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www.romulopassos.com.br MENTORIA FGV - EBSERH 1 Segunda, às 20h Revisão Geral de Legislação do SUS EBSERH-FGV História do SUS; SUS na CF/88; Leis 8.080 e 8.142/90; Decreto 7.508/2011; Resolução 453/12; e LC 141/12 História da Saúde no Brasil Sobre a história da saúde no Brasil, julgue os seguintes itens. 1 Em 1903, Carlos Chagas chegou ao comando da Diretoria-Geral de Saúde Pública (DGSP). Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, deflagrou campanhas de saneamento e, em poucos meses, a incidência de peste bubônica diminuiu com o extermínio dos ratos. Em 1904, a oposição a Oswaldo Cruz atingiu seu ápice. Com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população de forma obrigatória. Em 1909, deixou a DGSP, passando a se dedicar apenas ao Instituto de Manguinhos, que fora rebatizado com o seu nome. Faleceu em 1917, com apenas 44 anos. 2 A reforma de Oswaldo Cruz, de 1923, tentou ampliar o atendimento à saúde por parte do poder central, constituindo-se em uma das estratégias da União de ampliação do poder nacional no interior da crise política em curso, sinalizada pelos tenentes, a partir de 1922. 3 Até a criação do SUS, a população não tinha direito à saúde e a assistência que recebia era prestada na condição de caridade. 4 Até a criação do SUS, a assistência à saúde mantinha estreita vinculação com as atividades previdenciárias e o caráter contributivo do sistema existente gerava uma divisão da população brasileira em dois grandes grupos, além da pequena parcela da população que podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta: previdenciários e não previdenciários. 5 As Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) foram criadas, a partir de 1923, pela Lei Eloy Chaves. Entre 1933 e 1966, foram criados diversos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs). Em 1966, o governo unifica todos os IAPs num sistema único, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Por sua vez, em 1977, o Ministério da Saúde criou o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência (INAMPS). 6 Em 1942, foi criado o Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), com financiamento de outros países. O Sesp tinha uma atuação direcionada para as áreas não cobertas pelos serviços tradicionais. Sua criação possibilitou experiências importantes de integração da saúde pública com a assistência médica voltada para as necessidades da população rural. Funcionou como uma agência bilateral brasileira- americana. www.romulopassos.com.br 2 MENTORIA FGV - EBSERH 7 A partir de 1960, houve a continuidade de ações de interiorização das ações de saúde pública, por meio da substituição do Sesp pela Fundação Serviço Especial de Saúde Pública, marcada pelo fim da parceria internacional (a Fundação esteve presente até 1990). 8 A 2ª Conferência Nacional de Saúde ocorreu em 1941. Foi um marco na formulação das propostas de mudanças no setor Saúde do Brasil. 9 Com a revolução de 1930 e Getúlio Vargas assumindo o governo, o Estado assume o papel regulador da economia. Nesse período houve a criação dos IAPs, que pretendia promover a ampliação da CAPs, ampliando o número de categorias profissionais beneficiadas com o modelo previdenciário. 10 Somente em 1953 é criado oficialmente o Ministério da Saúde, que foi encarregado de cuidar das ações que tinham como foco a prevenção das doenças e a assistência às pessoas empregadas no mercado de trabalho formal. 11 Em 1983, foram criadas as Ações Integradas de Saúde (AIS), um projeto interministerial (Previdência-Saúde-Educação), visando um novo modelo assistencial que incorporava o setor público, no qual ações curativo-preventivas e educativas eram integradas e estabelecidas como área prioritária para a promoção da saúde da mulher e da criança. 12. O marco da reforma do sistema de saúde brasileiro foi a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que ocorreu em março de 1986 e teve como lema “Saúde, Direito de Todos, e Dever do Estado”. Além disso, tratou da saúde como direito, da reformulação do sistema nacional de saúde e do financiamento intersetorial. 13 A 10ª Conferência Nacional de Saúde teve como principal demanda a descentralização da saúde, que seria obtida com a municipalização dos serviços. 14 O SUS foi institucionalizado pela Lei nº 8.080/1990. 15 Os principais desafios do SUS são os seguintes: subfinanciamento; insuficiências da gestão local do SUS; baixa resolutividade da rede básica de serviços; deficiência na formação dos profissionais e deficiência na gestão. 16 O SUS se baseia em princípios neoliberais, priorizando a eficiência econômica e a gestão privada dos serviços de saúde. 17 O SUS opera sob um modelo de cogestão, em que a União, Estados e Municípios possuem papéis complementares e interdependentes na gestão da saúde, abrangendo o planejamento, financiamento e execução de serviços em todos os níveis de atenção, com ênfase na gestão participativa e no controle social. www.romulopassos.com.br 3 MENTORIA FGV - EBSERH SUS na Constituição Federal - 1988 Tomando por base a Constituição da República Federativa do Brasil, julgue os seguintes itens. 1 A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência, educação e à assistência social. 