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Serviço Social na América Latina

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Terezinha Rodrigues 
Unifesp/Campus Baixada Santista 
Produzido para fins didáticos (maio/2013). 
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	“a profissão e o conhecimento que a ilumina, se explicam no movimento histórico da sociedade. Sociedade que é produto de relações sociais, de ações recíprocas dos homens entre si, no complexo processo de reprodução social da vida. O mundo social é um mundo de relações. 
						(Carmelita Yazbek). 
Ref. Serviço Social – Direitos Sociais e competências profissionais. CFESS/ABEPSS, 2009:(125-142)
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Colonização – lutas pela independência, servidão e escravidão negra (e as várias formas de trabalho indígena forçado): processos que, deixaram fortes marcas do autoritarismo, conservadorismo e violência como herança social.
. Enquanto colônias: inserção internacional precária e condicionada pela extração e apropriação, pelas metrópoles, do excedente produzido. 
. Todos os países vivenciaram e ainda vivem com sequelas da violência, do autoritarismo civil e militar, da escravidão e da estrutura da propriedade da terra. 
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 - Colonização espanhola (sec. XVI/XVII);
A independência da Argentina ocorreu em 1816 após a revolução de Maio que teve seu processo iniciado em 1810. Seu período independente foi marcado por inúmeras disputas políticas internas com governos democráticos que se alternaram com ditaduras militares;
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- colonização espanhola;
a situação geográfica do Chile, apertado entre as principais rotas terrestres e marítimas, foi um dos inconvenientes maiores com o qual lidou a colonização do país. Isto, somado ao constante estado de guerra em que se encontrava a capitania, converteram o Chile em uma das regiões mais pobres do império Espanhol na América. 
 histórico de alternâncias no poder das ditaduras militares;
salto histórico: anos 1960. Ao se aproximarem as eleições de 1964, a Guerra Fria estava no auge e o crescimento do socialismo de Salvador Allende. 
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 Diversos países: conjuntura “marcada pela emergência de novas classes sociais sob o estímulo de relações de produção embasadas na exploração da força de trabalho assalariada, no dinamismo do precoce processo de industrialização e na penetração de capitais norte-americanos como parte de uma estratégia geral de substituição da hegemonia inglesa e de integração das economias latino-americanas ao mercado capitalista (Castro, 2000, p. 35) 
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“em 1925 começa a funcionar em Santiago do Chile, a primeira escola de Serviço Social…fundada pelo dr. Alejandro Del Rio.” Nasce como subsidiária à profissão médica; Tem sua origem mais ligada à ação do Estado.
Em 1929 – a 1ª escola católica chilena de SS – Escola Elvira Matte de Cruchaga. Responde a motivações diversas (ideário católico). 
Papel irradiador no continente e responsável pelo alastramento de outras escolas católicas no continente.
Nasce no contexto dos interesses globais da Igreja católica que procurava colocar-se à frente do conjunto do movimento intelectual para recuperar seu papel dee condutora moral da sociedade. (Castro, 2000, p. 73). 
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	“Doutrina Social da Igreja merecem destaque nesse contexto as encíclicas “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII de 1891, que vai iniciar o magistério social da Igreja no contexto de busca de restauração de seu papel social sociedade moderna e a “Quadragésimo Anno” de Pio XI de 1931 que, comemorando 40 anos da “Rerum Novarum”” vai tratar da questão social, apelando para a renovação moral da sociedade e a adesão à Ação Social da Igreja”. 					(Yazbek, 2009)
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É necessário assinalar que esta matriz encontra-se na gênese da profissão em toda a América Latina, embora com particularidades diversas como por exemplo na Argentina e no Chile onde vai somar-se ao racionalismo higienista. (ideário do movimento de médicos higienistas que exigiam a intervenção ativa do Estado sobre a questão social pela criação da assistência pública que deveria assumir um amplo programa preventivo na área sanitária, social e moral). 							Yazbek, 2009.
Referências: CASTRO, Manuel Manrique. História do SS na América Latina. 5ª ed. rev. São Paulo, Cortez, 2000.
YAZBEK, Maria Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasilia (CFESS/ABEPSS), 2009, pág. 125-142.

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