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Resumo de Álgebra Linear II unidade 1 I. Matriz de uma Transformação Linear: Outro modo de representar uma transformação linear é através do uso de uma matriz específica e em função das coordenadas dos vetores para duas bases dadas (uma do conjunto de chegada e outra do conjunto de partida). Sejam ‘V’ e ‘W’ espaços vetoriais e e bases dos respectivos espaços, podemos representar a transformação como: Onde representa a matriz de transformação linear em relação às bases e . A matriz da transformação ‘pega’ as coordenadas do vetor do conjunto de partida, , na base e retorna as coordenadas de um vetor do conjunto de chegada, , na base . A matriz da transformação é obtida fazendo as colunas com as coordenadas dos transformados dos vetores da base do conjunto de partida com relação à base do conjunto de chegada. Ou seja, sejam e : Obs.: Se a transformação em questão for um Operador Linear, é comum representar a matriz como . Se , ou ainda, se for a base canônica, . Ex.: Seja tal que e dadas as bases e : a) Ache a matriz da transformação linear : Vamos achar os transformados dos vetores da base : i) Agora vamos achar as coordenadas desse vetor em : Resolvendo o sistema, temos: E temos: Resumo de Álgebra Linear II unidade 2 ii) Agora vamos achar as coordenadas desse vetor em : Resolvendo o sistema, temos: E temos: Então a matriz da transformação fica: b) Sendo , calcule as coordenadas desse vetor na base , depois as coordenadas do transformado na base . Resolvendo o sistema, temos: E temos: Aplicando a relação , temos: Resumo de Álgebra Linear II unidade 3 II. Autovalores, autovetores e autoespaços: Alguns operadores lineares pegam um vetor e transformam em um outro vetor paralelo (ou LD) ao primeiro. Portanto a transformação pode ser representada por: Onde e . Quando lidamos com esse caso, dizemos que é um autovetor associado ao autovalor . Autoespaços são espaços vetoriais que possuem uma base de autovetores (ou seja, achado um autovalor, acha-se os autovetores associados a ele e estes formam um autoespaço). III. Polinômio característico: Seja I a matriz identidade e A a matriz da transformação, é correto escrever sem alterar nada (faça no papel). Então estamos procurando uma matriz diagonal, , que faça a mesma transformação da matriz A. Podemos escrever como . Nomeamos a função de polinômio característico da matriz A. E os autovalores da transformação são as raízes desse polinômio. Para achar os autovalores da transformação, segue: Passo-a-passo: 1) Subtrair da diagonal da matriz de transformação; 2) Tirar a determinante da matriz obtida (será o polinômio característico); 3) Achar as raízes do polinômio (que serão os autovalores). Ex.: Sendo onde sendo: Queremos achar a matriz : Então ficamos com: Resumo de Álgebra Linear II unidade 4 (subtrair da diagonal) E o polinômio característico é: (tirar determinante da matriz) As raízes: São os autovalores da transformação. (raízes do polinômio) Para achar o autoespaço de cada autovalor da transformação, segue: Passo-a-passo: Fazer para cada : 1) Substituir em e igualar à matriz-coluna nula; 2) Resolver o sistema; 3) Achar os vetores de cada autoespaço na forma mais geral; 4) Ache uma base para o autoespaço. Ex.: Sendo os mesmos dados do exemplo anterior, calcule os autoespaços de cada autovalor da transformação: Para : i) Substituir em para cada autovalor: ii) Resolvendo o sistema: iii) Na forma mais geral, temos: Então definimos que: (Parametrizei o y, note que não faz diferença). iv) Então uma base para é (colocando t em evidência): é uma base (de autovetores) de . Resumo de Álgebra Linear II unidade 5 Para : i) Substituir em para cada autovalor: ii) Resolvendo o sistema: iii) Na forma mais geral, temos: Então definimos que: (Parametrizei o x, note que não faz diferença). iv) Então uma base para é (colocando s em evidência): é uma base (de autovetores) de . Após achar os autoespaços, automaticamente achamos os autovetores. Estes serão os vetores (na forma mais geral) das bases dos autoespaços. Para o exemplo anterior, os autovetores da transformação são: IV. Diagonalização de operadores: Dizemos que a transformação é diagonalizável quando podemos substituir a matriz de transformação por uma matriz diagonal (os cálculos ficam bem mais fáceis). Na prática, isso é possível se nós tivermos uma base para o espaço vetorial formada exclusivamente por autovetores. Os autoespaços são, na realidade, subespaços do espaço maior (o que está envolvido na transformação, no caso anterior , então o espaço maior é ), logo, a soma das dimensões dos autoespaços deve ser menor que ou igual à dimensão do espaço maior. A transformação será diagonalizável unicamente se a soma das dimensões dos autoespaços for IGUAL à dimensão do espaço maior. A matriz diagonal será dada tendo os autovalores como as entradas da diagonal, ou seja, tendo a transformação os autovalores , a matriz diagonal será: Resumo de Álgebra Linear II unidade 6 No exemplo anterior: Então: Logo, a transformação é diagonalizável e a matriz diagonal será:
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