2 São objetivos da Seguridade Social entre outros: universalidade da cobertura e do atendimento; diferença e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; redutibilidade do valor dos benefícios; igualdade na forma de participação no custeio; diversidade da base de financiamento; e caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão tripartite. 3 A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais definidas no art. 195 da CF/1988. 4 A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social. 5 Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 6 São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 7 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais, econômicas e educacionais que visem à eliminação do risco de doença e de outros agravos e ao acesso regional e igualitário às ações e serviços para sua promoção e proteção. 8 São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita indiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito público. 9 As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede universal e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralização, igualdade, atendimento integral e participação da comunidade. 10 A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre a receita corrente líquida do exercício financeiro anterior, não podendo ser inferior a 15%. 11 As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito privado ou convênio, tendo preferência as entidadesfilantrópicas e as com fins lucrativos. 12 A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. Ademais, é permitida a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. www.romulopassos.com.br 4 MENTORIA FGV - EBSERH 13 A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo permitida, em casos previstos em lei, a comercialização. 14 É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 15 Os gestores locais e estaduais do SUS poderão admitir agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) por meio de concurso público, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e os requisitos específicos para sua atuação. De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, julgue os seguintes itens. 16 Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. 17 Leis federais, estaduais e municipais instituirão pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas de direito público e de direito privado. Lei nº 8.080/1990 Sobre a Lei nº 8.080/1990, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 1 O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o SUS. 2 O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos. 3 O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 4 É objetivo do SUS, dentre outros, a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde. 5 Um dos objetivos do SUS é a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização intercalada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Sobre o campo de atuação do SUS descritos no art. 6º da Lei nº 8.080/1990, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 6 A execução de ações de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, saúde do trabalhador, assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica e saúde bucal. www.romulopassos.com.br 5 MENTORIA FGV - EBSERH 7 A formulação da política e a execução de ações de saneamento básico. 8 A coordenação da formação de recursos humanos na área de saúde. 9 A vigilância nutricional e a orientação alimentar. 10 A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o da saúde. 11 A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a execução da sua produção. 12 O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; 13 A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo animal. 14 O controle e a fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos. 15 A realização, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico. 16 A formulação e execução da política de sangue e seus derivados. 17 A formulação e a execução da política de informação e assistência toxicológica e de logística de antídotos e medicamentos utilizados em intoxicações. Sobre a Lei nº 8.080/1990, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 18. Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a eliminação de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 19 Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. 20 Entende-se por saúde bucal o conjunto articulado de ações, em todos os níveis de complexidade para garantir promoção, prevenção, recuperação e reabilitação odontológica, individual e coletiva, inseridas no contexto da universalidade da atenção à saúde. 21 As ações de vigilância sanitária abrangem o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas do processo, da produção ao consumo; bem como o o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. 22 Entende-se por saúde do trabalhador um conjunto de atividades que se destina à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. www.romulopassos.com.br 6 MENTORIA FGV - EBSERH Com relação aos princípios do SUS estabelecidos no art. 7º da Lei nº 8.080/1990, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 23 A primazia da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física, psíquica e moral. 