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DIREITO DO TRABALHO
CONTEXTO DO DIREITO DO TRABALHO NO QUADRO GERAL DO DIREITO
SANTANA
LÍVIA ALBUQUERQUE MELO
livia.amelo@hotmail.com
SETOR DE MARKETING
GRUPO SER EDUCACIONAL
APRESENTAÇÃO:
2024
RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO
RELAÇÃO 
DE 
TRABALHO
4
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
EMPREGADO
A CLT e as demais normas trabalhistas são voltadas apenas à proteção dos direitos do empregado. Assim, direitos como jornada de trabalho, FGTS, férias, descanso semanal remunerado, etc., são direcionados ao empregado. 
Competência da Justiça do Trabalho
5
EMPREGADO
PESSOA FÍSICA
NÃO EVENTUALIDADE
ONEROSIDADE
SUBORDINAÇÃO
Art. 3º, CLT - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
REQUISITOS
ALTERIDADE
6
REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
O empregado é pessoa física ou natural. 
Exclui-se desse conceito as pessoas jurídicas e prestações de serviços por animais.
PESSOALIDADE: O empregado é contratado em razão das suas qualidades pessoais. Não pode ser substituído por terceiro.
INFUNGIBILIDADE
7
REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
É necessário que o trabalho executado não seja ocasional.
Há a expectativa de que o empregado retorne ao trabalho.
CONTINUIDADE: Não é sinônimo de não eventualidade. A CLT permite que o reconhecimento do vínculo ocorra mesmo que haja fracionamento da prestação dos serviços. O trabalho contínuo, por sua vez, é aquele que não admite o referido fracionamento. 
NÃO EVENTUALIDADE
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REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
Não é gratuito o contrato de trabalho, mas oneroso. O empregado tem o dever de prestar os serviços e o empregador, em contrapartida, deve pagar salários pelos serviços prestados. 
A forma de pagamento da contraprestação é irrelevante.
Havendo expectativa de salário, estará presente o requisito onerosidade.
ONEROSIDADE
9
REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
É o requisito mais importante da relação de emprego. O obreiro exerce sua atividade com dependência ao empregador, por quem é dirigido. Se o empregador assume todos os riscos do empreendimento, ele terá o poder de organizar e dirigir a prestação de serviços. 
Há três teorias para explicar a subordinação:
SUBORDINAÇÃO
	SUBORDINAÇÃO 
JURÍDICA	SUBORDINAÇÃO 
TÉCNICA	SUBORDINAÇÃO ECONÔMICA
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REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
Obriga que todos os riscos do empreendimento sejam suportados pelo empregador. O salário deve ser pago, tendo a empresa lucros ou prejuízos. 
ALTERIDADE E IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19: Em regra, em momentos de crise financeira mundial, os prejuízos da empresa serão exclusivamente do empregador. Mas a pandemia impactou o princípio da alteridade, de modo que as medidas provisórias publicadas no período, deram mais força ao empregador para alterações no contrato de trabalho.
ALTERIDADE
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ELEMENTOS NÃO ESSENCIAIS À CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
EXCLUSIVIDADE
A CLT não tem previsão expressa de que o empregado preste serviços com exclusividade para dado empregador. Assim, há a possibilidade de vários contratos de trabalho, com empresas diversas, simultaneamente. 
1
	O que diz a 	jurisprudência sobre 	Cláusula de não 	concorrência?
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CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA
JURISPRUDÊNCIA
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA. VALIDADE. Cinge-se a controvérsia em definir a validade da estipulação da cláusula de não concorrência após a rescisão contratual. Depende da observância dos seguintes requisitos: limitação temporal, limitação geográfica e indenização compensatória pelo período referente à restrição. No caso, o Tribunal Regional registrou expressamente que a cláusula de não concorrência, apesar de prever indenização compensatória pelo referido período, não estipulou previsão temporal e limitação territorial, além de haver assinatura apenas do trabalhador e desproporção entre a contraprestação oferecida pela empresa - pagamento de salário mensal pelo período da restrição - e a multa em caso de descumprimento da obrigação pelo ex-empregado (multa não compensatória correspondente ao valor resultante da multiplicação do último salário do réu por 25), sem prejuízo da indenização decorrente da responsabilidade civil. Nesse contexto, correto o acórdão regional ao julgar improcedente a ação proposta pela empresa. Agravo de instrumento a que se nega provimento.
