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DIÁLOGOS URBANOS E 
PAISAGÍSTICOS 
(FUNDAMENTOS DE 
URBANISMO) 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Daniela Tahira Munhoz da Rocha 
 
 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Teremos aqui uma ideia geral sobre o tema “Diálogos urbanos e 
paisagísticos”. Iniciaremos com a apresentação de alguns conceitos e 
nomenclaturas que serão utilizados durante nossos estudos, e que estão 
presentes na nossa profissão, de modo a possibilitar a melhor compreensão de 
aspectos do planejamento urbano de suma importância para arquitetos, 
urbanistas e gestores imobiliários. 
Serão abordados a definição de cidade e as diferentes escalas do espaço 
geográfico, bem como de conceitos de organização e vida urbana, sempre 
tentando referenciar exemplos práticos. 
O último tópico abordado refere-se ao cenário da urbanização no Brasil, 
trazendo um breve histórico e alguns desafios e diretrizes para as cidades do 
século XXI. 
CONTEXTUALIZANDO 
Antes de iniciarmos o estudo dos diálogos urbanos e paisagísticos, os 
fundamentos de urbanismo, sua evolução ao longo do tempo, suas aplicações 
práticas e tendências para o futuro, é de fundamental importância nos atermos 
à análise de conceitos e elementos indispensáveis para que se estabeleçam os 
alicerces sob os quais será construído nosso conhecimento1. 
Conceituar o urbanismo não é tarefa fácil, sendo necessário primeiro 
estabelecer alguns termos que fazem parte da linguagem e do dia a dia do 
arquiteto, do urbanista, de gestores públicos e imobiliários. 
TEMA 1 – CONCEITOS 
De acordo com Turbay e Cassilha (2022), os elementos que ajudam a 
definir e compreender o planejamento urbano são: 
a. cidade – Lewis Mumford conceitua a cidade dentro da ótica do 
planejamento urbano como um espaço capaz de armazenar e transmitir 
bens produzidos pela população, concentrada de forma a possibilitar 
grande quantidade de facilidades em um espaço físico reduzido, capaz de 
se adaptar às necessidades da sociedade continuamente em mudança, 
 
1 FUTURE cities: Urban planners get creative. DW Documentary, 13 nov. 2022. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=HBMlQZeXMiA>. Acesso em: 24 jun. 2023. 
 
 
3 
sem abandonar, entretanto, a herança social já acumulada durante o 
tempo, que ajuda a contar a história das cidades por meio de intervenções 
relevantes como as bibliotecas, as universidades, as igrejas, os parques, 
entre tantos2; 
b. espaço – o espaço é produzido e organizado de acordo com os interesses 
das diferentes classes sociais, que adquire uma expressão espacial por 
meio da estruturação do espaço urbano de forma a segregar diferentes 
grupos sociais; 
c. lugar – combinando a visão estruturalista de que o espaço é socialmente 
produzido e não fornecido, e a visão humanista de que as pessoas não 
vivem em uma estrutura de relações geométricas, mas em um mundo de 
significado, fica claro que os espaços geralmente funcionam de maneiras 
específicas, com características e significados distintos, em contextos 
particulares. Então, “o espaço se torna lugar” (Koops; Galic, 2017); 
d. território – área da superfície de terra que contém uma nação, dentro de 
cujas fronteiras o Estado exerce a sua soberania, e que compreende todo 
o solo, inclusive rios, lagos, mares interiores, águas adjacentes, golfos, 
baías e portos; 
e. região – as regiões, que podem assumir diversas escalas, desde a região 
de uma cidade até uma região do país, passando pelas regiões 
metropolitanas; 
f. município – são as unidades com menor autonomia na organização 
político-administrativa brasileira; 
g. capital regional – cuja denominação é determinada para municípios que 
exercem grande influência em outros municípios de uma determinada 
região metropolitana; 
h. metrópole – uma definição clara para o fenômeno metrópole é a que a 
determina como uma forma de organização urbana, de território contínuo, 
com grande quantidade de população envolvida, em torno de um núcleo 
de alta densidade e bastante desenvolvido em termos de equipamentos 
urbanos. 
 
2 GONGADZE, S.; MAASSEN, A. Cidade de 15 minutos: a visão de Paris que tem inspirado um 
movimento global. Arch Daily, 12 mar. 2023. Disponível em: <https://www.archdaily.com. 
br/br/996966/cidade-de-15-minutos-a-visao-de-paris-que-tem-inspirado-um-movimento-global>. 
Acesso em: 28 jun. 2023. 
 
