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Processo de Conhecimento
O processo de cognição é o momento em que há a busca da tutela jurisdicional para dirimir conflitos, a fim de tornarem conhecidos os direitos e deveres decorrentes da relação processual, que por sua vez, decorrerá do proferimento de uma sentença.
Propositura da ação | instauração do processo 
Defesa do réu | resposta às alegações e alegações do réu
Resposta do autor ao réu em razão das alegações da contestação
Resumo sobre procedimento comum
Processo de conhecimento e procedimento comum
No processo de conhecimento – há os seguintes procedimentos:
· PROCEDIMENTO COMUM – é o procedimento padrão a ser utilizado na maior parte das causas. É uma espécie de processo "coringa" (Art 318)
· ..
· PROCEDIMENTO ESPECIAL -Apresenta distinção em relação ao procedimento comum, de modo a decidir a lide de maneira mais adequada. (título III – parte especial do livro I) exemplo: ação de consignação em pagamento. Os procedimentos especiais tem regras próprias no entanto as DISPOSIÇÕES DO PROCEDIMENTO COMUM são aplicáveis subsidiariamente aos procedimentos especiais quando couber.
obs: O processo de execução, de forma breve, coexistem diversos tipos de procedimento , cada um correspondente a cada uma das diversas espécies de execução. (livro II).
PROCEDIMENTO COMUM
No que tange o procedimento comum há importância mudança do CPC DE 73 para o NOVO CPC. 
· O procedimento comum se dividia em rito sumario e ordinário. 
· No NOVO CPC houve a extinção do rito sumario, assim não mais se justifica a existência do rito ordinário. 
Logo, no novo CPC somente existe processo de conhecimento: 
1. processo de conhecimento comum (art. 318 seguintes) e 
2. processo especial ( art. 539 seguintes)
É utilizado o procedimento comum por exclusão: se não for hipótese de algum procedimento especial (previsto no cpc ou lei extravagante)é procedimento comum. Portanto, é o procedimento residual.
· O procedimento comum é residual
De forma pratica, será procedimento comum nos casos:
· Em que o autor não possui um titulo executivo extrajudicial
· Não seja a hipótese de tutela de urgência
O procedimento comum é o procedimento regulado com mais detalhes pelo cpc, o mais completo, com maior numero de atos (inicial, contestação, replica,...) fases mais facilmente distinguíveis (postulatória, saneadora, instrutória, decisória, e cumprimento da sentença). 
3.1 – Petição inicial (art 319)
A petição inicial age como um espécie de "receita de bolo", um "passo a passo" a ser seguido. Caso a petição não trouxer alguns dos requisitos, o juiz determinara a emenda da inicial. Contudo, se o autor não proceder com a emenda, haverá o indeferimento da inicial, com a extinção do processo sem a resolução do mérito.(Art 485 I). 
E, se o vício da inicial for grave,e sequer permitir a emenda, poderá desde logo o magistrado extinguir o processo (art 330). Nessa situação fala-se em INDEFERIMENTO LIMINAR DA INICIAL. Hipótese em que o procedimento é extinto SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO .
3.2 – Causa de pedir
São os fatos e fundamentos jurídicos do pedido – Por que o autor pede em juízo determinada providencia. Fundamentos jurídicos é diferente de fundamentos legais (base legal,artigo legal). Para que aja a alteração na causa de pedir, após o ajuizamento da inicial deve ser observado o art 329:
1. Até a citação – sem qualquer restrição. Basta petição do autor.
2. Após a citação - Desde que o réu concorde, no prazo mínimo de 15 dias.
3.3 - Pedido
É aquilo que o autor pede quando aciona o judiciário . Como regra deve ser certo e determinado. (art 322 e 324). Ainda que a parte não peça, compreende-se no pedido (por isso a doutrina chama de implícito):
· (i) Juros legais
· (ii) Correção monetária
· (iii) Verbas de sucumbência, ou seja, custasse honorários
· (iv) Prestações sucessivas que se vencerem durante o processo enquanto durar a obrigação art 323
· (v) Multa diária nos casos específicos art 536 caput e $1º
3.3.1 Da Interpretação do pedido:
Conforme art 322 $2º o juiz terá mais margem para interpretar o pedido – não considerando apenas o que esta sendo pedido na inicial e sim na peça como um todo. 
3.3.2 Da exceção do pedido certo e terminado
Apesar de a regra ser a determinação do pedido, cpc admite o pedido genérico em hipóteses especifica (art 324 $ 1º inciso I, II e III).
3.3.3 Do pedido alternativo
Aquele em que o autor formula 2 pedidos para ver acolhido um – ex: pede-se o dinheiro de volta ou entrega do bem. (art 325)
3.3.4 Pedido subsidiário
Se verifica quando um autor formula um pedido principal e somente se este não puder ser acolhido, formula um pedido subsidiário/eventual. (art 326). 
3.3.5 Da alteração do pedido
Para que aja a alteração no pedido, após o ajuizamento da inicial deve ser observado o art 329:
(3) Até a citação – sem qualquer restrição. Basta petição do autor.
(4) Após a citação - Desde que o reu concorde, no prazo mínimo de 15 dias 
4- Audiência de conciliação ou mediação (ART 334 cpc)
Se houver acordo durante a audiência será reduzido a termo e homologado por sentença. Não realizado o acordo terá inicio o prazo para contestação.
5-Disposições gerais sobre o procedimento comum
1. A petição inicial dá início ao procedimento comum
2. Após o seu recebimento, o réu é citado, para ter ciência do processo, e intimado para comparecer à audiência preliminar de conciliação ou sessão de mediação.
3. Caso haja acordo, o juiz homologará o mesmo por sentença e o processo será extinto, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, III, b, do CPC. 
4. Nos casos em que não houver acordo, o prazo para a resposta do réu se iniciará (art. 335).
5. Apresentada a contestação pelo réu, o juiz intimará o autor a se manifestar em réplica. Do ponto de vista técnico, a réplica somente ocorrerá nos casos em que o réu apresente uma defesa processual (art. 351) ou fatos novos (art. 350). Porém, na praxe forense, após a juntada da defesa do réu, o autor é intimado para se manifestar, independentemente da defesa apontada pelo réu.
6. Estabelecido o contraditório, o processo avançará para etapa saneadora. Nessa fase, o juiz realizará, conforme o caso, atividades no sentido de preparar o processo para a fase instrutória, onde prevalece atos probatórios. O magistrado encaminhará as providências preliminares necessárias.
a) Se o réu não apresentou contestação, o juiz decretará a revelia, se for a hipótese. 
b) Poderá extinguir o processo, sem resolução do mérito, se verificar, desde logo, que ocorreu uma das hipóteses do art. 485 do CPC. 
c) Também poderá fazer isso com resolução do mérito nas hipóteses de reconhecimento da prescrição e decadência (art. 487, II) ou nos casos em que há acordo (art. 487, III) e outros do art 332 cpc.
d) Poderá o juiz, além disso, julgar antecipadamente o mérito nos casos em que não houver necessidade de produção de provas ou nos quais a questão tratada seja exclusivamente de direito (art. 355, I) ou, ainda, nos casos em que a revelia aplicada ao réu enseje os efeitos do art. 344. 
e) O juiz poderá, inclusive, julgar antecipadamente parte do mérito deduzido em juízo. Assim, nos casos em que o autor formula mais de um pedido e um deles restar incontroverso (incontestado) ou pronto para julgamento, o juiz poderá dar uma sentença parcial, resolvendo parte da demanda antecipadamente (art. 356). 
Não sendo a hipótese de nenhuma das providências preliminares descritas acima, o juiz organizará o saneamento do processo (art. 357), isto é, verificar a existência de vícios processuais que possam inviabilizar o julgamento do mérito. 
7) Uma vez realizado, o processo avança para a fase probatória. A prova documental, em regra, é produzida no momento do ajuizamento da demanda ou da apresentação da defesa. Nessa fase, o juiz conduzirá a produção da prova pericial, documental superveniente ou prova oral. A audiência de instrução e julgamento, enquanto ato processual, somente será realizada nas circunstâncias em que haja necessidade de produção de prova oral (testemunhas e depoimento pessoal) ou nos casos em que haja necessidadecitado o réu. 
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital; 
àé excepcional, só em casos que a lei prevê. (citação ficta). Caso o reu não apresente defesa, será nomeado curador especial, nas citações de citação de hora certa e edital, em citação ficta + inércia. 
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei. àcadastro das pessoas jurídicas.
As ações de estado, as ações de família, essas citações deverão ser pessoais e não poderão ser feitas pelo correio, como as de incapaz e de poderes públicos. A citação poderá ser pessoal se verificada a dificuldade de citação pelo correio, ou em que o citando se encontra em local que não tem correio. 
Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço do juízo e o respectivo cartório.
§ 1o A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo.
§ 2o Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências.
§ 3o Da carta de citação no processo de conhecimento constarão os requisitos do art. 250.
§ 4o Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente.
É caso de citação pelo correio, ira ser expedida uma carta de citação. Essa carta precisa atender os mesmo requisitos do mandado de citação, aquele mandado cumprido pelo oficial de justiça. O código diz que a carta de citação deverá observar os requim] sitos do artigo 250, que traz os requisitos do mandado de citação. O mandado de citação consta o juízo, endereço do fórum, nome do autor, do réu, e o endereço de ambos, qual é a ação, qual é o pleito de maneira resumida. Essa carta será instruída com a petição inicial, tal como o mandado, que chamamos de contrafé. Se o juiz por ex, conceder uma tutela provisória, determinando que o citando cumpra determinada ordem, alem da petição, a copia da decisão e do mandado constara hipótese de sanção para não cumprimento. Precisa constar na carta de citação também, o prazo para que o citando conteste, embargue a citação. Esse prazo expresso não é indicação de norma, o prazo precisa estar expresso com a advertência de que se não for apresentada a defesa, serão no caso do processo de conhecimento, reputados verdadeiros os casos reputados pelo autor, a advertência da revelia. 
“Deverá contestar no prazo de 15 dias sobre pena de revelia...”
No caso essa carta de citação é enviada pelo correio com o aviso de recebimento. AR – é termo inicial de contagem de prazo. 
Na citação via eletrônica, há cartórios que anexam a inicial, outros enviam a citação apenas com o numero da senha para acesso. Parece que a citação via eletrônica exige muito cuidado no sentido de endereçar para o endereço eletrônico correto. 
O termo inicial da contagem do prazo, juntada do AR no caso de citação pelo correio. 
No processo de conhecimento em que o juiz obrigatoriamente designa a audiência de conciliação e mediação, vai constar no mandato o dia e a data do local para conhecimento. Se o réu citado protocolizar petição falando que não tem interesse, não será realizada audiência, e o termo inicial será a data protocolizada da petição dizendo que não terá a audiência. 
A pessoa jurídica pode ser citada na pessoa do gerente geral ou administrador, ou ainda pelo responsável pelo recebimento das correspondências. 
A carta de citação entregue ao porteiro é regular. O porteiro poderá recusar o recebimento da carta de citação, se ele declarar que o réu está ausente, sob as penas da lei. 
Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei (porque tem casos que a citação tem que ser pessoal, por oficial de justiça) ou quando frustrada a citação pelo correio.
Nem o judiciário nem o autor tem interesse que a citação se de de forma irregular, todo o processado será declarado nulo. Serão aproveitados apenas aqueles atos que não tenham conteúdo de mérito e não tenham causado prejuízo. Qual é o interesse do autor em “fechar os olhos” para uma citação duvidosa? Nenhum. 
Quando o juiz ou o autor verifica que decorreu o prazo sem contestação, a primeira coisa a verificar é o ato citatório. Porque se verificar se há alguma duvida, é melhor renová-la. Neste caso, se a citação foi pelo correio e há alguma duvida sobre a regularidade do ato citatório, o próprio autor ou o juiz pode determinar que se promova a citação por oficial de justiça. 
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá:
I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências;
II - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução;
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento;
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar o citando e, onde o encontrar, citá-lo:
I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III - obtendo a nota de ciente ou certificando que o citando não a apôs no mandado.
Localizando o citando, ele vai ler o mandado e obter o ciente do citando. Irá certificar que se dirigiu a tal endereço e promoveu a citação, ficando citado, e no caso, de recusar, passa a descrever o citando. 
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência.
A citação por hora certa se da quando o oficial de justiça suspeita que o réu está se ocultando. No código de 73 o oficial tinha que ir no endereço do citando 3 vezes. O novo código de 2015, reduziu de 3 para 2 vezes. Feita duas diligencias com suspeita de ocultação, o oficial de justiça pegara um membro da família, ou o porteiro do prédio, o vizinho, avisando que voltará no outro dia a tal hora para citá-lo. No dia designado irá comparecer e o citando não está, com isso, o oficial irá avisar aquele que avisou, seja o parente ou vizinho que citou o réu. 
Se o réu estiver na hora designada, por que o familiar avisou, a citação não será por hora certa, será uma citação normal, ou seja, pessoal. 
Se a citação for por hora certa e o réu revel será nomeado curador especial. Se a citação for normal, se o réu deixar de contestar não terá curador especial. So terá se for por hora certa.
O legislador teve preocupação de comunicar, assegurar ao citando por hora certa de que ele foi citado por hora certa. 
No momento da citação por hora certa, que se revel, se dera ao citando, curador especial. 
