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AS CARGAS ELÉTRICAS E A ELETROSTÁTICA Prof.: Jean Carlos Rodrigues O primeiro princípio fundamental da eletrostática é o da atração e repulsão. Franklin observou que cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, enquanto que cargas opostas se atraem, fato ilustrado na figura a seguir: PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA O segundo princípio da eletrostática, trata-se da conservação das cargas elétricas. Seu enunciado afirma que em um sistema isolado eletricamente, em relação ao meio externo, a soma algébrica das cargas negativas e positivas deverá permanecer constante conforme mostra a figura a seguir: A carga elétrica total inicial do sistema composto pelos dois corpos eletrizados é de1 + 2, durante o contato, ocorre troca de cargas entre os corpos. A carga elétrica final total será 5 + 6 . Pelo princípio da conservação das cargas elétricas, conclui-se que 1 + 2 = 5 + 6. Os materiais com grandes quantidades de elétrons livres são classificados como condutores, pois possuem grande facilidade para conduzir eletricidade. Alguns exemplos de materiais condutores de eletricidade são: ouro, zinco, tungstênio, cobre, alumínio, dentre muitos outros. Em contrapartida, materiais com poucos elétrons livres, são denominados isolantes ou dielétricos, pois apresentam dificuldade em conduzir eletricidade. Pode-se citar como exemplos: madeira, borracha, lã, papel, vidro etc. CONDUTORES E ISOLANTES Um corpo inicialmente neutro, pode ser eletrizado por meio de três processos, são eles: eletrização por atrito, eletrização por contato ou eletrização por indução. O primeiro e mais antigo processo de eletrização estudado é feito por atrito. Neste, ao final, os corpos estarão com cargas elétricas de sinais opostos. Um exemplo bastante comum é a experiência de eletrização entre o vidro e a lã, conforme ilustra a imagem abaixo: PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO Ao atritarmos uma placa de vidro com um pano de lã, ambos inicialmente neutros, há troca de cargas elétricas de tal forma que no final do processo de eletrização, ao separarmos os dois corpos, estes estarão com cargas elétricas opostas. O vidro perderá elétrons e ficará eletrizado positivamente, já o pano de lã, tendo recebido os elétrons, ficará eletrizado negativamente. O processo de eletrização por contato consiste em encostar dois corpos, um deles neutro e o outro, eletrizado. Este experimento traz melhores evidências quando ambos os corpos são condutores, visto que as cargas se distribuem homogeneamente sobre sua superfície. A figura a seguir ilustra o processo de eletrização por contato, onde o corpo A, inicialmente neutro, é colocado em contato com um corpo B, eletrizado negativamente. Após o contato, verifica-se que ambos os corpos ficarão eletrizados negativamente, pois o corpo perdeu somente parte dos elétrons para o corpo O último processo de eletrização, é o por indução. Neste, não há necessidade que os corpos estejam em contato direto. A indução trata-se da separação momentânea das cargas elétricas existentes em um corpo condutor, inicialmente neutro, por outro corpo eletrizado, conforme ilustrado na figura mostrada a seguir: Em 1875, Coulomb utilizando uma balança de torção, conseguiu determinar o valor das forças de atração e repulsão eletrostática entre duas esferas eletrizadas. Desta forma, Coulomb enunciou “a intensidade da força elétrica entre duas partículas eletrizadas é diretamente proporcional ao produto das cargas elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.” Observe a ilustração: LEI DE COULOMB A expressão matemática que formaliza o enunciado da lei de Coulomb é mostrada a seguir: F = K . q . Qd Onde, é a força de atração ou repulsão entre as esferas eletrizadas em , é a constante eletrostática do vácuo. As variáveis e representam as cargas elétricas das esferas em ( ) e d representa a distância entre o centro das esferas em . A figura 6 ilustra algumas destas variáveis.