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www.klimanaturali.org 
 
 
 
 
 
http://www.klimanaturali.org/
BIODIVERSIDADE, ZOOLOGIA, BOTÂNICA E HISTÓRIA NATURAL 
Biodiversidade conhecida e desconhecida no Brasil 
 A biodiversidade é toda baseada em estudos das variedades de espécies de organismos 
vivos que são encontrados em todo o ecossistema de nosso planeta, ela está toda vinculada tanto 
em um número de categorias diferentes como na abundancia relativa dessas categorias, esse 
termo foi inventado em 1980 por Thomas Lovejoy só que só passou a ser usado mesmo pela 
língua cientifica depois de 1986 que foi quando teve sua nomenclatura assimilada a tudo o que 
diz respeito à natureza viva. A biodiversidade é definida como a variabilidade entre todos os 
seres vivos e origens que são inter alia, terrestre, marinha e muitos outros ecossistemas 
aquáticos que incluem os complexos ecológicos dos quais fazem parte. 
 Estudiosos dizem que a biodiversidade é a espinha dorsal dos sistemas de produção 
envolvendo animais, florestas, arquicultura, forragens e culturas, poucas pessoas sabem que a 
biodiversidade não esta somente relacionada a manter a biosfera em funcionamento e sim ser 
indispensável para o fornecimento de insumos básicos para combustíveis e ainda a agricultura, a 
biodiversidade tem seu surgimento totalmente ligado com o aumento da consciência ecológica 
do final do século XX isso faz com que ela possa ser interpretada como a vida sobre a terra, 
ainda pode ser subdividida em diversidade de genes, especifica, e ecossistema. 
 A biodiversidade é uma das propriedades fundamentais para o equilíbrio e estabilidade dos 
ecossistemas, fonte ainda do imenso potencial de uso econômico para as atividades agrícolas 
como citamos acima ela pode ser considerada a base de tudo, ainda para pesqueiras e estratégia 
para a indústria da biotecnologia. Infelizmente as funções da biotecnologia são pouco 
compreendidas embora considere-se que seja responsável pelos processos naturais e produtos 
fornecidos por vários ecossistemas e espécies que sustentam ouros tipos de vida. 
 As pessoas que tem indústrias hoje e que pensam em construir alguma deve saber que 
tudo o que for fazer tem de ser baseado na biodiversidade, isso é sem afetar nenhum tipo de vida 
com poluição ou destruição do meio ambiente os gases vão ter que ser todos expelidos para o 
céu de maneira que não cause nenhum mal a saúde de pessoas que morem ao redor ou dos 
animais que vivam na região. 
 Caso essas leis não sejam obedecidas e estejam causando algum tipo de mal 
biodiversidade com certeza a empresa vai ser multada e não fica apenas nisso, se as vidas foram 
destruídas ou arvores que não poderiam ser cortadas acabaram sendo destruídas os responsáveis 
além de pagar as multas ainda terão de replantar todas elas e no caso de atrapalhar a vida de 
algum morador terá de pagar indenização, para que isso não aconteça é interessante que antes de 
pensar em abrir uma indústria o responsável pela obra procure saber sobre os direitos do local e 
como fazer para se manter dentro da lei sem causar mal para ninguém. 
 No Brasil, com exceção de alguns poucos grupos, a biodiversidade conhecida dos 
invertebrados marinhos é de apenas 10% em média. Ou seja, há muito ainda a se conhecer. 
Apesar de vários fatores ajudarem a explicar esse descompasso – um deles é o tamanho do 
litoral brasileiro -, fica claro que existem muitas espécies marinhas ainda não registradas. 
 “Estima-se que o número de espécies na costa brasileira deva dobrar ou triplicar se 
houver esforços de coleta direcionados aos ambientes menos estudados, como os de 
profundidade ou plâncton oceânico”, disse Antônio Carlos Marques, professor do Instituto de 
Biociências da Universidade de São Paulo, à Agência Fapesp. 
 Para o pesquisador, autor de um relatório aprofundado sobre o conhecimento atual dos 
invertebrados marinhos do Brasil, é muito difícil falar em números de espécies que ainda podem 
ser descobertas. No estudo, em que foram ouvidos diversos especialistas da área de zoologia 
marinha de invertebrados, fica evidente que o grau do conhecimento, em todos os setores, que 
precisa aumentar. 
 “Poucos foram os biótopos considerados como tendo atingido graus bom ou ótimo, tanto 
do ponto de vista da coleta quanto do conhecimento da fauna”, diz Marques, citando os 
resultados do relatório sobre a biodiversidade dos invertebrados marinhos, feito a pedido do 
Ministério do Meio Ambiente. 
 Marques destaca que o avanço no conhecimento básico dos invertebrados marinhos é 
fundamental não apenas para os cientistas. Tais dados podem ser essenciais também para 
diversos setores da sociedade brasileira. 
 Educação Ambiental – O aumento no conhecimento a respeito dos invertebrados 
marinhos será um dos assuntos em pauta em março, em Curitiba, durante a COP – 8ª Reunião 
da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica. O evento será realizado 
entre os dias 20 e 31. 
 Para que o conhecimento cresça e a biodiversidade possa ser usada de forma sustentável – 
esses são dois dos três objetivos principais da Convenção sobre Diversidade Biológica – não são 
necessários apenas investimentos na área científica. Segundo os especialistas, é preciso que se 
crie uma visão interdisciplinar. 
 Além disso, ações de educação ambiental e de turismo podem ajudar bastante na 
preservação de todo o ecossistema marinho brasileiro. “As formações coralinas e os demais 
ambientes litorâneos vêm sendo explorados pelo ecoturismo, mas ainda de forma pouco 
organizada e pontual”, 
CLASSIFICAÇÃO E TAXONOMIA ANIMAL E VEGETAL 
 Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Também chamada de “taxionomia” 
ou “taxeonomia”, ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a 
Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e 
ecológicas de cada animal ou grupo animal. 
 A primeira tentativa de se classificar as mais de 10 milhões de espécies de seres vivos da 
terra, data de 3 séculos antes de Cristo quando Aristóteles classificou os animais em “sem 
sangue vermelho” e “com sangue vermelho”. Como se pode perceber, essa classificação não era 
nem um pouco prática, então começaram a surgir outras tentativas de classificar os seres vivos. 
 No século XVII surge o conceito de espécie introduzido pelo naturalista John Ray 
(considerado o pai da história natural inglesa). No século seguinte, os seres vivos começam a ser 
classificados de acordo com sua história evolutiva e desenvolvimento embriológico até que, em 
1735, Carl Von Linné (1707-1778), mais conhecido como Lineu, publica Systema Naturae 
onde trata dos reinos animal, vegetal e mineral agrupando os seres vivos (neste caso as plantas) 
em classes, ordens, gêneros e espécies. A partir daí passou-se a usar o sistema binominal criado 
por Lineu para classificar as diferentes espécies de plantas adotando-se um primeiro nome em 
latim para indicar o gênero e um segundo nome indicando a espécie. 
 A obra de Lineu foi mais tarde republicada em dois volumes (1758-1759) nos quais sua 
classificação foi aprimorada e os seres vivos classificados de acordo com suas características 
morfofisiológicas, genéticas e evolutivas em três grandes reinos: animal, vegetal e mineral. A 
classificação binominal foi consolidada e vários dos termos utilizados por Lineu, como flora, 
http://www.infoescola.com/biologia/taxonomia/
http://www.infoescola.com/biologia/os-seres-vivos/
fauna e etc., são usados até hoje, motivos pelos quais Lineu é considerado o pai da taxonomia 
moderna. 
 A taxonomia se divide em dois grandes ramos. Um deles, a sistemática, trabalha com a 
divisão dos animais em grupos de acordos com suas semelhanças; e a nomenclatura, trabalha na 
definição de normas universaisuma 
abordagem estatística mais forte à filogeografia do que inicialmente. Esta abordagem tem sido 
também criticada por apresentar uma proporção elevada de falsos positivos, erros do tipo 1. 
Exemplo 
 Mudanças climáticas, tais como os ciclos de glaciações dos passados 2,4 milhões de 
anos, restringiu periodicamente espécies para refúgios disjuntos. Estas áreas restritas podem ter 
resultado em populações com efeitos de gargalo que reduzem a variação genética. Quando uma 
reversão das condições climáticas permite a migração para fora das áreas de refúgio, estas 
espécies espalham-se rapidamente para novo habitat disponível. Vários estudos empíricos 
encontraram assinaturas genéticas deste cenário de refúgio e expansão pós-glacial. Isto ocorreu 
tanto nos trópicos assim com em regiões temperadas que eram influenciadas por glaciares. 
Filogeografia e conservação 
 A filogeografia pode ajudar na priorização de áreas de alto valor para a conservação. 
Análises filogeográficas podem ter jogado um papel importante na definição de Unidades 
Evolutivas Significativas (ESUs, da sigla inglesa), uma unidade de conservação abaixo do nível 
da espécie que é muitas vezes definida por padrões genéticos e de distribuição geográfica 
únicos. 
 Um estudo recente sobre lagostins das Apalaches da América do Norte oriental 
demonstrou como as análises filogenéticas juntamente com a distribuição podem ajudar a 
reconhecer prioridades na conservação. Usando abordagens filogeográficas, os autores 
encontraram que, escondido no que se pensava ser uma única espécies amplamente distribuída 
estava presente uma espécies antiga e previamente não detectada. Decisões sobre conservação 
podem agora ser feitas para assegurar que ambas as linhagens recebam proteção. Resultados 
como estes são relativamente comuns resultando de estudos filogeográficas. 
 Um estudo sobre salamandras do género Eurycea, também nas Apalaches, descobriu que 
a taxonomia atual do grupo subestimava grandemente a diversidade a nível da espécie. Os 
autores deste estudo também encontraram que os padrões da diversidade filogeográfica estavam 
mais associados com conexões hidrográficas históricas (e não recentes), indicando que as 
mudanças maiores dos padrões hidrográficos da região tiveram um papel importante na geração 
da diversidade destas salamandras. A compreensão profunda da estrutura filogeográfica 
permitirá assim escolhas informadas na priorização de áreas de conservação. 
Filogeografia comparada 
 O campo da filogeografia comparada procura explicar os mecanismos responsáveis pelas 
relações filogenéticas e distribuição de espécies diferentes. Por exemplo, comparações de vários 
taxa pode clarificar as histórias de regiões biogeográficas. Por exemplo, análises de vertebrados 
terrestres na península da Baja California17 e peixes marinhos tanto no lado do Pacífico como 
do golfo16 mostraram assinaturas genéticas sugerindo um evento vicariante que afectou vários 
taxa durante o Pleistoceno ou Plioceno. 
 A filogeografia também dá uma perspectiva histórica à composição de comunidades. A 
história é relevante para a diversidade regional e local em duas maneiras. Por um lado, o 
tamanho e composição do conjunto das espécies regionais resulta do balanço entre especiação e 
extinção. Por outro lado, ao nível local, a composição da comunidade é influenciado pela 
interacção entre a extinção local de populações de uma espécie e recolonização. Uma 
abordagem filogenética comparativa nos Trópicos húmidos da Austrália indicam que os padrões 
de distribuição das espécies e de diversidade regionais são determinados em grande parte por 
extinções locais e subsequentes recolonizações correspondendo a ciclos climáticos. 
Filogeografia humana 
 A filogeografia também já provou ser útil na compreensão da origem e padrões de 
dispersão dos seres humanos (Homo sapiens). Baseado primeiramente em observações de 
vestígios de esqueletos de humanos antigos e estimações da sua idade, antropólogos propuseram 
duas hipóteses competidoras sobre as origens humanas. A primeira hipótese é conhecida como 
Modelo Out of Africa (saída de África) com substituição que defende que a última expansão 
para fora da África há 100 000 anos resultou na expulsão de todos as populações de Homo spp. 
Na Eurásia pelos humanos modernos. Estas populações anteriores resultaram de uma onda de 
migração para fora da África anterior. O cenário multirregional afirma que indivíduos da mais 
recente migração para fora de África misturou-se geneticamente com as populações humanas 
provenientes de emigrações africanas mais antigas. Um estudo filogeográfico que desvendou a 
Eva Mitocondrial que viveu em África há 150 000 anos forneceu, bem cedo, apoio ao modelos 
Out-of-Africa. Enquanto este estudo tem as suas limitações, recebeu atenção significativa tanto 
dentro do meio científico como do público em geral. Uma análise filogeográfica mais detalhada 
que usou dez genes diferentes ao invés de um único marcador mitocondrial indicou que ao 
menos duas grandes expansões para fora de África depois da expansão geográfica inicial de 
Homo erectus tiveram um papel importante em moldar o pool genético dos humanos modernos. 
Estes resultados demonstram o papel central de África na evolução dos humanos modernos, mas 
que o modelo multirregional também tem alguma validade. 
Filogeografia de vírus 
 Vírus são informativos na compreensão da dinâmica das mudanças evolutivas devido à 
sua taxa de mutação elevada e tempo de geração muito curto. A filogeografia é uma ferramenta 
útil para compreender as origens e distribuições de diversas estirpes virais. Uma abordagem 
filogeográfica foi usada em várias doenças que ameaçam a saúde humana, incluindo a febre de 
dengue, raiva, influenza e VIH. Igualmente, uma abordagem deste género muito provavelmente 
jogará um papel fundamental na compreensão dos vectores e expansão da gripe das aves (HPAI 
H5N1), demonstrando a relevância da filogeografia para o público em geral. 
 