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntadado mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
Torna-se desnecessária a expedição de carta precatória. A carta precatória é expedida em casos de citação pessoal e para penhora e desde que não sejam comarcas contíguas. O juiz daqui irá detemrinar a expediação de carta precatória para a comarca de Itajai, por exemplo, o juiz deprecado (que recebe a carta precatória), irá detemrinar a diligencia e comprida a diligencia devolverá a carta precatória ao juiz deprecante. 
Art. 256. A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
A citação por edital ocorre por uma norma que impõe, ou porque o citando está em lugar incerto, inascessível, desconhecido, o réu ser incerto. So se requer citação por edital se houver enquadramento nessas situações. É preciso diligenciar, ou seja, tentar encontrar a pessoa, fazendo diligencias próprias, e pedir inclusive ajuda ao juiz, para que ele expessa oficio para o BACEN, para a receita. É preciso demonstrar ao juízo que foi feita a tentativa de tentar encontrar o réu e não obteve êxito, para que o juiz possa deferir a citação por edital. 
Quando não se sabe aonde esta o reu, é incumbência do demandante localizar, fazendo diligencias próprias. 
Desaparecimento não afasta o direito de acesso á justiça. 
Art. 257. São requisitos da citação por edital:
I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras;
II - a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
IV - a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.
Alem de todos os requisitos irá constar o prazo de dilação, que pode ser de 20 a 60 dias. 
Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando
Aquele que requerer maliciosamente citação por edital, sofrerá sanção de 5 vezes o salário mínimo. 
Art. 259. Serão publicados editais: 
I - na ação de usucapião de imóvel;
II - na ação de recuperação ou substituição de título ao portador;
III - em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para participação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos.
Litisconsórcio
É possível que a relação processual envolva pluralidade de sujeitos em um dos polos ou em ambos dos polos, é o que chamamos de litisconsórcio. Haverá litisconsórcio quando haverá pluralidade em um dos polos ou um ambos os polos. 
Haverá a necessidade de existência de uma situação jurídica que autorize a formação desse litisconsórcio. A justificativa para formação do litisconsórcio está no fato de que muitas vezes uma situação jurídica envolve, muitas vezes, mais que um subordinante e mais que um subordinado. Não há duvida que sua formação resulta em economia processual. 
O litisconsórcio não pode ser visto como uma forma de intervenção de terceiros porque todos que o compõem são partes no processo, inexistindo subordinação entre eles. Cada litisconsorte é uma parte autônoma e, salvo exceções[02], as condutas de um não prejudicam ou beneficiam o outro[03]. Esta autonomia entre os litisconsortes não induz, contudo, uma pluralidade de processos; "o processo litisconsorcial é uno, com a peculiaridade de que um dos pólos da relação jurídica processual, ou ambos, abrigam duas ou mais pessoas em vez de uma só em cada um deles."[04]
E importante saber que há situações ou fatos jurídicos que podem envolver mais de uma pessoa na condição subordinante e subordinado. 
A pluralidade de sujeito pode ocorrer no momento inicial, ou seja, quando o autor demanda, quando a inicial é apresentada, já está informado o litisconsórcio. 
O litisconsórcio será ulterior, depois de proposta a ação, por determinação do juiz ou qualquer outra razão, quando a pluralidade de sujeito acontecer após a distribuição da demanda. 
Quanto ao numero de pessoas
Ativo: pluralidade de autores
Passivo: pluralidade de réus
Misto: pluralidade de autores e réus 
Quando a obrigatoriedade
Pode ser facultativo: ou seja, não é obrigatório. Não exige a sua formação, cabe portanto, a parte formar ou não o litisconsórcio. 
Ex: batida de carros por culpa de Joao que cruzou o farol vermelho, aquele acidente, causado pelo Joao, fez 3 vitimas. Cada uma dessas vítimas, por conta do acidente, tem uma relação jurídica material com o Joao, entre vítima e vitimador. Cada vítima tem ação indenizatória contra o vitimador. 
Se depois do acidente, as vítimas resolverm juntas, propor a ação contra o vitimador, elas se uniram facultamente. Temos 3 ações em um único processo. 
Pode ser necessário: 
OBS:. Só há litisconsórcio necessário passivo. 
Porque não há litisconsórcio necessário ativo (não tem consenso ainda entre os doutrinadores). - No entanto, quando se discute a existência do litisconsórcio ativo necessário, os processualistas não chegam a um consenso. A obrigatoriedade da formação de um litisconsórcio no pólo ativo da demanda torna-se um problema quando um dos litisconsortes não tem interesse na propositura da ação. Com isso, surge o impasse: aceitar sua posição e negar ao outro litisconsorte o direito de ação; ou compelir o litisconsorte a adentrar a relação processual, ainda que contra sua vontade, a fim de resguardar o direito daquele que quer procurar a tutela jurisdicional?[10]
Pela lei ou pela natureza da relação jurídica controvertida. A sentença dependerá da citação de todos que devam ser liticonsortes. 
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
É obrigatório. Ex: A vende imóvel para B. C filho de A propõe uma ação para anular a escritura. C obrigatoriamente tem que propor a ação contra A e B, pois a natureza da relação processual exige. 
Há casos em que a lei impõe. Por ex: a lei impõe a formação de litisconsórcio passivo na ação de uso capiao, entre o titular do condomínio e os confinantes. 
Pode ocorrer portanto, por imposição legal ou, de acordo com a natureza jurídica conflituosa. 
Consequencias pela não formação do litisconsórcio necessário: 
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
Há alguma norma que obrigue a formação do litisconsórcio? 
O juizquando recebe a petição inicial, verificará se era o caso do litisconsórcio necessário. Se não for formado, aplicará o disposto no parágrafo único do artigo 115, determinado que o autor regularize o polo, trazendo aquele que ficou ausente, pois o litisconsórcio é necessário. 
Se o juiz não percebeu que não foi formado o litisconsórcio, poderá faze-lo até o proferimento da sentença. Irá verificar quais são os atos viciados e que portanto dependiam da observância do contraditório, declararam viciados e que o autor regularize e traga para o polo passivo o litisconsorte ausente, e a partir do mérito, dará continuará o processo. 
Quanto ao resultado
Simples: quando a sentença não tiver que ser uniforme para todos os litisconsortes. 
Unitário: quando a sentença é uniforme, não pode ser cindida. 
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Prazo interrompido: volta a ser contado por inteiro
Suspenso: começa a ser contado da onde foi suspenso. 
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
O código de 2015 esclarece que no caso de litisconsórcio unitário é possível a ocorrência do benefício. Trata da autonomia do litisconsórcio, cada parte atuará com autonomia. Os atos praticados não prejudicarão nem beneficiarão os demais. 
Ex: No litisconsórcio simples, em que a independência, a autonomia é real visto que a sentença não precisa ser uniforme para todos os liticonsortes, a decisão pode ser diferente para cada um, se o litisconcorse confessa a ação, o ato é valido. Se um litisconsorte confessa a ação em unitário, é valida mas não tem eficácia, por que a decisão precisa ser unitária para todos, ou seja, todos precisariam confessar. Portanto, quando excepciona o litisconsórcio unitário não se aplica a ele, diante da vinculação que eles tem com o resultado único para ambos. 
P2 
Intervenção de terceiros 
Parte em um processo: o conceito de parte deve restringir-se àquele que participa do processo com parcialidade, tendo interesse em determinado resultado do julgamento. Parte é quem ocupa polo passivo e ativo. 
Maneiras que alguém pode assumir a posição de parte num processo: 
A-) Tomando a iniciativa de instaurá-lo. 
B-) Sendo chamado a juízo para ver-se processar 
C-) Intervindo em processo já existente entre outras pessoas. 
A intervenção de terceiro é fato jurídico processual que implica modificação de processo já existente, portanto, não gera processo novo, mas, tão só, efeitos subjetivos ou objetivos no processo já em curso. Trata-se de ato jurídico processual pelo qual um terceiro, autorizado pela lei, ingressa em processo pendente, transformando-se em parte. O terceiro poderá ser sujeito do processo participando do contraditório.
Subjetivamente, o processo pode ser alterado ou ampliado, Ou seja, pode-se provocar uma modificação da partes (ex: substituição do réu) ou uma ampliação do rol das partes. 
Nos termos objetivos, algumas intervenções ampliam o objeto litigioso, com a introdução de uma nova demanda no processo. É o que acontece com a denunciação da lide e a desconsideração da personalidade jurídica. Há, porém, modalidades interventivas que não geram qualquer repercussão objetiva no processo: chamamento ao processo, recurso de terceiro e assistência. 
No CPC 2015: Assistência, denunciação da lide, chamamento ao processo, desconsideração da personalidade jurídica e “amicus curiae”. 
Intervenção de terceiro espontânea: o terceiro pede para intervir. 
Intervenção de terceiro provada: quando o terceiro é trazido a juízo (chamamento ao processo).
O Direito Processual Civil disciplina os casos em que se permite o ingresso de terceiro em juízo, em razão do vínculo que mantém com a causa. 
Regra: só é autorizado a intervenção de terceiro que mantenha com a causa uma vinculação jurídica. Exceção: admite-se intervenção de terceiro por interesse econômico. 
O ingresso de terceiro em processo alheio não é algo deixado à sua discrição. A presença de terceiro reclama o controle jurisdicional de sua legitimidade. 
Cabimento – Regra geral: as intervenções de terceiro cabem no procedimento comum do processo de conhecimento. Porém, a assistência, a intervenção de amicus curiae e o incidente da desconsideração da personalidade jurídica, também cabem em execução. 
Obs:. Juizado especiais cíveis: No procedimento dos juizados especiais cíveis, de acordo com o art. 10, lei n 9.099/1995, não se admite intervenção de terceiro. Entrentanto, o artigo 1062 do CPC, permitiu o incidente de desconsideração da personalidade jurídica no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis. 
Espécies: 
1. ASSISTÊNCIA 
O terceiro ingressa em processo alheio para auxiliar uma das partes. Pode ocorrer em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não transitar em julgado a decisão. A assistência é admissível em qualquer procedimento. 
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
Permite-se a assistência por que esse terceiro pode vir a sofrer prejuízos jurídicos com a prolação da decisão contra o assistido. A intervenção permite ao assistente, de certo modo, tentar influenciar no julgamento da causa. 
O interesse jurídico é pressuposto de intervenção. Este é manifestado pelo fato do terceiro manter relação jurídica vinculada à que está deduzida. Não se autoriza a assistência quando o interesse for meramente econômico ou afetivo. 
A assistência é intervenção de terceiro espontânea. O terceiro peticiona ao juiz, expondo os fatos e razões pelas quais tem interesse jurídico na demanda. As partes serão intimada a se manifestar, salvo se não houver rejeição liminar. Não havendo impugnação dentro de 15 dias, o pedido do assistente será deferido, se o magistrado reconhecer legitimidade para invervir. 
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo. (quando há impugnação). 
Da decisão do incidente ou da decisão que rejeitar liminarmente a intervenção, cabe agravo de instrumento. 
§ Assistência simples
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual.
Na assistência simples, o terceiro ingressa no feito afirmando-se titular da relação jurídica conexa àquela que está sendo discutida. O assistente simples visa à vitória do assistido, tendo em vista o reflexo que a decisão possa ter em relação jurídica entre eles. 
O terceiro intervém para ser parte auxiliar – sujeito parcial – mas em que, em razão de o objeto litigioso do processo não lhe dizer respeito diretamente, fica submetido à vontade do assistido. 
Limita-se o assistente a auxiliar a parte principal, utilizando-se dos meios processuais postos á disposição dele: poderá requerer provas, apresentar razões de mérito etc. O auxilio do assistente simples envolve o exercício dos poderes que a parte principal tem, com algumas limitações, ou seja, exercerá os mesmos poderes da parte principal, e estará sujeito a ônus. 
Assume a responsabilidade pelo pagamento das custas na proporção da atividade que tiver exercido, visto que assistente simples é parte: sujeito parcial do contraditório, não por acaso arca com asdespesas processuais, se submete aos deveres processuais de parte, assume as situações processuais ativas. É parte, porém, parte auxiliar. 
Art. 94. Se o assistido for vencido, o assistente será condenado ao pagamento das custas em proporção à atividade que houver exercido no processo.
O assistente simples atua no processo como legitimado extraordinário, pois em nome próprio, axuilia a defesa de direito alheio. 
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.
A parte principal não está impedida pela assistência simples visto que o fato de um terceiro intervir como assistente não tira a independência do assistido, já que o assistido poderá fazer acordo. O assistente que atua no limite do assistido, ele não pode contrariar a sua vontade. 
Obs:. Desistir da ação: só o autor desiste da ação. Ele é o assistido
Renunciar ao direito: só o autor pode fazer; é o assistido. 
Transigir sobre direitos controvertidos: tanto réu como autor. 
Obs:. Parágrafo único, art. 121: Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual, ou seja, atuará em nome próprio, na defesa de interesses do assistido: A revelia do assistido não produz efeitos ante a atuação do assistente simples, que cumpre, exatamente, o seu papel de parte auxiliar, evitando consequências dessa conduta omissiva. 
No parágrafo supra, quando é dito “ou qualquer outro modo, omisso”, deixa-se claro que o assistente simples pode suprir qualquer omissão do assistido, não apenas a revelia. 
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: 
Justiça da decisão: é não poder discutir os fundamentos da decisão proferida contra o assistido. 