(TST - AIRR: 24849520105020053, Relator: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento: 30/11/2016, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 09/12/2016)
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AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELO CPC/2015 E PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/2016 DO TST. CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA ESTIPULADA PARA PERÍODO POSTERIOR AO TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO. ALTERAÇÃO UNILATERAL PREJUDICIAL AO TRABALHADOR. Consoante o acórdão regional, as partes pactuaram cláusula de não concorrência, por meio da qual ficou estabelecido que, por dois anos e a partir do término do contrato de trabalho, a reclamada pagaria ao autor o valor referente ao seu último salário. Porém, à época da demissão, a empregadora alterou unilateralmente o pactuado sem a anuência do autor, liberando-o do cumprimento da cláusula de não concorrência, de modo a permitir que o reclamante atuasse livremente no mercado, e, com isso, não pagou a compensação pecuniária estipulada. Nesse contexto, concluiu o Regional que houve alteração unilateral do contrato em prejuízo do empregado, na medida em que o reclamante deixou de receber a indenização prevista. Registrou que "não há qualquer cláusula ou estipulação prevendo a possibilidade de a indenização somente ser exigida se também o fosse a não concorrência", bem como que "tampouco foi avençada possibilidade de desistência unilateral por qualquer das partes". Com efeito, dispõe o artigo 444 da CLT que as relações contratuais podem ser objeto de livre estipulação entre as partes, desde que observadas as disposições de proteção ao trabalho, as normas coletivas aplicáveis e as decisões das autoridades competentes. Já o artigo 468 da CLT prevê que, "nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições, por mútuo consentimento, e, ainda assim, desse que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia" (destacou-se). A cláusula de não concorrência é a obrigação pela qual o empregado se compromete a não praticar pessoalmente ou por meio de terceiro ato de concorrência para com o empregador, tratando-se, pois, de uma obrigação de natureza moral e de lealdade. Essa pactuação especial no contrato de trabalho, inserta no âmbito da esfera dos interesses privados do empregador e do empregado, deve ser considerada válida, levando-se em consideração a boa-fé e a razoabilidade contratual. A previsão de não concorrência impõe obrigações recíprocas para as partes e deve ser regulamentada a fim de que possa gerar efeitos tanto para o empregador quanto para o empregado no caso de descumprimento. No caso dos autos, observa-se que a cláusula de não concorrência foi livremente estipulada pelas partes e integrou o pacto laboral, razão pela qual não poderia ser alterada unilateralmente pela reclamada, em flagrante prejuízo ao empregado, o qual deixou de receber a indenização convencionada. Trata-se, aqui, de dar aplicação plena ao princípio pacta sunt servanda, no sentido de que as cláusulas negociais lícitas, ajustadas livre e bilateralmente pelas partes, não podem ser alteradas ou desfeitas pela vontade de apenas uma delas, sem a concordância da outra, como registrou a instância regional haver ocorrido no caso presente. Nesse aspecto, o Direito do Trabalho em nada difere do Direito Privado em geral. Agravo de instrumentodesprovido. (...)
(TST - AIRR: 114968720135010205, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 26/11/2019, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 21/02/2020)
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ELEMENTOS NÃO ESSENCIAIS À CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
O local da prestação de serviço é irrelevante para configuração do vínculo empregatício.
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TELETRABALHO 
(REFORMA TRABALHISTA)
Consiste na prestação de serviços realizados, preponderantemente, fora das dependências do empregador com o uso de tecnologias de informações e comunicação que não configuram trabalho externo.
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ADMISSÃO DO EMPREGADO
Não há formalidade específica para contratar o empregado, podendo o contrato de trabalho ser celebrado até mesmo de forma verbal!
Há, entretanto, exigência de um documento obrigatório, a Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS.
A falta de anotação na CTPS não afasta o vínculo empregatício. Uma vez presente os 4 requisitos da relação de emprego, o vínculo será declarado. No entanto, a ausência de notificação possibilita que o empregador seja autuado pela fiscalização.
 
REFORMA 
TRABALHISTA
O art. 611-B, I, da CLT, que contempla os limites ao negociado, estipula que constituem objeto ilícito de instrumentos coletivos do trabalho a supressão ou a redução dos direitos relacionados à identificação profissional, inclusive as anotações na CTPS.
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CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL - CTPS 
	CTPS	
	Carteira de Trabalho Digital	Art. 14, CLT: 
A CTPS será emitida pelo Ministério da Economia preferencialmente em meio eletrônico. 
	Identificação	CPF do empregado
	Prazo para anotação na CTPS	Art. 29, CLT: 5 dias úteis (Reforma Trabalhista)
	Acesso do trabalhador às informações no sistema	Em até 48 horas a partir da anotação (art. 29, §8º, CLT).
	Registros eletrônicos	Equivalem às anotações na CTPS (art. 29, §7º, CLT).
	Valor das anotações	Comprovação de salário, gozo de férias ou tempo de serviço nas reclamações trabalhistas.
Para cálculo de indenização por acidente de trabalho ou moléstia profissional.
OBS: A CTPS deixou de ser documento hábil a ser apresentado como documento de identificação pessoal oficial, assim como, deixa de ser documento capaz de comprovar a dependência perante a Previdência Social.
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REGISTRO DE EMPREGADOS
REGISTRO DE EMPREGADOS – ART. 41, CLT: “Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho”. 
MULTA POR AUSÊNCIA DE REGISTRO – ART. 47, CLT: multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado. Se for microempresa e empresa de pequeno porte, a multa é reduzida no valor de R$ 800,00.
DADOS NÃO INFORMADOS NO REGISTRO – ART. 47-A, CLT: multa de R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregado prejudicado. 
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DECLARAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE VÍNCULO
AUDITOR FISCAL
Não há dispositivo expresso na CLT que estabelecesse a atribuição do Autor Fiscal do Trabalho para reconhecimento de vínculo de emprego.
A jurisprudência tem se posicionado no sentido de ausente o registro de empregados, o Auditor Fiscal do Trabalho terá prerrogativa de reconhecer o vínculo empregatício.
