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Monoculturas da mente Vandana Shiva Biodiversidade: uma perspectiva do terceiro mundo Crise da diversidade Antigamente, a biodiversidade era explorada para subsistência, porém, atualmente está sob ameaça de extinção, pois: Habitats foram cercados ou destruídos (habitats marinhos correm perigo); Tem sofrido constantes erosões (Variedade das safras desaparecereu); O sustento está sendo ameaçado. Raven (1988) estima que: 48% das espécies vegetais do mundo vivem dentro ou em torno de áreas florestais e 90% de seu habitat será destruído nos próximos 20 anos. Populações de gados – homogeneização (Raças indianas estão em extinção) Erosão da biodiversidade – início a uma reação em cadeia. A crise torna-se uma ameaça aos sistemas de sustentação da vida e de milhões de pessoas nos países do Terceiro Mundo. Principais ameaças: Destruição do habitat: Megaprojetos com financiamento internacional, construção repressas, rodovias, atividades mineração. Ex: reservatório de Tucuruí na Amazônia, em único dia salvaram cerca de 15.925 espécies. Tendência tecnológica e econômica: substituição diversidade pela homogeneidade. Substituição da biodiversidade por monoculturas: Estratégia da produção é a uniformidade e monoculturas, consequentemente ocorre a destruição da biodiversidade, as variedades locais. Monocultura: Silvicultura e Agricultura: Silvicultura: crescimento rápido (apenas para madeira). Agricultura: variedades de alto rendimento, valor econômico. Tratamentos diferenciados entre agricultor Terceiro Mundo para a Agroindústria. O “desenvolvimento” da agricultura promove a pobreza e a deterioração ecológica, eliminando as variedades de alimentos. Efeitos da erosão na biodiversidade Erosão biodiversidade: graves consequencias ecológicas e sociais; Monocultura, as variedades melhoradas. Ex: Milho híbrido e Arroz IR-8. Consequencias: novas sementes transformaram-se em mecanismos de introdução e promoção de pragas. Enquanto a rotação de cultura possui proteção inata. Bioimperalismo do primeiro mundo e os conflitos Norte – Sul. Colonização: Países do Norte – transferência de riqueza biológicas dos países do Sul. Norte – acumulou capital e riqueza, enquanto ao Sul – destruição da biodiversidade. EUA acusaram países Terceiro Mundo – “prática comercial desonesta” – por causa do monopólio das patentes. Porém, a realidade é contrária: Adquiriu gratuitamente germoplasma. Indústria farmacêutica rouba plantas medicinais do Terceiro Mundo. Norte – continuam criando estruturas legais. Limitações das abordagens dominantes à preservação da biodiversidade Visão diferenciada – Países Norte e Sul. Há desprezo pelas principais causas da destruição: a uniformidade das safras. Abordagem reducionista: apenas como termo genérico, com objetivos comerciais. Preservação da biodiversidade: Ecologia, justiça e eficiência Ambas convergem na biodiversidade, porém, se contrapõem umas às outras nas monoculturas e nos sistemas homogêneos. Onde a uniformidade cria: instabilidade ecológica, controle externo, eficiência numa estrutura unidimensional. Quem controla a biodiversidade? Comunidades locais; Injustiças nos países do Sul. Biodemocracia – reconhecer o valor intrínseco de todos os seres vivos e direitos. Solução: Se os países do Sul se unir para proteger a variedade de espécies e comunidades diversas. BIOTECNOLOGIA Biotecnologia define-se pelo uso de conhecimentos sobre os processos biológicos e sobre as propriedades dos seres vivos, com o fim de resolver problemas e criar produtos de utilidade." Biotecnologia e meio ambiente Agenda CNUMAD – tema “administração ambientalmente saudável da tecnologia” – indica biotecnologia: social e ecológica. Biotecnologia e riscos biológicos: Inovações tecnológicas: prejuízos também. 