Obs: Alguns artigos foram traduzidos do inglês, pois não existem artigos em língua portuguesa. 
www.klimanaturali.org 
www.meggapress.com 
 
 
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http://www.klimanaturali.org/
http://www.meggapress.com/
http://www.klimanaturali.org/para a classificação dos seres vivos com o intuito de facilitar o 
estudo das espécies ao utilizar uma denominação universal. 
 Os seres vivos são classificados da seguinte maneira: reino, filo, classe, ordem, família, 
gênero e espécie. 
 A espécie é a unidade taxionômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem as 
mesmas características cromossômicas (n.º de cromossomos), anatomia semelhante, fisiologia e 
desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um critério fundamental: o cruzamento 
de animais da mesma espécie deve originar um novo animal fértil. O exemplo mais comum para 
se ilustrar o que é uma espécie é o cruzamento entre um jumento e uma égua. Ambos, 
aparentemente preenchem todas as características acima e poderiam ser da mesma espécie, 
entretanto de seu cruzamento nasce o burro que um animal infértil e, portanto, o jumento e a 
égua não podem ser considerados como sendo da mesma espécie. 
 Algumas espécies de plantas conseguem cruzar com plantas de espécies diferentes e 
originar um descendente fértil, entretanto, elas não são consideradas da mesma espécie por isso. 
 Espécies que apresentam algumas características comuns são agrupadas em gêneros e os 
gêneros, por sua vez são agrupados em famílias. Várias famílias formam uma ordem. Claro que 
conforme se avança na classificação das espécies em sentido crescente (espécie à gênero à 
família...) a diversidade vai aumentando e as diferenças entre os seres também. 
 Várias ordens de animais com características predominantes semelhantes podem ser 
agrupados em classes. Um exemplo é a classe dos insetos que agrupa animais como as abelhas, 
as baratas e as moscas, todas de espécies diferentes. As classes, por sua vez, fazem parte dos 
filos e os filos, são agrupados em reinos que são a classificação mais genérica dos seres vivos. 
Taxonomia Animal 
Taxonomia - Grego= taxis= ordem, arranjo 
Nomos= lei 
 
Trata da classificação dos seres vivos, procurando tornar mais fácil a sua compreensão e 
manipulação. 
 
Linnaeus 
• Dedicado à botânica e à física, tem como grande contribuição a criação da 
taxonomia, ciência que trata da classificação dos seres vivos. 
• “Systema Naturae”; 
• Fixista (número de espécies existentes são os mesmos desde a sua criação ); 
• Geração espontânea; 
 
 No séc. XVIII em 1735, o médico e botânico sueco Lineu (Carl Von Linné (1707-
1778) publicou um livro chamado Systema Naturae, no qual propôs um sistema de classificação 
baseado em alguns princípios: 
1- uso de palavras latinas ou latinizadas para denominar os seres vivos. 
2- nomenclatura binominal; 
 3-uso de categorias de classificação (reino, classe, ordem, gênero, espécie), constituindo 
uma hierarquia. 
 
Classificações naturais 
 Embora Lineu não acreditasse na evolução dos seres vivos (fixismo), elaborou um 
sistema de classificação natural, isto é, tentou agrupar os seres vivos de acordo com o grau de 
parentesco. Assim, começaram as classificações naturais e que atualmente contam com o auxílio 
da Anatomia e da Fisiologia Comparada, da Embriologia, da Paleontologia, da Genética de da 
Bioquímica. 
 
A classificação atual 
A classificação atual é uma adaptação do sistema de Lineu. O sistema proposto por Lineu 
continua sendo usado, acrescido de mais duas categorias: filo e família. 
São 7,as unidades básicas de classificação. 
 
REINO 
FILO 
CLASSE 
ORDEM 
FAMÍLIA 
GÊNERO 
ESPÉCIE 
 
Regras Internacionais de Nomenclatura 
1ª- Todo nome científico deve ser latino ou latinizado. 
Exemplos: 
Canis familiaris (cão doméstico) 
Canis lupus (lobo) 
Bufo marinus (sapo) 
Pongo pygmaeus (orangotango) 
Bos taurus (boi) 
Bubalus bubalis (búfalo) 
Felis tigris (tigre) 
Felis leo (leão) 
2ª -Todo indivíduo deve possuir no mínimo 2 nomes (nomenclatura binominal). 
Canis familiaris Canis familiaris ( cão doméstico) 
Canis lupus Canis lupus (lobo) 
Canis latrans Canis latrans (coiote) 
Canis familiaris 
gênero epíteto específico 
 
Bothrops alternatus Bothrops alternatus (jararaca) 
Grafia itálica grifados (quando se usa a escrita manual) 
Canis spp. 
A abreviatura de espécie é sp. e a de espécies (plural) é spp. 
Plasmodium sp. (referente a uma espécie) 
Plasmodium spp (referente ás várias espécies existentes) 
 
Nome da espécie (primeiro o nome do gênero e depois o da espécie) 
 
Oriza sativa (arroz) 
Gênero espécie 
 
3ª- Entre o gênero e a espécie, o animal pode ter um 
 
terceiro nome, que é o subgênero, escrito com inicial maiúscula e entre parênteses. 
Exemplos: 
Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi 
 gênero subgênero espécie 
 
Aedes (Stegomya) aegypti 
Anopheles (Kertesia) bellator 
 
4ª Depois da espécie, o animal pode ter um terceiro nome (nomenclatura trinominal), é a 
subespécie. Este nome deve ser escrito com inicial minúscula e sem pontuação 
intermediária. 
Exemplos: 
Homo sapiens sapiens - Homo sapiens neanderthalensis 
 gênero sp subespécie g sp sbsp 
Rhea americana alba (ema branca) 
Rhea americana grisea (ema cinza) 
Micrurus frontalis frontalis (MT) 
Micrurus frontalis multicinctus (SC) 
Micrurus frontalis altirostris (RS) 
Gorilla gorilla 
 
5ª regra para família 
Apis IDAE Família 
 Gênero + sufixo apidae 
 
Lei da prioridade 
 Adota-se para cada gênero e cada espécie, o nome mais antigo pelo qual foi designado. 
Desejando citar o nome do autor, colocá-lo logo após o nome científico sem qualquer pontuação 
intermediária. Em seguida coloca-se a data, separada do nome do autor por uma vírgula. O 
nome e a data não são grifados. 
 