Ex: O tabelião que intervém como assistente simples em um processo em que se pretende invalidar a escritura pública por ele lavrada, em razão de dolo, não poderá, depois, em processo de ação regressiva, discutir a existência do dolo, premissa que foi levada em consideração na sentença proferida no primeiro processo. 
Entretanto, há duas hipóteses em que o assistente simples poderá escapar à eficácia da intervenção:
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
à O assistente simples, alega em suma, que não pode ficar vinculado à justiça da decisão pois o processo foi mal conduzido pelo assistido. 
Assim, uma vez demandado em outro processo, poderá o assistente simples alegar uma dessas duas hipóteses, com o objetivo de desconstituir a eficácia da intervenção. Essas alegações que são questões de defesa do assistente simples, são chamadas de excpetio male gesti processus: exceção da má-gestão processual. 
§ Assistência litisconsorcial 
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Assistência litisconsorcial cabe quando o terceiro alegar a existência de um interesse jurídico imediato na causa. Trata-se de intervenção espontânea pela qual o terceiro transforma-se em litisconsorte do assistido. Atua com a mesma intensidade processual do assistido. 
Como é um litisconsórcio facultativo unitário ulterior, a assistência litisconsorcial costuma dar-se no polo ativo, ambiente propício para o surgimento de litisconsórcio facultativo unitário.
Há interesse jurídico imediato em duas situções:
1. O assistente afirma-se titular da relação jurídica discutida. Ele intervém para discutir relação jurídica que está sendo discutida. 
2. O assistente afirma-se colegitimado extraordinário à defesa em juízo da relação jurídica que está sendo discutida. 
Exemplo:
A propôs contra B uma ação de cobrança. A credor e B devedor. C é terceiro devedor solidário de B. Nesse caso o credor poderia formar um litisconsorcio, com comunhão de obrigações. Mas o autor não formou, propôs ação apenas contra um dos devedores. O devedor C que é terceiro é informado por B que está sendo demandando. C tem interesse jurídico na vitória de B, por que no que for condenado B, B tem regresso contra C. Portanto C tem interesse jurídico. 
Esse interesse jurídico auxilia a intervenção de C. 
A tem relação jurídica com B e C. É credor dos dois. Só demandou um. A assistência litisconsorcial envolve conflito que a lide é a parte demandada e do assistente. 
Em sendo a lide também de C, aquela dependência da vontade, vinculação, subordinação do assistente a vontade do assistido é relativizada. Tanto que o código de 2015 incluiu apenas para o caso de assistência simples. Portanto, nesse caso, a dependência é relativizada. Se B decidir não decorrer da sentença, como a lide também é de terceiro, de C, ele pode recorrer mesmo que o outro tenha renunciado ao recurso. Pode praticar atos na defesa dos interesses do devedor mesmo que o outro assistido não queira, por que o litígio também é dele.
2. DENUNCIAÇÃO DA LIDE - a introdução de uma nova demanda no processo.
O terceiro é chamado a integrar no processo, por que uma demanda lhe é dirigida. A denunciação da lide pode ser promovida pelo autor ou pelo réu.
A denunciação é demanda nova em processo já existente; pela denunciação, não se forma processo novo. É pois um incidente que acrescenta ao processo um novo pedido. (ampliação objetiva). O processo passa a ter duas demandas: a principal e a incidental. Se o juiz não se manifestar sobre alguma dessas demandas, a sentença será omissa. 
O denunciante visa ao ressarcimento pelo denunciado de eventuais prejuízos que porventura venha a sofrer em razão do processo pendente. 
Denunciar a lide é trazer esse alguém para o processo, por força de garantia prestada, ou em razão de direito regressivo existente em face dessa pessoa, aproveita-se o denunciante do mesmo processo para exercer a ação de garantia ou a ação de regresso em face do denunciado; visa, pois, a dois objetivos: vincular o terceiro ao quanto decidido na causa e a condenação do denunciado à indenização. 
O código de 73 dispunha que a denunciação da lide era obrigatória. Essa obrigatoriedade gerou discussões: aquele que não denunciasse da lide de 3º, nas hipóteses previstas, decairia de direito. 
O código de 2015 tirou essa palavra obrigatória e colocou admissível, o que significa que não há mais discussão sobre obrigatoriedade. O fato da parte não denunciar da lide, não significa que ela decai do direito. Terá ao menos o direito de reaver o preço, sob pena de enriquecimento indevido. Poderá fazer por meio de uma ação autônoma, sem qualquer prejuízo (ação de regresso autônomo). 
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo
Temos 2 hipóteses que autorizam a denunciação da lide 
1. Envolve evicção
Perda da coisa em virtude de sentença judicial, que atribuiu a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato. 
No código de 73 havia a hipótese que tratava das ações possessórias. A propõe contra B uma ação possesória. B é locatário e C é locador. Quer dizer, que B locou o imóvel de C que lhe transferiu a posse direta, física do imóvel. B é surpreendido de uma ação possessória, onde o Estado Juiz diz que A detém a posse. (Evicção)
Se B perder a posse tem ação de regresso contra C, pois ele era o garantidor. 
2. Envolve dever de indenizar por força de lei ou contrato 
A propõe contra B uma ação indenizatória, visto queB ao cruzar o farol vermelho, fez com que A sofresse danos. B tem como seguradora C (terceiro), sendo, portanto, réu segurado. Pelo contrato de seguro, C tem o dever de indenizar B caso ele seja derrotado. Sempre que houver um terceiro garante (no caso C), a parte garantida se demandada poderá denunciar da lide o seu garante, se for derrotada.
Tem hipóteses que não admitem a denunciação, pois traz elementos novos no processo, prejudicando aquele que propôs a demanda. É o que chamamos de garantia própria ou imprópria. 
Traz o elemento novo: CULPA: em prejuízo daquele que propôs a ação principal. Pra essa corrente majoritária, não se admite a denunciação da lide, se a ação de regresso importar em prejuízo para quem propôs a ação principal. 
Ex: se um sujeito demanda contra o Estado, e a responsabilidade do Estado é objetiva. O demandando não precisa comprovar culpa. 
Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131.
Autor – limite da denunciação da lide: inicial 
Réu – limite da denunciação da lide: contestação 
O art. 126 do CPC traz o momento da denunciação da lide. Se não denunciado na petição, se o denunciante for o autor ou na contestação, se o denunciante for o réu, só será feito por ação autônoma posteriormente. 
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.
Se o denunciante for o réu, terá o prazo de 30 dias para promover a citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo (pluralidade de réus), na contestação, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. 
Obs:. Se o denunciado tiver endereço na mesma comarca onde corre o processo, terá 30 dias para promover a citação. Se não tiver endereço, tem outra comarca, tem 2 meses. Esse prazo se descumprido não leva em prejuízo se decorrer do Judiciário, não das partes. 
Denunciação pelo autor: 
Como visto no artigo 126 do CPC, o autor deverá citar o denunciado na petição inicial. Se instaurará ação de regresso contra o denunciado
Por que o denunciado tem interesse em colaborar pelo denunciante? Pois se o denunciante for derrotado terá ação de regresso. 
Primeiro passo é a citação do denunciado. 
O denunciado poderá: 
A-) defender-se: negando a sua qualidade, quando então ao autor prosseguirá sozinho com a ação contra o réu e terá assegurado, mesmo assim, o direito a ver solucionado na sentença final o seu direito de regresso em face do denunciado; 
B-) Comparecer e assumir a posição de liticonsorte ativo: caso em que poderá aditar a petição inicial, agregando novos argumentos ou trazendo novas provas. 
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.
C-) Permanecer inerte: será reputado revel na demanda regressiva. 
Denunciação feita pelo réu:
De acordo com o art. 126 do CPC, o réu deverá citar o denunciado na contestação (mesma comarca- prazo de 30 dias/ comarca distinta – prazo de 2 meses). 
O denunciado poderá:
A-) Contestar o pedido formulado pelo autor: 
Art. 128 I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio (pluralidade de autores) denunciante e denunciado;
Obs:. Litisconsórcio unitário. 
B-) Denunciado ser revel: 
Denunciado revel é aquele que foi citado e não contestou, presumindo-se então verdadeiros os fatos alegados pelo denunciante (REU). Se o denunciado for revel, o denunciante poderá deixar de prosseguir com a sua defesa, restringindo sua ação à ação regressiva. 
Art. 128 II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
c-) Denunciado confessa que o denunciador tem razão
Se o denunciado, citado, confessa que o denunciador tem razão, a postura do denunciante é de aderir a confissão, pedindo apenas a procedência da ação de regresso ou continuar com a defesa. 
Art. 128 III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. 
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide.
Ou seja, se aquele que denunciou for vencido na ação principal, o juiz julgará a denunciação da lide. 
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.
Ou seja, aquele que denunciou venceu, a denunciação da lide não será julgada, mas isso não afasta, a sucumbência do denunciante ao denunciado. 
Relações de consumo e Juizados Especiais
Nas relações de consumo só é permitida a denunciação da lide por seguradora nas ações reguladas pelo CDC. No juizado especial cível também não se admite. 
3. CHAMAMENTO AO PROCESSO 
Trata-se apenas de convocação para formação de litisconsórcio passivo. 
A sua principal finalidade é alargar o campo de defesa dos fiadores e dos devedores solidários, possibilitando-lhes, diretamente no processo em que um ou alguns deles forem demandados, chamar o responsável principal, ou os corresponsáveis ou coobrigados, para que assumam a posição de litisconsorte, ficando todos submetidos a coisa julgada. 
Trata-se de intervenção de terceiro provocada apenas pelo réu (instituto criado em benefício do réu), cabível apenas no processo de conhecimento (regra), que se funda na existência de um vínculo de solidariedade entre o chamante e o chamado. O réu deve promover o chamamento ao processo na contestação. 
Ex: Pode o devedor solidário demandando trazer ao processo o outro devedor, que por opção do autor-credor, não havia sido colocado como parte ré, impondo ao demandante prosseguir no processo em face de quem, a princípio, não demandara. 
Visto isso, os chamados devem ao autor-credor, não ao chamante (réu). Como são chamados outros réus, diz-se que é um litisconsórcio passivo. Será também facultativo e ulterior, ou seja, aquele que surge no curso do processo em razão de um fato posterior à propositura da ação.
O objetivo da lei é a inclusão de todos (chamante e chamado) na mesma condenação, por que o título que se forma é judicial e a sua execução só pode ser dirigida em face dos que participaram do seu processo de formação. 
Casos de chamamento ao processo – previstos no art. 130 do CPC. 
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
Na ação promovida contra o fiador, este poderá chamar o afiançado: ganhará a vantagem do título executivo bem como de exercitar o benefício de ordem, nomeando bens livres e desembargados do devedor à penhora. 
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
Quando duas ou mais pessoas prestam fiança relativamente a um mesmo débito, em regime de solidariedade, e o credor resolve cobrar a dívida apenas de um dos fiadores, poderá este chamar ao processo seu cofiador. Poderá chamar também, o devedor principal. 
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
É admissível o chamamento ao processo de todos os devedores solidários quando o credor exigir de um ou de alguns dele, parcial ou totalmente, a dívida comum. Pela lei civil, o credor poderá escolher dentre os devedores solidários, aquele contra quem exercerá a pretensão executória. Poderá o devedor principal arcar com todo o ônus ou cada qual arcar com sua quota. 
4. OPOSIÇÃO – PROCEDIMENTO ESPECIAL (mas que a doutrina continua entendendo que é uma forma de intervenção).Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.
A propôs contra B uma ação reinvidicatória de imóvel X. Ou seja, A diz para o Estado Juiz que o imóvel X é dele. C toma conhecimento que A esta reinvidicando de B o imóvel X. C diz que o imóvel é dele, não é nem de A nem de B. C propõe uma ação de oposição contra ambos. 
Quem pretender no todo ou em parte a coisa ou a direito sobre que controverte autor e réu, poderá até a sentença oferecer oposição contra ambos. 
C X A + B = litisconsórcio (pluralidade de réus) passivo obrigatório (a lei obriga) 
O opostos a e b poderam contestar no prazo de 15 dias.
Quando os opostos tiverem advogados distintos, em escritórios distintos, os prazos serão contados em dobro. Mas não conta-se em dobro pra contestação, por que a norma diz que será comum de 15 dias. 
Não se contam prazo em dobros nos processos eletrônicos. 
Art. 683. O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da ação.
Parágrafo único. Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos (no caso A e B) citados, na pessoa de seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.
Por dependência: A distribuição não é livre, a demanda não é livre, é distribuída ao juiz no processo que está vinculado. 
Art. 684. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente. è B ao ser citado, da razão a C. A discussão ficará entre A e C. 
Art. 685. Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
Limite temporal: sentença. 
Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução atende melhor ao princípio da duração razoável do processo.
É possível julgamento simultâneo ou não à Se for simultâneo: julgará primeiro a ação prejudicial, a oposição, pois se C for vencedor, acabou a discussão entre A e B. A ação de A contra B será apreciada posteriomente se C for derrotado ou parcialmente derrotado na parte em que foi derrotado. 
5. AMICUS CURIAE 
O amicus curiae é terceiro que, espontaneamente, a pedido da parte ou provocação do órgão jurisdicional, intervém no processo para fornecer subsídio que possam aprimorar a qualidade da decisão. Dá sua opinião sobre a causa, em toda a sua complexidade, sobretudo nas questões técnico-jurídicas. 