1ª preocupação: Engenharia elétrica. Análise destes impactos sociais – responsabilidade ativistas e cientistas. Clamor público contra testes e disseminações deliberadas do Norte, Ex: bactéria “sem o gene do gelo” e história do BST (hormônio crescimento bovino). Ação: fazer experimentos nos países de Terceiro Mundo, ou seja, exportar riscos. Bio riscos e bio seguranças Ignorância – aos riscos das novas tecnologias para meio ambiente e saúde humana. Ex: Union Carbide – vazamento gás matou 3 mil pessoas, tinha como slogan “temos um dedo no futuro da Índia”. Sem segurança, a criação da tecnologia é rápida. Transferências tecnologia. Países Sul – acabam aceitando testes da biotecnologia – interesses obter acesso. Necessidade em analisar esta transferência, para evitar problemas. Biotecnologia e riscos químicos Revolução biotecnológico anunciada como milagre ecológico para agricultura. Biotecnologia – associada biologia, como algo seguro. “mais ecológica”. Mito: 1º - ecologicamente segura e 2º vai inaugurar um período de agricultura sem agrotóxicos. Maior parte destas pesquisas são – multinacionais produtos químicos, cuja estratégia é aumentar uso pesticidas e herbicidas, desenvolvendo variedades tolerantes a esses produtos químicos. 27 empresas – trabalhando todas safras alimentares para tolerância a herbicidas. Ex: Soja (resistente herbicidas Atrazine, esta rende 120 milhões anuais. Intenção destas empresas: é criar plantas resistentes a outros herbicidas, que consequentemente irá aumentar o uso de produtos químicos, aumentando também os danos as espécies vegetais. Ex: 1987 - +60 agricultores na Índia (Distrito Prakasam) – produção algodão, “suicídio” pois contraíram dívidas pela compra de pesticidas. Solução/correto: Países Terceiro Mundo proibir a introdução de safras agrícolas resistentes a herbicidas e pesticidas, pois as mesmas causam impactos negativos na saúde, ambiente e economia. 8 Biotecnologia e biodiversidade Equívoco: Que o desenvolvimento biotecnológico leva a preservação da biodiversidade. Porém, a essência da biotecnológia é a criação uniforme de plantas e animais. Estas estratégias e produtos das grandes empresas podem levar a diversificação de mercadorias, mas não enriquece a diversidade natural. Privatização e concentração Novas tecnologias – Evolui o controle do setor privado, com as transnacionais. Início: Laboratórios eram públicos, depois passaram para ser privados, porém os mesmos cientistas que trabalham nas empresas privadas estão como consultores no governo. Concentração: crescimentos constantes e rápido das grandes empresas. Ex: EUA na déc. 70, 30 fabricantes pesticidas, hoje apenas 12. Fusão de empresas Patentes: como urgência, necessário para o desenvolvimento agrícola – as multinacionais buscam o direito reservado da agricultura e nos sistemas alimentares. Com proteção das patentes, a agricultura e o comércio de sementes obtêm o poder global. Pois assim, o produtor dos países de Terceiro Mundo tornam-se fornecedores de matéria-prima gratuita. Esta proteção na verdade – proteção contra os agricultores. A semente e a roca: desenvolvimento tecnológico e preservação da biodiversidade Preservação da biodiversidade como independente da tecnologia de produção. Equívoco: diversidade está ligada a baixa produtividade e a uniformidade é essencial para a alta produtividade. A multiplicidade de produtos e valores dos sistemas biológicos são levados em conta. Roca de Gandhi........ A riqueza biológica está Terceiro Mundo, porém a maioria dos projetos estão no Norte. Estes projetos de modernização agrícola introduz novas safras uniformes e destroem a diversidade das variedades locais. Ocasionando: Destruição da diversidade, a uniformidade como maior ameaça a sustentabilidade e a preservação da biodiversidade. Necessário a relação da tecnologia, recursos naturais e necessidades humanas. A convenção sobre biodiversidade. Criação: interesse dos países do Norte – o intuito de globalizar o controle, a administração e propriedade de diversidade biológica. Objetivo convenção: Discussões sobre biossegurança e necessidade de regulamentar a biotecnologia. Porém, a mesma tem vários erros. Bush recusava assinar, pois havia “falhas graves”, como a falta de ênfase suficiente nas patentes. Falhas: Distorção, pois permitir a soberania dos Estados explorar seus próprios recursos; A biotecnologia como essencial para preservação e uso sustentável da diversidade biológica; Aceitação de patentes na área dos recursos vivos; Aceitação dos recursos do Meio Ambiente Global do Banco Mundial como mecanismo financeiro provisório; Acaba que favorece os países do Norte. Crítica a Bush – Intenção dar as indústrias garantia de liberdade para fazer experimentos e manipular seres vivos com a proteção de patentes, sem nenhuma responsabilidade ética, social ou ambiental. Comentaristas chamam esta convenção de ROUBO LEGALIZADO.
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