 
4 
Tabela 1 – Metrópoles brasileiras e suas redes de influência 
CIDADE 
POPULAÇÃO 
(rede de 
influência) 
ÁREA (km²) PIB (R$) 
C
A
T
E
G
O
R
IA
 D
A
S
 M
E
T
R
Ó
P
O
L
E
S
 
 São Paulo/SP 49.295.747 688.624,10 2.088.833.313 
 Rio de Janeiro/RJ 17.296.239 48.796,40 642.660.440 
Brasília/DF 11.649.359 1.753.408,90 457.259.929 
 Recife/PE 23.601.254 345.048,80 384.805.000 
Belo Horizonte/MG 21.069.799 571.747,70 546.853.629 
Fortaleza/CE 20.109.664 764.171,90 272.713.836 
Salvador/BA 14.471.227 479.065,00 253.806.046 
Curitiba/PR 11.654.092 210.851,50 409.568.832 
Porto Alegre/RS 11.293.956 266.877,90 407.369.834 
Belém/PA 9.335.660 1.374.601,90 151.895.774 
Goiânia/GO 8.269.552 964.430,50 220.847.808 
Florianópolis/SC 7.138.738 96.954,40 259.484.525 
Manaus/AM 4.490.260 1.624.605,20 98.719.516 
Vitória/ES 4.468.927 67.117,80 117.568.317 
Campinas/SP 4.396.180 14.073,00 214.983.509 
Fonte: IBGE, 2020. 
a. Região Metropolitana – pode ser conceituada como um agrupamento de 
municípios com territórios limítrofes, tendo como finalidade a cooperação 
na elaboração de legislação, assim como a gestão do território, a fim de 
tratar questões em comum entre os entes envolvidos. O território é 
instituído por meio de legislação estadual específica, respeitando a 
totalidade do limite político administrativo dos municípios; 
b. densidade – existem dois tipos de densidade urbana, densidade 
populacional e densidade construída. A construída diz respeito à área das 
edificações em certo espaço, por exemplo, a metragem quadrada 
construída por hectare. Já a densidade populacional está ligada ao já 
citado fator de demanda por serviços públicos, com valor determinado, 
por exemplo, pela quantidade de habitantes por hectare; 
 GRANDE METRÓPOLE 
NACIONAL 
 METRÓPOLE NACIONAL METRÓPOLE 
 
 
5 
c. uso e ocupação do solo – o uso do solo traz parâmetros que 
fundamentam o que se pode construir em um determinado lote, ou outra 
delimitação territorial; 
d. conurbação – crescimento com continuidade espacial em que o espaço 
urbano absorve outros núcleos urbanos, extrapolando seus limites 
político-administrativos e tornando-se, por diversas vezes, dependente 
desse novo território, tanto em questões comerciais quanto populacionais; 
e. rede de cidades – conexão entre municípios por meio de fluxos 
econômicos, de pessoas ou informações, dependendo da especialidade 
de cada unidade; 
f. megalópole – caracterizado fisicamente pelo espraiamento em escala 
regional ou sub-regional, é composta por duas ou mais metrópoles 
dependentes entre si. Geralmente essas metrópoles se encontram 
conectadas por eixos viários e de transporte em massa, o que possibilita 
que as longas distâncias sejam percorridas em espaço curto de tempo3; 
g. cidade global – conforme observado por Hoyler (2018), “o conceito de 
cidade global consiste em quatro conceituações inter-relacionadas: i) 
agrupamentos de avançados serviços de produção (advanced producer 
services); (ii) operam em uma rede mundial constituída de estruturas 
organizacionais transfronteiriças de empresas; iii) centros para gestão da 
economia mundial; iv) centros de governança da economia mundial. As 
relações entre empresas são, portanto, pontos fundamentais nessa 
conceituação”4. 
TEMA 2 – CONCEITO DE ESPAÇO 
Em primeiro lugar, deve-se atentar ao fato de que o termo “espaço” pode 
ser utilizado de inúmeras formas diferentes, podendo variar de conceitos mais 
genéricos até conceitos mais técnicos e especializados. Nas palavras de Scopel 
et al. (2020): 
Entre a multiplicidade de espaços existentes,há o “espaço da 
produção”, que envolve fábricas, campos de cultivo e oficinas, entre 
outros; o “espaço da circulação”, correspondente a ruas, praças e 
rodovias, por exemplo; o “espaço das ideias”, representado por 
 
3 CONURBAÇÃO, MEGALÓPOLE, MEGACIDADE e METRÓPOLE. Terra à Vista, 20 jun. 2019. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=C-76TBFije0>. Acesso em: 27 jun. 2023. 
4 GLOBAL Cities: Introduction. Systems Innovation, 8 out. 2019. Disponível em: <https://www. 
youtube.com/watch?v=bfUH2DKUoeI>. Acesso em: 27 jun. 2023. 
 