Exemplos: 
Passer domesticus Linnaeus- Passer domesticus L. 
Entamoeba histolytica Shaudinn, 1903 
 
Espécies muito parecidas podem ser reunidas no grupo de gênero; gêneros afins formam 
famílias e estas compõe ordens, que se reúnem em classes. Os filos são compostos por classes 
semelhantes.Os diversos filos são reunidos em Reinos. 
 
Híbridos 
Cruzamento do jumento (Equus asinus) X égua (Equus caballus) = mula ou o burro (híbridos). 
 
 Ligre (Liger) é o maior felino do mundo= leão e tigre (ele é 30% maior que o pai e a 
mãe, chegando a 3,5m de comprimento e meia toneladade peso). 
Esse animal é um híbrido estéril, pois o número de cromossomos do leão e do tigre são pares, 
mas diferentes. Assim o ligre tem um número ímpar de cromossomos graças ao processo da 
meiose que ocorre na formação dos gametas femininos e masculinos, não podendo se acasalar 
com nenhum outro animal com características parecidas, como o próprio tigre ou leão, só com o 
tigon, o híbrido inverso. 
 
Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
Classe: Mammalia 
Infra-classe: Placentalia 
Ordem: Primata 
Família: Hominidae 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meiose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gameta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Feminino
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Masculinos&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acasalamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Animal
Subfamília: Homininae 
Gênero: Homo 
Espécie: Homo sapiens sapiens 
Taxonomia Vegetal 
 A taxonomia vegetal é um dos ramos mais antigos do conhecimento científico. Surgiu, 
por assim dizer, quando o homem despertou para a multiplicidade e a diversidade de seres da 
natureza e foi tomando corpo, ainda empiricamente, nos estágios primitivos da civilização, à 
medida que se torna perceptível a importância de determinados tipos de plantas e a eles se 
davam nomes particulares, muitas vezes alusivos a certos atributos, facilitando-lhes a 
identificação. 
 Entre as ciências que tratam dos seres vivos,a Taxonomia Vegetal, envolvida 
precipuamente com os objetivos fundamentais relacionados com a diversificação e a ordenação 
das plantas, ocupa uma posição ímpar, pela possibilidade de oferecer aos interessados no seu 
estudo uma forma de apreciação e de interpretação da realidade do processo evolutivo no tempo 
e no espaço, em decorrência do contato diuturno com o mundo vegetal e da necessidade de 
estabelecer relações entre as diversas plantas, consideradas tanto as do presente como as do 
passado. Sem dúvida, os mais significativos conceitos de evolução encontram na Sistemática 
Vegetal os seus fundamentos. 
 
Categorias Taxonômicas 
 
 Sendo muito elevado o número de plantas, ressalta à vista a necessidade de serem 
ordenadas em categorias a que se filiam os grupos taxonômicos ou táxones. Os termos categoria 
e táxon, por vezes mal interpretados, são perfeitamente distintos, embora relacionados. As 
categorias sistemáticas representam níveis hierárquicos, segundo critérios adotados nos diversos 
sistemas de classificação, enquanto os táxones correspondem aos termos aplicados aos 
agrupamentos considerados incluídos nessas categorias. Os exemplos seguintes elucidam o 
significado exato que se deve emprestar a tais termos, de maneira a evitar freqüente confusão no 
seu emprego: 
Categoria Táxon 
Divisão Magnoliophyta, Briophyta 
Ordem Malvales, Rosales 
Família Araceae, Rutaceae 
 
 Segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica em vigor, as principais 
categorias sistemáticas, em sucessão ascendente, são as seguintes: espécie (species), gênero 
(genus), família (família), ordem (ordo), classe (classis), divisão (divisio) e reino (regnum). 
Categorias intermediárias podem ser necessárias. Recebem, então, nomes resultantes da 
anteposição do prefixo sub à categoria objeto de divisão (subfamília, subgênero etc.), ou se lhes 
aplicam designações particulares (tribo, secção, variedade, por exemplo). 
 
 Consideradas as categorias principais e suas subdivisões de uso mais corrente, pode-se 
ter a seguinte gradação: Reino, divisão, subdivisão, Classe, subclasse, Ordem, Subordem, 
Família, subfamília, Tribo, subtribo, gênero, subgênero, Secção, Subsecção, Série, Subsérie, 
espécie, subespécie, Variedade e Forma. 
 
 Os grupos taxonômicos recebem em geral nomes com terminações próprias, relacionadas 
com a categoria a que pertencem. Resultam, nestes casos, nomes que têm o mesmo radical da 
palavra com que é designado um gênero. Pode suceder que um nome genérico forneça o radical 
para as designações dos grupos taxonômicos que se lhes seguem em linha ascendente até a 
categoria correspondente a Divisão, como se vê no exemplo seguinte: Magnólia (gênero), 
Magnoliaceae (família), Magniliales (ordem), Magnoliopsidae (classe) e Magnoliophyta 
(divisão). 
 
 Nem todos os gêneros dão origem a um ou mais de um nome, cuja categoria seja de nível 
superior à sua. Veja-se, por xemplo, que Verbena (gênero) deu origem a Verbeneae (tribo), 
Verbenoideae (subfamília) e Verbenaceae (família). Na mesma fam´lia, o gênero Pétrea 
contribui somente para a formação do nome Petreae (tribo), enquanto do gênero Lippia nenhum 
nome de categoria mais elevada resultou. 
 
Divisão 
 
 Dentro da seriação fitológica, representa a categoria que fica logo abaixo do Reino, sendo 
formada por um conjunto de Classes, embora em determinadas situações haja necessidade de 
incluir, categorias intermediárias - Subdivisões. Em regra, são tomados para sua constituição 
caracteres gerais relacionados com estruturas reprodutivas, morfológicas ou anatômicas. 
 
 Segundo Recomendações do Código de Nomenclatura, os nomes aplicados aos grupos 
taxonômicos correspondentes às Divisões têm como terminação o sufixo phyta e aqueles dados 
às Subdivisões recebem a terminação phytina. Tratando-se de Divisões e Subdivisões de fungos, 
as terminações recomendadas são, respectivamente, mycota e mycotina. 
 
Classe 
 
 Categoria hierarquicamente inferior à Divisão, sendo constituída por um conjunto de 
Ordens, ainda que possa dividir-se em subclasses, se necessário. 
 
 De acordo com as recomendações do Código de Nomenclatura, os táxones referidos como 
Classes e Subclasses terminam, respectivamente, em opsida e idae para as Cormófitas, em 
phyceae e phycidae para as algas e em mycetes e mycetidae para os fungos. 
 
Ordem 
 
 Categoria formada por um conjunto de Famílias, embora possa dividir-se em Subordens. 
As Ordens costumam ser estabelecidas com base em particularidades mais definidas 
(relacionadas com caracteres filogenéticos) do que aquelas usadas para a estruturação das 
Divisões e das Classes. 
 
 Os nomes aplicados aos grupos pertencentes a esta categoria terminam em ales, quando 
formados à custa do radical de um nome de Família. Em alguns casos, tais nomes são 
irregularmente formados (Contortae, Príncipes). Para os grupos equivalentes a Subordens a 
terminação adotada é ineae. 
 
Família 
 
 Constituída em geral por mais de um gênero, é uma categoria comumente tratada com 
maior interesse nos textos de botânica Sistemática. Sua descrição é feita com extensão bastante 
abrangente, de modo a contemplar características dos gêneros quase sempre numerosos nelas 
incluídos (há casos de famílias monotípicas, hipótese em que sua descrição coincide com a do 
gênero único nela encerrado). Quando se está interessado em identificar um material botânico 
desconhecido, comumente procura-se, em primeiro lugar, conhecer a família a que pertence. A 
partir daí, com ou sem uso de chaves, chegasse sucessivamente aos grupos subordinados. 
 
 Os nomes das Famílias são formados pelo radical do nome de um dos seus gêneros, 
acrescido da terminação aceae. Algumas exceções são expressamente consignadas no Código de 
Nomenclatura para designações de um número determinado de Famílias (oito), que tinham 
nomes tradicionais anteriores à vigência daquele. Ainda assim, coexistem nomes alternativos 
estabelecidos de acordo com a regra nomenclatural, como se verifica a seguir: 
Compositae = Asteraceae Labiatae = Lamiaceae 
Cruciferae = Brassicaceae Leguminosae = Fabaceae 
Graminae = Poaceae Palmae = Arecaceae 
Guttiferae = Clusiaceae Umbelliferae = Apiaceae 
 
 As Famílias podem também comportar divisões em Subfamílias, estas tendo seus nomes 
terminados em oideae. Em alguns casos, desdobram-se em Tribos ou estas podem resultar da 
divisão de Subfamílias. Se necessário, as Tribos subdividem-se em subtribos, recebendo as 
terminações respectivas de eae e inae. 
 