No entanto, é vedado o reconhecimento de vínculo pelo Auditor Fiscal de trabalhador terceirizado com tomador de serviço, pois existe um vínculo previamente reconhecido com a prestadora de serviço. Havendo dúvida, é competência da Justiça do Trabalho determinar ou não a formação do vínculo de emprego diretamente com a tomadora.
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DECLARAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE VÍNCULO
AUDITOR FISCAL
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. LEI Nº 13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA. UNIÃO. AUTO DE INFRAÇÃO. MULTA ADMINISTRATIVA. COMPETÊNCIA DO AUDITOR FISCAL DO TRABALHO PARA RECONHECER VÍNCULO DE EMPREGO. Há transcendência política no recurso de revista interposto, quando se constata, em análise preliminar, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho. Aconselhável o provimento do agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista, em razão da provável violação do art. do art. 628 da CLT. Agravo de instrumento a que se dá provimento. II - RECURSO DE REVISTA. LEI Nº 13.467/2017. UNIÃO. AUTO DE INFRAÇÃO. MULTA ADMINISTRATIVA. COMPETÊNCIA DO AUDITOR FISCAL DO TRABALHO PARA RECONHECER VÍNCULO DE EMPREGO. 1 - Cinge-se a controvérsia a definir se configura invasão de competência o fato de o auditor-fiscal do trabalho ter aplicado multa em face do não cumprimento da legislação trabalhista, por ser da Justiça do Trabalho a competência exclusiva para o reconhecimento da relação de emprego. 2 - Conforme se infere do trecho do acórdão recorrido transcrito pela parte, a Corte Regional consignou é competência privativa da justiça do trabalho declarar a existência ou não de vínculo empregatício. 3 - O entendimento desta Corte superior é no sentido de que o auditor-fiscal do trabalho , ao concluir pela existência de violação de preceito legal, detém competência para aferir a existência de relação de emprego, bem como proceder à lavratura do auto de infração. Julgados. 4 - Recurso de revista a que se dá provimento .
(TST - RR: 10020174220175020704, Relator: Katia Magalhaes Arruda, Data de Julgamento: 19/05/2021, 6ª Turma, Data de Publicação: 21/05/2021)
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DECLARAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE VÍNCULO
AUDITOR FISCAL
RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO EM FACE DE ACÓRDÃO PUBLICADO APÓS A VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTO DE INFRAÇÃO - MULTA ADMINISTRATIVA - RECONHECIMENTO DA RELAÇÃO DE EMPREGO - COMPETÊNCIADOAUDITOR FISCAL - TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA RECONHECIDA. Tratando-se de recurso de revista interposto em face de decisão regional que se mostra contrária à jurisprudência desta Corte, revela-se presente a transcendência política da causa, a justificar o prosseguimento do exame do apelo. Cinge-se a controvérsia dos autos em definir se o auditor fiscal extrapolou a sua competência ao decidir pela existência da relação jurídica de emprego, ao contrário do que entendeu o Tribunal Regional. Com efeito, de acordo com o artigo 628 da CLT, o Auditor Fiscal do Trabalho tem competência para, em sede administrativa, verificar a existência de relação de emprego, nos termos do artigo 11, II, da Lei nº 10.593/2002, bem como para lavrar o auto de infração se concluir pela existência de violação de dispositivo de lei, sob pena de responsabilidade administrativa. A fiscalização do cumprimento das normas trabalhistas não se confunde com a atuação jurisdicional da Justiça do Trabalho, de forma que o particular tem resguardado seu direito de acesso ao Poder Judiciário, para discutir a legalidade da penalidade administrativa, na forma do artigo 114, VII, da Constituição da Republica. A jurisprudência desta Corte Superior já se manifestou no sentido de que o Auditor Fiscal do Trabalho, ao concluir pela existência de ofensa à legislação trabalhista, notadamente a existência de relação de emprego, detém competência para proceder à lavratura do auto de infração e aplicar as penalidades decorrentes. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR: 10000280520185020465, Relator: Renato De Lacerda Paiva, Data de Julgamento: 04/05/2022, 7ª Turma, Data de Publicação: 13/05/2022)
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DECLARAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE VÍNCULO
AUDITOR FISCAL
AUTO DE INFRAÇÃO. AUDITOR FISCAL DO TRABALHO. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. PRESTAÇÃO TERCEIRIZADA DE SERVIÇOS. Se a questão com a qual se depara a autoridade fiscal vai além da mera constatação, por meio da fiscalização, do cumprimento das normas de proteção ao trabalho, exigindo o enfrentamento de matéria complexa, tal como analisar se a terceirização/ contratos de prestação de serviços são ilícitos, não se pode dizer que a autoridade administrativa tenha atribuição para exercer o seu poder de polícia, pois a sua atuação extrapola a esfera administrativa, passando a invadir território de competênciado Poder Judiciário, a quem caberia definir com qual empresa seria possível o reconhecimento da relação de emprego.
(TRT-2 10003451720205020082 SP, Relator: LUIS AUGUSTO FEDERIGHI, 3ª Turma - Cadeira 1, Data de Publicação: 18/11/2021)
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O empregador pode exigir Certidão Negativa de Antecedentes Criminais na contratação do empregado? 