 
6 
escolas, quartéis, igrejas e mídia. Além disso, em tempos de 
globalização, há um espaço carregado por uma densidade muito 
específica, caso do “espaço virtual”. 
É importante entender que o espaço é produzido e organizado de acordo 
com os interesses das diferentes classes sociais em determinado período, que 
adquire uma expressão espacial por meio da estruturação do espaço urbano de 
forma a segregar ou congregar diferentes grupos sociais. 
Scopel et al. (2020), em Estudo da cidade, citam o geógrafo Manuel 
Correia de Andrade, que ensina que a “geografia é a ciência que estuda o espaço 
geográfico, espaço produzido pelo homem ao intervir no meio natural, 
adaptando-o à sua exploração, à utilização dos seus recursos, segundo as 
formas institucionais e as disponibilidades culturais, técnicas e econômicas de 
que dispõe”. 
Nas palavras de Scopel et al. (2020), “[…] ao se apropriar do espaço 
natural, homens e mulheres elaboram o espaço geográfico e constroem 
paisagens que expressam (e são expressão) a cultura da sociedade que o 
desenvolveu ao longo de sua história.” 
Trata-se, portanto, de porção espacial que foi alterada pelas ações 
humanas, e que pode ser tratado em diferentes escalas, como se verá mais 
adiante. 
2.1 Espaço e suas diferentes escalas 
Scopel et al. (2020) ensinam que o espaço geográfico compreende outras 
categorias espaciais, como lugar e território, que apresentam uma dimensão 
visual relacionada à paisagem, que, por seu turno, pode ser natural, constituída 
por fenômenos como clima, vegetação, relevo, solo, hidrografia etc.; e cultural 
(ou geográfica), quando reflete o espaço constituído pela produção de bens 
materiais e de infraestruturas, como habitação, estradas, pontes, cidades etc. 
Isso é para se compreender o espaço geográfico e não apenas seu 
aspecto “visível”, ou seja, tanto os aspectos concretos que podem ser sentidos 
e tocados, sejam ele naturais ou fruto de modificações introduzidas pelo ser 
humano, como os aspectos “não visíveis”, buscando se debruçar e compreender 
as características culturais, econômicas e políticas da sociedade inseridas em 
um espaço em determinado período. 
 
 
7 
Para Santos (1992, p. 23), “[…] os lugares mudam de significação, graças 
ao movimento social: a cada instante as frações da sociedade que lhe cabem 
não são as mesmas.” 
Em suma, a real compreensão do espaço exige que se perceba a 
existência da grande variedade de escalas, que vão desde a mais ampla (global), 
passando pela nacional, regional, local, e que todas estas influenciam e são 
influenciadas pelos aspectos culturais, políticos e de costumes de uma 
sociedade que, da mesma forma que o espaço, evoluem, são modificados e 
sofrem adaptações ao longo do tempo. 
A conceituação aqui utilizada diz respeito ao termo “escala” aplicado ao 
planejamento urbano. 
Para Turbay e Cassilha (2022), a “escala é um conceito que tem variação 
conforme o objeto em estudo. Se considerarmos a escala na arquitetura, ela 
define a dimensão de uma edificação ou espaço. Já no urbanismo podemos 
considerar alguns tipos de escala definidas pelo foco da atuação ou problema 
em questão.” 
É importante considerar que o conceito de escala assume diferentes 
leituras, sendo uma primeira respectiva a essa distinção entre macro e micro, 
como já observado. A segunda aplicação do termo é quanto à escala gráfica que 
define as medidas que serão apresentadas em mapas e demais representações 
gráficas, que possibilitarão reconhecer elementos físico-territoriais em leituras 
diagnósticas e a leitura de consequentes propostas. A terceira conceituação diz 
respeito às diferentes percepções da escala de uma cidade, que variam de 
acordo com as diversas maneiras com que os habitantes interagem com o 
espaço urbano, se a pé, de bicicleta ou dentro de algum veículo, a passeio ou a 
trabalho. 
Nesse sentido, é importante ter em mente que o gestor público deve ter 
em vista várias escalas de análise, de modo a melhor compreender, planejar e 
atender as necessidades dos diferentes níveis de atuação dos agentes 
produtores do espaço e as relações que desenvolvem. 
Por fim, a escala extrapola os limites de um único município ou região, 
fato este destacado por Duarte (2012), para quem “pensar em diferentes escalas 
também é essencial para fazer um bom planejamento urbano. Essa realidade de 
escalas fica ainda mais forte quando lidamos com municípios de regiões 
metropolitanas.” 
 