Gênero 
 
 Categoria formada pela reunião de espécies semelhantes, cujo relacionamento não se 
baseia somente em caracteres morfológicos, mas também em particularidade de outra natureza, 
tais como as ligadas à origem, às migrações, ao comportamento genético, fisiológico e 
ecológico. Raramente o gênero se pode apresentar monotípico, isto é, constituído por uma só 
espécie. 
 
 Em função do número de espécies, torna-se necessário, em alguns gêneros, considerar 
subdivisões, estas podendo compreender: Subgênero, Secção, Subsecção, Série, Subsérie. Às 
vezes, a subdivisão se dá em nível de Seção, sem ser considerado Subgênero. 
 
 Para uma visão de conjunto, o quadro abaixo inclui as terminações próprias dos nomes de 
grupos taxonômicos, correspondentes às categorias acima de gênero, com exemplos 
interessados às Cormófitas: 
Categorias Hierárquicas Algas Fungos Cormófitas Grupos Taxonômicos 
Divisão phyta mycota phyta Tracheophyta 
Subdivisão phytina mycotina phytina Pterophytina 
Classe phyceae mycetes opsida Pteropsida 
Subclasse phycidae mycetidae idae Magniliidae 
Ordem ales ales ales Rosales 
Subtribo ineae ineae ineae Rosineae 
Família aceae aceae aceae Liliaceae 
Subfamília oideae oideae oideae Coffeoideae 
Tribo eae eae eae PhaseoleaeSubordem inae inae inae Malvinae 
 
 Tendo em vista sistemas de classificação diferentes, observa-se, conforme se vê no 
quadro comparativo abaixo, relativo a 5 sistemas dos mais conhecidos, que os nomes aplicados 
a grupos taxonômicos correspondentes a determinadas categorias podem manter-se iguais ou 
não, ocorrendo, inclusive, casos em que ao mesmo nome são atribuidos níveis hierarquícos 
variados, de conformidade com a conceituação dos respectivos autores: 
Sistemas Divisão Subdivisão Classe Subclasse 
Bentham e hooker Phanerogamae Angiospermae Dicotiledoneae Polypetala 
Engler 
Embryophyta 
Siphonogamae 
Angiospermae Dicotiledoneae Archyclamideae 
Wettstein Anthophita Angiospermae Dicotiledoneae Dialipetalae 
Tippo Tracheophyta Pteropsida Angiospermae Dicotiledoneae 
Cronquist 
Magnoliophyta 
(Angiospermae) 
_____ 
Magnoliate 
(Magnoliopsida) 
Magnoliidae 
 
 
Espécie 
 
 Até meados do século XVII, as designações das plantas eram frequentemente 
polinominais, isto é, formadas por várias palavras que se afiguravam como uma diagnose ou 
uma descrição sucinta de cada espécie. À medida que crescia o número de espécies conhecidas, 
evidenciam-se a impraticabilidade desse procedimento. Apesar de ter tido empregado por 
Bauhin o sistema binominal para as espécies vegetais, somente mais de 100 anos depois, a partir 
de Lineu (Species Plantarum, 1753), passou a ser adotado pela generalidade dos botânicos, daí 
por diante se tornando normativa a nomenclatura binária. 
 
FATORES BIOLÓGICOS DETERMINANTES DE RISCOS DE EXTINÇÃO 
 Mudanças ambientais, provocadas ou não pela ação do homem, têm impacto na vida 
selvagem e estão refletidas na extensão da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas publicada 
pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). A 
listagem com 71.576 nomes de animais, plantas, fungos e microrganismos é a base para a 
elaboração de políticas de conservação mundo afora. 
 No entanto, pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) sustentam que a lista 
não deve ser o parâmetro único para planejar ações de conservação, pois aspectos ignorados 
pela IUCN podem colocar em xeque o êxito das medidas. Os pesquisadores brasileiros 
sustentam que é necessário avaliar a saúde dos ecossistemas em sua totalidade e não tomar 
isoladamente o risco de extinção de cada espécie. 
 Para fornecer dados mais fidedignos, os pesquisadores da UFG criaram um modelo para 
quantificar o risco de desaparecimento das espécies. Quase todas as aves do Brasil constam da 
tabulação feita para o trabalho científico, somando 1.557 espécies. 
 Os brasileiros foram abrangentes, levaram em conta dados como a influência humana (caça, 
comércio ilegal, desmatamento), a dieta dos animais (se se alimentam de frutas, folhas, insetos), 
além do ambiente em que vivem (floresta, ambiente aberto, savana), os hábitos (noturno ou 
diurno), a quantidade de ovos por ninhada e o tamanho dos bichos, além de 15 outras variáveis. 
 “Aplicando nosso modelo, somos capazes de prever se o animal ou planta têm, por exemplo, 
30%, 40% ou 80% de chance de se extinguir em determinado momento. Descobrimos que a 
maioria dos exemplares de aves mais ameaçados de nosso País não estão sequer em áreas 
protegidas”, explica o professor Rafael Loyola, coautor, com a doutoranda Nathália Machado, 
do artigo A Comprehensive Quantitative Assessment of, Bird Extinction Risk in Brazil, 
publicado na edição de agosto da revista PLoS ONE. 
 A IUCN, por outro lado, aplica somente 12 critérios para definir se uma espécies está em 
perigo ou não. Tamanho da população, número de indivíduos maduros, taxa de declínio, 
fragmentação das populações e área de ocorrência são alguns das variáveis usadas. Dessa forma, 
cada espécie recebe da IUCN uma etiqueta específica – dados insuficientes (DD), pouco 
preocupante (LC), quase ameaçada (NT), vulnerável (VU), em perigo (EN), criticamente em 
perigo (CR), extinta na natureza (EW) e extinta (EX). 
 Os pesquisadores esperam que o modelo auxilie em mais um parâmetro, a probabilidade de 
extinção, capaz de melhorar o planejamento das políticas ambientais. 
 “O estudo amplia o conhecimento sobre o grau de ameaça das espécies e isso tem um peso 
político enorme, porque o governo só tem condições de tomar decisões mais eficientes quando 
conhece o nível de ameaça a uma espécie. Por exemplo, pode-se intensificar a fiscalização a 
uma região específica ou criar áreas de preservação para impedir a degradação daquele 
ecossistema”, afirma Loyola. 
FATORES BIOLÓGICOS DETERMINANTES DE RISCOS DE EXTINÇÃO 
 Extinção em biologia e ecologia é o total desaparecimento de espécies, subespécies ou 
grupos de espécies. O momento da extinção é geralmente considerado sendo a morte do último 
indivíduo da espécie. Em espécies com reprodução sexuada, extinção de uma espécie é 
geralmente inevitável quando há apenas um indivíduo da espécie restando, ou apenas indivíduos 
de um mesmo sexo. A extinção não é um evento incomum no tempo geológico - espécies são 
criadas pela especiação e desaparecem pela extinção. 
 Apesar da grande diversidade biológica que existe, estima-se que cerca de 99% das 
espécies existentes na Terra já se tenham tornado extintas. Um dos maiores enigmas dos 
paleontólogos consiste em descobrir e explicar como se processaram os eventos de extinção no 
passado e quais foram as suas causas.1 As causas das extinções sempre podem ser estudadas por 
meio da evidência fóssil. A partir dos fósseis, obtêm-se informações sobre organismos que 
viveram em tempos muito distantes dos atuais, nos levando a entender um pouco mais da 
diversidade da vida no passado.2 
 Apesar de ser um fato aceito atualmente, a defesa da ocorrência de eventos de extinção 
durante a história da vida na Terra, recebeu adesão, somente após a aceitação dos estudos de 
Georges Cuvier. Tal naturalista francês formulou as leis da Anatomia Comparada possibilitando 
assim, as reconstruções paleontológicas de organismos que somente eram encontrados na forma 
fóssil e sem correspondentes vivos na atualidade, ou seja, os organismos extintos.3 A extinção é 
uma questão de escala geográfica. A extinção local é a extinção de uma população em uma 
determinada região e não necessariamente de toda a espécie. Isso, em biogeografia, é um fator 
importante no delineamento da distribuição geográfica das espécies. Eventos de vicariância e de 
mudanças climáticas, por exemplo, podem levar a extinção local de populações e, assim, 
configurar os padrões de distribuição das espécies. 
 Atualmente muitos ambientalistas e governos estão preocupados com a extinção de 
espécies devido à intervenção humana. As causas da extinção incluem poluição, destruição do 
habitat, e introdução de novos predadores. Espécies ameaçadas são espécies que estão em 
perigo de extinção. Extintas na natureza é uma expressão usada para espécies que só existem em 
cativeiro. 
 Inevitavelmente todas as espécies serão extintas em algum momento de sua vida, já que a 
extinçãoé a etapa final da história evolutiva de uma espécie (Collen et al. 2006). O problema é 
que, no presente, a taxa de extinção das espécies está entre 1.000 e 10.000 vezes maior que na 
maior parte da história geológica. Esta é a mesma taxa de aceleração que caracteriza os cinco 
episódios de extinção em massa do registro fóssil (May 2010). Durante o século passado, 
estima- se que a cada ano uma espécie de mamífero ou ave foi extinta (May 2010). Neste 
período, e também atualmente, a perda de habitat, a exploração humana e a introdução de 
espécies invasoras foram as maiores responsáveis pelo processo de extinção das espécies 
(Diamond 1989). 
 Mas porque algumas espécies estão menos ou mais suscetíveis a estes distúrbios? Já foi 
observado que o risco de extinção não está distribuído de formaaleatória entre os diversos taxa, 
mas sim concentrado em alguns grupos (Bennet & Owens 1997, Cardillo & Bromham 2001, 
Johnson et al. 
2002, Jones et al. 2003). Isto sugere que estes grupos compartilham características intrínsecas às 
espécies que não permitem sua adaptação (seja evolutiva ou comportamental) à velocidade com 
que essas mudanças ambientais estão acontecendo (Fisher et al. 2003, Cardillo et al. 2004). 
Embora as ameaças atuais às espécies sejam em sua maioria ligadas a ações antropogênicas, 
características da biologia e ecologia das mesmas determinam quão bem elas conseguem resistir 
a estes distúrbios (Cardillo et al. 2004). 
 Algumas características intrínsecas das espécies foram consideradas importantes para o 
seu risco de extinção, como: (i) tamanho de corpo, (ii) dieta, (iii) densidade populacional, (iv) 
nível trófico, (v) uso de habitat, (vi) fecundidade e (vii) tamanho de área de distribuição (ex. 
Laurence 1991, Gaston & Blackburn 1996, Bennett & Owens 1997, Purvis et al. 2000a, 
 Algumas hipóteses foram levantadas a respeito da influência destas características sobre o 
grau de ameaça. Por exemplo, espécies com maior tamanho de corpo possuem, geralmente, 
maiores áreas de vida, são menos abundantes e têm maior exigência energética, o que as 
tornariam mais vulneráveis à degradação e à perda de habitat, além de serem alvos fáceis para a 
exploração humana. 
 Podemos concluir que os fatores intrínsecos das espécies são muito importantes para nos 
ajudar a entender como o risco de extinção está distribuído entre os diferentes grupos, sendo que 
estas características podem diferir de acordo com o táxon, ameaça e a região de interesse. 
Tamanho de corpo, fecundidade e tamanho da área de distribuição se afirmam como as 
principais características responsáveis pelo risco de extinção em mamíferos. Apesar disso, o 
risco de extinção é determinado também pela interação destas características biológicas, fatores 
ecológicos e distúrbios antrópicos. 
O Homem e seu papel na extinção 
 O homem é um dos maiores agentes causadores de extinções, pela destruição dos 
ecossistemas naturais que abrigam muitas espécies, e uma pesquisa global de extinções revela 
que mais de 800 espécies se extinguiram nos últimos 500 anos, uma taxa de extinção de 1000 a 
10000 vezes mais alta do que a existente sem a presença dos humanos. O IUCN (World 
Conservation Union) resumiu a melhor informação sobre o estado de conservação dos animais. 
Eles posicionam as espécies em categorias de risco por meio de critérios baseados no tamanho 
absoluto das populações selvagens e em suas modificações nos últimos 10 anos. 
 Durante as últimas décadas, uma grande erosão da biodiversidade vem sendo observada. A 
maioria dos biólogos acredita que uma extinção em massa está a caminho. Apesar de divididos 
a respeito dos números, muitos cientistas acreditam que a taxa de perda de espécies é maior 
agora do que em qualquer outra época da história da Terra. 
 Alguns estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies de plantas conhecidas estão sob 
ameaça de extinção. Alguns dizem que cerca de 20% de todas as espécies viventes podem 
desaparecer em 30 anos. Quase todos dizem que as perdas são decorrentes das actividades 
humanas, em particular a destruição dos hábitats de plantas e animais. 
 Alguns justificam a situação não tanto pelo sobreuso das espécies ou pela degradação do 
ecossistema quanto pela conversão deles em ecossistemas muito padronizados (ex.: 
monocultura seguida de desmatamento). Antes de 1992, outros mostraram que nenhum direito 
de propriedade ou nenhuma regulamentação de acesso aos recursos necessariamente leva à 
diminuição dos processos de degradação, a menos que haja apoio da comunidade. 
 Entre os dissidentes, alguns argumentam que não há dados suficientes para apoiar a visão 
de extinção em massa, e dizem que extrapolações abusivas são responsáveis pela destruição 
global de florestas tropicais, recifes de corais, mangues e outros hábitats ricos. No entanto, esses 
não encontram base científica sólida para suas alegações, diante da acumulação de evidências 
sobre o intenso declínio na riqueza biológica do planeta e sobre a destruição ou degradação de 
inúmeros ecossistemas. Apesar disso, há influentes grupos de pressão econômica e política que 
alimentam uma ruidosa controvérsia artificial no intuito deliberado de confundir a opinião 
pública. 
 A domesticação de animais e plantas em larga escala é um factor histórico de degradação da 
biodiversidade, gerando a selecção artificial de espécies, onde alguns seres vivos são 
seleccionados e protegidos pelo homem em detrimento de outros. 
 
