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DIREITO DO CONSUMIDOR Aula 03

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DIREITO DO CONSUMIDOR Aula 03 - outubro de 2012-
1- A Constituição e o Código de Defesa do Consumidor:
A Constituição Federal de 1988 inseriu no seu art. 170 dispõe : a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano, na iniciativa privada, tendo por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observando os seguintes princípios:
I- soberania nacional
II- propriedade privada
III- função social da propriedade
IV- livre concorrência
V- defesa do consumidor
VI defesa do meio ambiente
VII redução das desigualdades
VIII busca do pleno emprego
IX- tratamento diferenciado para as pequenas empresas ou empresas de peque no porte.
Vê-se que a defesa do consumidor é princípio que deve ser seguido pelo Estado e pela sociedade para atingir a finalidade de existência digna e justiça social. O Brasil adota o modelo de economia capitalista de produção, já que a livre iniciativa é um princípio basilar da economia de mercado. No entanto, não deixou de consignar a Constituição que a ordem econômica brasileira confere a defesa do consumidor contra os possíveis abusos ocorridos no mercado de consumo.
A Constituição determinou ao Estado a promoção da defesa do consumidor, no sentido de adotar um modelo jurídico e uma política de consumo que efetivamente protegessem o consumidor, o que se deu com a promulgação do Código de Defesa do Consumidor, em setembro de 1990, através da Lei nº 8078.
2- Relação Jurídica de Consumo:
O CDC somente será aplicado se houver relação jurídica de consumo. Esta relação deve ser entendida como as partes envolvidas na relação jurídica, como consumidor e fornecedor, e ainda o objeto sobre o qual recai a relação, ou seja, o produto ou serviço. E ainda, a ideia é de que o consumidor deve adquirir ou utilizar o produto ou serviço como destinatário final.
3- Conceito de Consumidor:
É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Os interesses e direitos dos consumidores podem ser violados sem que , necessariamente estes integrem relação de consumo como destinatário final. Como exemplo, a hipótese em que o fornecedor veicula publicidade enganosa. No caso, não se faz necessário que o consumidor adquira o produto, bastando tão somente que haja veiculação de propaganda enganosa para a configuração da relação de consumo e a consequente aplicação das penalidades previstas no CDC.
E também, o sujeito que não faz parte do negócio jurídico entre o consumidor e fornecedor, mas é vítima de acidente de consumo, oriundo desse negócio jurídico, é equiparado a consumidor e aplicam-se as regras do CDC.
4- Conceito de fornecedor:
Pessoa jurídica ou física, nacional ou estrangeira, de direito público ou privado, que atua na cadeia produtiva, exercendo atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. A característica fundamental do fornecedor na relação jurídica de consumo é a habitualidade, o exercício contínuo de determinado serviço ou fornecimento de produto.
Exemplo: a empresa que presta serviço de dedetização e que, para renovar sua frota, vende veículos de sua propriedade a particular, não pode ser considerada fornecedora no que diz respeito a compra e venda de veículo, posto que a habitualidade está na prestação de serviço de dedetização e não de comercialização de automóvel. Nesta hipótese, não incidem as regras do CDC e sim do Código Civil, por falta da caracterização da relação de consumo.
O poder público será enquadrado como fornecedor de serviço toda vez que, por si ou por seus concessionários, atuar no mercado de consumo, prestando serviço mediante a cobrança de preço. Ex. tratamento de água esgoto, telefonia , etc.
Os entes despersonalizados também podem ser fornecedores de produtos ou serviços, como por exemplo, a massa falida, o espolio do comerciante individual e as pessoas jurídicas de fato, aquelas que não estejam regularizadas pela lei.
5- Conceito de produto.
Objeto sobre o qual recai a relação jurídica de consumo ( produto ou serviço ).
Produto, como sendo qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial, que tenha valor econômico.
6- Conceito de serviço:
Qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito ou securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Serviço é toda a atividade desenvolvida em favor do consumidor. Não se aplica o CDC, nas relações de locação de imóveis, pois há normas específicas. No que tange a remuneração, esta pode ser feita direta ou indiretamente pelo consumidor. Muitas vezes o produto ou serviço é oferecido gratuitamente ao consumidor, mas o custo está embutido em outros pagamentos efetuados pelo consumidor.
Ex. estacionamento gratuito em supermercados.