 
8 
2.2 Escalas 
A conceituação aqui utilizada diz respeito ao termo “escala” aplicado ao 
planejamento urbano. 
Para Turbay e Cassilha (2022), a “escala é um conceito que tem variação 
conforme o objeto em estudo. Se considerarmos a escala na arquitetura, ela 
define a dimensão de uma edificação ou espaço. Já no urbanismo podemos 
considerar alguns tipos de escala definidas pelo foco da atuação ou problema 
em questão.” 
Como já destacado anteriormente, o conceito de escala possibilita 
diferentes visões e interpretações. Nesse sentido, não se pode perder de vista 
que esse conceito pode assumir diferentes formas, por exemplo, essa distinção 
entre macro e micro, como já destacado em outros trechos de nossos estudos. 
Outra forma diz respeito à escala gráfica, ou seja, à definição das medidas que 
serão apresentadas em mapas e que oportunizarão o reconhecimento de 
aspectos físicos do território, possibilitando assim que se façam análises mais 
precisas e, consequentemente, propostas mais adequadas para a área em 
questão. Por fim, uma terceira forma aborda diferentes percepções da escala de 
uma cidade, em que os cidadãos interagem com o espaço urbanos das mais 
variadas formas, seja utilizando automóveis, bicicletas ou mesmo caminhando. 
2.2.1 Macroescala 
A macroescala se divide em Escala Regional (aquela que extrapola os 
limites de um único município) e Escala Municipal, sendo que, nesta última, 
diferentemente do que ocorre com a microescala, o planejamento se dá 
considerando o município como um todo. 
2.2.1.1 Escala Regional: inserção regional 
Ao se falar em planejamento regional, por óbvio, a escala deverá 
extrapolar a área urbana de um único município, sem, entretanto, ignorá-lo. 
Pode-se dizer que as regiões ao mesmo tempo que determinam, são também 
determinadas pelos municípios ou espaços urbanos que as compõem. 
Aqui é muito importante figuras como a da região metropolitana e 
microrregião, criadas para facilitar e tornar mais eficaz o planejamento urbano 
de municípios com algum grau de dependência e proximidade. 
 
 
9 
Duarte (2012) destaca que 
a consciência da interdependência entre municípios, que escapa à 
capacidade de legislação de cada município em particular, fez com que 
a Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, 
reconhecesse as regiões metropolitanas como uma realidade da 
dinâmica territorial de modo inequívoco quando, em seu art. 25, 
parágrafo 3.º, diz ser atribuição dos estados instituir regiões 
metropolitanas. 
Para que esse modelo funcione, é fundamental a atuação coordenada dos 
diversos municípios de uma mesma região metropolitana com a fixação de 
planos regionais desenvolvidos em conjunto e de forma coordenada, sob pena 
de tornar ineficaz o planejamento urbano dessas áreas. 
Esse risco é destacado por Duarte (2012), para quem 
o desafio é que não há uma figura jurídica que seja responsável pela 
administraçãode cada região metropolitana, sendo que a autonomia 
continua a ser de cada município. Isso cria entraves quando há 
interesses distintos, por vezes opostos, entre municípios pertencentes 
a uma mesma região metropolitana. 
Para evitar esses riscos, é importante que os municípios de uma mesma 
região metropolitana se organizem e criem regras claras para o planejamento 
urbano conjunto e fixação de planos regionais. 
2.2.1.2 Escala Municipal 
Na escala municipal, o gestor público deve levar em consideração o 
município como um todo, buscando integrar e potencializar todas as áreas de 
seu território, sejam elas rurais ou urbanas. 
De acordo com Turbay e Cassilha (2022), 
a centralização da população nas cidades ao longo do 
desenvolvimento da sociedade global, ao mesmo tempo em que foi 
responsável por esvaziar demograficamente as áreas rurais, 
estabelece uma intrínseca relação socioeconômica entre o urbano e 
rural, a ponto de enfraquecer a dicotomia campo-cidade. 
O planejamento urbano municipal, sobretudo quando efetivado por 
intermédio de Plano Diretor, deve incorporar as áreas rurais e entender o 
território municipal como um todo para estabelecer diretrizes que favoreçam a 
sinergia entre as dinâmicas de todos os setores da sociedade. 
 