24 A utilização da intersetorialidade para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática. 25 A integração em nível de planejamento, execução e avaliação das ações de saúde, vigilância, meio ambiente e saneamento básico. 26 A organização dos serviços públicos de modo a fomentar a expansão de meios para fins idênticos. 27 A universalidade de acesso, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema 28 A proteção integral dos direitos humanos de todos os usuários e especial atenção à identificação de maus-tratos, de negligência e de violência sexual praticados contra crianças, adolescentes e idosos. 29 As mulheres vítimas de qualquer tipo de violência têm o direito de serem acolhidas e atendidas nos serviços de saúde prestados no âmbito do SUS, na rede própria ou conveniada, em local e ambiente que garantam sua privacidade e restrição do acesso de terceiros não autorizados pela paciente, em especial o do agressor. 30 A descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo, com ênfase para os municípios e na regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde. Sobre a Organização, a Direção e a Gestão do SUS, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 31 Os Municípios e Estados poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam, que aplicam o princípio da direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. 32 Nos níveis municipal e estadual, o SUS poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura intersetorial das ações de saúde. 33 A articulação das políticas e programas, a cargo dascomissões intrassetoriais, abrangerá as seguintes atividades: alimentação e nutrição; saneamento e meio ambiente; vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; recursos financeiros; ciência e tecnologia; e saúde do trabalhador. Sobre as modificações da Lei nº 8.080/1990, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 34 A assistência terapêutica integral no SUS consiste em: dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade com documentos complementares; bem como a oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do SUS, www.romulopassos.com.br 7 MENTORIA FGV - EBSERH realizados no território nacional por serviço próprio, conveniado ou contratado. 35 A CONITEC deve contar com um representante indicado pelo Conselho Federal de Farmácia, um representante indicado pela Associação Médica Brasileira e um representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde. 36 A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Intergestores no SUS. 37 Em consultas, exames e procedimentos realizados em unidades de saúde públicas ou privadas, toda mulher tem o direito de fazer-se acompanhar por pessoa maior de idade, durante todo o período do atendimento, mediante notificação prévia. 38 Sobre o acompanhamento à mulher nos serviços de saúde, em casos de urgência e emergência, os profissionais de saúde ficam obrigados a agir na proteção e defesa da saúde e da vida da paciente, ainda que na ausência do acompanhante requerido. 39 No caso de atendimento que envolva qualquer tipo de sedação ou rebaixamento do nível de consciência, caso a paciente não indique acompanhante, a unidade de saúde responsável pelo atendimento indicará pessoa para acompanhá-la, preferencialmente profissional de saúde do sexo feminino, sem custo adicional para a paciente, que poderá recusar o nome indicado e solicitar a indicação de outro, independentemente de justificativa, registrando-se o nome escolhido no documento gerado durante o atendimento. 40 Em caso de atendimento com sedação, a eventual renúncia da paciente ao direito previsto neste artigo deverá ser feita por escrito, após o esclarecimento dos seus direitos, com no mínimo 12 horas de antecedência, assinada por ela e arquivada em seu prontuário. 41 Ao recusar o atendimento na modalidade telessaúde o paciente abre mão da possibilidade de atendimento presencial. 42 Entre os princípios a que obedecerá a telessaúde, está o direito de recusa ao atendimento nesta modalidade, com a garantia do atendimento presencial sempre que solicitado. 43 É obrigatória a inscrição secundária ou complementar do profissional de saúde que exercer a profissão em outra jurisdição, ainda que exclusivamente por meio da modalidade telessaúde. 44 As diferentes instâncias gestoras do SUS ficam autorizadas a disponibilizar nas respectivas páginas eletrônicas na internet os estoques de medicamentos das farmácias públicas que estiverem sob sua gestão, com atualização mensal, de forma acessível ao cidadão comum. Sobre a Lei nº 8.080/1990, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 45 Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. 46 Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execução das ações. www.romulopassos.com.br 8 MENTORIA FGV - EBSERH 47 As populações indígenas podem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção primária à saúde. 48 O atendimento e a internação domiciliares inclui apenas os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social. 49 O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por solicitação exclusiva do paciente. 