Qualquer um pode ser o amicus curiae, desde que tenha representatividade e possa contribuir para a solução da causa. O “Amicus Curiae” pode ser pessoa natural, jurídica, entidade ou órgão público, desde que especializada na matéria. Ele pode intervir a pedido da parte, voluntariamente (tamanho o reflexo social da demanda) ou por determinação do juiz. 
Art. 138 do CPC: A intervenção do amicus curiae passou a ser possível em qualquer processo desde que se trate de causa relevante, ou com tema muito específico ou que tenha repercussão geral. 
Pressupostos:
à Relevância da matéria: não é qualquer litígio envolvendo particulares que vai autorizar, tem que ser uma matéria relevante na medida em que ela reflete em outras situações jurídicas conflituosas de uma maneira abrangente. Ex: ações coletivas.
à Especificidade do objeto da demanda: o objeto do conflito não pode um objeto abrangente. Tem que ser especifico. Um objeto X que é relevante para resolver a questão abrangente, que tem reflexo abrangente. Aspecto que esclarecerá o conflito de várias pessoas.
à Repercussão social da controvérsia
Quando se depara com uma demanda que tenha esses pressupostos e, o objeto, pelo seu reflexo social, autoriza a intervenção de um especialista na matéria, o “Amicus Curiae” poderá intervir como amigo da corte, auxiliando o estado juiz para que ele decida de maneira correta, considerando o parecer do especialista naquela matéria de objeto especifico. Ex: demanda que envolva a CVM. 
Intervenção
à Voluntária 
O STF entendeu, porém, que o amicus curiae somente pode requerer seu ingresso no processo até a data em que o relator liberar o processo para inclusão da pauta.
à Requerida por qualquer das partes
à Determinada pelo juiz
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
à Ou seja, o amicus curiae terá o prazo de 15 dias para manifestar-se, contados a data da intimação da decisão que o admitiu. Entretanto, nada impede que essa manifestação seja apresentada simultaneamente ao requerimento de ingresso no processo. Se inadmitido o ingresso, a manifestação do amicus curiae será excluída dos autos. 
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
àEmbora parte, sua atuação tem poderes restritos. De um lado, retira-se dele como regra, a legitimidade recursal (§ 1º), ressalvadas o direito de opor embargos de declaração e de recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. (§§ 1º e 3º). 
O novo código recebeu o “Amicus Curiae” como intervenção de terceiros. Porém é uma classificação estranha, pois ele não é necessariamente uma parte do processo. Quando intervém não é para auxiliar uma das partes, mas para contribuir com o estado juiz com os conhecimentos que tem acerca daqueles objetos específicos. Ele defende um interesse institucional, por conta da relevância da matéria que possui pacto social e não uma das partes somente.(Chamado também de “amigo da corte”). 
A decisão monocrática ou interlocutória do tribunal é irrecorrível - O “Amicus Curiae” não pode recorrer da decisão que decidiu a matéria contraria ao seu parecer. Pode somente entrar com embargos para sanar dúvidas, erros ou omissão. Mas, pode recorrer na decisão que indefere sua intervenção (decisão que inadmite a intervenção por requerimento da parte ou voluntária e a decisão do juiz que determina a intervenção do especialista). Pode recorrer também quando se tratam de ações repetitivas. Recorrível por agravo de instrumento. 
As partes não podem limitar os poderes do amicus curiae ou negociar para impedir sua participação. 
Definição dos poderes do “amicus curiae” – juiz deve realizar as definições e limitações de como o especialista irá realizar no processo. 
O art. 31 da Lei nº 6.85/1975 impôs a intervenção da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, como amicus curiae, nos processos que discutam matéria de competência dessa autarquia (dir. Societário). 
Nada impede que haja mais de um amicus curiae no processo. A pluralidade de visões sobre o mesmo tema enriquece o debate e qualifica, necessariamente, a decisão judicial. 
Resposta do réu
Frustrada a tentativa de solução do processo por autocomposição, na audiência preliminar de conciliação ou mediação, ou não sendo o caso de sua designação, abre-se ao réu a oportunidade de apresentar a sua resposta à demanda. 
Quando citado o réu pode se manter inerte, responder (contestar) a demanda ou reconhecer a procedência do pedido do autor. 
à CONTESTAÇÃO 
A contestação é uma das possíveis resposta do réu. Ela está para o réu assim como a petição inicial está para o autor. 
No procedimento comum, a contestação é escrita e deve ser assinada por quem tenha capacidadepostulatória (advogado, membro do MP ou defensor público). 
O réu não é obrigado a contestar, ele pode reconhecer a procedência do pedido e se abster. Caso ele não se oponha, sofrerá as consequências de sua inércia, que envolve a possibilidade do juiz considerar verdadeiros os fatos alegados pelo autor.
Diante da demanda e o réu verificando a inicial e os atos praticados no processo até o ato de sua citação, poderá apresentar defesa alegando falta de condições da ação, falta de pressupostos, entre outras coisas, trazidas em preliminar de contestação (antes de atacar o mérito do conflito, ataca a relação contratual do processo, trazendo toda matéria que ele tiver a respeito. 
CPC 73 E CPC 15 
No prazo de 15 dias, o réu citado tinha que apresentar contestação (se tivesse vontade) alegando defesas formais e materiais, apresentadas de forma preliminar. Mas, no antigo código, as defesas formais não poderiam ser feitas dentro da contestação, e sim por meio de um incidente apartado. Fora da contestação, o réu tinha que apresentar impugnação ao valor da causa, impugnação ao pedido de justiça gratuita e apresentar exceção de incompetência relativa ao juiz ou exceção de suspensão ou impedimento do juiz. Formavam incidentes apensados ao processo, não podiam ser apresentados na ação principal. O código de 2015 acabou com os incidentes em peça apartada, hoje são matérias preliminares da própria contestação.
§ Prazo
O prazo para apresentar contestação é de 15 dias. Para órgãos públicos o prazo é de 30 dias. 
O termo inicial do prazo é a data:
A-) da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição. 
à O interesse na audiência de conciliação deverá ser informado pelo autor na própria petição inicial, enquanto o réu deverá protocolar uma petição. Em casos que o réu é citado, o juiz designa então a audiência de conciliação. O autor na PI informa que tem interesse na conciliação e o réu protocola petição também concordando. Entretanto, uma das partes não comparece na audiência de composição. A partir desse momento se iniciará a contagem do prazo para apresentar contestação pelo réu.
à A contestação somente é oferecida se não chegar à autocomposição. O prazo de resposta então, começa a correr da audiência. 
B-) do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I 
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
à Para não haver a audiência de conciliação e mediação, ambas as partes, expressamente devem demonstrar desinteresse. Caso em que o autor na PI menciona não ter interesse na audiência, assim como o réu protocola petição demonstrando desinteresse. A contagem do prazo para apresentar a contestação incia-se a partir do protocolo dessa petição do réu. 
C-) prevista no art. 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos – quando, por exemplo, a audiência preliminar de conciliação ou mediação nem for marcada. 
à Situações e que não há designação de audiência de conciliação ou mediação. O prazo seguirá as regras do art. 231 do CPC.
Se houver litisconsórcio passivo (pluralidade de réus) e um deles manifestar desinteresse na realização da audiência preliminar, o termo inicial será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
à No litisconsórcio, a data da contagem inicia quando todos se manifestarem desistindo da audiência de conciliação ou mediação.
Se a audiência preliminar não for designada e o autor desistir do processo em relação a um dos réus não citados, o prazo para contestação ocorrerá da data da intimação da decisão que homologar a desistência.
àNão há autocomposição e o autor desiste da demanda em relação a um litisconsorte. O juiz aprecia esse pedido de desistência e deve dar ciência aos outros liticonsortes. A partir dessa ciência de todos, se dará a contagem do prazo. 
§ Regra da eventualidade ou da concentração de defesa 
Significa que cabe ao réu formular toda a sua defesa na contestação. 
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa (formal e material, com exceção de defesa de orde pública) expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Toda defesa deve ser formulada de uma só vez como, sob pena de preclusão. O réu tem o ônus de alegar tudo o quanto puder, pois, caso contrário, perderá a oportunidade de fazê-lo. 
* Preclusão consumativa: quando o direito à prática daquele ato já houver sido exercido anteriormente. 
Haverá cumulação eventual de defesa quando o réu alega uma defesa para hipótese de a outra, anteriormente formulada, não ser acolhida:
Ex: O réu na contestação no pedido, requer a extinção do feito por ser reconhecida a inépcia da petição inicial bem como pela prescrição da demanda principal. Subsidiariamente ou alternativamente, caso o juiz não entenda ser caso de extinção do feito por essas razões, requer a improcedência do feito, por outro motivo x. 
§ Preliminares da contestação – Defesa formal (são defesas processuais e não de mérito).
O artigo 337 do CPC lista um rol de defesas processuais que devem ser apresentadas na contestação, antes de o réu discutir o mérito do processo. Executa a incompetência relativa e a convenção de arbitragem, todas são questões que o juiz pode conhecer ex officio. 
As defesas preliminares de contestação não se confundem com as preliminares de mérito. As preliminares de mérito envolvem a defesa de mérito da demanda. 
1. Formas – processuais: preliminares de contestação. 
2. Substanciais – de mérito: preliminares de mérito. 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
A citação é um ato indispensável. Sem citação válida não hpa como o processo se desenvolver válida e regularmente. 
Essa regra somente se aplica ao caso em que o réu, após o prazo de resposta, pede a nulidade da citação e a devolução desse mesmo prazo. 
O máximo que o réu poderá conseguir com o acolhimento de inexistência ou nulidade da citação é a renovação do prazo para a apresentação da sua resposta. 
Se não houve citação ou ela é nula, o réu ciente do andamento do processo e que o ato citatório não foi efetivado ou foi efetivado em desacordo com as regras de citação, poderá o réu:
1. Comparecer espontaneamente apenas para alegar a inexistência da citação ou a nulidade da citação: Nesse caso, o termo inicial para contagem de prazo de 15 dias para contestar, começa a ser contato a partir do ato que ele compareceu espontaneamente. 
2. o réu ingressa nos autos e alega nulidade na própria contestação: A partir do seu ingresso nos autos, começa-se a contar o prazo para contestação. O réu pode alegar nulidade de citação quando apresenta contestação tempestivamente, apesar de não ter relevância. Se for acatada pelo juiz, será mero registro, pois a contestação foi protocolada dentro do prazo e se não for, não terá revelia, pois o réu já terá apresentado a defesa. Terá relevância apenas se for intempestiva, pois é alegada a nulidade de citação para que o réu tenha novo prazo para apresentar a resposta.
Se rejeitada a alegação de nulidade de citação, sem ser feita no bojo da contestação, ou seja, fez em outro momento, o réu será considerado revel, no processo de conhecimento, enquanto no processo de execução o feito terá prosseguimento. (art. 239, I, § 2º CPC). 
Obs:. Casos em que é dispensável a citação do réu: quando o pedido do autor for improcedente liminarmente ou quando tem-se o indeferimento da petição inicial. 
II - incompetência absoluta e relativa; (começar daqui); 
A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada na contestação. Não há mais diferença que existia no CPC/73, quando a incompetência relativa teria de ser alegada em um instrumento distintoda contestação. 
Critérios de natureza absoluta: 
- Não é possível a prorrogação da competência, isto é, o juiz não pode julgar o processo mesmo que as partes queiram, portanto a qualquer momento se alega a incompetência absoluta. 
- A incompetência absoluta poderá ser alegada em qualquer momento e grau de jurisdição. 
- O juiz de ofício, independentemente das partes, se declara incompetente. Se por outro lado, o juiz, desatento, não perceber que era incompetente, quando citado, o réu dirá que o juízo é incompetente ou o próprio autor em momento posterior.
Critérios de natureza relativa 
- É possível que, o juiz, em um primeiro momento incompetente, tornar-se competente em momento posterior. 
- O juiz NÃO pode declarar de ofício a incompetência de natureza relativa. Dependerá da reação do réu. 
- A reação do réu se dará por meio de contestação. Se o réu nada alegar, o juiz torna-se competente. 
Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
Como o réu pode oferecer a contestação de seu domicílio, onde não está tramitando o processo, caso alegue incompetência, será preciso cancelar a audiência preliminar, marcada para realizar-se no foro onde tramita o processo. Visto que se terá a contestação se a autocomposição não ocorrer. 
Essa contestação, em cujo bojo se alega a incompetência é apta para adiar a audiência preliminar. 
Ex: A ação foi proposta em SP, entretanto o réu tem domicílio em Londrina- Paraná. O réu alega em preliminar de contestação que o juiz de SP é incompetente por que no contrato houve foro de eleição, e as partes elegeram o foto de Londrina. 
O autor não percebe tal detalhe e propõe a ação no foro de SP. O réu, por sua vez, quando é citado, alega incompetência relativa do juiz, por conta do foto de eleição que não foi percebido pelo autor. 
O legislador teve a preocupação que evitasse que o réu de Londrina contratasse um advogado ou viesse até SP. Com isso, o réu pode preparar a contestação com a preliminar de incompetência e se for citado pelo correio, ele irá até ao fórum da comarca de Londrina e distribuirá sua contestação. 
Supondo que a contestação foi para a primeira vara cível da comarca de Londrina. Se for citada por carta precatória, já há um juízo em Londrina que promoveu o ato citatório, a contestação, portanto, é dirigida para a carta precatória e juntada. 
Quando o juiz recebe na comarca de Londrina e percebe que a contestação anexada a carta precatória, comunicará o juiz de SP, a existência de preliminar de incompetência. 