RADIAÇÃO EVOLUTIVA (EVOLUÇÃO FILOGENÉTICA E FILOGEOGRAFIA) 
Radiação Evolutiva 
 Uma radiação evolutiva é um aumento na diversidade taxonômica ou disparidade 
morfológica, devido à mudança adaptativa ou a abertura de espações ecológicos. Radiações 
podem afetar um clado* ou muitos, e ser rápida ou gradual, onde eles são rápidos, e 
impulsionados pela adaptação de uma única linhagem de seu meio ambiente, que são radiações 
adaptativas denominadas. Lagartos anoline Caribe é um exemplo particularmente interessante 
de uma radiação adaptativa. 
Exemplos de radiação evolutiva 
 Talvez o exemplo mais conhecido de uma radiação evolutiva é que dos mamíferos 
placentários, imediatamente após a extinção dos dinossauros no final do Cretáceo, cerca de 66 
milhões de anos atrás. Naquela época, os mamíferos placentários eram em sua maioria 
pequenos, animais que se alimentam de insetos similares em tamanho e forma para musaranhos 
modernos. Até o Eoceno (58-37000000 anos atrás), que tinha evoluído para tais formas diversas 
como morcegos, baleias e cavalos. 
 Outras radiações familiares incluem a explosão cambriana, a Grande Ordoviciano 
biodiversificação Evento, o Mesozóico-Cenozóico radiação, a radiação de plantas terrestres 
após a sua colonização da terra, a radiação Cretáceo de angiospermas, ea diversificação dos 
insetos, uma radiação que continua quase imbatível desde o Devoniano, a 400 milhões de anos 
atrás. 
Tipos de radiação 
 As radiações podem ser discordante, quer com a diversidade ou disparidade crescente 
quase independentemente do outro, ou concordante, onde ambos aumento a uma taxa 
semelhante 
Radiação evolutiva no registro fóssil 
 Grande parte do trabalho realizado por paleontólogos estudam radiações evolutivas vem 
usando fósseis de invertebrados marinhos, simplesmente porque estes tendem a ser muito mais 
numerosos e fáceis de coletar em quantidade do que os grandes vertebrados terrestres tais como 
mamíferos ou dinossauros. Braquiópodes , por exemplo, passou por grandes explosões de 
radiação evolutiva no Cambriano Precoce , Early Ordoviciano , em menor grau, em todo o 
Siluriano e Devoniano , e depois novamente durante o Carbonífero . Durante estes períodos, 
diferentes espécies de braquiópodes assumiu independentemente uma morfologia semelhante, e, 
presumivelmente, o modo de vida, para as espécies que viveram milhões de anos antes . Este 
fenômeno, conhecido como homeomorfa é explicada pela evolução convergente: quando 
submetida a pressões seletivas semelhantes, organismos , muitas vezes, desenvolver adaptações 
similares . Outros exemplos de radiação evolutiva rápida pode ser observada entre os amonites , 
que sofreu uma série de extinções desde que eles repetidamente re- diversificados , e trilobitas , 
que, durante o Cambriano , rapidamente evoluiu para uma variedade de formas de ocupação 
muitos dos nichos explorados por crustáceos hoje . 
Radiações evolutivas recentes 
 Vários grupos foram submetidos a radiação evolutiva em tempos relativamente recentes. 
Os ciclídeos em particular, têm sido muito estudados por biólogos. Em lugares como o Lago 
Malawi eles evoluíram em uma ampla variedadede formas, incluindo espécies que são 
filtradores, comedores de caracol, parasitas de ninho, herbívoros de algas e peixes comedores. 
As gramíneas têm sido um sucesso, evoluindo em paralelo com herbívoros de pastagem como 
cavalos e antílopes. 
*Clado: Em cladística, um clado ou clade (do grego klados, ramo) é um grupo de 
organismos originados de um único ancestral comum exclusivo. Em biologia se chama 
clado cada um dos ramos da árvore filogenética. Por conseguinte um clado é um grupo de 
espécies com um ancestral comum exclusivo.1 
 
Qualquer grupo assim considerado é um grupo monofilético de organismos,1 e podem ser 
modelados em um cladograma: um diagrama dos organismos em forma de árvore. 
O clado forma parte de uma hipótese científica de modelo relacional evolucionário entre os 
organismos incluídos na análise. Um clado particular pode ser sustentado ou não diante de 
uma análise subsequente usando um conjunto diferente de dados ou de um modelo distinto 
de evolução. 
Se um clado se mostra robusto em distintas análises cladísticas, usando diferentes 
conjuntos de dados, pode ser adotado em uma taxonomia e se tornar um táxon. Contudo um 
táxon não é necessariamente um clado.1 Os répteis, por exemplo, são um grupo parafilético 
porque não incluem aves, as quais possuem um ancestral comum com os répteis.2 A 
tendência entretanto é reorganizar os táxons para formar clados. 
Charles Darwin mostrou, entre outras coisas, que a evolução vem acompanhada de 
divergência, de maneira que dadas duas espécies, ambas derivaram de um antepassado 
comum mais ou menos remoto no tempo. Desde então, a taxonomia evolutiva surge como 
um ideal da classificação biológica de agrupar as espécies por seu grau de parentesco, 
aproximando as que tem um ancestral comum mais próximo. O estudo do parentesco, 
análise filogenética ou análise cladística, se realiza agora com ferramentas muito eficazes, 
como a comparação direta de sequências genéticas. As árvores filogenéticas resumem o 
que se sabe da história evolutiva e se chamam clados os seus ramos. 
 