 
10 
2.2.2 Microescala 
A microescala se divide em Escala Urbana, Escala Regional Urbana, 
Escala Setorial, Escala de Bairro e Escala de Vizinhança. 
2.2.2.1 Escala Urbana 
O município pode e deve ser analisado e planejado, sobretudo em razão 
das necessidades presentes e futuras de seus cidadãos, sendo a visão de longo 
prazo uma das mais importantes habilidades que devem ser desenvolvidas pelo 
gestor público. 
Essa capacidade de antever as necessidades da cidade para as próximas 
décadas é o que diferencia o grande planejador urbano, e o que possibilita 
disponibilizar ao cidadão as melhores condições de vida e trabalho. 
2.2.2.2 Escala Regional Urbana 
Um instrumento importante para a melhoria do planejamento, público e 
privado, sobretudo nos municípios de médio e grande porte, é a criação de 
regionais dentro do território municipal, o que possibilita uma maior proximidade 
para identificação de problemas e necessidades e contato com o cidadão, bem 
como uma maior eficiência na fiscalização e implantação das intervenções 
urbanísticas. 
Nesse sentido, Turbay e Cassilha (2022) defendem que a 
[…] divisão de um município em regionais se configura como 
importante escala de distribuição administrativa, com representações 
de órgãos e funções da Administração Direta Municipal. Esta 
compartimentação do território é comumente chamada de Regional, 
Prefeitura regional ou Subprefeitura, e busca descentralizar a 
administração e representar a presença do governo municipal em todo 
o território […]. 
Exemplos de cidades que adotam essa escala podem ser facilmente 
encontrados por todo o Brasil, podendo-se citar, a título meramente 
exemplificativo, os municípios de São Paulo, com suas subprefeituras, e Curitiba, 
com suas regionais. 
Esse modelo, além de possibilitar uma maior eficiência para o gestor 
público com relação ao planejamento, também é de grande utilidade para o 
cidadão, pois, em geral, facilitam a interação do indivíduo com serviços públicos, 
 
 
11 
evitando grandes deslocamentos ao oferecer um conjunto de serviços em local 
dentro daquela regional. 
2.2.2.3 Escala de Bairro 
Aqui são analisadas e propostas soluções que levam em consideração 
características e necessidades específicas de um bairro. 
Segundo Turbay e Cassilha (2022), 
a escala territorial de bairro permite identificar características comuns 
dentro daquele espaço. Fisicamente delimitado por alguma via ou outro 
limite natural, o bairro possui divisão tanto para fins administrativos 
como para provimento de serviços, sendo caracterizado nos Planos 
Diretores geralmente pelo uso e ocupação do solo urbano. 
Os autores prosseguem dizendo que alguns bairros apresentam 
características distintas do restante do município, sendo facilmente identificáveis 
pela sua tipologia de ocupação ou atividades. No entanto, outros podem 
acontecer de forma próxima aos seus bairros limítrofes, o que dificulta a 
legibilidade e, por muitas vezes, acaba por confundir a delimitação de seu início 
e fim, característica própria de uma escala setorial. 
Por fim, Turbay e Cassilha (2022) destacaram ainda que, por pertencerem 
a distintos zoneamentos, os bairros estão diretamente relacionados ao valor da 
terra. Existem bairros de ocupação exclusivamente residencial, com menor 
densidade, outros de maior densidade e com ocupações majoritariamente por 
edifícios altos, outros de uso exclusivo por indústrias ou comércios. 
2.2.2.4 Escala da Vizinhança 
Essa escala é definida por Turbay e Cassilha (2022) como 
a forma territorial que mais se aproxima do espaço de convívio rotineiro 
de um habitante inserido na cidade. Ela pode variar entre o espaço 
físico de trabalho ou de moradia por exemplo, mas sua dimensão 
continua a mesma independente do contexto. Esta escala não possui 
delimitação territorial legal pois depende das necessidades de cada 
habitante, mas se aproxima do primeiro nível de necessidades, descrito 
na escala urbana como apoio a necessidades imediatas. 
A vizinhança, no sentido utilizado pelos autores, vai além da unidade 
habitacional do indivíduo, pois abarca também o espaço público (ruas, praças, 
parques) em seu entorno. 
 