50 É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos: doações de organismos internacionais vinculados à ONU, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada, ações e pesquisas de planejamento familiar; serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e demais casos previstos em legislação específica. 51 Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o SUS poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada. 52 O processo de planejamento e orçamento do SUS será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União. 53 As programações anuais de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do SUS, e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária. 54 O Ministério da Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, em função das características epidemiológicas e da organização dos serviços em cada jurisdição administrativa. 55. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos: organização de um sistema de formação de recursos humanos nos níveis de ensino superior e de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal; e valorização da dedicação inclusiva aos serviços do SUS. 56 Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do SUS, só poderão ser exercidas em regime de tempo integral. Ademais, os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do SUS. 57 Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos: perfil demográfico da região; perfil epidemiológico da população a ser coberta; características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área; desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior; níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais; previsão do plano anual de investimentos da www.romulopassos.com.br 9 MENTORIA FGV - EBSERH rede; e ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo. 58 Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, os critérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por outros indicadores de crescimento populacional, em especial o número de eleitores registrados. 59 É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, até mesmo em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde. 60 Os recursos financeiros do SUS serão depositadosem conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde. 61 O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei. 62 Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino poderão se integrar ao SUS, mediante convênio, preservada a sua autonomia administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos pelo Ministério da Saúde. 63 Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas deverão integrar-se ao SUS, conforme se dispuser em convênio que, para esse fim, for firmado. 64 O SUS estabelecerá mecanismos de incentivos à participação do setor privado no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a transferência de tecnologia das universidades e institutos de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às empresas nacionais. 65 O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do SUS, organizará, no prazo de um ano, um sistema geral de informações em saúde, integrado em todo o território nacional, abrangendo questões financeiras e de prestação de serviços. www.romulopassos.com.br 10 MENTORIA FGV - EBSERH Lei nº 8.142/1990 De acordo com a Lei Federal nº 8.142/1990, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 1 O Conselho de Saúde, em caráter transitório e consultivo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e na execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. 2 A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Legislativo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 3 O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) terão representação no Conselho Nacional de Saúde. 4 A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. 5 As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento interno, aprovadas pela respectiva secretaria de saúde. 8 Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais, compostas por Municípios limítrofes, por ato conjunto dos respectivos Estados em articulação com o Ministério da Saúde. 9 O acesso integral às ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço. 10 São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os seguintes serviços: atenção primária, atenção de urgência e emergência, atenção psicossocial e especiais de acesso aberto. 11 Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especializados, entre outros de maior complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada do SUS. 12 O acesso integral às ações e aos serviços de saúde será ordenado pela atenção primária e deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco individual e coletivo e no critério cronológico, observadas as especificidades previstas para pessoas com proteção especial, conforme legislação vigente. 13 A população indígena contará com regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com suas especificidades e com a necessidade de assistência integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministério da Saúde. 14 O planejamento da saúde é facultativo para os entes públicos e será indutor de políticas para a iniciativa privada. www.romulopassos.com.br 11 MENTORIA FGV - EBSERH 15 No planejamento, devem ser considerados os serviços e as ações prestados pela iniciativa privada, porém não é necessário que tais estabelecimentos componham os Mapas da Saúde regional, estadual e nacional. 