Filogenia 
 Em biologia, filogenia (ou filogênese) é o estudo da relação evolutiva entre grupos de 
organismos (por exemplo, espécies, populações), que é descoberto por meio de sequenciamento 
de dados moleculares e matrizes de dados morfológicos. O termo filogenética deriva do termos 
grego File (υυλή) e Filon (υῦλον), denotando "tribo" e "raça", e o termo genético (γενετικός), 
denotando "em relação ao nascimento", da gênese (γένεσις) "origem" ou "nascimento". O 
resultado dos estudos filogenéticos é a história evolutiva dos grupos taxonômicos, ou seja sua 
filogenia. 
 Taxonomia, a classificação, identificação e designação dos organismos, são ricamente 
baseadas em informações da filogenia, mas são metodologicamente distintas. Os campos de 
filogenia com sobreposição na taxonomia forma a sistemática filogenética - Uma metodologia 
cladística com características derivadas (sinapomorfias) usadas para encontrar o ancestral 
descendente na árvore (cladogramas e delimitam o taxon (clados). Na sistemática biológica 
como um todo, as análises filogenéticas tornaram-se essenciais na pesquisar da árvore 
evolucionária da vida. 
Construção de uma árvore filogenética 
 A evolução é considerada um processo de ramificação, onde as populações são alteradas 
ao longo do tempo e formam especiação em ramificações separadas, hibridizam juntas ou 
termina em extinção. Isto pode ser visualizado em uma árvore filogenética. 
 O problema da filogenia é que os dados genéticos estão disponíveis apenas para taxons 
vivos e nos registros fósseis (dados osteometricos) contendo poucos dados e características 
morfológicas ambíguas. Uma árvore filogenética representa uma hipótese da ordem dos eventos 
evolucionários ocorridos. 
 Cladística é o atual método de escolha para inferir árvores filogenéticas. Os métodos mais 
comumente usados para inferir filogenias incluem máxima parcimônia, semelhanças e MCMC 
baseada em inferência bayesiana. Fenética, popular no século XX, mas agora em grande parte 
obsoleto, usa Matriz de distâncias baseados em métodos para a construção de árvores baseadas 
em semelhanças globais, que muitas vezes assumem relações filogenéticas aproximadas. Todos 
os métodos dependem de um modelo matemático explícito ou implícito que descreve a evolução 
das características observadas nas espécies e são normalmente utilizados pela Filogenética 
molecular, no qual os caracteres são alinhadas em sequências de nucleotídeos ou aminoácidos. 
Agrupamento de organismos 
 Existem alguns termos que descrevem a natureza de um agrupamento em tais árvores. Por 
exemplo, todas as aves e répteis se acreditam que descendem de um único ancestral comum, por 
isso este agrupamento taxonômico (amarelo no diagrama) é chamado monofilético. Os "Répteis 
Modernos" (ciano no diagrama) é um agrupamento que contém um ancestral comum, mas não 
contém todos os descendentes desse ancestral (aves são excluídas). Este é um exemplo de um 
grupo parafilético. Um agrupamento como animais de sangue quente que incluem mamíferos e 
aves (vermelho / laranja no diagrama) e é chamado polifilético porque não inclui o mais recente 
ancestral comum de seus membros. 
Filogenia molecular 
 As conexões evolutivas entre organismos são representados graficamente através de árvores 
filogenéticas. Devido ao fato da evolução ocorrer durante longos períodos de tempo algumas 
características não pode ser observadas diretamente, os biólogos devem reconstruir filogenias 
examinando marcadores genéticos comuns entre as espécies e levando a inferir as relações 
evolutivas entre organismos. Fosseis podem ajudar com a reconstrução de filogenias, no 
entanto, os registros fósseis podem ter poucas informações para ajudar. Portanto, os biólogos 
normalmente estão restritos a análise de organismos atuais para identificar as suas relações 
evolutivas. As relações filogenéticas no passado foram reconstruídas olhando para fenótipos das 
características anatômicas. Hoje em dia, dados moleculares, que inclui sequências de proteínas e 
de DNA, são utilizados para a construção de árvores filogenéticas. 
 O objetivo da Fundação Nacional da Ciência é a montagem da árvore de atividade da vida 
e resolver as relações evolutivas dos grandes grupos de organismos ao longo da história da vida, 
com pesquisas que muitas vezes envolvem grandes equipes de trabalho entre as instituições e 
disciplinas. 
Teoria da recapitulação de Ernst Haeckel 
 No final do século XIX, a Teoria da recapitulação de Ernst Haeckel ou a lei biogenética, 
foi amplamente aceita. Esta teoria foi muitas vezes expressa como "ontogenia recapitula a 
filogenia", isto quer dizer, o desenvolvimento de um organismo reflete exatamente o 
desenvolvimento evolutivo da espécie. Primeira versão de Haeckel desta hipótese é o embrião 
espelha os adultos ancestrais evoluído, e já foi rejeitada. A hipótese foi alterada para o 
desenvolvimento do embrião é o espelhamento de seus ancestrais evolutivos. A maioria dos 
biólogos modernos reconhecem numerosas conexões entre a ontogenia e filogenia, explicam 
usando a biologia evolutiva do desenvolvimento ou mostrando como evidência de apoio a essa 
teoria. Donald I. Williamson sugeriu que as larvas e embriões representam adultos em outros 
táxons que foram transferidos por hibridação (a teoria da transferência das larvas). A opinião de 
Williamson não representa o pensamento dominante na biologia molecular, e há muitas 
evidências significativas contra a teoria da transferência das larvas. 
A transferência de genes 
 Em geral, os organismos podem herdar genes de duas formas: transferência vertical de 
genes e transferência horizontal de genes. Transferência gênica vertical é a passagem de genes 
de pais para filhos e transferência horizontal de genes ou transferência lateralde genes ocorre 
quando os genes saltam entre organismos não relacionados, um fenômeno comum em 
procariontes, um bom exemplo disso é a resistência adquirida aos antibióticos como resultado 
do intercâmbio de gene entre algumas bactérias e o desenvolvimento de múltiplas drogas 
resistentes para estas bactérias. 
 Transferência horizontal de genes tem complicado a determinação da filogenia de 
organismos e inconsistências na filogenia foram relatadas entre grupos específicos de 
organismos, dependendo dos genes usados para a construção da árvore evolutiva. 
 Carl Woese surgiu com a teoria dos três domínios da vida (archaea, eubactérias e 
Eucariotos) com base na sua descoberta de que os genes que codificam o RNA ribossômico são 
antigos e seus ancestrais tranferiram genes e houve transferência de genes com pouco ou 
nenhum horizontalidade. Portanto, rRNAs são comumente recomendados como relógios 
moleculares para reconstruir filogenias. 
 Isto é particularmente útil para a filogenia de microrganismos, para a qual o conceito de 
espécie não se aplica e que são morfologicamente simples de classificar com base em 
características fenotípicas. 
 