 
12 
Jaime Lerner defende a acupuntura urbana, ou seja, um conjunto de 
ações pontuais que atuam principalmente na escala urbana com o objetivo de, 
assim como a técnica milenar chinesa, movimentar e estimular um local doente 
e transformá-lo em um local sadio. Os projetos são como as agulhas da 
acupuntura e cumprem o papel de transformação do espaço urbano degradado. 
TEMA 3 – DEFINIÇÃO DE CIDADE 
Existem diversas formas de conceituar a cidade, de acordo com o enfoque 
e objetivo que se pretenda estudar. 
Para os fins de nossos estudos, analisaremos a cidade do ponto de vista 
do planejamento. Pode-se conceituar a cidade como: 
um espaço capaz de armazenar e transmitir bens produzidos pela 
população, concentrada de forma a permitir grande quantidade de 
facilidades em um espaço físico reduzido, capaz de se adaptar às 
necessidades da sociedade continuamente em mudança, sem 
abandonar, entretanto, a herança social já acumulada durante o tempo, 
que ajuda a contar a história das cidades por meio de intervenções 
relevantes como as bibliotecas, as universidades, as igrejas, os 
parques, entre tantos.” (Scopel et al., 2020) 
Em suma, a cidade não pode ser entendida meramente como um local 
em que as pessoas produzem e comercializam bens, mas sim como o local em 
que, além de produzir e comercializar, vivem, interagem das mais variadas 
formas, como lazer, cultura etc. 
3.1. Cidade quanto à origem 
Importante ainda é classificar as cidades com relação à sua origem e 
função. No tocante à origem, as cidades podem ser classificadas como 
espontâneas ou planejadas. 
Nesse sentido, Scopel et al. (2020) ensinam que 
as cidades naturais correspondem “às cidades que surgem e se 
expandem sem um plano previamente elaborado de urbanização. 
Desse modo, é comum que suas ruas sigam trajetos tortuosos ou 
estreitos, e eventualmente os dois ao mesmo tempo. Por outro lado, é 
comum que seus bairros mais novos sejam elaborados dentro de 
critérios e padrões organizativos, mostrando diferenças flagrantes. 
Essa condição urbana abrange a esmagadora maioria das cidades do 
mundo, de São Paulo a Nova York, passando por Pequim, Cidade do 
México etc. 
Para os mesmos autores, no livro Estudo da cidade, a cidade planejada 
 
 
13 
é precedida por um plano prévio, que lhe garante racionalidade 
organizativa quanto ao uso dos espaços, com setores bem definidos. 
Brasília, capital brasileira, e Palmas, no Tocantins, são dois exemplos 
dessa modalidade urbana. Quanto ao sítio urbano,há uma diversidade 
de condicionamentos da cidade. (Scopel et al., 2020) 
3.2 Cidade quanto à função 
Com relação à função, classifica-se a cidade em relação aos possíveis 
papéis econômicos que elas possam desempenhar, ou seja, sua função urbana. 
Assim, há espaços preponderantemente dedicados a uma determinada 
atividade, como a industrial (cidades ou parque industrial), outros dedicados ao 
turismo, negócios, residencial, e assim por diante. 
Nesse sentido, Scopel et al. (2022) apontam que 
toda e qualquer cidade apresenta os mais variados tipos de espaços, 
de acordo com a atividade predominante. Em áreas residenciais, não 
se encontra muito mais do que um comércio de bairro; já em espaços 
com comércio e serviços se observam verdadeiras localidades centrais 
intraurbanas. 
Ou seja, os espaços em que as atividades comerciais, ou mesmo de 
serviço, se concentram são de vários tipos. 
TEMA 4 – CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E VIDA URBANA 
Como visto na seção sobre cidades, via de regra, estas apresentam 
diversos tipos de espaço, que variam de acordo com a atividade que seja 
preponderante em determinado local. Assim, existem áreas residenciais, áreas 
voltadas ao comércio, indústria, ou ainda, o que Scopel et al. denominam Central 
Business District (CBD), que constitui uma área central de negócios5. 
Entretanto, esse modelo estanque não basta para atender às sociedades 
modernas que, ao longo do século XX, viram de modo geral, em um primeiro 
momento, um crescente êxodo da zona rural para as cidades, aumentando de 
forma exponencial o tamanho e número de habitantes dos centros urbanos e, 
mais recentemente, o deslocamento de pessoas de grandes centros para 
cidades menores, o que levou à necessidade do planejamento urbano buscar 
acompanhar essas mudanças, planejando e encontrando soluções para adequar 
às cidades a essas novas realidades. 
 
5 WHAT is City | CITIES INSIDE. Urban Observer, 15 jul. 2020. Disponível em: <https://www. 
youtube.com/watch?v=8X9OcbSiO0Y>. Acesso em: 27 jun. 2023. 
 