O juiz de SP irá decidir se ele é competente ou não e se essa eleição de foro foi regular. Se ao determinar a citação, designou a audiência de conciliação e mediação, suspenderá assim que tiver a notícia da preliminar da incompetência. Se ele entender que tem competência, marcará nova da ta para audiência. Se ele por outro lado, entender que o réu tem razão, o juiz de SP remeterá o processo à Londrina, e o juiz que recebeu a contestação será o juízo prevento. Esse juízo designará a audiência de conciliação e mediação. 
§ 1o A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa.
§ 2o Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento.
§ 3o Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.
§ 4o Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de conciliação ou de mediação.
àO § 4º supra é importante pois demonstra que a alegação de incompetência no foro do seu domicílio não significa manifestação de vontade contra a realização da audiencia. 
III - incorreção do valor da causa;
Na contestação o réu apresenta sua impugnação ao valor atribuído pelo autor. Grande diferença em relação ao CPC/73, em que a impugnação ao valor da causa era apresentada em peça distinta, fora da contestação. 
A impugnação pode basear-se em dois fundamentos: 
A-) o autor atribuiu à causa valor em desconformidade com o art. 292 do CPC, que estabelece critérios legais e objetivos para fixação do valor da causa. 
B-) Nas hipóteses não regulada pelo art. 292, cabe o autor atribuir o valor estimado á causa, nesses casos, caberá impugnação pelo réu se o valor for irrazoável. 
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
Se o autor atribuir à causa, um valor irrazoável ou incorreto, o juiz deve determinar a regularização da petição inicial ou poderá de ofício regular o valor. 
Se o juiz, distraído, não corrigir o valor, o réu quando citado regularmente, pode alegar em preliminar de contestação, a incorreção do valor. 
Como visto no artigo supra, a não impugnação pelo réu, neste momento de preliminar de contestação, gera preclusão. 
Preclusão: jur impedimento de se usar determinada faculdade processual civil, seja pela não utilização dela na ordem legal, seja por ter-se realizado uma atividade que lhe é incompatível, seja por ela já ter sido exercida.
IV - inépcia da petição inicial;
Quando o juiz determina a citação do réu, consequentemente, ele considerou a petição inicial como apta. Portanto, cabe ao réu em preliminar de contestação a inépcia da petição inicial. 
A inépcia é causa de indeferimento da petição inicial. Diz-se petição inicial inepta quando lhe faltar pedido ou causa de pedir, o pedido for indeterminado, ressalvadas hipóteses legais, da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão, contiver pedidos incompatíveis entre si e nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou alienação de bens, o autor terá que discriminar na P. I, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito, sob também pena de inépcia. 
Obviamente a total ausência do pedido invibializa a prestação jurisdicional, mas a obscuridade, também hipótese de inépcia, não a viabiliza, sobretudo se da contestação for possível interpretar o que foi pedido. O silencio do réu pode implicar em preclusão. 
Art. 485: hipóteses para não resolução do mérito. 
Se o juiz despachar: “manifeste-se o autor sobre a contestação” (réplica). E o autor nada fizer, passaram-se 30 dias, poderá o juiz falar que o autor é inerte e decidir extinguir o processo sem resolução do mérito? Não pode, pois quando o juiz despacha dessa maneira é uma faculdade do autor, do seu interesse. Entretanto, sofrerá o ônus de sua inércia. 
Mas se disser: “recolha o autor a diligencia para citação do réu”, nesse caso haverá problema, por que sem esse ato não dará andamento no processo. É relevante para o andamento regular do processo. O juiz deverá determinar a intimação pessoal do autor para que ele de andamento regular do processo, em 5 dias. Mas se não fizer o juiz poderá extinguir o processo sem resolução do mérito. Geralmente essa ordem é publicado no diário oficial. 
V - perempção;
Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
§ 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito
Se não há resolução do mérito, o autor pode propor novamente a ação. Entretanto, há um limite. O autor tem 3 chances para propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto. Entretanto, na quarta vez, se a sentença for fundada em abandono da causa, visto que o autor não oferece o devido andamento no processo,não poderá mais propor nova ação. O réu citado, ciente disso, alegará em preliminar de contestação, a perempção. 
A perempção da ação é a perda do direito ativo de demandar o réu sobre o mesmo objeto da ação, quando o autor abandona o processo por três vezes.
Quando o autor deixa de promover atos e diligências que deveria ter exercido, abandonando a causa por mais de trinta dias, gera a extinção do processo sem julgamento do mérito em virtude da inércia do autor, conforme previsto no artigo 267, capítulo III do Código de Processo Civil Brasileiro (CPC).[1]
VI - litispendência;
Os elementos da ação são: partes, causa de pedir e pedido. Se for identificado duas ações com a mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido, estamos diante de duas ações idênticas. Haverá litispendência se duas ações idênticas estiverem em curso. 
VII - coisa julgada;
Haverá coisa julgada, se uma das ações tiver sentença de mérito julgada. O réu poderá alegar em preliminar de contestação a coisa julgada. 
Art. 467. Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. 
VIII - conexão;
Modifica-se incompetência por conexão ou continência. O código Civil só fala de conexão, mas a continência se aplica. 
Quando há conexão, dois processos são reunidos por que tem em comum a causa de pedir ou pedido. Precisam ser reunidas, o que significa que um dos juízes irá receber um dos processos. O fato de o pedido ou a causa de pedir serem comuns podem gerar decisões conflitantes. E que a causa de pedir não são idênticas mas são comuns. Isso torna conveniente que haja reunião dos processos para que as duas ações sejam julgadas o mesmo tempo, salvo se um deles já houver sido sentenciado. Art. 55. 
Com relação ao código de 73, tínhamos duas regras de prevenção, uma delas era se a competência de foro for a mesma dos dois juízes, será prevento o que o primeiro despachar. 
Se o juiz tivesse competência distinta, prevento era aquele que primeiro promoveu a citação válida. 
Agora não mais funciona assim: aquele para o qual foi distribuída a ação, ou seja, para quem recebeu a primeira ação será o prevento. 
Ex: É demonstrada a existência de duas ações conexas, ou seja, que tenham a mesma causa de pedir ou pedido, e é dito na contestação, que o juiz X é competente, por que a ação conexa foi distribuída primeiramente para ele, sendo ele o prevento, para que convoque o outro processo. 
A continência envolve duas ações sendo que uma delas tem um pedido mais abrangente que o outro, a ponto de absorver o pedido menor.
Ex: é proposto uma ação cobrando 3 parcelas atrasadas no contrato. Depois de proposta ação houve descumprimento de uma cláusula que leva a possibilidade de antecipação de todo o saldo do contrato. Se o credor propuser uma ação cobrando as 3 parcelas, e depois cobrando todo o contrato, o segundo pedido abrange o primeiro pedido. Então esse pedido acaba por abranger o pedido menor que foi feito na outra ação. Isso faz com que seja possível a reunião dos processos, o menor será anexado ao pleito maior, que será automaticamente julgando a de pleito menor. 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
Entre os pressupostos intrísecos positivos os pressupostos subjetivos (referentes as partes e o juízo). Parte tem que ter capacidade processual, postulatória, juiz deve ser imparcial, competente etc. Esta preliminar de contestação envolver pressuposto subjetivo as partes. 
A pessoa jurídica tem capacidade para ser parte, mas precisa adquiri-la, pela regular representação. Precisa estar representada no estatuto social, se for sociedade anônima. 
A massa falida tem aptidão para contrair direitos e obrigações, pode demandar, pode sofrer demanda. Mas para ter capacidade precisa estar regularmente representada pelo seu administrador judicial. 
Espólio tem aptidão para contrair direitos e obrigações, mas para ter capacidade processual precisa estar representado pelo inventariante. 
Portanto a capacidade processual é pressuposto subjetivo referente as partes. Se a parte não tiver capacidade processual, o réu pode alegar em preliminar de contestação falta desse pressuposto subjetivo referente a parte autora ou defeito de representação. 
Podemos falar na representação por advogado habilitado. 
Falta de autorização: envolve capacidade do cônjuge atuar sozinho.
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image4.png
image5.pngde se obter esclarecimentos do perito (art. 477, § 3º).
8) Se não ocorrer nenhuma dessas hipóteses, a audiência não será designada e o juiz julgará desde logo a causa. 
9) Finda a audiência e observado o contraditório, o juiz proferirá sentença, esgotando suas atividades no primeiro grau de jurisdição. 
Essas são as disposições gerais do procedimento comum, que pode sofrer variações quando o juiz adaptar o procedimento (art. 139, VI) ou quando as próprias partes realizarem negócio processual (art. 191).
6- Negocio processual 
Trata-se de regra inovadora e sem precedentes em nossa cultura processual, mas que pode contribuir muito para o bom funcionamento da administração da Justiça. É similar a um self-service procedimental. As partes definem em comum acordo como seguirão os atos processuais, podendo excluir a prática de determinados prazos e reduzir ou ampliar prazos processuais. Ao juiz caberá somente homologar o negócio processual, assegurando que as garantias processuais constitucionais sejam preservadas. Contudo, não se admite a realização do negócio processual sobre questões de ordem pública ou criação/extinção de recursos. 
Também não se admite negócio processual sobre os seguintes assuntos: acordo para modificação da competência absoluta; acordo para supressão da primeira instância; acordo para afastar motivos de impedimento do juiz; acordo para criação de novas espécies recursais; acordo para ampliação das hipóteses de cabimento de recursos.
O negócio processual poderá ser típico e atípico. O código, em seus dispositivos legais, regulamenta alguns negócios processuais em temas específicos, como suspensão do processo (art. 313, II); saneamento e organização do processo (art. 357, § 2º); distribuição dinâmica do ônus da prova (art. 373, § 3º); entre outros. Esses negócios processuais previamente estabelecidos pelo código são denominados típicos. Entretanto, as partes também podem realizar negócios processuais que não tenham sido previstos pelo código, utilizando, para tanto, a regra do art. 190. São os denominados negócios processuais atípicos.
7-CALENDÁRIO PROCESSUAL
Essa inovação processual trazida pelo CPC/2015 contraria a cultura processual brasileira, pois dispensa a intimação das partes para os atos previstos na calendarização (art. 191, § 2º do CPC). O art. 191 do CPC autoriza o juiz e as partes a fixarem um calendário para a prática de atos processuais. Calendarização significa a definição de prazos processuais e também a fixação do termo inicial e final desses mesmos prazos, dispensando a publicação no diário oficial. Pode ser realizada a partir de negócio processual ou em comum acordo entre as partes, mesmo no âmbito do procedimento comum.
8- IMPROCEDENCIA LIMINAR DO PEDIDO 
O juiz, ao receber a petição inicial, pode encaminhar pelo menos três atitudes: 
1. admitir a inicial e determinar a citação/intimação; 
2. determinar a emenda da petição inicial nos casos em que não foi formulada adequadamente pelo autor
3. por fim, o juiz poderá, mesmo antes de citar o réu, julgar improcedente liminarmente a petição inicial.
Trata-se de julgamento de mérito, logo no início do processo e sem a citação do réu, nas hipóteses elencadas no art. 332 do Código de Processo Civil.
O cpc/15 ampliou as hipóteses de incidência da improcedência liminar, autorizando o juiz a julgar liminarmente as pretensões contrárias aos entendimentos dos tribunais superiores.
O principal objetivo do legislador é garantir mais segurança jurídica através do fortalecimento do sistema de precedentes judiciais disposto no CPC/2015.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROCESSO DO CONHECIMENTO
Conceito de processo
Processo é instrumento usado para tornar efetivo um direito material. O direito materIal gera direitos e obrigações, mas não se efetiva sozinho por isso há uma relação de instrumentalidade (complementaridade) o direto material e o direito processual. É método pelo qual se opera a jurisdição, com isso, é meio para acionar o Poder Judiciário, com vistas à composição de litígios.
Escopo do processo
O escopo principal é aplicação da lei a um caso controvertido, não solucionado extraprocessualmente, e cuja solução é pedida pelo autor. Todo processo deve ser efetivo, ou seja, deve dar a quem tem direito tudo aquilo que tem direito de obter. Para Carnelutti e Chiovenda a efetividade é a real finalidade do processo, o escopo do processo, assim, é a justa composição da lide (solução desta).
Normas processuais 
Todas as normas de direito processual são de ordem pública, pois destinam-se à regulamentação da prestação jurisdicional do Estado.
Procedimento 
Assim, é uma sucessão de atos coordenados a partir da iniciativa da parte e direcionada a um provimento. É o modo como os atos processuais se manifestam e desenvolvem para revelar o processo.
"Procedimento é o modus operandi do processo". (Carreira Alvim)
Espécies de procedimento 
A natureza do conflito de interesse a ser solucionado é que define a espécie de procedimento. Pode ser comum ou especial.
Procedimento especial: é aquele disciplinado pela lei. Ex: mandado de injunção, habeas data, ação civil pública. 
Procedimento comum: é aquele que não há procedimento especial previsto em lei para que seja solucionado o conflito. 
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução. 
Art. 272. Parágrafo único: O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se pelas disposições que lhe são próprias, aplicando-se subsidiariamente, as disposições gerais do procedimento ordinário.
Procedimento comum ordinário: é sempre residual ou seja, se não for especial ou comum sumário, será ordinário. 
Procedimento sumário: O procedimento sumário é aquele que concentra a prática de determinados atos em uma mesma fase. – Art. 275 CPC/73. 