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CERTIDÃO NEGATIVA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS NA CONTRATAÇÃO DO EMPREGADO
REGRA GERAL
Não pode quando:
Configurar tratamento discriminatório
Não se justificar em razão do trabalho “comum”
EXCEÇÃO
Vigilante 
(Lei 7.102/83 – art. 12)
Transporte de Valores
Empregado Doméstico
Se existir previsão em lei.
Se a natureza do ofício desenvolvido exigir
Se houver grau especial de fidúcia
Direito a Indenização por Danos Morais
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RELAÇÕES EMPREGATÍCIAS ESPECIAIS
Há empregados que tem direitos peculiares em razão da atividade desenvolvida ou em razão da sua própria condição física. Em todos os casos, há a presença dos 4 requisitos essenciais a relação de emprego. O que diferencia uma relação de outra é a ampliação ou redução de direitos trabalhistas.
Empregado Rural
Empregado
Doméstico
Empregado
Público
Proteção do trabalho da mulher
Proteção do trabalho do adolescente
Aprendiz
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EMPREGADO RURAL
AVISO PRÉVIO: Redução de 1 dia por semana
INTERVALO: Jornada Superior a 6 horas: Usos e costumes da região. Mínimo de 1hora (Súmula 437, TST) 
TRABALHO NOTURNO: Pecuária – 20h às 4h
 Agricultura – 21h às 5h
 Adicional noturno – 25%
SALÁRIO UTILIDADE: 20% moradia
		 25% Alimentação
 		 Prévia Autorização 
PECULIARIDADES
EMPREGADOR: Pessoa Física
DURAÇÃO: 2 meses dentro do período de 1 ano
Recolher o FGTS e Contribuições Previdenciárias
Mesmos direitos dos demais empregado permanentes
CONTRATO TEMPORÁRIO RURAL
Lei nº 5.889/1973
Equiparação de direitos como os urbanos (art. 7º CF/88)
Trabalha para o empregador rural
Prescrição: 2 anos para ingressar na justiça e pedido dos últimos 5 anos
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PROTEÇÃO DO TRABALHO DO ADOLESCENTE
REGRAS
Trabalho a partir dos 16 anos, exceto: Noturno
 Insalubre
 Perigoso
A partir dos 14 anos, somente como aprendiz
Proibido trabalhar em horas extras, salvo:
Compensação – Máximo 2 horas extras diárias;
Força Maior – Até 12 horas
Trabalho em mais de uma empresa: 8 horas somadas
Representante legal: Assistência na quitação das verbas rescisórias
Férias: Direito de coincidir férias do trabalho com as férias escolares.
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APRENDIZ
REGRAS
Idade Permitida: A partir dos 14 anos até 24 anos, exceto pessoa com deficiência
Requisitos: Contrato Escrito
 Matrícula e Frequência escolar
 Inscrição em Programa de aprendizagem
Prazo de Contrato: 2 anos, exceto pessoa com deficiência 
Obrigatoriedade na contratação: Mínimo 5% e Máximo 15%
 Exceção: Entidades sem fins lucrativos e pequenas e microempresas.
Jornada: Em regra é reduzida: 6 horas; 8 horas – Se completou o ensino fundamental e, nessas horas, forem computadas horas destinadas à aprendizagem teórica.
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RELAÇÕES DE TRABALHO QUE NÃO CONFIGURAM RELAÇÃO DE EMPREGO
São as relações jurídicas que não tem a presença dos requisitos da relação de emprego. Assim, são relação de trabalho em sentido amplo, não estando regulamentados pela CLT.
Trabalhador Autônomo
Trabalhador Eventual
Avulso
Voluntário
Estagiário
Cooperado
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
EMPREGADOR
Art. 2º, CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
EMPREGADOR POR EQUIPARAÇÃO: Art. 2º, § 1º, CLT - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
EMPREGADOR
Sucessão de Empresas
Poderes do Empregador
Grupo 
Econômico
Sócio Retirante
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GRUPO 
ECONÔMICO
Art. 2º, §2º, CLT -  Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
ATIVIDADES ECONÔMICAS DIVERSAS
CNPJ PRÓPRIO
QUADRO DE PESSOAL PRÓPRIO
A CLT não exige um documento ou prova específica para configuração do grupo econômico. Essa prova será possível através da análise do caso concreto.
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GRUPO 
ECONÔMICO
ESPÉCIES DE GRUPO ECONÔMICO:
GRUPO ECONÔMICO POR SUBORDINAÇÃO: O grupo econômico decorre da hierarquia entre empresas. Há uma relação de controle entre uma ou mais empresas em relação às demais integrantes.