 
14 
Nesse sentido, Scopel et al. (2020) ensinam que “devido à grande 
complexidade que o fenômeno urbano atingiu no mundo contemporâneo, houve 
uma multiplicação de conceitos relativos à organização e à vida urbana.” 
4.1 Conurbação 
Um dos fenômenos que mais cresceu ao longo desse período de 
urbanização acelerada foi o da conurbação, que, nas palavras de Scopel et al. 
(2020), “é a denominação dada à junção territorial de duas ou mais cidades 
limítrofes até formarem um único núcleo – é comum às pessoas se deslocar de 
um município para outro, dentro de uma área conurbada, e sequer notar seus 
limites.” 
Essa situação, bastante comum em grandes centros urbanos como São 
Paulo e Curitiba, entre outros, gera problemas de transporte público, coleta e 
tratamento de lixo etc., o que leva à necessidade da criação de regiões 
metropolitanas, que são constituídas por diferentes municípios que buscam se 
coordenar e integrar suas políticas públicas de planejamento urbano. 
Para Turbay e Cassilha (2020), 
O planejamento urbano assume o trabalho de orientar o 
desenvolvimento territorial para além da escala essencialmente 
urbana, em escalas que extrapolam limites municipais ou de cidades, 
e avança sobre planejamentos regionais que integram dinâmicas de 
diferentes unidades federativas, sejam municípios ou até estados. A 
esta escala de planejamento urbano se nomeia de planejamento 
regional. 
Aqui é muito importante o papel da região metropolitana e microrregião, 
criadas para facilitar e tornar mais eficaz o planejamento urbano de municípios 
com algum grau de dependência e proximidade. 
Por fim, existe ainda o fenômeno da junção de várias regiões 
metropolitanas, que originam as megalópoles, como a Chipitts (de Chicago a 
Pittsburgh) ou, no Brasil, a megalópole que vem se formando entre as cidades 
de São Paulo e Rio de Janeiro. 
TEMA 5 – URBANIZAÇÃO BRASILEIRA 
No Brasil, como em geral no resto do mundo, assistimos a uma grande 
alteração no perfil demográfico com a grande migração de população das zonas 
rurais para os centros urbanos. Esse movimento se inicia ainda no século XIX, 
 
 
15 
mas ganhou muita força na segunda metade do século XX, após a Segunda 
Guerra Mundial, que ocorreu de 1939 a 1945. 
Para Turbay e Cassilha (2020), “a história do urbanismo no século XX foi 
baseada no crescimento global da industrialização, especialmente na segunda 
metade do século.” De fato, no último século, o mundo assistiu, ainda que em 
diferentes escalas e em diferente espaço de tempo, a uma alteração radical do 
modelo econômico e social, com a transição das sociedades 
predominantemente agrícolas para sociedades industriais. Essa alteração do 
paradigma econômico ocasionou um grande êxodo das populações que antes 
viviam a zorna rural e que migraram em grande escala para zona urbana. 
É evidente que essa mudança de perfil influenciou diretamente o 
urbanismo, trazendo novos e diferentes desafios ao planejador urbano. Para 
Reinert (2008), em uma sociedade que se “urbaniza” rapidamente, o 
planejamento tem sido usado muito mais como ferramenta com a qual se 
estabelece um “diagnóstico” e um “tratamento” do que como instrumento do 
pensamento. Essa metáfora implica que os planejadores, quase que 
naturalmente, olhem para o local a ser planejado como um organismo “doente”, 
carente de “alopatias” cada vez mais poderosas e eficazes, capazes de 
possibilitar uma sobrevida a esse ser “agonizante” a que chamamos cidade. Ou 
a tratem com medidas preventivas, supondo que, em algum momento ela estará 
“doente”. 
Segundo Le Corbusier, “fazer um plano é fixar ideias. Para isto é preciso 
ter tido ideias e a partir daí, ordenar estas ideias para que se tornem 
compreensíveis, possíveis e transmissíveis”. Para Reinert (2008), o urbanismo 
inovação, inventividade, livre pensar é posto de lado. No entanto, quase tudo 
que se pratica atualmente e que é confundido com planejamento urbano, nada 
mais é do que um conjunto de estudos com visão setorial e perspectiva 
específica, dissociado do que acreditamos seja o planejamento urbano e, mais 
ainda, do que seja urbanismo. 
Cada vez mais os planos do transporte, da infraestrutura, da habitação, 
da mobilidade e do meio ambiente se tornam o próprio planejamento, de modo 
que estudos e planos não “se falam”. Assim, há estudos e planos que se 
justificam por sua própria existência, em que o componente humano, a razão 
desse planejar, é colocado à margem, dando lugar novamente à visão parcial: 
no transporte, o debate é o modal; na habitação, a área disponível para 
 