Art. 280: No procedimento sumario não são admissíveis a ação declaratória incidental e a intervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro. 
Fases do procedimento comum – CPC/2015
O procedimento comum no novo CPC, é constituído de 4 fases, dentro das quais, são praticados os atos respectivos a cada fase. 
O legislador pretendeu criar um procedimento comum mais célere que o ordinário para causas que ele entendeu menos complexa, não eliminando os atos próprios de cada fase, mas condensando em momentos únicos de forma a acelerar o procedimento comum. 
A vigência do CPC/2015 revoga o código de 73, mas os processos pendentes que adotaram o procedimento comum sumário e não tiveram sentença prolatada, que tenham regras revogadas, continuaram a serem aplicadas no novo código. 
Postulatória: PROVIDENCIAS PRELIMINARES à corresponde a petição inicial; a citação do réu e a resposta deste, que pode consistir em contestação, exceção ou reconvenção (art. 297). A reconvenção é uma espécie de “contra – ataque”, onde o réu reage ao ataque do autor no mesmo processo em questão conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa (art. 315, CPC).. Normalmente, o juiz decide nesta fase as provas a produzir, determina exame pericial, caso pedido, e designa audiência de instrução e julgamento.
Saneadora: DESTINADA A VERIFICAR A REGULARIDADE DO PROCESSOà O juiz exerce durante o processo atividades de saneamento visando sempre a regularidade do processo. Busca-se deixa – lo em ordem com fins de proferir a sentença (art. 331, § 2º., CPC). 
- Instrutórias: COLETA DO MATERIAL PROBATÓRIO à Coleta das provas, embora as partes já tenham feito a disposição de provas desde o início do processo, quando de suas primeiras manifestações. Compete à parte instruir a petição inicial, ou a resposta, com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. Nesta fase, normalmente, são colhidas as provas orais e periciais. Havendo revelia (se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor) e produzindo-seo efeitos, ou sendo a questão meramente de direito e não havendo a necessidade de novas provas, esta fase é eliminada. Ocorrerá então o julgamento antecipado da lide. 
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.
- Decisória: PROLAÇÃO DA SENTENÇA DE MÉRITO à após a instrução do processo (coleta de provas) e das alegações finais (art. 454). É o momento no qual o juiz prolata a sentença de mérito. A sentença deve ser proferida na própria audiência ou nos dez dias posteriores (art. 456- Encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 10 dias). A sentença só adquire valor definitivo quando publicada, isto é, quando de sua integração ao processo.
Art . 281: Findos a instrução e os debates orais, o juiz proferirá sentença na própria audiência ou no prazo de 10 dias. 
Para descobrir qual é o procedimento: 
Primeiramente, distinguir se é rito comum ou especial. Se não tiver lei especial, será rito processual comum. Após essa verificação, se for considerado rito comum, é necessário distinguir se é rito comum sumário ou rito comum ordinário, verificando o artigo 275 do CPC/73. Se não se enquadrar em nenhuma hipótese do artigo 275, será rito Ordinário. 
(Obs:. Verificar no CPC/73 pois no CPC/2015 o procedimento comum sumário foi extinto).
Será distinguido em procedimento comum sumário ou ordinário lendo o artigo 275 do CPC/73: 
Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: 
I - nas causas, cujo valor não exceder 20 (vinte) vezes o maior salário mínimo vigente no País; 
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; 
II - nas causas, qualquer que seja o valor 
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial
g) nos demais casos previstos em lei.
g) que versem sobre revogação de doação; 
h) nos demais casos previstos em lei. 
Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado e à capacidade das pessoas. 
Ex. Revisional de clausula processual – Após verificado no código de processo civil, é verificado que não há lei especial, será procedimento comum. Sendo procedimento comum, é necessário em segundo lugar, no código de 73, se seguirá o rito sumário comum ou rito ordinário comum. Se não ter rito sumário, será ordinário. 
Pressupostos processuais 
Se dividem em:
1. Pressupostos de existência
a-) Subjetivos: 
juiz: órgão investido de jurisdição 
parte: capacidade de ser parte 
b-) Objetivos: existência da demanda 
2. Requisitos e validade 
a-) Subjetivos
Juiz: competência e imparcialidade 
parte: capacidade processual, capacidade postulatoria e legitimidade ad causam 
b-) Objetivos
Intrísecos: respeito ao formalismo processual 
Extrínsecos: 
negativos: inexistência de perempção, litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem. 
Positivos: interesse de agir.
Ação
Direito de ação é direito fundamental, configura como poder de acessar os tribunais e exigir deles uma tutela jurisdicional adequada, tempestiva e efetiva. O critério de diferenciação das ações se dá pela pretensão deduzida em juízo e não pelo resultado que se espera. 
O processo civil se divide em três principais vertentes: 
Ação de Conhecimento: Etapa em que se discute o direito de cada um dos litigantes, e termina com a decisão do juiz, é conhecida como Processo de Conhecimento. Pode ser meramente declaratória, constitutiva ou condenatória. Tem-se a certificação de um direito. 
Tutela cognitiva: A tutela cognitiva, que provoca a instauração de um processo de conhecimento, é quando o individuo afirma que é titular de um direito ameaçado, portanto, precisa que o Estado juiz certifique que ele é titular daquele direito, é preciso de uma tutela jurisdicional cognitiva. Se a tutela depende dessa atuação do Estado juiz, é uma tutela cognitiva, portanto será um processo de conhecimento. 
Declaratória: ação que confirma ou não a existência de uma certa relação jurídica. A declaratória negativa declara a não existência da relação jurídica, a positiva busca a declaração de existência da mesma.
Constitutiva: ação que busca a exceção, modificação ou extinção de uma certa relação jurídica.
Condenatória: a pretensão é de imposição de uma obrigação à parte contrária.
Ação de Execução: pedido que visa fazer valer um direito já reconhecido por meio de título extrajudicial. Efetivação de um direito. 
Com a reforma do CPC pela Lei 11.232 de 22 de dezembro de 2005, só há ação de execução de títulos extrajudiciais. Já não busca o reconhecimento do direito, mas sim a realização deste.
Ação Cautelar: pedido de providências urgentes antes ou durante a tramitação do Processo de Conhecimento ou de execução. Proteger a efetivação de um direito. 
"a medida cautelar não tem por função proteger a jurisdição ordinária, mas ao contrário, sua missão é dar proteção a um direito da parte, enquanto perdurar um estágio perigoso que o provocou." - Ovídio A. Baptista da Silva. 
* Obs:. No CPC/15 a ação cautelar foi extinta. O procedimento cautelar não é mais subsidiário visto que o pedido de medida cautelar será formulado no mesmo processo principal. Não há mais o processo cautelar subsidiário.
Tutela cautelatória: Obtida a tutela cautelatória, o autor tem no prazo de 30 dias, propor uma nova ação para conseguir alcançar o pedido. Nos termos do artigo 300 a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (Os referidos requisitos são o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora” dos provimentos cautelares).
* Obs: Tutela cautelatória e tutela antecipada: 
Art. 273: O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação. 
o novo CPC adota um sistema muito mais simples. Ele unifica o regime, estabelecendo os mesmos requisitos para a concessão da tutela cautelar e da tutela satisfativa (probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). Ou seja, ainda que permaneça a distinção entre as tutelas, na prática os pressupostos serão iguais. Com efeito, o parágrafo único do art. 294 deixa claro que a tutela de urgência é gênero, o qual inclui as duas espécies (tutela cautelar e tutela antecipada). Já o art. 300 estabelece as mesmas exigênciaspara autorizar a concessão de ambas.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1oPara a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão
Elementos da ação 
São eles: causa de pedir e pedido, partes. (obs:. Pedidos e causa de pedir ver em baixo nos requisitos da PI). 
Partes: Tanto será o autor como o réu, são os sujeitos da demanda. Precisam ter legitimidade (condição da ação para configurar como polo passivo e ativo.O sujeito subordinante tem legitimidade para configurar como polo ativo, o sujeito subordinado, que resistiu, como polo passivo). 
A parte autora pode ter legitimidade ordinária (quando o sujeito que demanda é o próprio sujeito da relação jurídica material, a legitimidade é ordinária) e extraordinária (quando sujeito na demanda defende não interesse próprio, mas alheio). 
Obs: terceiros, não são considerados sujeitos da demanda, mas são considerados parte. 
Qualquer pessoa pode ser parte, já que a capacidade de ser parte é a capacidade de ser sujeito da relação jurídica processual. Nem todas, porém, têm capacidade processual. A capacidade processual, só as pessoas que estão no exercício de seus direitos tem. 
Parte processual é aquela que está em uma relação jurídica processual, faz parte do contraditório, assumindo qualquer uma das situações jurídicas processuais, atuando com parcialidade e podendo sofrer alguma consequência com a decisão. 
Pedido: O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada ao Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
Doutrinariamente o pedido é divido em dois:
· Pedido Imediato: É o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional.
· Pedido Mediato: É o objeto da ação propriamente dito, o desejo do autor contra o réu, o desejo de submissão do réu a pretensão jurídico levada ao judiciário, ou seja, o desejo sobre o bem jurídico pretendido.
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
Os juros legais compreendidos no principal já estavam previstos no código de 73. O legislador de 2015 acrescentou a correção monetária e as verbas de sucumbências, inclusive honorários advocatícios.
A correção monetária envolve mera reposição do valor intrínseco da moeda. Considerando o período do vencimento e o efetivo pagamento. 
A verba sucumbêncial decorre da norma. Como regra os honorários pertencem ao advogado. 
O juiz ao sentenciar deixará claro que o réu deverá pagar a dívida devidamente corrigida de juros e fixará os honorários de sucumbência. Se não constar a condenação, está compreendido, ou seja, se não tiver expresso, está imbutido. 
Na hora do cumprimento da sentença, o vencedor irá incluir no cálculo, os juros, as despesas que teve e deve deixar expresso quanto serão os honorários de sucumbência. Em regra o juiz deixará tudo claro. Caso não deixar, caberá ED para o juiz fixar os honorários de sucumbência. 
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
O CPC/2015 teve a observância de destacar os princípios processuais. Ou seja, o pedido deve ser formulado com lealdade, apreciado a luz da conduta ética. Quando no parágrafo supra é dito “conjunto de postulação”, o legislador teve uma preocupação de evitar a discussão acerca do pedido determinado ou não. 
O conjunto de postulação envolve não só o que é extraído do corpo da petição mas pedidos que eventualmente se contradizem, ou seja, se ele foi dúbio (for controverso), deverá ter uma interpretação do que realmente foi pedido. 
O pedido implícito é exceção a regra, visto que a regra é o pedido certo. Temos entretanto, normas do Art. 323 que admitem o pedido implícito. 
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido (SERÃO CONSIDERADAS IMPLICITAMENTE), independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
O pedido precisa ser certo e determinado. O autor tem que declarar na P. I qual é o pedido mediato que ele formula expressamente, e qual o pedido imediato, ou seja, qual é o provimento que ele quer alcançar para obter o bem da vida. O pedido certo abrange tanto o pedido mediato quanto o imediato. 
Dizer que o pedido precisa ser determinado é delimitar a sua quantidade e qualidade. É preciso dizer claramente o que se quer alcançar no que se refere à qualidade e quantidade, para que o pedido não seja genérico e o juiz consiga compreender o limite da sua decisão, além da garantia do contraditório do réu. Com esse princípio, o réu consegue saber o que ele precisa impugnar. 
O pedido certo quanto o determinado, são regra geral, mas comportam exceções. 
Art. 324 
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
É possível reclamar uma universalidade de direito ou de fato, sem que no momento da propositura da ação, se conheça exatamente os bens que compõem aquela universalidade.
Ex: Propor ação para reclamar herança. Configura-se como um pedido genérico, pois é desconhecido pelo autor quais são os bens que compõem a herança, quantos são imóveis, se há veículos, portanto, é formulado um pedido genérico, reclamando a universalidade, qual seja, o direito à herança (como um todo). 
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
Ex: Uma pessoa atravessa a rua e é atropelada. Pelo atropelamento, ela fica machucada e precisa fazer um tratamento, que gastou 30 mil reais. Tem-se uma ação indenizatória pela vítima, pois nasceu uma relação jurídica material, envolvendo vitima e vitimador. A vítima, portanto, irá propor ação de 30 mil reais (o que gastou com o tratamento até o momento) somado 10 mil reais por danos morais. A vítima, entrentanto, não sabe quanto sairá seu tratamento inteiro, pois não sabe as consequências exatas do fato, ou seja, se seu quadro pode piorar ou não. Visto isso, a vítima faz pedido determinado em relação ao que gastou e em relação com o que irá gastar, faz pedido indeterminado, genérico, pois não sabe mensurar as consequências advindas daquele fato, pois continua em tratamento. 
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
O autor afirma ser credor do réu, mas ele não pode formular o pedido determinado, ou seja, determinar o valor do seu crédito. Para isso, ele depende do ato do próprio réu. 
Obrigações controvertidas definidas/ valor incontroverso: proposta a demanda que tenha por objeto a discussão da dívida oriunda de empréstimo, financiamento ou alienação de bens, cabe ao autor identificar precisamente qual o valor que pretende controverter (quer impugnar) e qual é a parcela incontroversa (que não se pode contestar). Ou seja, não basta o pedido de revisão da dívida, é preciso especificar o que se discute. Não discriminado o valor, cabe ao juiz determinar a intimação do autor, para que emende na PI, não retificado o defeito, a PI há de ser indeferida, por inépcia. 