16 O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e orientará o planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o estabelecimento de metas de saúde. 17 O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado de maneira regionalizada, a partir das necessidades das Regiões de Saúde, considerando o estabelecimento de metas de saúde. 18. Compete à Comissão Intergestores Tripartite (CIT) pactuar as etapas do processo e os prazos do planejamento municipal em consonância com os planejamentos estadual e nacional. 19 A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da universalidade da assistência à saúde. 20 O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT. 21 A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS. 22 O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT. 23 O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar relações específicas e complementares de medicamentos, em consonância com a RENAME, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamentos, de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores. 24 A cada três anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENASES. 25 O Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações: da RENAME, a cada dois anos, e disponibilizará, nesse prazo, a lista de tecnologias incorporadas, excluídas e alteradas pela CONITEC e com a responsabilidade de financiamento pactuada de forma tripartite, até que haja a consolidação da referida lista; do FTN, à medida que sejam identificadas novas evidências sobre as tecnologias constantes na RENAME vigente; e de protocolos clínicos ou de diretrizes terapêuticas, quando da incorporação, alteração ou exclusão de tecnologias em saúde no SUS e da existência de novos estudos e evidências científicas identificados a partir de revisões periódicas da literatura relacionada aos seus objetos. 26 O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe, cumulativamente: estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS; ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de suas funções no SUS; estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e ter a dispensação ocorrido em unidades do SUS. www.romulopassos.com.br 12 MENTORIA FGV - EBSERH 27 A Comissão Intergestores Regional (CIR), no âmbito regional, é vinculada à Secretaria Estadual de Saúde paraefeitos administrativos e operacionais, devendo observar as diretrizes da CIT. Acerca do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP), previsto no Decreto nº 7.508/2011, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 28 O Sistema Estadual de Auditoria e Avaliação do SUS, no âmbito de cada Estado, por meio de serviço especializado, fará o controle e a fiscalização do COAP. 29 As normas de elaboração e fluxos do COAP serão pactuados pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), cabendo ao Ministério da Saúde coordenar a sua implementação. 30 O objeto do COAP é a organização e a integração das ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de garantir a universalidade e igualdade da assistência aos usuários. 31 O COAP resultará da integração dos planos de saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo como fundamento as pactuações estabelecidas pela Comissão Intergestores Regional (CIR). 32 A humanização do atendimento do usuário será fator determinante para o estabelecimento das metas de saúde previstas no COAP. 33 Os partícipes incluirão dados sobre o COAP no sistema de informações em saúde organizado pelo Ministério da Saúde e os encaminhará à respectiva CIR para monitoramen Art. 36. O COAP conterá as seguintes disposições essenciais Art. 37. COAP - diretrizes básicas para fins de garantia da gestão participativa I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais; II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito regional e inter- regional; III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a população no processo de regionalização, as quais serão estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a capacidade de prestação das ações e dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde; IV - indicadores e metas de saúde; V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde; VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente; VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em relação às atualizações realizadas na RENASES; VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas responsabilidades; e IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes para sua execução. I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta de sua melhoria; II - apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar. www.romulopassos.com.br MENTORIA FGV - EBSERH 13 34 (Prefeitura de Teresina-PI/IDECAN/2024) Dentre as diretrizes básicas para garantir a gestão participativa, o COAP deverá observar o(a) a) estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos serviços como ferramenta de sua melhoria. b) identificação das necessidades de saúde locais e regionais. c) recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes para sua execução. d) estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde. e) critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente. Resolução do CNS nº 453/2012 De acordo com a Resolução do CNS nº 453/2012, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado sobre os conselhos de saúde. 