tarefas; 
# Estabeleça prioridades. Você não pode executar tudo da forma que estava 
acostumado. Escolha o que é prioritário; 
# Controle-se. Mantenha um ritmo lento e contínuo para executar suas tarefas. 
Evite concentrá-las em determinados momentos; 
# Estabeleça períodos de descanso ao longo do dia; 
# Para vestir-se, barbear-se ou aplicar maquiagem, sente-se; 
# Sempre que possível, use roupas folgadas, fáceis de vestir e de despir; 
# Se você estiver acima de seu peso, emagreça. O esforço para suportar o 
peso excedente é grande e desnecessário. Coma alimentos com pouca 
gordura e muita fibra. 
# Nas relações sexuais, aprenda a valorizar as atitudes preliminares: 
conversar, tocar, beijar e afagar. Planeje sua atividade sexual para os dias que 
estiver com mais energia. Não tente fazer sexo quando estiver cansado(a) ou 
após uma refeição substancial. Peça ao parceiro(a) para ser mais ativo(a) 
 
Atenção: O enfisema aumenta a susceptibilidade à pneumonia. Mantenha seu 
médico informado se notar qualquer sinal de infecção. 
 
 
Recomendações 
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Se você fuma, abandone o vício. A suspensão do fumo impede a progressão 
da doença, porém não reverte o processo. Os danos aos alvéolos são 
permanentes e os sintomas do enfisema permanecem. Novos tratamentos que 
buscam minimizar seus efeitos vêm sendo testados com sucesso. 
 
 
 
 Tuberculose 
 
 
A tuberculose, transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, 
é provavelmente a doença infecto-contagiosa que mais mortes ocasiona no 
Brasil. Estima-se, ainda, que mais ou menos 30% da população mundial 
estejam infectados, embora nem todos venham a desenvolver a doença. 
Na verdade, as pessoas se comportam como reservatórios do bacilo, ou seja, 
convivem com ele porque não conseguem eliminá-lo ou destruí-lo e, uma vez 
reativado o foco, passarão a ser infectantes. 
A primo-infecção ocorre quando a pessoa entra em contato com o bacilo pela 
primeira vez. Proximidade com pessoas infectadas, assim como os ambientes 
fechados e pouco ventilados favorecem o contágio. 
O bacilo de Koch é transmitido nas gotículas eliminadas pela respiração, por 
espirros e pela tosse. Para que a primo-infecção ocorra, é necessário que ele 
chegue aos alvéolos. Se não alcançar os pulmões, nada acontece. A partir dos 
alvéolos, porém, pode invadir a corrente linfática e alcançar os gânglios 
(linfonodos), órgãos de defesa do organismo. 
A doença evolui quando a pessoa não consegue bloquear o bacilo que se 
divide, rompe a célula em que está fagocitado e provoca uma reação 
inflamatória muito intensa em vários tecidos a sua volta. O pulmão reage a 
essa inflamação produzindo muco e surge tosse produtiva. 
Como o bacilo destrói a estrutura alveolar, formam-se cavernas no tecido 
pulmonar e vasos sangüíneos podem romper-se. Por isso, na tuberculose 
pulmonar, é freqüente a presença de tosse com eliminação de catarro, muco e 
sangue. 
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Além dos pulmões, a doença pode acometer órgãos como rins, ossos, 
meninges, etc. 
 
Sintomas 
 
Tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, 
cansaço, dor no peito, falta de apetite e emagrecimento são os principais 
sintomas da tuberculose. Nos casos mais avançados, pode aparecer escarro 
com sangue. Pessoas com esses sintomas associados ou isoladamente devem 
procurar um Posto de Saúde o mais rápido possível, pois o tratamento é 
gratuito e deve ser iniciado imediatamente. 
 
Diagnóstico 
 
Leva em consideração os sintomas e é confirmado pela radiografia do pulmão 
e análise do catarro. Ajudam a confirmar o diagnóstico o teste de Mantoux, que 
consiste na aplicação de tuberculina (extraída da própria bactéria) debaixo da 
pele, a broncoscopia e a biópsia pulmonar. 
 
Tratamento 
 
O tratamento é feito com três draogas diferentes: pirazinamida, isoniazida e 
rifamicina. Durante dois meses, o paciente toma os três medicamentos e, a 
partir do terceiro mês, toma só isoniazida e rifampicina. 
O bacilo da tuberculose cresce fora e dentro da célula de defesa. Quando está 
fora, não só se multiplica muito rápido como adquire resistência também muito 
depressa. Para impedir seu crescimento e divisão fora da célula se fazem 
necessárias as três drogas e o tempo mais prolongado de tratamento. 
Dentro da célula de defesa, ele cresce mais lentamente e a indicação é usar 
uma droga que penetra na célula a fim de bloquear o crescimento da bactéria 
em seuinterior. Por isso, os remédios devem ser tomados por seis meses. Já 
se tentou reduzir para quatro meses, mas a taxa de recidiva foi muito grande. 
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É fundamental seguir à risca o tratamento. O que se tentou fazer, e com bons 
resultados, para facilitar a adesão dos pacientes foi prescrever doses mais 
altas para serem tomadas apenas dois dias na semana. 
 
Recomendações 
 
• Não suspenda o uso da medicação antes do prazo previsto. Se você começar 
a tomar os remédios e parar no meio do caminho, com certeza irá selecionar 
uma colônia de bactérias resistentes aos medicamentos e ficará mais difícil ser 
curado; 
• Lembre-se de que desnutrição, alcoolismo, uso de drogas ilícitas e de 
medicação imunossupressora aumentam o risco de contrair a doença; 
• Familiares e pessoas próximas aos infectados devem manter certos cuidados 
básicos como forma de afastar o risco de contágio durante a fase inicial da 
doença; 
• Portadores do vírus HIV e de doenças como diabetes, por exemplo, podem 
desenvolver formas graves de tuberculose. Por isso, devem manter-se sob 
constante observação médica; 
• Leve seu filho para tomar a vacina BCG contra a tuberculose. Se não foi 
vacinado, aos cinco anos, deve fazer o teste de Mantoux, ou PPD. Caso não 
apresente reação, deve ser vacinado em qualquer faixa de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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