Grupo Econômico Vertical
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Reforma Trabalhista
GRUPO 
ECONÔMICO
ESPÉCIES DE GRUPO ECONÔMICO:
GRUPO ECONÔMICO POR COORDENAÇÃO: O grupo econômico pode ser formado entre empresas que guardam autonomia em relação às outras, mas reste demonstrado a coordenação, a atuação conjunta entre elas
Grupo Econômico Horizontal
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GRUPO 
ECONÔMICO
RECURSOS DE REVISTA DOS RÉUS. LEI Nº 13.467/2017 . RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. GRUPO ECONÔMICO POR COORDENAÇÃO. RESPONSABILIDADE EXECUTIVA SECUNDÁRIA. APLICAÇÃO DA REGRA PREVISTA NO ARTIGO 790 DO CPC. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. DIVERGÊNCIA ATUAL ENTRE TURMAS DESTA CORTE. APLICAÇÃO DO ARTIGO 2º, §§ 2º e 3º DA CLT, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.467/17 AOS PROCESSOS EM CURSO, AINDA QUE A RELAÇÃO JURÍDICA MATERIAL TENHA OCORRIDO ANTES DA VIGÊNCIA DA REFERIDA LEI. MATÉRIA COMUM. ANÁLISE CONJUNTA. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA CONSTATADA. A jurisprudência desta 7ª Turma se firmou no sentido de ser possível a configuração de grupo econômico "por coordenação", mesmo diante da ausência de hierarquia, desde que as empresas integrantes do grupo comunguem dos mesmos interesses. Segundo o referido entendimento, o artigo 2º, § 2º, da CLT, em sua redação anterior, disciplinava apenas uma das modalidades de formação do grupo econômico e não impede que a sua configuração possa ser definida por outros critérios. Por sua vez, a SbDI-I desta Corte, no julgamento do E-ED-RR-214940-39.2006.5.02.0472, Relator Ministro Horácio Raymundo de Senna Pires, firmou a tese no sentido de que "o simples fato de as empresas possuírem sócios em comum não autoriza o reconhecimento de grupo econômico". Assim, no caso, mostra-se plenamente possível a aplicação analógica de outras fontes do direito que admitem a formação do grupo econômico com base na comunhão de interesses, a exemplo do artigo 3º, § 2º, da Lei nº 5.889/73, que, já antes da vigência da Lei nº 13.467/17, estabelecia a responsabilidade solidária do grupo por coordenação no âmbito rural. De todo modo, ainda que se entenda que tema se encontra suficientemente debatido e uniformizado em sentido contrário pela SBDI-1, julga-se existir novo fundamento a justificar a manutenção da jurisprudência desta e. Turma. Com a entrada em vigor da Lei nº 13.467/17, a redação do § 2º do artigo 2º da CLT foi alterada e incluído o § 3º, para contemplar a modalidade de grupo econômico formado a partir da comunhão de interesses e atuação conjunta das empresas. (...) Destarte, considerando que, no caso em análise, ficou constatada a conjugação de interesses e a atuação das reclamadas em ramos conexos, patente a caracterização do grupo econômico e a condição de responsável executivo secundário das empresas que o compõem e, pois, de legitimadas passivas. Recursos de revista não conhecidos.
(TST - RR: 105814820175030009, Relator: Claudio Mascarenhas Brandao, Data de Julgamento: 16/03/2022, 7ª Turma, Data de Publicação: 25/03/2022)
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GRUPO ECONÔMICO
Não há caracterização do grupo econômico pela mera identidade de sócios entre as empresas!
Requisitos para formação grupo econômico:
Interesse integrado;
Efetiva comunhão de interesse; e
Atuação conjuntadas empresas.
Consequências jurídicas do reconhecimento do grupo econômico:
Responsabilidade solidária;
Finalidade lucrativa.
Contrato de trabalho único.
Exceção: Contratos simultâneos de trabalho. Súmula 129, TST.
35
SUCESSÃO DE EMPRESAS
Art. 10, CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448, CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
REQUISITOS PARA A SUCESSÃO:
Transferência de estabelecimento;
Não ocorrência de paralisação da atividade
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Reforma Trabalhista
SUCESSÃO DE EMPRESAS
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. 
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. 
As dívidas antigas, atuais e futuras são de reponsabilidade do sucessor!
Exceção: Fraude na transferência de empresa – responsabilidade solidária.
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SUCESSÃO DE EMPRESAS
Sucessão em grupo econômico: 
Há discussão da responsabilidade solidária entre sucessor (novo empregador) que adquiriu apenas uma das empresas pertencentes ao grupo e o grupo econômico, por débitos de empresas não adquiridas. 
OJ nº 411 da SDI-I do TST: 
Não há responsabilidade solidária do novo empregador com o grupo econômico, exceto se comprovada má-fé ou fraude na sucessão. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. GRUPO ECONÔMICO. SUCESSÃO DE EMPRESAS. OCORRÊNCIA DE FRAUDE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA EMPRESA SUCEDIDA . Esta Corte Superior tem entendido que a sucessão empresarial transfere direitos e obrigações ao sucessor, que responde integral e exclusivamente pelo contrato de trabalho. Contudo, nos casos em que reste evidenciada fraude na sucessão, a responsabilidade pelos créditos trabalhistas alcança, igualmente, a empresa sucedida, como ocorreu na hipótese. Incólumes, portanto, os artigos 2º, 10 e 448 da CLT. Agravo desprovido.