1 Como Subsistema da Seguridade Social, o conselho de saúde atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros. 2 O número de conselheiros é definido pelos conselhos de saúde e constituído por lei. 3 A instituição dos conselhos de saúde é estabelecida por lei federal, estadual, do DF e municipal e obedece à Lei nº 8.142/90. 4 Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de representações de usuários e trabalhadores, ao seu critério, promovam a renovação de, no mínimo, 25% de suas entidades representativas. 5 A representação nos segmentos deve ser distinta e autônoma em relação aos demais segmentos que compõem o Conselho, por isso, um profissional com cargo de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como prestador de serviços de saúde não pode ser representante dos(as) usuários(as) ou de trabalhadores(as). 6 As resoluções serão obrigatoriamente homologadas pelo chefe do poder constituído em cada esfera de governo, em um prazo de 15 dias, dando-se-lhes publicidade oficial. Decorrido o prazo mencionado e não sendo homologada a resolução e nem enviada justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde com proposta de alteração ou rejeição a ser apreciada na reunião seguinte, as entidades que integram o Conselho de Saúde podem buscar a validação das resoluções, recorrendo ao Conselho Nacional de Saúde, quando necessário. 7 O Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no mínimo, a cada mês e, extraordinariamente, quando necessário, e terá como base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de apoio às reuniões devem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência mínima de 5 dias. 8 As reuniões plenárias são abertas e deverão acontecer em espaços e horários que possibilitem a participação da sociedade. 9 As decisões do Conselho de Saúde serão adotadas mediante quórum mínimo (metade mais um) dos seus integrantes, ressalvados os casos regimentais nos quais se exija quórum especial, ou maioria qualificada de votos. www.romulopassos.com.br 14 MENTORIA FGV - EBSERH 10 Entende-se por maioria simples o número inteiro imediatamente superior à metade dos membros presentes. Entende-se por maioria absoluta o número inteiro imediatamente superior à metade de membros do Conselho. Por sua vez, entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois terços) do total de membros do Conselho. 11 As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão remuneradas, considerando-se o seu exercício de relevância pública e, portanto, garante a dispensa do trabalho sem prejuízo para o conselheiro. 12 Os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa, buscarão auditorias externas e independentes sobre as contas e atividades do Gestor do SUS. Lei Complementar nº 141/2012 De acordo com a Lei Complementar nº 141/2012, julgue os seguintes itens em Certo ou Errado. 1 Para fins de apuração da aplicação dos recursos mínimos estabelecidos nesta Lei Complementar, considerar-se-ão como despesas com ações e serviços públicos de saúde aquelas voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde que atendam, simultaneamente, aos princípios estatuídos no art. 7º da Lei nº 8.080/1990, e às seguintes diretrizes: sejam destinadas às ações e serviços públicos de saúde de acesso integral, igualitário e gratuito; estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde de cada ente da Federação; e sejam de responsabilidade específica do setor da saúde, não se aplicando a despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam sobre determinantes sociais e econômicos, salvo se incidentes sobre as condições de saúde da população. 2 Para efeito da apuração da aplicação dos recursos mínimos, serão consideradas, entre outras, despesas com ações e serviços públicos de saúde as referentes: à vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária; à atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais; à capacitação do pessoal de saúde do SUS; ao desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS; à produção,aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos. 3 Para efeito da apuração da aplicação dos recursos mínimos, serão consideradas, entre outras, despesas com ações e serviços públicos de saúde as referentes: ao saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja de acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nesta Lei Complementar; ao saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos; ao manejo ambiental vinculado indiretamente ao controle de vetores de doenças. 