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Estrutura e Morfologia das Palavras

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Morfologia
A aglutinação é o processo no qual as palavras se juntam, com a perda de alguns elementos fonéticos.
Planalto = plano + alto;
Aguardente = água + ardente;
Pontiagudo = ponta + agudo.
Lutar com Palavras é a luta mais vã. No entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça. 
(Drummond)
Que é a palavra?
A palavra pode ser caracterizada:
a) fonologicamente, por dispor de esquema acentual e rítmico;
b) morfologicamente, por ser organizada por uma margem esquerda (preenchida por morfemas prefixais), por um núcleo e por uma margem direita (preenchida por morfemas sufixais); 
c) sintaticamente, por organizar, ou não, um sintagma;
d) semanticamente, por veicular uma ideia; ou
e) graficamente, por vir separada por meio de espaços em branco.
As palavras ficam “armazenadas” em dicionários, cuja redação está a cargo dos lexicógrafos (os que se dedicam à Lexicografia). Ao preparar os verbetes (ou entradas lexicais), os lexicógrafos cuidam tanto da definição das palavras quanto de sua enumeração por ordem alfabética. Mas, obviamente, nenhum dicionário consegue dar conta de todas as palavras efetivamente utilizadas pelos usuários de uma língua natural.
Palavra
(visão geral)
Palavra (em português) tem propriedades gráficas (caracteres, espaços que correspondem a uma sequência de sons), ou seja, é uma estrutura física com componentes que apresentam ordem fixa, ligados uns aos outros (não permitem mudança);
Aparece na lista dos dicionários;
Compõe o enunciado.
Formas da Palavra
Formas Livres: comunicam por si só o sentido
Formas Presas: adquirem sentido quando se juntam com outros morfemas ou com outras formas livres: “infeliz”, “invencível”, “comestível”.
Formas dependentes: têm certa liberdade
	Ex.:“a doce e suave voz”
Palavra
Primeira articulação: ocorrência das palavras no sintagma (enunciado organizado linearmente)
Segunda articulação: organização fonêmica das palavras.
Constituintes da palavra
Radical (ou semantema)
Desinências (nominais e verbais)
Vogal temática
Afixos
Palavra
Primeira articulação: 
Eixo paradigmático
Eles
Vocês
Eles
Nós entend í a mos mal. 
O mal destrói.
Ele veio a nós Eixo sintagmático
Palavra
Segunda articulação: organização fonêmica das palavras.
/N/ /ó/ /s/ 
/e/ /n/ /t/ /e/ /n/ /d/ /í/ /a/ /m/ /o/ /s/ 
/m/a/l/
Variação da forma da palavra
Quando em seu estado “primitivo”, é chamada de unidade lexical.
 Ex.: pegar 			 pegarei
	 mãe lexemas mães	 formas 
 pai				paizinho	 flexionadas
							(unidade formal 								 ou vocábulos )
Unidade básica do léxico. 
É a forma que aparece no dicionário.
Estrutura interna da palavra
O lexema é a unidade básica do léxico e é formado por morfemas.
São as menores partes da estrutura interna da palavra e se apresentam de suas formas: morfemas lexicais e morfemas gramaticais.
Estrutura interna da palavra
Morfema Lexical
 
BELO 
 Bel = radical ou morfema lexical; elemento básico da constituição da palavra; é invariável
bel-ez-a 
em-bel-ez-ar
bel-dade
bel-a-mente
bel-e-zura
Estrutura interna da palavra 
Morfema Lexical
	Há morfemas formados por um só elemento como os vocábulos:
	mar
	lápis
	cor
	lua
	sol
Morfologia Lexical: 
Olha mais de perto o processo de formação (derivação) das palavras. Analisa as modificações de sentido que o processo de derivação causa. 
Por exemplo:
 “jogo”, “jogar” e “jogador”.
Morfologia Lexical
O jogo será na quadra. (substantivo)
Não jogo neste time. (verbo)
Queixava-se do marido jogador e beberrão. (adjetivo)
Aos quinze minutos de partida, já tínhamos um jogador expulso. (substantivo)
Morfologia lexical considerara o contexto em que o vocábulo se realiza.
