Buscar

Direito Internacional Público I (Aula 1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rio de Janeiro, 06 de setembro de 2013
Direito Internacional Público
Datas de Provas:
22/11/13 Prova 
06/12/13 2° Chamada
13/12/13 Prova Final
Em caso de conflito de uma norma internacional e uma interna, qual prevalece?
Dualismo (tem origem na obra de Triepel) - 1899
Indecisão do juíz diante do conflito.
As duas ordens jurídicas são distintas, separadas, distantes. A ordem jurídica internacional é uma ordem resultado de uma coordenação de vontades soberanas (coordenação). Enquanto que a interna é fruto de uma vontade de um único Estado (subordinação).
Diante da norma internacional, somente o Estado é sujeito do Direito Internacional. Nega a subjetividade do indivíduo.
Enquanto que no interno o indivíduo é tão importante quanto Estado.
“Nada impede que um Estado, soberanamente, incorpore uma ordem internacional a sua política interna.”
Havendo conflito entre a norma incorporada e a norma interna, a primeira sempre reinará.
O Estado pode incorporar a norma internacional internamente, mas nada o obriga a fazer. Mas ao fazê-lo, a norma incorporada tem mais poder que a interna preexistente.
Monismo
Não há direitos. O direito é um só. 
Monismo com primasia no direito interno
O Estado é um ser soberano. Filosofia política de Hegel (Soberania). “A soberania é o poder dos poderes.”
Monismo com primasia do direito internacional
Hans Kelsen. No topo da pirâmide há normas de direito internacional, como se fossem fontes – origem - e fundamentos – obrigatoriedade - a aquelas que estão na parte inferior. Norma fundamental do Direito. “A norma fundamental é a pacta sunt servanda.”
Reflexo no Constitucionalismo nas regiões e na Jurisprudência
A maioria do Constitucionalismo é de caráter dualista. Entretanto, algumas constituições avaçam um pouco:
Holandesa
Se for necessário ao desenvolvimento do direito internacional geral, os estados gerais holandeses poderão autorizar a ratificação de um tratado contrário as leis e a constituição do reino.
Francesa
Se a república francesa negociar um tratado contrário as leis e a constituição da república francesa não será ratificado até que as leis da república francesa sejam refeitas para se adequarem. Para que assim a norma internacional entre sem gerar conflito.
Alemanha
Lei Fundamental (Art 25° e 100°). As normas do direito internacional geral fazem parte do direito alemão. Elas, as normas, primam sobre as leis internas e criam diretamente direitos e obrigações para os habitantes do território federal.
Obs.: A parte em negrito justifica o motivo dessa Lei Fundamental ser monista, pois não precisa ser incorporada.
Na Jurisprudência Internacional há dois casos principais:
A Guerra Civil Americana
Interesses econômicos antagônicos (sul x norte). O Sul queria continuar exportando para a Inglaterra, enquanto o Norte queria que apenas exportassem em caso de excedente. Durante a guerra, navios mercantis desebarcavam o algodão em portos ingleses e, ao se afastarem 3 milhas, recebiam armamentos de pequenos botes. 
A neutralidade internacional de um Estado acarreta em sua imparcialidade e abstenção (Inglaterra).
A guerra terminada, o embaixador inglês procurou o governo norte americano e propôs levar a questão a arbitragem – tribunal arbitral. Esse tribunal chamou atenção pois eram duas potências afirmando ter confiança em um tribunal arbitral que resolveria uma questão que eles não conseguiam por si só. Foi então constituído o tribunal com 5 membros – um juíz nacional de cada Estado, um juíz indicado pela França, um pelo imperador Brasileiro e um pela Suiça. (Tribunal Alabama)
Sentença Alabama: decidiu contrariamente a Inglaterra, pois ela violara o princípio da imparcialidade e abstnência. A mesma precisou indenizar os EUA.
Wimbledon (União Soviética x Polônia)
Navio 1921. Guerra entre a união soviética e a polônia. Os frances arrecadaram dinheiro para ajudar os poloneses, adquiriram um navio com bandeira inglesa e mantimentos para enviar a eles. (Canal de Kiel) 
A alemanha se declara neutra no conflito e baseada na sua neutralidade, acha que deve impedir a navegação de Wibledon.
Japão, Inglaterra e França se unem contra a Alemanha.
Tratado
Acordo entre os sujeitos do direito internacional. Ato jurídico complexo, com procedimento solene e complexo. Possui 6 fases:
Negociação
Assinatura
Ratificação
Promugação
Publicação
Registro
A negociação é a fase inicial em que o importante é a autonomia da vontade das partes. As partes vão tentar manter o máximo de vantagem para si próprias. O Estado irá consolidar o seu interesse naquela matéria. Numa negociação bilateral, ela será sediada na capital de um dos contratantes. Nas negociações multilaterais a escolha do local limita bastante para as partes, elas normalmente ficam num eixo muito reduzido de grandes cidades, onde a infraestrutura permite uma negociação confortável, rápida. A negociação de um tratado termina quando se tem um texto definitivo (línguas principais, oficiais – 6)
A assinatura é um momento solene em que os representantes, os plene credenciados (o poder de fazer tratados), vão comparecer a essa solenidade. Supondo que o representante de um Estado, no momento em que é chamado, não tem a autorização do seu governo pra fazê-lo (primeiro efeito da assinatura em qualquer documento – reconhecer, autenticar – por isso a presença e a rubrica do representante é necessária até que o Estado se resolva), o representante ainda assim precisa estar presente. Quem não puder comparecer, recebe um prazo para assinar diferidamente.
O tratado entrava em vigor no momento da assinatura; para os EUA o tratado entrava em vigor após a ratificação feita pelo governo. Ratificar é confirmar um ato anteriormente praticado. Dessa forma, haveria um tempo hábil entre a assinatura e a ratificação para o povo e seu governo poderem opiniar a respeito. A Constituição americana diz que compete ao senado apreciar e autorizar e, ao o presidente, ratificar o tratado. Assim, a casa branca demonstrou insatisfação. No caso do modelo americano, o peso e o contrapeso, (casa branca x senado/parlamento) definem o conflito. A corte suprema decide favoravelmente aos argumentos da casa branca (acordo em forma simplicada).

Outros materiais