4 Para efeito da apuração da aplicação dos recursos mínimos, serão consideradas, entre outras, despesas com ações e serviços públicos de saúde as referentes: ao investimento na rede física do SUS, exceto a execução de obras de www.romulopassos.com.br 15 MENTORIA FGV - EBSERH recuperação, reforma, ampliação e construção de estabelecimentos públicos de saúde; e à remuneração do pessoal inativo da área de saúde em atividade nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais. 5 Para efeito da apuração da aplicação dos recursos mínimos, serão consideradas, entre outras, despesas com ações e serviços públicos de saúde as referentes: às ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e imprescindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde; à gestão do sistema público de saúde e operação de unidades prestadoras de serviços públicos de saúde; e ao custeio e investimento em hospitais universitários federais, inclusive por meio de entidade pública responsável por sua administração, desde que as despesas sejam aprovadas pelo Ministério da Educação e estejam de acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nesta Lei Complementar. 6 Não constituirão despesas com ações e serviços públicos de saúde, para fins de apuração dos percentuais mínimos de que trata esta Lei Complementar, aquelas decorrentes, entre outros, de: pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive dos servidores da saúde; pessoal ativo da área de saúde quando em atividade alheia à referida área; assistência à saúde que não atenda ao princípio de acesso integral; merenda escolar e outros programas de alimentação, ainda que executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto no inciso II do art. 3º (recuperação de deficiências nutricionais); saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa finalidade; e limpeza urbana e remoção de resíduos. 7 Não constituirão despesas com ações e serviços públicos de saúde, para fins de apuração dos percentuais mínimos de que trata esta Lei Complementar, aquelas decorrentes, entre outros, de: preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelos órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por entidades não governamentais; ações de assistência social; obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de saúde; ações e serviços públicos de saúde custeados com recursos distintos dos especificados na base de cálculo definida nesta Lei Complementar ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da saúde; e remuneração de pessoal ativo e inativo dos hospitais universitários federais ou de entidade pública responsável por sua administração. 8 A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária anual. Em caso de variação negativa do PIB, o valor referido não poderá ser reduzido, em termos nominais, de um exercício financeiro para o outro. 9 Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam o art. 157, a alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios. 10 Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º do art. 159, todos da Constituição Federal. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm www.romulopassos.com.br 16 MENTORIA FGV - EBSERH 11 O Distrito Federal aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% do produto da arrecadação direta dos impostos que não possam ser segregados em base estadual e em base municipal. 12 Os recursos da União serão repassados ao Fundo Nacional de Saúde e às demais unidades orçamentárias que compõem o órgão Ministério da Saúde, para ser aplicados em ações e serviços públicos de saúde. 13 O repasse dos recursos para custeio e investimento em hospitais universitários federais, exceto os oriundos de emendas parlamentares, poderá ser realizado por meio de descentralização de créditos orçamentários do Fundo Nacional de Saúde para essas instituições ou para entidade pública responsável por sua administração (incluído pela Lei Complementar nº 209/2024). 14 Os recursos da União previstos nesta Lei Complementar serão transferidos aos demais entes da Federação e movimentados, até a sua destinação final, em contas específicas mantidas em instituição financeira oficial federal, observados os critérios e procedimentos definidos em ato próprio do Conselho Nacional de Saúde. 15 A movimentação dos recursos repassados aos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deve realizar-se, preferencialmente, mediante cheque nominativo, ordem bancária, transferência eletrônica disponível ou outra modalidade de saque autorizada pelo Banco Central do Brasil, em que fique identificada a sua destinação e, no caso de pagamento, o credor. 16 O Fundo de Saúde, instituído por lei e mantido em funcionamento pela administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, constituir-se-á em unidade orçamentária e gestora dos recursos destinados a ações e serviços públicos de saúde, ressalvados os recursos repassados diretamente às unidades vinculadas ao Ministério da Saúde. 17 O Ministério da Saúde definirá e publicará, anualmente, utilizando metodologia pactuada no Conselho Nacional de Saúde e aprovada pela comissão intergestores tripartite, os montantes a serem transferidos a cada Estado, ao Distrito Federal e a cada Município para custeio das ações e serviços públicos de saúde. 18 Os recursos destinados a investimentosterão sua programação realizada anualmente e, em sua alocação, serão considerados prioritariamente critérios que visem a reduzir as desigualdades na oferta de ações e serviços públicos de saúde e garantir a integralidade da atenção à saúde. 19 O Poder Legislativo manterá os Conselhos de Saúde e os Tribunais de Contas de cada ente da Federação informados sobre o montante de recursos previsto para transferência da União para Estados, Distrito Federal e Municípios com base no Plano Nacional de Saúde, no termo de compromisso de gestão firmado entre a União, Estados e Municípios. 