 
16 
assentamentos; no meio ambiente, a proibição de uso em prol de uma 
preservação quantitativa e não qualitativa. 
Essa crítica é especialmente válida no caso do processo de urbanização 
brasileira, que, de forma geral, não se deu de forma ordenada, não conseguindo 
oferecer soluções e planejamento para atender às necessidades do novo e 
crescente contingente populacional, o que causa consequências sentidas até os 
dias de hoje. 
TROCANDO IDEIAS 
Para exemplificarmos as diferentes escalas no planejamento urbano, 
tomamos dois exemplos práticos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa e 
Planejamento Urbano de Curitiba: Plano Diretor Multimodal e os Planos 
Setoriais. O primeiro exemplifica a macroescala, por tratar de um planejamento 
envolvendo a região metropolitana de Curitiba, com suas cidades conurbadas, 
ou como já foi dito anteriormente, trabalha com uma área que extrapola os limites 
do município. Já os planos setoriais e regionais da cidade de Curitiba são 
desenvolvidos dentro dos limites do município. 
Figura 1 – Ilustração do Plano Diretor Multimodal: RMC Curitiba 
 
Fonte: IPPUC, 2010. 
 
 
17 
Figura 2 – Planos Setoriais e Regionais: esquema 
 
Fonte: IPPUC, Planos Regionais de Curitiba, 2018. 
NA PRÁTICA 
Vimos a complexidade em definir a cidade. Propomos, então, acessar oslinks a seguir para, então, discutir e propor uma definição de cidade e seus 
limites. 
Saiba mais 
Vídeos 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Uvn5-ruUkpQ>. 
Acesso em: 24 jun. 2023. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8X9OcbSiO0Y>. 
Acesso em: 24 jun. 2023. 
Saiba mais 
Para termos uma ideia na questão da escala no planejamento urbano, 
recomendamos acessar o site do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano 
de Curitiba – IPPUC em dois links que seguem: 
Disponível em: <http://ippuc.org.br/planos-regionais>. Acesso em: 24 jun. 
2023. 
https://www.youtube.com/watch?v=8X9OcbSiO0Y
 
 
18 
Disponível em: <http://ippuc.org.br/planos-setoriais>. Acesso em: 24 jun. 
2023. 
Os dois links exemplificam duas formas de atuar na microescala, ou 
dentro dos limites do município. 
FINALIZANDO 
A expansão urbana coloca as cidades, de maneira geral, em dois grandes 
grupos de características distintas: o modelo da cidade contínua de crescimento 
ilimitado, estruturada segundo a lógica do transporte e dos corredores de 
infraestrutura, e o modelo policêntrico, que propõem as cidades-jardim, com sua 
forte determinação de limitar o tamanho do urbano. 
As cidades, sejam elas contínuas ou policêntricas, entretanto, não 
conseguem impedir o surgimento do subúrbio, da “franja marginal” que não se 
quer, mas que aparentemente não se consegue evitar. A explicação para esse 
fenômeno pode estar no fato de que, historicamente, qualquer que seja a 
corrente de pensamento, o aglomerado urbano é sempre dividido entre “a 
cidade” e “seus bairros”. Mas o que é a cidade? Qual o limite perceptível dessa 
transição? O que caracteriza a cidade? Quais as diferenças entre a cidade e o 
bairro? Essa mesma dúvida persiste na escala regional. Qual a cidade de fato 
em contraponto à cidade de direito? 
Atualmente, com a globalização, não competem somente países, 
competem e cooperam muito mais as cidades. O planejamento e os mecanismos 
de gestão precisam evoluir a fim de superar a rigidez derivada da complexidade 
burocrática que frequentemente limita a capacidade de resposta da sociedade. 
Além disso, a transformação econômico-social permanente e cada vez mais 
acelerada que atinge a sociedade põe à mostra a grande fragilidade dos planos 
diretores, normalmente muito ligados a fatores locais e demasiadamente rígidos 
para se adaptarem a essas mudanças. 
 
http://ippuc.org.br/planos-setoriais
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
DUARTE, F. Planejamento urbano. Curitiba: InterSaberes, 2012. 
REINERT, R. Urbanismo e planejamento urbano. Ciclo de Capacitação em 
Planejamento Urbano. Curitiba, 22 ago. 2008. 
SCOPEL, V. G. et al. Estudo da Cidade. Porto Alegre: SAGAH, 2020. 
TURBAY; A. L. B.; CASSILHA, S. do A. Cidades contemporâneas e mobilidade 
conceitos e ferramentas para o planejamento. Curitiba: InterSaberes, 2022.

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