(TST - AIRR: 1899520125150007, Relator: Gilmar Cavalieri, Data de Julgamento: 03/06/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: 12/06/2015)
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SÓCIO RETIRANTE
Qualquer sócio pode retirar-se da sociedade. Se a sociedade for celebrada por prazo indeterminado, deve ser realizada a notificação dos demais sócios, com antecedência mínima de 60 dias. Por sua vez, se for de prazo determinado, deve ser demonstrada judicialmente justa causa para sua retirada da sociedade (art. 1.029, CC).
“Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado” (Art. 5º, XX, CF).
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Reforma Trabalhista
SÓCIO RETIRANTE
Art. 10-A.  O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: 
I - a empresa devedora; 
    
II - os sócios atuais; e 
III - os sócios retirantes. 
Parágrafo único.  O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. 
Antes da Reforma Trabalhista, a jurisprudência autorizava a responsabilização do sócio retirante.
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SÓCIO RETIRANTE
REQUISITOS PARA RESPONSABILIZAÇÃO:
Ajuizamento da reclamação trabalhista: Que deverá ser ajuizada no período de até 2 anos depois de averbada a modificação do contrato;
Benefício de ordem: 
Empresa devedora;
Atuais sócios da empresa;
Sócios retirantes
O sócio retirante deve constar no polo passivo da reclamação trabalhista desde a fase de conhecimento? 
É possível a inclusão apenas na fase de execução, de acordo com a jurisprudência do TST (TST – AIRR 0172100-87.2005.5.15.0148; Terceira Turma; Rel. Min. Alexandre de Souza Agra; DEJT 18/10/2013).
Incidente de desconsideração a personalidade jurídica: 
O processo do trabalho apresenta procedimento próprio para atingir o patrimônio desses sócios, denominado incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
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SÓCIO RETIRANTE
AGRAVO DE PETIÇÃO. EXECUÇÃO. INCLUSÃO DE EX-SÓCIO NO POLO PASSIVO. CONDIÇÕES. A teor dos arts. 1.003, parágrafo único, e 1.032 do Código Civil e do art. 10-A da CLT, é possível a inclusão do sócio retirante no polo passivo da execução, desde que a ação tenha sido ajuizada no prazo de 2 anos contados da averbação da alteração do contrato social da empresa junto ao órgão competente. E, de todo modo, o ex-sócio só é responsável pelas obrigações trabalhistas relativas ao período em que compôs o quadro societário.
(TRT-3 - AP: 00619001420055030094 0061900-14.2005.5.03.0094, Relator: Maria Laura Franco Lima de Faria, Decima Turma)
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PODERES DO EMPREGADOR
O empregador assume, exclusivamente, os riscos da atividade econômica. Por isso, há necessidade de organizar e controlar a prestação de serviços, mesmo que, para isso, seja necessária a aplicação de penalidades aos trabalhadores.
Poderes do Empregador
Poder de Organização
Poder de Controle
Poder Disciplinar
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TERCEIRIZAÇÃO
Lei nº 6.019/1974 e Súmula nº 331 do TST
CONCEITO: Ocorre a terceirização quando uma empresa em vez de executar serviços diretamente com seus empregados, contrata outra empresa, para que esta os realize com o seu pessoal sob a sua responsabilidade. 
TRABALHADOR TERCEIRIZADO
EMPRESA CONTRATANTE
EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS
Vínculo Empregatício
Contrato Civil 
entre Empresas
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TERCEIRIZAÇÃO
HISTÓRICO DE REGULAMENTAÇÃO
Até Março de 2017: Os parâmetros eram fixados pela Súmula 331 do TST
Lei nº 13.429 (março/2017): Passou a regulamentar terceirização na Lei do Trabalho Temporário
Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista): Alterou a regulamentação da terceirização de serviços, com o objetivo de sanar as omissões da Lei nº 13.429/2017 e criar direitos aos trabalhadores. 
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TERCEIRIZAÇÃO
REQUISITOS TERCIERIZALÇÃO LÍCITA
Esse tema passou por diversas alterações ao longos dos últimos anos por conta dos novos diplomas legislativos.
 ANTES DA REFORMA TRABALHISTA
Atividade-meio ou atividades secundárias da empresa
Ausência de pessoalidade e subordinação
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TERCEIRIZAÇÃO
REQUISITOS TERCIERIZALÇÃO LÍCITA
Esse tema passou por diversas alterações ao longos dos últimos anos por conta dos novos diplomas legislativos.
	ANTES DA REFORMA TRABALHISTA	DEPOIS DA REFORMA TRABALHISTA
	Atividade-meio ou atividades secundárias da empresa	Atividade-meio e Atividade-fim
	Ausência de pessoalidade e subordinação	Ausência de pessoalidade e subordinação
A Lei nº 13.429/2017 não restringiu os serviços possíveis de terceirização apenas à atividade-meio, o que levou à interpretação de que havia sido autorizado nas atividades-fim. No entanto, a legislação era omissa quanto a possibilidade expressa de terceirização da atividade-fim, o que gerava insegurança jurídica. 
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TERCEIRIZAÇÃO
REQUISITOS TERCIERIZALÇÃO LÍCITA
	REGULAMENTÇÃO ATUAL
	Ausência de pessoalidade e subordinação: Requisito que permanece inalterado, mesmo após a Reforma Trabalhista.
	Capacidade econômica da empresa prestadora de serviços: A ausência desse requisito leva ao vínculo de direito com a empresa contratante.