20 Os recursos do Fundo Nacional de Saúde, destinados a despesas com as ações e serviços públicos de saúde, de custeio e capital, a serem executados pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios serão transferidos diretamente aos respectivos fundos de saúde, de forma regular e automática, dispensada a celebração de convênio ou outros instrumentos jurídicos. www.romulopassos.com.br 17 MENTORIA FGV - EBSERH 21 Mesmo em situações específicas, os recursos federais não poderão ser transferidos aos Fundos de Saúde por meio de transferência voluntária realizada entre a União e os demais entes da Federação. 22 O rateio dos recursos dos Estados transferidos aos Municípios para ações e serviços públicos de saúde será realizado segundo o critério de necessidades de saúde da população e levará em consideração as dimensões epidemiológica, demográfica, socioeconômica e espacial e a capacidade de oferta de ações e de serviços de saúde, observada a necessidade de reduzir as desigualdades regionais. 23 Os Planos Estaduais de Saúde deverão explicitar a metodologia de alocação dos recursos estaduais e a previsão anual de recursos aos Municípios, pactuadas pelos gestores estaduais e municipais, em comissão intergestores bipartite, e aprovadas pelo Conselho Estadual de Saúde. 24 O Poder Executivo manterá o respectivo Conselho de Saúde e Tribunal de Contas informados sobre o montante de recursos previsto para transferência do Estado para os Municípios com base no Plano Estadual de Saúde. 25 As transferências dos Estados para os Municípios destinadas a financiar ações e serviços públicos de saúde serão realizadas diretamente aos Fundos Municipais de Saúde, de forma regular e automática, em conformidade com os critérios de transferência aprovados pelo respectivo Conselho de Saúde. 26 Em situações específicas, os recursos estaduais poderão ser repassados aos Fundos de Saúde por meio de transferência voluntária realizada entre o Estado e seus Municípios. 27 Os Estados e os Municípios que estabelecerem consórcios ou outras formas legais de cooperativismo, para a execução conjunta de ações e serviços de saúde e cumprimento da diretriz constitucional de regionalização e hierarquização da rede de serviços, poderão remanejar entre si parcelas dos recursos dos Fundos de Saúde derivadas tanto de receitas próprias como de transferências obrigatórias, que serão administradas segundo modalidade gerencial pactuada pelos entes envolvidos. 28 Os órgãos gestores de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios darão ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, das prestações de contas periódicas da área da saúde, para consulta e apreciação dos cidadãos e de instituições da sociedade, com ênfase no que se refere: à comprovação do cumprimento do disposto nesta Lei Complementar; ao Relatório de Gestão do SUS; e à avaliação do Conselho de Saúde sobre a gestão do SUS no âmbito do respectivo ente da Federação. 29. O gestor do SUS em cada ente da Federação elaborará Relatório detalhado referente ao bimestre anterior, o qual conterá, no mínimo, as seguintes informações: montante e fonte dos recursos aplicados no período; auditorias realizadas ou em fase de execução no período e suas recomendações e determinações; e oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada, cotejando esses dados com os indicadores de saúde da população em seu âmbito de atuação. 30 O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, do sistema de auditoria do SUS, do órgão de controle interno e do Conselho de Saúde de cada ente da Federação, sem prejuízo do que dispõe esta Lei Complementar, fiscalizará o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que diz respeito: à elaboração e execução do Plano de Saúde Plurianual; ao cumprimento das metas para a saúde estabelecidas na lei de www.romulopassos.com.br 18 MENTORIA FGV - EBSERH diretrizes orçamentárias; à aplicação dos recursos mínimos em ações e serviços públicos de saúde, observadas as regras previstas nesta Lei Complementar; às transferências dos recursos aos Fundos de Saúde; à aplicação dos recursos vinculados ao SUS; e à destinação dos recursos obtidos com a alienação de ativos adquiridos com recursos vinculados à saúde. www.romulopassos.com.br 19 MENTORIA FGV - EBSERH GABARITO História da Saúde no Brasil 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. SUS na Constituição Federal – 1988 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. www.romulopassos.com.br 20 MENTORIA FGV - EBSERH Lei nº 8.080/1990 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50 51. 52. 53. 54. 55 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. www.romulopassos.com.br 21 MENTORIA FGV - EBSERH Lei nº 8.142/1990 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Decreto nº 7.508/2011 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. www.romulopassos.com.br 22 MENTORIA FGV - EBSERH Resolução do CNS nº 453/2012 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 11. 12. Lei Complementar nº 141/2012 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. www.romulopassos.com.br 23 MENTORIA FGV - EBSERH SUS na Constituição Federal - 1988