Amostragem de táxon e sinal filogenético 
 Devido ao desenvolvimento de técnicas avançadas de sequenciação em biologia molecular, 
tornou-se possível recolher grandes quantidades de dados (DNA ou sequências de aminoácidos) 
para inferir hipóteses filogenéticas. Não é raro encontrar estudos com matrizes de caracteres 
baseados em genomas mitocondriais (~ 16.000 nucleotídeos, em muitos animais). No entanto, 
tem sido proposto que isso aumenta do número de táxons na matriz do que aumenta o número 
de caracteres, porque quanto mais táxons mais robusta é a árvore filogenética resultante. 
 Isto pode ser em parte devido à ruptura de atração de ramificações longas. Tem sido 
argumentado que esta é uma razão importante para incorporar dados de fosseis em filogenias 
sempre que possível. Naturalmente, os dados que incluem os taxons filogenéticos fóssil são 
geralmente baseados na morfologia, em vez de dados de DNA. Usando simulações, Derrick 
Zwickl e David Hillis descobriram que o aumento de amostragem de taxon em inferência 
filogenética tem um efeito positivo sobre a precisão das análises filogenéticas. 
 Outro fator importante que afeta a precisão da reconstrução da árvore consiste em saber se 
os dados analisados na verdade contém um sinal filogenético útil, um termo que é usado 
geralmente para indicar se os organismos relacionados tendem a assemelhar-se com o seu 
material genético ou características fenotípicas. Em última análise, não há nenhuma maneira de 
medir se uma hipótese filogenética é precisa ou não, a menos que as verdadeiras relações entre 
os táxons examinados já são conhecidas. O melhor resultado na sistemática pode ser alcançado 
na árvore com galhos bem suportados em evidências disponíveis. 
Importância dos dados faltantes 
 Quanto mais dados estão disponível na construção de uma árvore, o mais precisa será a 
árvore resultante. A falta de dados é mais prejudicial do que ter menos dados, embora o seu 
impacto é maior quando a maioria dos dados em falta é de um pequeno número de táxons. 
Concentrar os dados faltantes em um pequeno número de caráter produz uma árvore mais 
robusta. 
O Papel dos fósseis 
 Muitos característicos morfológicos embrionários e tecidos moles não podem ser 
fossilizados e torna a interpretação dos fósseis mais difíceis do que os táxons vivos. Isso às 
vezes torna difícil incorporar dados de fósseis à filogenia. No entanto, apesar destas limitações, 
a inclusão dos fósseis é de valor inestimável, para fornecer informações em áreas esparsas da 
árvore. Quebrando galhos longos e restringindo estados de caráteres intermediários. Assim os 
táxons fósseis contribuem tanto para resolver a árvore como os táxons modernos vivos. Fósseis 
também podem restringir a idade das linhagens e demonstrar como uma árvore é consistente 
com o registro estratigráfico. 
 Filogenias moleculares podem revelar a quantidade da diversificação, mas para definir a 
quantidade de taxons que se originaram ou se extinguiram, os dados devem ser trazidos dos 
fósseis. As técnicas moleculares assumem uma quantidade constante de diversificação, que 
provavelmente e raramente seja verdade. No alguns casos, os pressupostos da interpretação do 
registro fóssil (por exemplo, um registro completo e imparcial) estão mais perto de ser 
verdadeiros que a hipótese de uma taxa constante, fazendo as descobertas dos fósseis mais 
precisas do que as reconstruções moleculares. 
Ponderação homoplasicas 
 Certos caracteres tem mais peso que outros e alguns caracteres devem ter menos pêso na 
reconstrução de uma árvore. Infelizmente, o único modo objetivo para determinar a importância 
é pela construção de uma árvore. Mesmo assim, os caracteres de ponderação homoplasicas 
conduzem a um melhor suporte nas árvores. Refinamento adicional pode ser trazido por 
mudanças de ponderação e alteração em outras. Por exemplo, a presença de asas torácicas quase 
garante a colocação de um inseto entre os pterygota, embora as asas sejam frequentemente 
perdidas, a sua ausência não exclui o taxon do grupo. 
Classificação filogenética 
 Classificações filogenéticas pretendem traduzir a posição de cada organismo em relação 
aos seus antepassados, bem como as relações genéticas entre os diferentes organismos atuais. 
 O mundo vivo é constituído por uma enorme variedade de organismos. Para estudar e 
compreender tamanha variedade (de fauna e flora), foi necessário agrupar os organismos de 
acordo com as suas características comuns, ou seja, classificá-los. A sede de classificar os seres 
vivos é partilhada por cientistas e não cientistas. Uma característica inerente ao ser humano é a 
tendência de reunir em grupos os objetos ou seres que apresentam características semelhantes. 
 Classificações são sistemas de nomes organizados para mostrar as relações entre as 
entidades nomeadas. Os nomes derivam seu significado a partir da intenção das pessoas que 
estão tentando se comunicar. Classificações biológicas são usadas para transmitir ideias de 
relações entre os organismos . Dessa forma, classificações filogenéticas são classificações 
biológicas que atendam o mínimo critério de ser um sistema de nomes que implicam relações 
que são logicamente consistentes com a árvore filogenética a referente classificação. Qualquer 
classificação filogenética é capaz de informar ao leitor o conhecimento atual sobre as relações 
de parentesco entre os membros de um grupo. 
 Deve-se adotar uma única classificação que possa servir como sistema geral de referência. 
Um sistema classificativo viável tem de compreender uma hierarquia em que grupos são 
totalmente integrados dentro de grupos compósitos mais amplos, sem que haja sobreposição. A 
espécie humana, por exemplo, é membro da ordem dos primatas, que está contida na classe dos 
mamíferos, etc . As classificações filogenéticas se mostram mais úteis para esses propósitos. 
Quando se toma apenas uma única característica para fazer uma classificação, constroem-se 
táxons que podem não refletir a evolução dos de mais caracteres. Por outro lado, uma vez que os 
caracteres se originam dentro da filogênese, todos os caracteres em princípio podem ser 
compreendidos com o conhecimento da filogenia dos grupos. 
Algumas características da Classificação filogenética 
 As diferenças entre classificações filogenéticas dos mesmos organismos podem vir de duas 
fontes. Em primeiro lugar, classificações filogenéticas podem ser diferentes porque eles adotam 
convenções diferentes para relações mostrando, por exemplo, uma classificação que nomeia 
cada ramo, em comparação com uma classificação que usa uma convenção listagem. Segundo, 
eles podem ser diferentes, porque a filogeniade referência é diferente . 
 Quando uma espécie se ramifica durante a evolução, geralmente forma duas espécies 
descendentes, chamadas espécies irmãs, as quais são classificadas juntas na classificação 
filogenética (ou cladística). A hierarquia filogenética existe independentemente dos métodos 
que usamos para descobri-la, e é única e inequívoca quanto a forma . 
 A principal evidência para relações filogenéticas provém de um tipo especial de 
característica, chamadas homologias derivadas. Os caracteres podem ser distinguidos em 
homoplasias (caráter compartilhado por duas ou mais espécies que não estava no ancestral 
comum a elas) e homologias (caráter compartilhados por duas ou mais espécies que estava 
presente no ancestral comum a elas) e estas em homologias derivadas e ancestrais. Apenas as 
homologias derivadas indicam relações filogenéticas e a classificação cladística é baseada em 
caracteres homólogos derivados, e não em homoplasias e homologias ancestrais. Uma 
homologia que está presente no ancestral comum de todo o grupo de espécies sob estudos é um 
homologia ancestral. Por outro lado, uma homologia derivada são características que evoluíram 
dentro do grupo de espécies sob estudo, após o ancestral comum e informa-nos algo sobre a 
filogenia, sendo então evidências confiáveis. A homologia ancestral é inútil para a determinação 
de uma relação filogenética dentro do grupo, podendo levar a confusões . 
Métodos de classificação 
 Em biologia, são usados principalmente dois métodos para classificar as espécies em 
grupos: os métodos fenéticos e os métodos filogenéticos. 
 No princípio fenético nada é preciso saber sobre evolução para se classificar as espécies, já 
que este método agrupa as espécies com base na sua semelhança quanto a atributos fenéticos 
observáveis. Esse esquema de classificação depende da análise de similaridade. 
 O princípio filogenético, entretanto, como dito acima, é evolutivo. Sendo assim, apenas as 
entidades que tem relações evolutivas podem ser classificadas filogeneticamente. O princípio 
filogenético classifica as espécies de acordo com a recentidade com que elas compartilham um 
ancestral comum. Quanto mais distante for o ancestral comum a duas espécies, maior será a 
distância entre as classificações de seus respectivos agrupamentos. 
Tipos de Classificações Filogenéticas 
 No sistema de classificações filogenéticas todos os táxons devem corresponder a grupos 
monofiléticos, ou seja, os taxa contenha um ancestral e todos os descendentes desse ancestral e 
nenhum outro organismo. Isso confere um significado muito particular a essas classificações. 
Quando os táxons são monofiléticos, eles correspondem a entidades históricas que são 
descobertas, e não inventadas. A partir daí o sistemata tem a tarefa de obter cladogramas e se 
cria um sistema de nomes que reflita a filogenia em todos os níveis . 
 Há duas maneiras diferentes de representar o conhecimento das relações de parentesco em 
classificações filogenéticas: por Subordinação e por Sequenciação. 
Subordinação 
 Nesse método, grupos de níveis hierárquicos subordinados diferentes possuem sempre 
categorias taxonômicas de nível menor que aquela do grupo mais abrangente. Todos os grupos 
monofiléticos do cladograma têm um nome próprio e estão representados na classificação. Além 
disso, táxons-irmãos possuem a mesma categoria taxonômica4 . 
 A primeira das vantagens do método de subordinação é que todos os táxons do 
cladograma recebem um nome próprio. Além disso, ao menos dentro de grupos sucessivamente 
inclusivos, as categorias taxonômicas são usadas de maneira comparável, isto é, grupos irmãos 
têm a mesma categoria . 
 A subordinação, por outro lado, tem desvantagens consideráveis. A primeira delas é que a 
classificação de grupos muito grandes exige um número imenso de novas categorias para que 
todos os níveis da filogenia sejam representados. A segunda desvantagem é que a descoberta de 
novos táxons terminais não apenas gera a necessidade de introduzir também novos táxons 
inclusivos, como também faz com que todas as categorias associadas aos táxons subordinados 
abaixo desse nível sejam modificadas. A terceira é que o método resulta em grande número de 
nomes redundantes. Finalmente, o método de subordinação não soluciona o problema da 
ausência de significado das categorias lineanas, que continuam sendo utilizadas. 
Sequenciação 
 No método de sequenciação, diversamente, alguns grupos monofiléticos que incluem 