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TERCEIRIZAÇÃO
	RESPONSABILIDADE DA TOMADORA
	De acordo com a súmula 331, IV, do TST e art. 5º-A, §5º da CLT a responsabilidade é subsidiária e a empresa deve participar da relação processual e constar no título executivo judicial.
	Tema 725 de Repercussão Geral do STF: prevê expressamente a responsabilidade subsidiária da empresa tomadora em todas as hipóteses de terceirização de serviços.
	A responsabilidade é total!
	Multas (art. 467 e 477 da CLT): Também serão devidas pela empresa tomadora
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TERCEIRIZAÇÃO
	RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
	A administração pública somente responderásubsidiariamente pelas obrigações trabalhistas dos terceirizados se houver falha na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas.
	Os artigos 50 e 121, §3º da Nova Lei de Licitações elencam medidas que devem ser adotadas pela Administração para essa fiscalização. Assim, uma vez adotadas todas as medidas lá dispostas, estará afastada a responsabilidade do poder público na terceirização pública.
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TERCEIRIZAÇÃO
DIREITO DOS TERCEIRIZADOS
Se constatada FRAUDE na terceirização, as consequências trabalhistas serão distintas caso o trabalhador preste seus serviços em empresa privada ou em ente público:
	PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM EMPRESA PRIVADA	PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA
	Terceirização ilícita: Reconhecimento do vínculo empregatício com a tomadora/contratante.	Terceirização ilícita: Diante da impossibilidade do vínculo de emprego com a Administração Pública (art. 37, II, CF), haverá a possibilidade do terceirizado requerer o mesmo salário do empregado da tomadora, se constatada a igualdade de funções com o funcionário do ente público.
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TERCEIRIZAÇÃO
OBRIGAÇÕES IMPOSTAS À EMPRESA CONTRATANTE EM RELAÇÃO AOS TERCEIRZADOS
	Mesmas condições referentes à alimentação garantida aos seus empregados, quando oferecida em refeitório;
	Direito de utilizar os serviços de transporte
	Atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado
	Treinamento adequado fornecido pela contratada quando a atividade exigir
	Garantia das mesmas condições sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.
Salário Equivalente
Período de Quarentena
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TRABALHO TEMPORÁRIO
CONCEITO: Art. 2º da Lei 6.019/74. Há trabalho temporário quando o trabalhador é contratado por uma empresa de trabalho temporário para prestar serviços em outra empresa, denominada tomadora de serviços. Somente será permitido nas seguintes hipóteses:
Ser prestado por pessoa física, ou seja, vedado a execução por pessoa jurídica.
Para necessidade de substituição transitória de pessoal permanente
Demanda complementar de serviço
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TRABALHO TEMPORÁRIO
CONDIÇÕES DE TRABALHO
Art. 9º, § 1º: É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou em local por ela designado.
Art. 9º, § 2º: A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. 
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TRABALHO TEMPORÁRIO
ABRANGÊNCIA DE ATIVIDADE DO TRABALHADOR TEMPORÁRIO
Art. 9º, §3º. O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.
AUSÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO DO TRABALHADOR TEMPORÁRIO COM A TOMADORA DE SERVIÇOS
Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. 
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TRABALHO TEMPORÁRIO
PRAZO DE TRABALHO TEMPORÁRIO
Art. 10, § 1º: O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.
PRORROGAÇÃO - Art. 10, § 2º: O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1º deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.
Assim, o período total de contratação pode alcançar 270 dias!
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TRABALHO TEMPORÁRIO
RESPONSABILIDADE DO TOMADOR DE SERVIÇO
Art. 10, § 7º: A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA: Diante de falência da empresa de trabalho temporário, a responsabilidade da tomadora será SOLIDÁRIA no recolhimento das contribuições previdenciárias, pela remuneração do empregado e pelo recebimento de indenizações (art. 16).
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TRABALHO TEMPORÁRIO
DIREITOS ASSEGURADOS AOS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS
Remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;
Jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento);
Férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966;
Repouso semanal remunerado;
Adicional por trabalho noturno;
Indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido;
Seguro contra acidente do trabalho;
Proteção previdenciária.
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CONTRATO DE TRABALHO
CONCEITO: É o ajuste verbal ou escrito, tácito ou expresso, firmado entre o empregado, que assume a obrigação de prestar serviços não eventuais e subordinados, e o empregador, que assume a obrigação de pagar salário.
NATUREZA JURÍDICA: O contrato de trabalho possui natureza jurídica contratual, uma vez que estão presentes elementos de manifestação da vontade das partes e a liberdade de contratação para sua configuração.
ELEMENTOS DO CONTRATO DE TRABALHO (art. 104, CC):
Agente capaz;
Forma prescrita e não defesa em lei;
Objeto lícito.
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NULIDADES DO CONTRATO DE TRABALHO
Para que o contrato de trabalho se desenvolva de forma válida, é necessário que a prestação de serviços seja lícita e não contrarie as normas de proteção à saúde e à segurança do trabalhador. 
TRABALHO PROIBIDO:
É aquele prestado em condições que agridem a saúde e a segurança do trabalhador, ou seja, desrespeita normas de proteção trabalhista. O vínculo é declarado, as verbas são pagas, mas o empregador não pode continuar prestando esses serviços.
