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CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DE ALGUMAS “INOVAÇÕES” INTRODUZIDAS PELA CONSTITUIÇÃO DE 1967 
	A eleição para presidência da República no texto desta constituição se produziria a partir de um COLÉGIO ELEITORAL que seria composto, de acordo com os parágrafos 1º e 2º do art. 76, da seguinte forma:
Todos os membros do Congresso Nacional;
3 representantes indicados pelas Assembléias Legislativas de cada Estado;
Mais um delegado “por quinhentos mil eleitores inscritos no Estado”.
De acordo com os dados disponíveis de 1966, o colégio eleitoral do Presidente da República seria composto, àquela época, por 582 membros: 475 congressistas, 66 delegados correspondentes à cota fixa por cada Estado e mais 41 representantes correspondentes à cota variável em função do eleitorado inscrito em cada Estado – de acordo com estes critérios de composição do colégio eleitoral, os maiores Estados participavam com apenas 40% dos votos, limitando assim a influência dos “eleitores” dos Estados mais importantes e industrializados;
A configuração da representação na Câmara dos Deputados se modificou em relação ao texto da Constituição de 1946 – pelo §2º do art. 41, “o número de deputados será fixado em lei, em proporção que não exceda de uma para cada trezentos mil habitantes, até 25 deputados e, além desse limite, um para cada milhão de habitantes;
A constituição deu competência aos Estados para que se organizassem segundo suas constituições e leis, impondo-se, todavia, severas restrições a determinados princípios que deveriam se ajustar obrigatoriamente a padrões da Constituição Federal, a saber:
A forma de investidura dos cargos eletivos;
O processo legislativo;
A elaboração orçamentária e a fiscalização financeira;
Normas relativas aos funcionários públicos;
A emissão de títulos da dívida pública fora da lei federal.
Pelo art. 58 desta constituição, o presidente da República, em casos de extrema necessidade e de interesse social, pode expedir decretos-leis sem causar aumentos em despesas nas seguintes matérias: segurança nacional e finanças públicas;
Do ponto de vista tributário, a constituição de 1967 definia que Estados e Municípios tinham competência para decretar impostos apenas sobre impostos sobre transmissão, direitos reais e direitos à aquisição de imóveis, sobre a propriedade urbana e sobre os serviços de qualquer natureza – todos os demais impostos previstos nos incisos de I a X do art. 22 eram de competência federal, ainda que Estados e Municípios participassem da arrecadação de muitos deles: 20% do Imposto de Renda, 20% sobre o de produtos industrializados, 40% sobre o de lubrificantes e combustíveis, 60% sobre o de energia e 90% sobre o de minérios;
A constituição de 1967, além de uma forte centralização político-administrativa, concedeu à União um predomínio tributário que não possuía pela constituição de 1946.

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