7- Política Nacional de Relação de Consumo
São objetivos da Política Nacional de Consumo são:
a)o atendimento das necessidades dos consumidores
b) respeito a segurança e a saúde
c)melhoria da qualidade de vida dos consumidores
d) transparência nas relações de consumo 
8- São princípios norteadores da relação de consumo:
a)reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor 
Este reconhecimento reflete a principal razão de toda a proteção e defesa do consumidor, que é a parte vulnerável da relação de consumo. Tendo em vista o desequilíbrio nas relações entre consumidor e fornecedor, pretende o legislador igualar esta equação, deixando claro que a parte mais fraca é o consumidor e que este deve ser protegido. A presunção der vulnerabilidade do consumidor é decorrente de lei e não admite prova em contrário. O fornecedor é o detentor do poder. A vulnerabilidade do consumidor pode ser técnica( não possui cinhecimentos técnicos sobre o que está adquirindo), jurídica. A hipossuficiência é outra característica do consumidor, mas não se confunde com vulnerabilidade. Todos são vulneráveis, mas não são hipossuficientes. A hipossuficiência pode ser econômica, quando o consumidor apresenta dificuldades financeiras, aproveitando-se o fornecedor desta situação ou processual quando o consumidor demonstra dificuldade de fazer prova em juízo. A hipossuficiência é caracterizada quando o consumidor apresenta traços de inferioridade cultural, técnica ou financeira.
b)Ação governamental para proteção do consumidor
A atuação do estado para a proteção do consumidor deve ser por iniciativa direta, por incentivos de associações representativas, pela presença do Estado no mercado de consumo pela garantia do padrão de qualidade dos produtos ou serviços.
Exs. PROCONS, IMETRO, ABNT e Ministério Público.
c)Harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo.
É a compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica brasileira. O princípio da boa-fé está expressamente previsto no CDC. O legislador impõe as partes o dever de manter o mínimo de com fiança e lealdade, antes durante e após o cumprimento da obrigação. O comportamento das partes deve ser coerente com a vontade manifestada evitando o elemento surpresa em qualquer fase da relação de consumo.
d) Educação e informação dos consumidores.
O dever de informação e educação cabe não somente ao Estado, mas também aos fornecedores de produtos e serviços e às entidades privadas de defesa e proteção do consumidor. O CDC garante ao consumidor a educação sobre o consumo adequado de produtos ou serviços para que o consumidor possa exercer o seu direito de escolha e manter pé de igualdade com o fornecedor. O direito a informação determina que o contrato de consumo deverá ser firmado em ambiente de absoluta transparência entre as partes.
e)Controle de qualidade e segurança dos produtos e serviços.
O CDC determinou ao fornecedor a criação de meios eficientes de controle de qualidade e segurança dos produtos.
f)Coibição e repressãodas práticas abusivas.
Significa a concorrência desleal, utilização indevida de inventos , criações industriais de marcas e nomes distintivos que possam causar prejuízos aos consumidores.
Ex. Não pode o fornecedor utilizar-se de marca idêntica ou parecida com outra famosa para enganar o consumidor.
g) Racionalização e melhoria do serviço público
Todos devem ter acesso aos serviços públicos ( água, luz, telefone....)
h) Estudo das constantes modificações do mercado de consumo.
Abrange as questões das reações e oscilações do mercado, no que concerne a invenções de novos produtos e serviços inseridos no mercado que carecem de regulamentação.
Ex. compras pela internet que precisa de regulamentação.
9- Execução da Política Nacional de Consumo
Instrumentos para fazer valer os princípios norteadores da política de consumo:
a) Assistência jurídica integral e gratuita ao consumidor.
b) promotorias e associações de defesa do consumidor
c) delegacias especializadas
d)Juizado especial e varas especializadas de consumo.
( Solução de conflitos de menor complexidade advindo da relação de consumo de até 40 salários mínimo. O consumidor, pessoa física, poderá demandar no juizado especial, sem a presença de advogado, nas causas com valor até 20 salários mínimo, o que facilita o acesso á justiça e eficácia dos direitos atribuídos ao consumidor.
10-Direitos básicos do consumidor- Art. 6 do CDC
Proteção de vida, saúde e segurança, contra produtos considerados nocivos ao consumidor.
Educação e informação para que o consumidor possa exercer o seu direito de escolha. A falha na informação é considerada defeito do produto ou serviço, ensejando a responsabilidade civil, se produziu dano ao consumidor.
Proteção contra práticas abusivas e enganosas, induzindo o consumidor em erro.
Modificação das cláusulas contratuais, sempre que for injusta ou desproporcional.
Prevenção e reparação de danos individuais ou coletivos. Informação correta sobre a utilização do produto e não-inserção no mercado de produtos perigosos.
Facilitação da defesa de seus direitos ou seja; inversão do ônus da prova.. Em razão da vulnerabilidade do consumidor, o juiz pode decretar a inversão do ônus da prova , se presente a verossimilhança ( a alegação do consumidor aparente ser a expressão real da verdade )ou se presente a hipossuficiência . É certo que o consumidor tem dificuldades para fazer prova em juízo, uma vez que ele não dispõe de controle sobre os bens de produção e a decretação da inversão do ônus da prova é feita pelo juiz, dependendo das circunstâncias concretas apuradas.