Pedido alternativo: 
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Quando o legislador fala em pedido alternativo, não quer dizer que haja dois pedidos. O autor formula um único pedido, que pode ser atendido mediante prestações diversas, a escolha do devedor, ou seja, pode cumprir a prestações de mais de um modo. O juiz deverá assegurar o réu o direito a escolha, mesmo se na PI não esteja expresso o pedido alternativo.
Pedido em ordem sucessiva/subsidiário
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Nessa hipótese sim existe mais de um pedido. O autor formula mais de um pedido, porém, não são cumulativos, ou seja não sesomam. O que o autor faz é indicar um pedido principal que se não for acolhido, subsidiariamente, formulará outro. Existe uma ordem de preferência. 
Pedido cumulados:
Tem-se soma de pedidos, o autor quer o provimento de todos. O juiz por sua vez, pode acolher os dois pedidos, apenas um deles, negar os dois ou aceitar parcialmente um deles, um para dano moral e outro para dano material. 
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1oSão requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
A petição será inepta quando os pedidos forem incompatíveis entre si. 
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
O juízo para todos os pedidos devem ser o mesmo. 
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2oQuando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
O fato de o autor abrir Mao do procedimento especial para viabilizar a cumulação adotando o procedimento comum, não impede que o juiz possa praticar os atos técnicos do procedimento especial que não foi adotado. 
Por ex: Quero cumular pedidos de integração de posse, que envolve procedimento especial (ações possesórias). No procedimento tem audiência de justificação, para ouvir o autor para conceder a liminar ou não. O autor para poder cumular, abre Mao do procedimento especial para cumular no comum. O legislador diz que a audiência não será prejudicada, pois não conflita com o procedimento comum. O que significa que so será possível cumular pedidos abrindo Mao do procedimento especial, se o procedimento comum não conflitar com o procedimento especial, precisa poder haver uma adequação. Ex: prestação de contas, é procedimento especial tão especifico que não da para adequar ao procedimento comum. 
Outro cuidado, eu não posso cumular pedidos, envolvendo o pedido imediato, se não for possível o procedimento comum. 
§ 3oO inciso I do § 1onão se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326
Cumulação simples
1. Sucessiva: Para acolhimento do segundo pedido, melhor que ocorra o acolhimento do primeiro. 
2. Identificada na causa de pedir: o autor pode formular 2 pedidos cumulados que convergem para o mesmo provimento. 
3. Superviniente: se dá quando os pedidos são formulados em momentos processuais diversos. 
Pedido cominatório: envolve uma pena para aquele não cumpre. É aquele pedido que o autor quer que o juízo exija uma conduta do réu, sob pena de multa. O código de 2015 extinguiu essa temática sob titulo de pedido. 
Principio da estabilização do processo 
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
A um momento que o processo precisa ser estabilizado, por que a fase seguinte será acolhida de provas (fase instrutória) ou uma decisão de mérito (fase decisória), julgado o conflito. O artigo diz que o autor poderá alterar o pedido ou a causa de pedir, aditando a petição inicial, independentemente do consentimento do réu se ainda não citado. Se o réu já estiver sido citado, poderá o autor alterar a causa de pedir ou pedido, mas com consentimento do réu. Se houver o saneamento do processo não poderá haver mudança, o processo está regular, começará a colher provas. Se o legislador admitisse depois do saneamento a mudança, toda prova poderá ser desperdiçada. O legislador no código 2015 deixa expresso o direito ao contraditório. Se o autor altera o pedido ou causa de pedir, o réu tem direito de se manifestar do que foi alterado. Para alguns doutrinadores, não há necessidade do consentimento do réu se ele embora citado, não tiver ainda apresentado contestação, pois como ele toma ciência antes. O réu é reveu quando não apresenta contestação.
Prestações indivisíveis 
Aquele credor que teve a incitativa de demandar formulará o pedido do todo, mas terá direito à sua cota parte do crédito, ficando autorizado aos credores que não demandaram a levantar cada um sua cota parte deduzidas as despesas tidas pelo credor que demandou. Se a demandar for de bem indivisível, o demandante poderá a seu critério ficar com todo, ressarcindo a cota parte de cada um.
Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
Condições da ação – analisadas pelo juízo de admissibilidade
Legitimidade – Ativa (Ordinária ou extraodinária) 
- Passiva 
Interesse processual: atrelado a necessidade e a adequação. 
Necessidade é quando está presente o interesse secundário (Estado tutelando o interesse primário). Ex: Pagamento. Quando A não paga B, surge o interesse secundário, que esta atrelado a necessidade de ver o Estado agir na sua função jurisdicional, para ver esse conflito resolvido. 
Adequação: Necessidade da aprovação do Estado, que tem um interesse inútil, ou seja atividade do Estado desnecessária, o direito poderia ser concedido diretamente. 
Possibilidade jurídica do pedido: Eu não posso pedir algo que o ordenamento jurídico não tutela, por exemplo, reclamar herança de pessoa viva, visto que só posso reclamar herança de pessoa morta. Ex 2. Cobrar dinheiro de jogo de azar. Será considerada sentença de mérito. 
Sentença terminativa – coisa julgada formal, mas, não material porque não julgou o mérito. 
Sentença definitiva – transitada em julgada, resultada em coisa julgada formal, por que o ato se torna imutável no processo, resulta em resolução definitiva, com julgamento do mérito. 
Formação do processo e petição inicial 
O processo nasce com a propositura da demanda. A demanda considera-se proposta na data em que a petição inicial foi protocolada. 
A petição inicial deverá vir acompanhada de procuração, que conterá o endereço do advogado, eletrônico e não eletrônico. 
Exceção não apresentar procuração: Art. 104 CPC: salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente; a parte estiver representada pela defensoria pública. 
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
A partir desta data, do protocolo da petição inicial, surge a litispendência (a pendência da causa): o processo existe e, para o autor, todos os efeitos daí decorrentes se produzem. Para o réu, no entanto, a litispendência somente produz efeitos a partir de sua citação. 
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). 
2. Petição inicial e demanda
A petição inicial não é a demanda. A demanda é um ato jurídico que requer forma especial. A petição inicial é a forma da demanda, o seu instrumento, a demanda é o conteúdo da petição inicial. 
3. Requisitos da petição inicial 
A petição inicial precisa atender obrigatoriamente alguns requisitos para que seja apta (ao contrário será inepta). É necessário que o autor observe os requisitos impostos na lei processual. Os requisitos devem estar presentes. 
Requisitos Art. S 319 e 320 + 106 CPC/2015 
CPC/73 – arts. 282 e 283 + 39 
Forma: A postulação inicialcomo regra deve ser escrita, datada e assinada. 
Assinatura de quem possua capacidade postulatória: Essa assinatura deve vir de quem tem capacidade postulatória, normalmente o advogado regularmente inscrito na OAB, o defensor público e membro do MP. 
*Obs:. Há algumas hipóteses em que o leigo tem capacidade postulatória: habeas corpus, juizados especiais cíveis na primeira instancia cujas causas não excedam 20 salários mínimos. 
Indicação do juízo a que é dirigida a demanda: O autor tem de indicar o juízo (singular ou colegiado) perante o qual formula a sua pretensão, observando as regras de competência. 
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
Ex: Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 12ª Vara Cível do Foro da Comarca de Penápolis, SP. 
Se houver erro no endereçamento haverá redistribuição da ação, entretanto, o endereçamento incorreto não afasta os efeitos da citação válida. 
Qualificação das partes: o demandante apresentará qualificação das partes, dele próprio e do réu. 
O objetivo da qualificação das partes é individualizar o sujeito por meio da sua qualificação. 
Art. 319: II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
àÉ importante falar o estado civil por que, nos exemplos de ação cuja controvérsia é de direito real imobiliário, é preciso ter a aceitação do cônjuge. 
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
Se não tem todos os dados completos e for imprescindível como nome, sobrenome, CPF; deve-se requerer a diligencia ao juiz já na petição inicial (princípio da cooperação). Se a informação não for relevante como endereço eletrônico ou profissão, nesses casos, importa apenas, por exemplo, avaliar um pedido de justiça gratuita. A falta dessas informações não levará ao indeferimento da petição inicial se for possível a citação do réu. 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso á justiça 
Não se pode impedir o acesso a justiça se a exigência desse requisito for impossível ao autor. Se essa situação ficar retratada na petição inicial, não será causa de indeferimento e serão tomadas as providencias para ter essas informações. 
Causa de pedir: o fato e o fundamento jurídico do pedido 
Deve também a P. I conter a exposição dos fatos e dos fundamentos jurídicos do pedido, que formam a denominada causa de pedir. 
A causa de pedir nada mais é do que a situação fática que traz consequências jurídicas, através de um ordenamento jurídico, que autoriza pedir provimento jurisdicional. Não se rompe a inércia de jurisdição sem causa de pedir. 
Tem assim, o autor de, em sua P. I expor todo o quadro fático necessário à obtenção do efeito jurídico perseguido, bem como demonstrar como os fatos narrados autorizam a produção desse mesmo efeito, ou seja, deverá o autor demonstrar a incidência da hipótese normativa no suporte fático concreto. 
O CPC adotou a chamada teoria da substancialização da causa de pedir, segundo o qual se exige do demandante indicar, na P. I, qual o fato jurídico que lhe deu causa e qual a relação jurídica dele decorrente. 
Com isso, a pluralidade de fatos jurídicos implicará a pluralidade de demandas. 
Causa de pedir composta: diz-se composta a causa de pedir na hipótese em que corresponde a uma pluralidade de fatos individuadores de uma única pretensão. 
Causa de pedir remota: situação conflituosa consistiu um fato, com consequências no ord. Jurídico, que resulta ver um direito satisfeito. 
Causa próxima: é o fundamento jurídico que autoriza buscar a tutela jurisdicional.
É trazido o fato, que é a causa de pedir remota, e o fundamento jurídico, que a causa de pedir próxima, com base no qual, ele afirma consequências jurídicas que dão lastro ao pedido.
O juiz está limitado na sua decisão, aos fatos jurídicos alegados e ao pedido formulado, não está, entretanto, ao dispositivo legal invocado pelo demandante, pois é sua tarefa verificar se houve subsunção do fato à norma, ou seja, verificar se houve incidência. 
Pedido com suas especificações: Não há causa de pedir sem pedidos, como mero desabafo. O pedido é formulado conexo a causa de pedir. Petição sem pedido é petição inepta, a ensejar o seu indeferimento. 
Atribuição e valor à causa: Em toda P. I deve constar o valor da causa, visto que não há causa sem valor. O valor da causa é base para as custas processuais e competências.
Há situações que a lei estabelece um parâmetro, um critério para estabelecer o valor da causa. Se a lei não trazer, cabe ao autor ou ao juízo estimar um valor, analisando a causa de pedir e o pedido.
Se o advogado não regularizar de modo satisfatório e houve iniciativa, ou seja, atribuiu valor errado, o juiz pode devolver ao advogado para ele arrumar o valor. 
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção (ação do réu contra o autor) e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
O autor visa receber o crédito, tendo o valor principal acrescido de juros e demais penalidades. A multa incide sobre o valor corrigido. Ex: tem-se o valor principal, há correção monetária e sobre esse valor corrigido incide a multa. 
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
A regra é que o valor do contrato ou valor econômico corresponde a parte controvertida. Não se discute o valor da clausula toda, mas só o que esta em questão de discussão, ou seja, a parte controvertida. 
Resolução: inadimplemento. 
Resilição: ligada a falta de interesse de ambas as partes ou de ambas a continuarem com o contrato. Elas fazem um distrato, portanto, nenhuma delas inadimpliu alguma coisa. Pode ocorrer por inciativa de apenas uma parte, podendo gerar conflito. 
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
Busca condenação daquele que tem o dever de prestar alimentos. Esse critério serve não so para alimentos mas também para desoneração. 
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
No código de 73, a regra é o lançamento fiscal, o valor que se atribui a causa. No código de 2015, adota-se a avaliação, o que pode gerar uma certa dificuldade. 
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
O legislador de 2015 incluiu a fundada em dano moral. O pedido precisa ser determinado, precisa ser estimado um valor de dano moral. 
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
Subsidiário: quando houver uma ordem de preferência, quando meu pedido não for atendido, tem-se o subsidiário. O valor da causa é o valor do pedido principal. 
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
A impugnação do valor da causa será feita em preliminar de constatação. Na própria peça o réu impugna o valor da causa, desaparece o incidente do valor da causa, que era presente no código de 73. 
Indicação dos meios de prova com que o autor pretende demonstrara verdade dos fatos alegados: O autor indicará quais os meios de prova de que se irá valer para comprovar as suas alegações, desde logo. 
Opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação:
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
CPC/73: A audiência de conciliação ou mediação era feita com antecedência mínima de 30 dias igualmente no CPC/15, mas o réu era citado com antecedência mínima de 10 dias. 
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
A PI é recebida pelo juiz e ele a tem como apta. Em seguida é preciso saber se será caso ou não de improcedência liminar (casos em que se despensa provas, decisões que contrariem sumulas do STJ e STF), onde não haverá a citação do réu, o juiz proferirá sentença de mérito, julgando totalmente improcedente o pedido do autor. 
Nesse sentido, para que o juiz designe a audiência de conciliação ou mediação, é precsio ter descartado a possibilidade de improcedência liminar.