TRABALHO ILÍCITO:
No trabalho ilícito, a prestação de serviços afronta a lei penal. O contrato será declarado nulo e não haverá pagamento de verbas rescisórias.
Ex Nunc
Ex Tunc
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CLASIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO
Contratos de Trabalho
Prazo Indeterminado
Prazo Determinado
Intermitente
Regra Geral
Exceção
Exceção
a) De serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique;
b) De atividades empresariais de caráter transitório;
c) De contrato de experiência.
Prestação de serviço, não contínua, com subordinação, com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade.
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TRABALHO INTERMITENTE
CONCEITO: Alternância entre períodos de prestação de serviço e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador.
IMPREVISBILIDADE DE REMUNERAÇÃO: O empregado não tem o conhecimento de quanto receberá no final de cada mês, pois depende da convocação ao trabalho pela empresa. É a legalização da jornada de trabalho variável ou móvel.
CONSTITUCIONALIDADE: Tramitam no STF as ADI 6154, 5826 e 5829, que questionam a constitucionalidade dos arts. 443, §3º e 452-A da CLT.
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TRABALHO INTERMITENTE
REQUISITOS DO CONTRATO
Solenidade
Remuneração
CONVOCAÇÃO PRÉVIA
-> 3 dias corridos de antecedência por qualquer meio eficaz.
OBS: Prazo de 1 dia útil para resposta (≠ 24 horas)
MULTA POR DESCUMPRIMENTO
50% da remuneração que seria devida
Pagamento:
Empregador: Desconto no salário;
Empregado: Ajuizamento de Reclamação trabalhista se não for paga espontaneamente. 
Período de inatividade: não é tempo à disposição do empregador.
VERBAS RESCISÓRIAS
Remuneração
Férias proporcional + 1/3
Décimo Terceiro Proporcional
Repouso Semanal Remunerado
Adicionais legais
DIREITO DE FÉRIAS
1 mês (≠ 30 dias)
Pagamento da remuneração das férias: proporcional ao final de cada período de prestação de serviços.Gozo das férias: sem remuneração.
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ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO
ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Reversão
Transferência de Empregados
Jus Variandi
Reversão e Gratificação de Função
Reversão
Jus Variandi
Reversão e Gratificação de Função
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SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO
	SUSPENSÃO	INTERRUPÇÃO
	SEM trabalho	INCLUI salário
	SEM salário	INCLUI contagem de tempo
	SEM contagem de tempo	*Não tem trabalho
Princípio da continuidade da relação de emprego
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SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO
	1. Falecimento: 2 dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica.
	2. Casamento: 3 dias consecutivos.
	3. Nascimento de filho, adoção ou guarda compartilhada: 5 dias consecutivos, contado a partir da data de nascimento do filho (Lei nº 14.457/2022).
Licença paternidade de 5 dias.
OBS: É possível a ampliação em mais 15 dias pelo Programa Empresa Cidadã
	4. Doação de sangue: 1 dia a cada 12 meses
	5. Alistamento eleitoral: 2 dias consecutivos ou não
	6. Pelo tempo necessário para acompanhar sua esposa ou companheira em até 6 (seis) consultas médicas, ou em exames complementares, durante o período de gravidez (Lei nº 14.457/2022)
	7. Acompanhar filho de até 6 anos em consulta médica: 1 dia por ano.
	8. Exames preventivos de câncer devidamente comprovada: Até 3 dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho
HIPÓTESES DE INTERRUPÇÃO
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SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO
	9. Vestibular, serviço militar, comparecimento em juízo: pelo período necessário para o comparecimento. 
	10. Durante a paralisação da empresa por motivos acidentais ou não
	11. Afastamento do empregado, por doença ou acidente, nos primeiros 15 dias.
	12. Redução de jornada ou de dias de trabalho no aviso prévio concedido pelo empregador
	13. Férias
	14. DSR e Feriados
	15. Intervalos remunerados
	16. Afastamento do empregado para participar de Comissão de Conciliação Prévia
	17. Prontidão e sobreaviso
	18. Lock Out. 
	19. Participação do empregado em atividade do Conselho Curador do FGTS
	20. Demais Hipóteses previstas em negociação coletiva
HIPÓTESES DE INTERRUPÇÃO
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SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO
	1. Encargo Público – Exemplo: Mandato eletivo
	2. Mandato sindical – Exemplo: Empregado eleito diretor sindical
	3. Suspensão disciplinar: Lembre-se de que o prazo máximo dessa suspensão é de 30 dias.
	4. Greve
	5. Empregado em gozo de benefícios previdenciários
OBS: No caso de auxílio-doença a partir do 16º dia
	6. Empregado eleito diretor de S/A, salvo se permanecer subordinado (Súmula 269, TST)
	7. Intervalos intrajornadas e interjonada
	8. Ausência do empregado por motivo de prisão 
	9. Violência doméstica
	10. Inquérito para apuração de falta grave
	11. Qualificação profissional (art. 476-A, CLT)
	12. Períodos de inatividade no trabalho intermitente
HIPÓTESES DE SUSPENSÃO
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