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Aula 8 - Estudo de caso

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	DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAS
PROFESSORA: CLÁUDIA LEHNEMANN TANNHAUSER
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EDUCAÇÃO CORPORATIVA
O papel das organizações no aprendizado de seus funcionários está se ampliando cada vez mais. A educação corporativa põe o foco no desenvolvimento do quadro de pessoas com vistas a obter resultados nos negócios. É um modelo diferente do treinamento tradicional – feito para transmitir conhecimentos específicos do assunto em que a pessoa apresenta alguma deficiência – por trazer uma visão mais ampla e de longo prazo.
A responsabilidade da organização no gerenciamento do conhecimento não significa um paradoxo em relação à iniciativa das pessoas para o seu autodesenvolvimento. As pessoas estão preocupadas com o futuro e ele está na educação. E a educação corporativa está sendo estimulada por um ambiente inquieto, curioso e revolucionário, provocado por fatores externos – como a globalização, o desenvolvimento tecnológico, a competitividade, as mudanças rápidas e descontínuas, etc. – que causam impacto na administração das organizações. Trata-se de incentivar a aprendizagem contínua para desenvolver atitudes, formas de pensamento e hábitos, competências e uma visão do negócio que possam dotar as pessoas de ferramentas mentais que aperfeiçoem seu trabalho. O gerenciamento do conhecimento procura alinhar a educação das pessoas com os objetivos estratégicos do negócio.
As empresas que estão privilegiando a educação corporativa criaram suas universidades próprias: as universidades corporativas. Essas empresas lucram com a “escola em casa”. Pesquisa realizada em 100 universidades corporativas nos Estados Unidos pela Corporate University Xchange revela que o retorno do investimento é o dobro de um treinamento tradicional. Para cada US$ 1 usado em treinamento tradicional, o retorno é de US$ 0,50. Nas universidades corporativas, o retorno é de US$ 2. Em vez de contarem somente com os cursos oferecidos pelo mercado, as empresas partiram para suas próprias “universidades” para incrementar o aperfeiçoamento constante de seus funcionários. As chamadas universidades corporativas, originadas nos Estados Unidos, estão ganhando força como instrumento para treinar profissionais de forma contínua e ultrapassar a deficiência na formação prática e específica dos profissionais, pois ficou constatado que os treinamentos convencionais nem sempre têm utilização direta no trabalho. Accor (hotelaria), Brahma (bebidas), Fischer América (publicidade), McDonald’s (alimentação), Motorola (telefonia) e Souza Cruz (cigarros) são empresas que levam profissionais, fornecedores e até clientes à sala de aula de suas universidades próprias.
Na universidade do Hambúrguer, da rede McDonald’s, situada em Alphaville, perto de São Paulo, os gerentes passam por um treinamento no laboratório de alimentos. Aprendem tudo sobre o funcionamento das máquinas e os tempos de fritura dos alimentos, obtendo uma visão global das operações da loja.
No grupo Accor, que atua no setor hoteleiro e de alimentação, A Academia Universidade de Serviços ocupa uma área de 2.400 metros quadrados para cuidar de programas que atendem desde a base operacional até a diretoria. O treinamento vai do garçom ao gerente, cada um com um programa desenhado especificamente para a sua atuação.
Não há necessidade de construir prédios ou salas de aula. Em muitos casos, o conceito de universidade corporativa existe, mas a estrutura é virtual. Ela utiliza o conceito de realidade virtual. É o caso da Brahma, da Souza Cruz e da Fischer América, que não têm espaço físico. A Brahma optou pela universidade corporativa quando verificou o quanto gastava em treinamento e quanto esse investimento proporcionava de retorno à empresa. O resultado final desse redirecionamento do treinamento, segundo estas empresas, é a melhoria dos serviços oferecidos e, conseqüentemente, dos lucros. As antigas unidades de treinamento são vistas hoje como fontes de despesas, pois cada curso inclui gastos com locação, acomodação, alimentação e transporte dos treinandos. A educação corporativa está se tornando uma necessidade competitiva, pois representa algo muito além do treinamento. A empresa é também aprendizagem e o produto é um mundo melhor. É interessante lembrar o conceito de organizações que aprendem, entendidas como aquelas com capacidade para criar, adquirir e transferir conhecimento, bem como para modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos e discernimentos.
	Universidade McDonald’s
	Grupo Accor
	Universidade Brahma
	Universidade Motorola
	Local: Barueri, SP
	Local: Campinas, SP
	Local: não tem espaço físico
	Local: Jaguariúna, SP
	Investimento: US$ 7 milhões
	Investimento: US$ 3,6 milhões
	Investimento: não divulgado
	Investimento: não divulgado
	Inauguração: 1997
	Inauguração: 1992
	Inauguração: 1995
	Inauguração: 1999
	O que ensina: treinamento específico relacionado às áreas de alimentação, eletricidade e refrigeração, cursos de interesse geral nas áreas de administração e qualidade
	O que ensina: A cultura do grupo e assuntos de interesse geral, como criatividade, satisfação do cliente e etiqueta empresarial, dependendo da necessidade de cada departamento
	O que ensina: Cursos específicos e de interesse geral, que enfocam as diretrizes da empresa
	O que ensina: Cursos gerenciais e técnicos
	Quem participa: profissionais a partir da gerência
	Quem participa: funcionários
	Quem participa: funcionários
	Quem participa: Funcionários, clientes e fornecedores
Questões
O que você entende por educação corporativa?
Qual a diferença entre educação corporativa e o treinamento tradicional?
Até que ponto a universidade corporativa vai contra a tendência para o autodesenvolvimento das pessoas?
Fonte: CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações . 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. p. 356-337.

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