Estrutura interna da palavra
Morfemas Gramaticais 
BELO 
bel-ez-a 
em-bel-ez-ar
bel-dade
bel-a-mente
bel-e-zura
Marcam os fatos gramaticais da língua: plural, singular, masculino, feminino, tempos verbais, pessoas dos verbos etc. 
Morfologia
Morfemas Gramaticais 
São aqueles que se somam aos morfemas lexicais de modo que estes recebam as características gramaticais que sua classe permite
nos substantivos: número, gênero; 
nos verbos: modo, tempo, número e pessoa. 
Estrutura interna da palavra
Os morfemas gramaticais são recursos (da gramática) que entram em funcionamento no contexto semântico específico da enunciação. 
São os artigos, os afixos, as preposições, as conjunções; indicam ainda o gênero, o número, os tempos verbais.
Enquanto o morfema lexical permanece o mesmo, os morfemas gramaticais variam de acordo com a significação específica que atribuem ao vocábulo.
Classificação dos Morfemas
1. Morfemas Classificatórios
2. Morfemas flexionais
3. Morfemas relacionais
4. Morfemas derivacionais
Aditivos
Subtrativos
Alternativos
Morfema zero
Morfema latente
Morfemas cumulativos
Morfologia
Morfemas classificatórios
São as vogais temáticas cuja função é a de enquadrar os vocábulos em classes de nomes ou verbos. Para os nomes, temos a – e – o, ou seja, em nossa língua, os substantivos e adjetivos tendem a terminar em uma destas três vogais. E para os verbos temos: a – e – i 
Exemplos:
neve – telhado – cidade – panela – urso – gata - floresta – grande – bela – livre
Há também formas atemáticas (sem a vogal temática).
Exemplos: papel, álbum etc.
Morfologia
São estes morfemas flexionais em português: 
Aditivos
Subtrativos
Alternativos
Morfema zero 
Morfema latente 
Morfemas cumulativos
2. Morfemas flexionais
Morfologia
Aditivos: resultam do “acréscimo” de um ou mais morfemas ao morfema lexical.
	a) rapaz - rapazes; instrutor – instrutores
	b) professor – professora; 
 vendedor - vendedora
Morfologia
Subtrativos: 
	Agem pela “subtração” de um segmento.
O feminino de “órfão”:
	órfão (masc.) órfã (fem.)
A noção de feminino, em vez de surgir da adição de um morfema, surgiu a partir da subtração deste.
Morfologia
Alternativos: alternâncias no som (fonemas).
“povo”, no plural, recebe a adição do –s como também sofre uma alteração no som do “o”. 
 povo – povos
 poço – poços 
 formoso - formosos - formosa
Morfologia
Morfema-zero (φ): resulta da ausência de determinado morfema. 
	professor(φ) – professora
	casa φ – casas
Só se fala em morfema-zero (representado por φ), quando se reconhece que, em outras palavras, para aquela posição, existe um determinado morfema que marca o número ou o gênero.
Morfologia
Morfema latente: ausência de marcas de número e gênero, mas com uma importante diferença. Para essas palavras, não existem morfemas próprios a fim de expressar essas noções gramaticais. É o caso de nomes como:
lápis (sem distinção singular/plural)
artista (sem distinção masculino/feminino)
Morfema Latente
As marcas de gênero e número dessas palavras “existem”, mas só no contexto do enunciado.
O lápis azul quebrou (sing.) / Os lápis azuis quebraram. (plural)
A artista se emocionou. (fem.) / O artista se emocionou. (masc.)
Só conseguimos distinguir as “marcas” de número e gênero através dos artigos o/os (lápis) e também.
a/o (artista).
Morfologia
Nos verbos, é comum que alguns morfemas aditivos sejam cumulativos. Esses morfemas “acumulam” mais de uma noção gramatical em um único morfema:
 amáramos = amá – ra – mos (o morfema –ra 
 acumula a noção de modo (indicativo) e de 
 tempo (mais-que-perfeito).
 O morfema mos acumula as noções de 
 número (plural) e pessoa (primeira do plural)
Morfemas cumulativos
EXERCÍCIO
a. freguês – freguesab. bisavô – bisavó
c. o pianista – a pianista
d. cirurgião – cirurgiã
e. sogro – sogra
f. mão – mãos
g. o pires – os pires
h. compraremos - venderemos
3. Morfemas relacionais
Os morfemas relacionais têm a função de conectar palavras e/ou orações. 