11- Responsabilidade Civil
O CDC adota a regra da responsabilidade civil objetiva, razão pelo qual o consumidor não precisa comprovar a culpa do fornecedor para que tenha os prejuízos advindos da relação de consumo devidamente reparados. A exceção da responsabilidade civil subjetiva do profissional liberal. O CDC garante a efetiva reparação de danos patrimoniais, morais, individuais , coletivos, em razão dos prejuízos causados nas relações de consumo. O dano moral e o material são plenamente cumuláveis.
O arbitramento do dano, deve opera-se com moderação proporcional ao grau de culpa e a gravidade das lesões e deve servir também como medida educativa e desestimuladora da reincidência, obedecendo aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Havendo mais de um responsável pelo dano, todos responderão solidariamente pela reparação.
12-Responsabilidade pelo defeito do produto.
O comerciante também pode ser responsabilizado pelo vício ou defeito do produto e deve indenizar o consumidor sempre que não puder ser identificado o fornecedor. O comerciante que arca com a indenização terá o direito de regresso em face do causador do dano, devendo demonstrar a culpa deste no evento danoso.
13- Produto defeituoso
O CDC garante a reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projetos, fabricação, construção, montagem, manipulação apresentação ou acondicionamento dos produtos. ( defeitos de criação, produção ou informação e época em que o produto foi colocado no mercado ).
14- Causas excludentes de responsabilidade.
O fornecedor apenas será exonerado do dever de reparar o dano na ausência do nexo de causalidade ou a culpa da vítima, persistindo a obrigação se houver culpa concorrente., se o fornecedor provar que não colocou o produto no mercado ou ainda por culpa exclusiva do consumidor.
15- Responsabilidade pelo defeito do serviço.
O fornecedor de serviço responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação de danos ao consumidor pelo vicio ou defeito do serviço. Serviço é toda a atividade desenvolvida em favor do consumidor inclusive, as atividades bancárias, financeiras de crédito e securitárias. Os defeitos do serviço podem ser de concepção, de prestação de comercialização. Quando o fornecedor de serviço for profissional liberal,( médicos, engenheiros, advogados), deve o consumidor provar a culpa do
 fornecedor para que haja o dever de indenizar, além do nexo causalidade e da extensão dos danos, devendo provar o consumidor que o fornecedor fora negligente, imprudente ou imperito ou tenha agido com dolo.
13- Sendo constatado o vício do produto, tem o fornecedor o direito de reparar o defeito no prazo máximo de 30 dias, desde que não seja superior a 180 dias, com a anuência do consumidor. Caso o vício não seja sanado no prazo legal, pode o consumidor exigir, alternativamente à sua escolha;
Substituição total ou de parte do produto
Restituição da quantia paga
Abatimento proporcional do preço 
A escolha da sanção é do consumidor, que pode optar por qualquer das hipóteses sem dar qualquer satisfação ao fornecedor.
O CDC determina que o direito do consumidor para reclamar dos vícios até 30 dias , tratando-se de fornecimento de serviços ou produtos não duráveis, (alimentos, vestuário, dedetização) e de 90 dias, tratando-se de fornecimento de serviços e produtos duráveis ( eletrodomésticos)
14- Práticas Comerciais
a) vinculação da oferta – informação e publicidade veiculada de forma precisa. A oferta não terá força obrigatória se não houver veiculação da obrigação. Havendo divergência de preços para o mesmo produto, o consumidor pagará o menor dentre eles. 
b) publicidade- é o principal meio pelo qual os fornecedores seduzem os consumidores e alcançam o lucro esperado com a venda de produtos e serviços colocados no mercado de consumo. O fornecedor tem o dever de manter em seu poder os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem, para o fim de esclarecer a qualquer interessado sobre a veracidade e a transparência da publicidade podendo o consumidor lesado requerer indenização perante o anunciante, sendo esta a finalidade prática deste dispositivo legal do CDC. O ônus de comprovar a veracidade da campanha publicitária é sempre do fornecedor. 
Assim o fornecedor deve fazer a publicidade com informações corretas, claras precisas e objetivas sobre o produto ou serviço anunciado, abstendo-se de usar a publicidade enganosa ou abusiva.
Propaganda enganosa- qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, característica, qualidade, quantidade, propriedade, origem, preço e quaisquer outros dados sobre o produto ou serviço.
Publicidade abusiva – é toda publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite a violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita os valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
Caso o anunciante que infringir a lei, a penalidade administrativa é a contrapropaganda, que tem como objetivo desfazer os efeitos perniciosos causados por publicidade abusiva ou enganosa e consiste no esclarecimento do engano ou do abuso cometido pelo anunciante.