O autor tem de se manifestar a sua opção pela realização ou não de audiência preliminar de conciliação ou mediação. É um requisito novo no CPC/15, sendo que no CPC/73, o art. 282, inciso VII “o requerimento para citação do réu”, foi eliminado. 
Como também, é eliminado no CPC/15 a audiência preliminar, que tinha como objetivo no CPC/73 a tentativa de conciliação. 
Se o autor e o réu manifestarem expressamente a vontade de não resolverem o litígio por autocomposição, a audiência não ocorrerá. 
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
Portanto, se o autor nada falar na petição inicial, será tacito interesse. 
Documentos indispensáveis à propositura da demanda: 
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações.
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5o.
Art. 436. A parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá:
I - impugnar a admissibilidade da prova documental;
II - impugnar sua autenticidade;
III - suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsidade;
IV - manifestar-se sobre seu conteúdo.
Art. 437. O réu manifestar-se-á na contestação sobre os documentos anexados à inicial, e o autor manifestar-se-á na réplica sobre os documentos anexados à contestação.
§ 1o Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas no art. 436.
§ 2o Poderá o juiz, a requerimento da parte, dilatar o prazo para manifestação sobre a prova documental produzida, levando em consideração a quantidade e a complexidade da documentação.
4. Emenda da petição inicial
Se a P. I estiver irregular, por lhe faltar algum dos seus requisitos, deve o magistrado intimar o autor para corrigi-la, emendando ou complementando-a. 
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
CPC/73: dava o prazo de 10 dias e não 15 como o CPC de 2015. Além do aumento do prazo, exige ao juiz o dever de dizer precisamente o que deve ser emendado ou complementado. 
Se a primeira correção não foi satisfatória, permite-se uma nova determinação de emenda. Mesmo que efetuada a emenda após o prazo concedido, não justifica o indeferimento. 
Sempre que o defeito for sanável deve o magistrado determinar a emenda, visto que não é permitido indeferir a inicial sem que ter concedido ao autor a possibilidade de correção. 
Não é sanável por exemplo, a falta de interesse de agir, mas é sanável, por exemplo, a ausência de juntada da tradução de um documento em língua estrangeira. 
É possível ainda emenda da inicial após a contestação, desde que não enseje modificação do pedido ou causa de pedir sem o consentimento do réu. 
5. Indeferimento da petição inicial 
O indeferimento da P. I é decisão judicial que obsta liminarmente o prosseguimento da causa, pois não se admite o processamento da demanda. O indeferimento é uma hipótese especial de extinção do processo por falta de um “pressuposto processual”. 
O indeferimento da P. I somente ocorre no inicio do processo: só há indeferimento liminar antes da ouvida do réu. Após a citação, o juiz não mais poderá indeferir a P. I.
A inépcia por ex, pode ser reconhecida a qualquer tempo, mesmo após a contestação, mas, nesse caso, não implicará indeferimento da P. I, e sim, extinção do processo sem análise do mérito. 
A P. I somente será indeferida se não houver possibilidade de correção ao vício, ou se houver, tiver sido conferida oportunidade para que o autor a emende e este não tenha atendido satisfatoriamente á determinação.
A questão de indeferimento da P. I é um dos casos e invalidade, limitando-se a reconhecer a validade de sua apreciação,não se resolve o mérito da causa. 
O indeferimento da PI pode tanto ocorrer em juízo singular como em tribunal. (relator ou por um acórdão)
Com base nisso, pode-se estabelecer o sistema recursal da decisão que indefere a PI
A. Indeferimento parcial por juízo singular (decisão interlocutória): recurso – agravo de instrumento. 
B. Indeferimento total feito por juízo singular (sentença): apelação
Art. 331: Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se. 
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
à O artigo 331 CPC afirma que havendo apelação contra sentença (o autor te 15 dias para apelar), que indefere a petição inicial, poderá o juiz no prazo de 5 dias, rever a sua decisão e modificá-la, em juízo de retratação. Se não houver retratação, o juiz determinará a citação do réu para responder o recurso, no prazo de 15 dias. O prazo de contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos. Não interposta apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença. 
Citação: da-se ciência da existência da demanda, cuja relação processual não foi extinta, subsiste, pois não transitou em julgado a sentença. Será citado para integrar essa relação. 
Intimação: quando o trânsito em julgado ocorre, a relação jurídica processual acabou, portanto não tem relação jurídica para o réu integrar, portanto, será intimado que houve uma demanda. 
OBS:. No código de 73 o juiz tinha 48 horas para poder retratar-se. No código de 2015, o juiz tem 5 dias. 
Trata-se de regra especial, pois confere ao magistrado a possibilidade de mudar a sua decisão após ter encerrado o seu ofício jurisdicional com a prolação da sentença (expeciona o artigo 494CPC)
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;
II - por meio de embargos de declaração.
Essa exceção somente incide quando houver verdadeiro indeferimento total da PI por juízo singular, nos demais casos, é vedado ao juiz proferir juízo de retratação, somente podendo alterar a sentença para corrigir erros materiais ou por meio de ED. (Nelson Nery). 
O juiz não tem competência para proceder ao juízo de admissibilidade da apelação, é função exclusiva do tribunal. 
C. Indeferimento total feito por decisão do relator: agravo interno 
D. Indeferimento total ou parcial feito por acórdão: RE ou RESP. 
Hipóteses de indeferimento
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
Sem pedido ou causa de pedir, será impossível ao órgão jurisdicional saber os limites da demanda, e por consequência os limites da sua atuação. 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
O pedido tem que ser determinado, salvo em algumas situações excepcionais. 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
Situações onde o autor narra fatos que não guardam qualquer lógica com a causa de pedir. 
A PI tem de ser coerente. Se o pedido não resulta logicamente da causa de pedir, há contradição, hipótese se inépcia. Ex: autor pede invalidação de negocio em razão de inadimplemento. Inadimplemento não é causa de invalidade, mas de resolução. 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
Um pedido aniquila o outro. A compatibilidade de pedidos é requisitos para que se possa cumular. O juiz precisa primeiramente dar a oportunidade para o autor corrigir a PI, visto que é um vício sanável. 
II - a parte for manifestamente ilegítima;
Parte legítima é aquela que tem autorização para estar em juízo, discutindo determinada situação jurídica; parte ilegítima é o sujeito que, não obstante esteja em juízo, não tem autorização para tanto. 
Legitimidade ad causam é hipótese de requisito de admissibilidade subjetivo relacionado ás partes. Para que o autor tenha legitimidade para demandar ele precisa ser sujeito da relação jurídica conflituosa. Ter capacidade de conduzir o processo. 
Principais aspectos: a-) trata-se de uma situação jurídica regulada pela lei. 
b-) é qualidade jurídica que se refere ambas as partes do processo (autor e réu). 
c-) toda legitimidade baseia-se em regras de direito material.
Classificação: a legitimação ad causam é a que divide em:
Legitimação ordinária: legitimado ordinário é aquele que defende em juízo interesse próprio. 
Legitimação extraordinária: legitimado extraordinário é aquele que defende em nome próprio interesse de outro sujeito de direito. O legitimado extraordinário atua no processo na qualidade de parte, e não de representante, ficando em razão disso, ao regime jurídico da parte. 
III - o autor carecer de interesse processual;
Interesse de agir é requisito objetivo extrínseco positivo. O interesse advém quando o sujeito tem seu direito violado ou ameaçado, portanto, passa a ter interesse na solução do conflito, “quebrando” a jurisdição. 
Obs:. O artigo 17 do CPC/15 inova: “´para postular em juízo é necessário ter interesse e legitmidade”. No CPC/73 era: “Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade”. A mudança é sutil mas considerável. Interesse e legitimidade são exigidos para qualquer postulação em juízo, não apenas a demanda ou a contestação.
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
O artigo 106, I CPC determina que se indique na PI o endereço em que o advogado receberá as intimações, numero da OAB e a sociedade de advogados da qual participa. Se não suprida a omissão no prazo de 5 dias, a pet. Será indeferida. 
O artigo 321 é regra geral que autoriza o juiz a determinar a emenda da PI para correção de vícios sanável. A PI será indeferida se o autor intimado para regularizá-la, não o fizer no prazo de 15 dias. 
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
Assim, proposta a demanda que tenha por objeto a discussão da dívida oriunda de empréstimo, financiamento ou alienação de bens, cabe ao autor identificar precisamente qual o valor que pretende controverter e qual é a parcela incontroversa. Ou seja, não basta o pedido de revisão da dívida, é preciso especificar o que se discute. Não discriminado o valor, cabe ao juiz determinar a intimação do autor, para que emende na PI, não retificado o defeito, a PI há de ser indeferida, por inépcia. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no e no modo contratados
Ou seja, cabe ao autor-devedor continuar pagando o valor incontroverso. Não adimplida a parcela controversa há mora se não houver decisão judicial provisória em sentido contrario (tutela antecipada). 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X- nos demais casos prescritos neste Código.
Toda decisão que julgar a impossibilidade jurídica do pedido será decisão de mérito, antigamente era requisito para indeferimento da inicial. 
Quando o juiz reconhece a decadência e a prescrição, a sentença será de mérito. Hoje no artigo 330 nos so temos hipóteses que levam a uma sentença terminativa, não mais definitiva. Prescrição e decadência agora resultará na improcedência liminar da petição inicial. 
6. Improcedencia liminar 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
OBS:. Na retratação do artigo 331, se NÃO houver retratação, o reu será citado para responder ao recurso. Enquanto no artigo supra, será citado se HOUVER retratação. 
Essa improcedência liminar que dispensa citação do réu, permitindo que o juiz de uma sentença de mérito, sem citar o réu, só é permitido quando em matéria dispensar fase instrutória (fase que apura o conteúdo probatorio) ou contrair sumulas de acordo com o STJ ou STJ em ações repetitivas, quer dizer, desde que se ache precedentes que contrariem o pedido do autor. 
Citação
Citação é ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. 
Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, com exceção quando se tem o indeferimento da PI e improcedência liminar do pedido. 
A citação é um ato indispensável, de modo que o processo só é valido se houver citação com observância nos termos da lei. Só não haverá citação em casos expressos pela lei, em que o juiz pode dispensar a citação, a fora isso, ela precisa ocorrer necessariamente. 
Art. 239 § 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução. 
O réu pode comparecer espontaneamente para integrar a relação processual, o que dispensa o ato citatório, diante do comparecimento voluntário. Tem-se a nulidade do ato citatório pois não observou a forma. Se não for acolhida nulidade, o réu será declarado revel no processo de conhecimento, e se for de execução terá andamento normal. 
A nulidade tem por objetivo afastar qualquer intempestividade, ou seja, quando já decorrido o prazo. 
§ 2o Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I - conhecimento, o réu será considerado revel;
Revel: quando o réu não responde a ação quando devidamente citado. 
Como a alegação de nulidade foi rejeitada, ele é tido como revel. O juiz pode determinar o desentranhamento (retirar dos autos a peça por que é intempestiva) da contestação e documentos. 
II - execução, o feito terá seguimento
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência (quer dizer, efetivada a citação valida, o réu tem ciência inequívoca da demanda, portanto, qualquer outra demanda em curso leva a listipendencia), torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1o.
§ 3o A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4o O efeito retroativo a que se refere o § 1o aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei.
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
A regra é que a citação será pessoal, mas poderá ser feita em representante ou procurador. A regra é a citação pessoal, mas pode ser ela realizada na pessoa do mandatário ou do administrador, sem que isso torne a citação irregular. O legislador traz uma regra especial para o caso do locador que se ausenta do Brasil. 
Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o interessado.
Um militar será citado na unidade que estiver exercendo a função, se o endereço residencial for desconhecido.
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV - de doente, enquanto grave o seu estado.
Impedem a realização do ato citatório: culto religioso, no caso de casamento, nos 3 dias seguintes e no caso de falecimento de parente, ou cônjuge ou convivente até 2º grau em linha reta ou colateral no dia do falecimento ou nos 7 dias seguintes. 
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Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de recebê-la.
§ 1o O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência.
§ 2o Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2o se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste.
§ 4o Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
§ 5o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando. 
Trata da citação de incapaz ou pessoa impossibilitada de recebe-la, incapacidade mental. Se for constata a deficiência mental, o juiz nomeara um perito médico para atestar essa sua doença de impossibilidade de receber citação e apresentará laudo no prazo de 5 dias. Atestada essa impossibilidade, será nomeado um curador especial para atuar em seu nome naquele processo. 
No CPC/2015, permite que se apresente um atestado médico que declare essa doença mental, o que facilita muito mais o procedimento da citação por que dispensa a nomeação de perito. 
Art. 246. A citação será feita:
I - pelo correio; 
à É a regra, citação postal.
Exceto: for incapaz, pessoa jurídica de direito público, residir em local não atendido pelo correio, se o autor, justificadamente, requerer a citação de outra forma. 
II - por oficial de justiça; 
àPessoal. Ela pode se dar de uma forma segura ou por uma forma chamada de citação por hora certa (citação ficta). A citação por hora certa esta atrelada a desconfiança de que o réu esta “fugindo” da citação. Nesse caso, o oficial de justiça, indo 2 vezes a casa do réu, e suspeitando a ocultação do réu, ira informar que voltará no dia seguinte, se o citando não estiver lá, era entregar o mandato com a contrafé, para um membro da família ou vizinho, dando como

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