Subdividem-se em preposições, conjunções, verbos auxiliares e pronomes relativos. 
4. Morfemas derivacionais
Derivação: A criação de novas palavras é atribuição dos morfemas derivacionais. Através da ação dos morfemas derivacionais, vemos o surgimento de “famílias” derivadas de um único morfema lexical. 
Morfologia
Derivação: consiste na formação de palavras por meio de afixo agregados a um morfema lexical (radical). 
Composição: é o processo de formação de palavras que cria novos vocábulos pela combinação de outros já existentes, dando origem a um novo significado.
Morfologia
Derivação: A criação de novas palavras é atribuição dos morfemas derivacionais. Através da ação dos morfemas derivacionais, vemos o surgimento de “famílias” derivadas de um único morfema lexical. 
		família de palavras (mesmo radical)
Ex.: “LIVR” (morfema lexical). É possível formar, a partir da adição de diferentes morfemas derivacionais: livro – livraria – livreiro – livrinho – livresco – livreco. 
Morfologia
Derivação prefixal: acréscimo de prefixo antes do morfema lexical:
Reter
Ilegal
Subtenente
Compor
Morfologia
Derivação sufixal: acréscimo de prefixo ao morfema lexical:
Saboroso, 
Ponteira
Grandalhão
Barcaça
Vozinha
Toquinho
Morfologia
A derivação prefixal e sufixal é o acréscimo de um prefixo e um sufixo ao morfema lexical. Nesse tipo de derivação, o vocábulo pode existir isoladamente ou com o prefixo ou com o sufixo.
Inutilizar – inútil / utilizar
Infelizmente – infeliz / felizmente
Deslealdade – desleal / lealdade
Morfologia
A derivação parassintética é a adição simultânea de um prefixo e um sufixo ao morfema lexical. A parassíntese diferencia-se da derivação prefixal e sufixal pelo fato de o prefixo e o sufixo serem acrescentados ao morfema lexical ao mesmo tempo.
Anoitecer – não existe o vocábulo anoite nem noitecer.
Entardecer – não existe entarde nem tardecer.
Esvoaçar – não há esvoa nem voaçar.
Morfologia
Derivação regressiva (ou deverbal): Ocorre quando a palavra primitiva perde morfemas em vez de ganhá-los. É o caso dos substantivos que se formaram a partir dos verbos, quando estes são considerados palavras primitivas. 
Exemplos (substantivos abstratos que dão ideia de ato ou efeito de):
Caçar (palavra primitiva) caça (derivada)
Cortar (palavra primitiva) corte (derivada)
Descansar (palavra primitiva) descanso (derivada)
Morfologia
A partir da combinação dos morfemas lexicais, a composição dá origem a uma palavra composta. Esse processo de formação de palavras pode ocorrer por justaposição ou por aglutinação.
A justaposição acontece quando as palavras se unem sem qualquer alteração fonética ou gráfica. Na justaposição, os vocábulos que se combinam são colocados lado a lado, mantendo a sua autonomia fonética. São escritos ora unidos, ora separados, com ou sem hífen.
Girassol;
Pé-de-vento;
Amor-perfeito.
Morfologia
A abreviação, ocasionada por economia, consiste no emprego de uma parte da palavra pelo todo, até limites que não prejudiquem a compreensão. Esse fato ocorre em vocábulos longos. Vejamos os seguintes exemplos:
auto (por automóvel);
foto (fotografia);
moto (motocicleta).
Morfologia
A reduplicação, também chamada de duplicação silábica, consiste na repetição de uma sílaba na formação de novas palavras como Zezé. Quando a reduplicação procura reproduzir aproximadamente certos sons ou certos ruídos, tem-se as onomatopeias:
tique-taque;
zum-zum;
Morfologia
As siglas consistem na redução de longos títulos às letras iniciais das palavras que as compõem:
PTB (Partido Trabalhista Brasileiro);
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Morfologia
O hibridismo é a união de duas palavras, cujos elementos provêm de línguas diversas:
Sociologia: latim + grego;
Burocracia: francês + grego.
(Composição erudita: palavra formadas por radicais de mesma origem: bio + logia - grego; reti+líneo – latim)

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