Práticas Comerciais Abusivas- 
1- venda casada . Ex. instituições financeirasque concedem cheque especial desde que o consumidor adquira um plano de previdência privada.
2-venda quantitativa- Ex. o fornecedor exige que o consumidor adquira a embalagem promocional de duas latas de leite, quando na verdade ele deseja uma.
3-recusa em atender à demanda. Ex; taxista recusar uma corrida.
4-fornecimento não solicitado. O consumidor tem o direito de receber somente os produtos ou serviços que tenha expressamente solicitado. Ex. o envio de produto sem a solicitação prévia do consumidor. A remessa espontânea não obriga o consumidor, que pode recusar o produto ou recebê-lo como amostra grátis, inexistindo qualquer obrigação de pagamento.
5- aproveitamento da hipossuficiência e vulnerabilidade do consumidor . Ex. hospitais não podem exigir do consumidor cheque caução para uma internação até a empresa responsável pelo plano de saúde faça a liberação da senha. 
6- serviços sem orçamento. Ex. veiculo para revisão em oficina mecânica.
7-inobservância de normas técnicas. Ex. brinquedos no mercado em desacordo com as normas técnicas da ABRINQ.
8- recusa de venda de bens com pagamento a vista. Ex. direito do consumidor de adquirir diretamente o produto sem intermediários.
9-elevação de preço de produtos ou serviços, sem justa causa. Não se trata de cumprimento de tabelamento de preço, mas de aumento abusivo de preço e consequente aumento arbitrário dos lucros.
10- inexistência de prazo para cumprimento de obrigação, ou seja; deixar o fornecedor de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.
11- repetição do indébito . O consumidor que paga em razão de cobrança excessiva tem direito a receber o dobro do que pagou a mais.
12-Aviso prévio. O consumidor tem direito ao aviso prévio quanto ao registro ou à inscrição que deve ser promovido pela entidade que mantém o banco de dados. A comunicação prévia é direito do consumidor, antes do envio do seu nome no serviço de proteção ao crédito. É cabível indenização por danos morais se houver inscrição indevida do consumidor no cadastro de inadimplência. O dano moral é presumido, não havendo necessidade de se fazer prova quanto ao prejuízo sofrido pelo consumidor, posto que a situação afeta a honra, sua credibilidade seu bom nome e sua reputação. Também é dever de indenizar, na hipótese em que há manutenção dos dados do consumidor nos cadastros de proteção ao crédito, mesmo tendo este quitado a dívida perante o fornecedor.
16- Princípios contratuais no CDC
Princípio da transferência – nula a cláusula que não tenha sido conhecida e compreendida pelo consumidor.
Princípio da interpretação mais favorável ao consumidor, toda vez que se depara com cláusulas contratuais incompatíveis entre si, ou que haja dúvida quanto à sua interpretação. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, devera-se á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Princípio da vinculação à oferta- toda e qualquer oferta e orçamento obrigam o fornecedor, sendo nula e de pleno direito qualquer cláusula contratual que retire este direito do consumidor.
Direito de arrependimento. O consumidor ao adquirir o produto através da internet, não tem oportunidade de análise adequada do produto, ficando impossibilitado de saber se o que está adquirindo é realmente o que deseja. Assim, para proteger o consumidor de uma prática comercial na qual ele não desfruta das melhores condições para decidir, o CDC prevê a hipótese de arrependimento, sem arcar com qualquer custo adicional ou multa.
17- Cláusulas Contratuais Abusivas:
1- cláusula de não indenizar
2-renúncia do direito do consumidor
3-limitação da indenização do consumidor
4- transferência da responsabilidade a terceiros
5-cláusulas que estabeleçam a inversão do ônus da prova em desfavor do consumidor
6-imposição de representante
7- cláusulas criadoras de vantagens especiais para o fornecedor
8-cláusulas que possibilitam a violação de normas ambientais
18- Sanções Administrativas:
Serão aplicadas pela autoridade administrativa as sanções determinadas pela lei, e é possível a cumulatividade das sanções, como; multa, apreensão do produto, inutilização do produto proibição de fabricação do produto, suspensão do fornecimento do produto, imposição de contrapropaganda, dentre outras.
19- Defesa do Consumidor em Juízo: Juizados Especiais Cíveis e Criminais- demandas sobre interesses coletivos e individuais. Com ou sem advogado, dependendo do valor da causa, o consumidor tem a faculdade de demandar nos juizados especiais contra fornecedores que praticam abusos na prestação de serviços ou aquisição de produtos. O pleito será examinado pelo conciliador, que fará uma proposta de acordo e caso não aconteça, o processo será decidido pelo juiz através da sentença. Na audiência de instrução, o consumidor apresentará todas as provas disponíveis e o fornecedor fará jus a defesa e ao contraditório. As causa no valor acima do limite determinado pelo CDC, será julgado na justiça comum.

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