táxons terminais sucessivos em uma filogenia permanecem sem denominação e ramos laterais 
sucessivos são associados à mesma categoria taxonômica. Ou seja, em um ramo de um 
cladograma com uma série de eventos, quando há ramos menores (“ramos laterais”) em níveis 
sucessivos, cada um dos sucessivos ramos laterais recebe a mesma categoria taxonômica . 
 Dentre as vantagens a que se destaca é que com um número relativamente pequeno de 
categorias e de nome de táxons, se possa fazer a classificação de grupos muito grandes. Além 
desta, se verifica também outras vantagens como: o número de nomes redundantes é 
relativamente menor; é possível conservar a maior parte dos nomes e categorias associadas das 
classificações tradicionais, o que implica uma economia de esforço de memorização de novas 
classificações; o pequeno número de novas categorias necessárias; e a introdução de novos 
ramos em uma filogenia demanda um número pequeno de alterações em uma classificação por 
sequenciação pré existente . 
 Porém, no método de sequenciação também são observadas desvantagens que são as 
seguintes: (1) as categorias taxonômicas continuam não tendo significado evolutivo; (2) a 
mesma categoria não é aplicada a grupos-irmãos e, para os táxons de um mesmo grupo, ela pode 
ser aplicada a níveis muito distintos; (3) sem o uso de outros recursos, um número grande de 
táxons inclusivos permanece sem nome nas classificações, criando transtornos para nos 
referirmos a ele; e (4) não é possível, sem lançar mão de artifícios, indicar na classificação que 
há politomias na filogenia . 
 Wiley em 1979, sugeriu uma solução para saber quando uma sequência de nomes de 
táxons representa ramos laterais sucessivos ou uma politomia, propondo que se acrescentasse a 
expressão “sedis mutabilis” ao nome de cada táxon da politomia. Ambas as classificações são 
logicamente consistente e totalmente informativas da árvore, e só existem duas regras para 
classificação filogenética a ser denominado: 
 1. Taxa classificados sem qualificação são grupos ou espécies monofiléticos . 
 2. A classificação deve ser logicamente consistente com a filogenia, e as convenções 
adotadas devem revelar as relações genealógicas entre os grupos e espécies classificados . 
 A existência de vantagens e desvantagens nos procedimentos de sequenciação e 
subordinação não modifica sua função mais importante: os dois procedimentos preenchem os 
requisitos fundamentais das classificações filogenéticas, de transmitir ao leitor o conhecimento 
da diversidade biológica junto com a informação filogenética. Considerando as dificuldades 
envolvidas, talvez as classificações biológicas sejam um dos mais bem sucedidos sistemas de 
classificação já produzidos pelos seres humanos. Muitas das limitações citadas acima não são 
próprias de classificações filogenéticas, mas do próprio sistema lineano de categorias . 
Limitações das classificações filogenéticas 
 Quando se obtém uma filogenia para um grupo, é necessário transformá-la, para fins de 
comunicação, em uma classificação que a reflita de modo integral. Este é um dos pontos mais 
importantes para a sistemática filogenética e também um dos pontos de maior disputa entre as 
escolas de sistemática. As razões da escolha da filogenia como base da classificação já foram 
discutidaspor vários autores nos últimos anos, sendo a principal argumentação a de que todos 
os tipos de relações entre os organismos podem ser representados e compreendidos por meio do 
parentesco, o que justamente a torna capaz de servir como um "sistema geral de referência" . 
Nenhum outro tipo particular de relação tem esta propriedade. 
 O sistema hierárquico lineano tem limitações que não permitem que a classificação 
expresse por si só, de modo claro, aspectos mais complexos das relações de parentesco. 
 Os vários tipos de classificações por subordinação têm sido menos utilizados nos últimos 
anos, principalmente por provocarem um incremento muito grande no número de categorias e 
de nomes supérfluos, tornando-as de memorização e comunicação difíceis. A classificação que 
utiliza os métodos de sequenciação e de subordinação conjugados tem sido aceita por muitos 
autores como a mais apropriada para os fins a que se propõe. Contudo, o próprio método de 
sequenciação tem limitações que, adicionadas aquelas intrínsecas ao sistema lineano, precisam 
ser superadas. 
A incorporação de fósseis na classificação, junto com as espécies recentes 
 Uma das dificuldades na construção de um sistema único de classificação, refletindo todo o 
conhecimento disponível sobre a diversidade, são os fósseis. Fósseis correspondem a 
organismos que viveram em tempo anterior ao recente e que tiveram partes preservadas ou 
deixaram indícios que são identificados atualmente. Esse fósseis são descritos da mesma forma 
que os grupos recentes. Propôs-se a utilização do prefixo "plésion" para fóssil, e "incertae sedis" 
para a inclusão de grupos (atuais ou fósseis) de posição incerta dentro da filogenia de um grupo 
maior. Patterson & Rosen (1977), foram quem propuseram a utilização do nome incertae sedis, 
a fim de evitar que ao incluir um grupo em um táxon maior haja uma distorção nas relações de 
parentesco que a classificação filogenética expressa. 
Incorporação da espécie ancestral na classificação 
 A disputa entre as escolas filogenética e evolucionista sobre a viabilidade de reconhecer o 
ancestral deixou de ser tão acirrada quanto o foi até o início da década passada, quando os 
filogeneticistas rejeitavam a metodologia de análise gradista e viam com extremo pessimismo 
esta possibilidade. A discussão que sucedeu esta, sobre como incorporar a espécie ancestral na 
classificação, é um indício de que a intransigência inicial deixou de existir, embora poucos 
tenham admitido explicitamente este fato. Muitos autores se mostraram cépticos quanto à 
possibilidade de classificar espécies ancestrais e recentes conjuntamente . Contudo Wiley 
(1979) demonstrou que isso é exequível na subordinação com o uso de artifícios; este autor, 
contudo, concordou com Nelson (1974) que o método da seqüenciação não comporta a inclusão 
da espécie ancestral. O uso do "grupo + ", é uma alternativa que permite solucionar este 
problema. 
 Incerteza no cladograma quanto à proximidade de três ou mais ramos entre si 
 Na classificação por seqüenciação três nomes seguidos que correspondam no cladograma 
a uma tricotomia podem ser tomados como uma simples seqüência, onde o primeiro seria o 
grupo-irmão dos outros dois, a menos que haja uma indicação explícita (o que não ocorre na 
subordinação). Wiley propõe que três ou mais táxons de uma politomia sejam acompanhados de 
" sedis mutabilis " (como já dito acima) indicando que qualquer deles poderá, com um estudo 
mais profundo e com a obtenção de novos dados, ser identificado como o grupo-irmão do 
restante. Isto é, que a seqüência apresentada não corresponde necessariamente à sequência de 
divisões e é modificável. 
 Na classificação por sequenciação um número considerável de grupos monofiléticos fica 
sem nome 
 Quando a sequência dos nomes dos táxons correspondentes aos ramos laterais de uma 
filogenia é listada no método da sequenciação, os grupos-irmãos dos sucessivos ramos laterais- 
ou grupos inclusivos - ficam sem nome. As vezes, esses grupos não são de maior relevância. 
Contudo, numa discussão detalhada da filogenia, analisando cada nível de universalidade, fica 
muito difícil referir-se a eles e eventualmente alguns táxons podem corresponder a grupos de 
grande importância evolutiva, taxonômica e /ou biogeográfica: em qualquer caso a ausência de 
nomes é por muito motivos desinteressante. 
Filogeografia 
 Filogeografia é o estudo dos processos históricos que podem ser responsávies pela 
distribuição geográfica contemporânea de indivíduos. Isto é conseguido considerando a 
distribuição geográfica dos indivíduos à luz dos padrões numa genealogia genética. Este termo 
foi introduzido para descrever sinais genéticos geograficamente estruturados dentro e entre 
espécies. Um foco explícito na biogeografia/passado biogeográfico de uma espécie diferencia a 
filogeografia da genética populacional clássica e da filogenética. Eventos passados que podem 
ser inferidos incluem expansão populacional, efeitos de gargalo, vicariância e migração. 
Abordagens desenvolvidas recentemente que interpretam a teoria do coalescente ou a história 
geneológica dos alelos e informação sobre a distribuição geográfica podem responder com mais 
exatidão aos papeis relativos das diferentes forças históricas que moldam os padrões atuais. 
Desenvolvimento 
 Apesar do termo filogeografia ter sido usado pela primeira vez em 1987,4 já existia como 
campo de estudo há muito mais tempo. A biogeografia histórica estudava como as condições 
geológicas, climáticas e ecológicas históricas influenciaram a distribuição actual das espécies. 
Como parte da biogeografia histórica, investigadores andavam a avaliar a relação evolutiva e 
geográfica de organismos anos antes. Dois desenvolvimentos durante as décadas de 1960 e 
1970 foram particularmente importantes em formar os alicerces para a filogeografia moderna; a 
primeira foi a divulgação do pensamento cladístico, e o segundo foi o desenvolvimento da teoria 
da tectónica de placas. A resultante escola de pensamento foi a biogeografia de vicariância, que 
explicava a origem de novas linhagens através de eventos geológicos como o afastamento de 
continentes ou a formação de rios. Quando uma população contínua (ou espécie) era dividida 
por um rio ou uma nova cadeia montanhas (isto é, um evento vicariante), daria origem a duas 
populações (ou espécies), passando tempo suficiente desde a separação. A paleogeografia, 
geologia e paleoecologia eram campos importantes que forneciam informação que era depois 
integrada na análise filogeográfica. 
 A filogeografia tem uma perspectiva sobre a biogeografia ligada à genética populacional e 
filogenética. Em meados da década de 1970, análises de genética populacional viraram-se para 
marcadores mitocondriais. O advento da reacção da polimerase em cadeia (PCR), o processo 
pelo qual milhões de cópias de um segmento de DNA pode ser replicado, foi crucial no 
desenvolvimento da filogeografia. Graças a este avanço, a informação contida nas sequências de 
DNA mitocondrial tornou-se muito mais acessível. Avanços tanto em métodos laboratoriais 
(por exemplo, na tecnologia de sequenciação de DNA por capilares) que permitiram uma 
sequenciação de DNA mais rápida e métodos computacionais que fazem melhor uso dos dados 
(por exemplo, usando a teoria do coalescente) ajudaram a melhorar as inferências 
filogeográficas. 
 Trabalhos filogeográficos iniciais foram criticados recentemente pela sua natureza 
narratica e falta de rigor estatístico (ou seja, não testou hipóteses alternativas estatisticamente). 
O único método real era a "Nested Clade Analysis" (NCA) do Alan Templeton, que usava uma 
chave de inferência para determinar a validade de um certo processo a explicar a concordância 
entre distância geográfica e a proximidade genética. Abordagens recentes tomaram

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