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DISCIPLINA: GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO I 
PROFESSORAS: LÚCIA XAVIER E BRUNA PATRÍCIA S. BRAGA 
 
 
 
 
O Trabalho 
 
O trabalho e a força do trabalho estão passando por mudanças maiores do que em qualquer outra 
época desde o inicio da revolução industrial. 
 
O trabalho pode ter uma conotação desfavorável ou favorável, no entanto desde primórdios o 
trabalho tem ocupado um posição fundamental da organização social e na consciência do ser humano. O 
trabalho é algo genuinamente humano, exclusivo da nossa espécie. 
 
Nos últimos dois séculos tem constituído tema de preocupação, desde a Revolução Industrial. 
Peter Drucker considera a administração científica de Taylor consitui a mola mestra que impulsionou o 
aumento de riqueza, nos últimos setenta anos e elevou o padrão de vida dos trabalhadores nos países 
desenvolvidos. O autor considera que Frederick W. Taylor lançou os alicerces, porém pouca evolução 
tivemos desde a sua morte, em 1915. 
 
“Há a fisiologia industrial, que trata das relações entre, de um lado, coisas como a iluminação, a 
velocidade das máquinas e das ferramentas, a disposição do ambiente do trabalho, e assim por diante; é, 
do outro, o ser humano, que é o trabalhador. Nessa área, os estudos fundamentais foram feitas no início 
do século, como os do psicólogo alemão Hugo Muenstergerg, a respeito da fadiga e da visão. Já o inglês 
Cyril Burt pode ser chamado o pai da psicologia industrial. No decorrer da Primeira Guerra Mundial, ele 
estudou as aptidões, isto é, as relações que existem dentre as exigências do trabalho braçal específico e a 
habilidade física, a coordenação motora e as relações dos trabalhadores individualmente considerados. 
Finalmente, trabalhando principalmente em Harvard e também no início do século, o australiano Elton 
Mayo criou as relações humana, isto é, o estudo das relações que ocorrem entre as pessoas que 
trabalham juntas – embora nas relações humanas o trabalho em si, isto é, a tarefa a ser executada, 
recebesse muito pouca atenção.” 
 
 
A evolução do trabalho ao longo da historia 
 
 O trabalho evoluiu ao longo da historia, o trabalho é uma necessidade natural do ser humano em 
relação a sua própria adaptação ao meio ambiente. Exigência para que o homem satisfizesse as suas 
necessidades. No entanto o trabalho evoluiu, novas necessidades surgiram e novos contextos sociais 
sofreram influencia das relações de trabalho bem como também as influenciou. 
 
 A comunidade primitiva se valia de instrumentos rudimentares, tais como facas, machado e 
pedras, era a forma que o homem primitivo, aliado ao uso dos seus músculos enfrentava a natureza e dela 
tirava seu alimento e os recursos necessários para a sua existência. 
 
 O homem desenvolve a força produtiva , domestica animais, desenvolve a agricultura e a indústria 
artesanal e a sua forma de convívio social. As tribos de decompõem em famílias e surge a propriedade 
particular. 
 
 
 O regime feudal tem como característica a distribuição de terra (feudos) aos camponeses em troca 
da proteção militar por parte dos senhores feudais. Os servos eram semi-livre, mas eram obrigados a viver 
em sociedade pagar tributos pela proteção militar. 
 
 
A escravidão aparece quando a base da relação de produção 
passa para a propriedade privada. No regime escravista 
permanece a divisão do trabalho e a especialização, as 
ferramentas ficam mais sofisticadas e a abundância de mão 
de obra permite a construção de grandes empreendimentos e 
a parte ociosa (livre) desta população passa a dedicar as 
ciências e as artes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Neste contexto, eleva-se a Revolução Francesa (1789), o capitalismo se desenvolve e a revolução 
industrial significou o maravilhoso aumento na produção material e o rendimento da forma de trabalhar. E 
daí duas classes se consolidam: 
 
 A classe capitalista ou a alta burguesia, possuidoras dos meios de produção; 
 A classe do proletariado ou trabalhista que vende a sua força de trabalho à classe capitalista 
(burguesia) em troca de um salário, nem sempre condizente com as suas necessidades. 
 
 Existe o “trabalho” e o trabalhar, ambos são dependentes, se ninguém trabalhar não existirá a 
atividade do trabalho. No entanto, embora dependentes , ambos são diferentes entre si. O trabalho é 
impessoal e objetivo, o trabalho pode ser medido, no entanto o mais intangível dos trabalhos é externo e 
independente ao trabalhador. 
 
 Os gestores precisam entender a dinâmica entre o trabalho (objetivo e impessoal) da atividade de 
trabalhar (dinâmica, situada na esfera dos seres humanos). Cabe aos gestores promoverem o trabalho 
produtivo e o trabalhador realizado. 
 
 No entanto, a medida em que evolui o trabalho e o ato de trabalhar, significativas e rápidas 
mudanças vão acontecendo ao longo do processo. Do trabalho escravo, ao trabalhador como parte 
importante do processo produtivo. 
 
 Nos dois últimos séculos o trabalhador deixa os serviços que eram executados em suas casas, 
sozinhos para concentrarem-se em organizações, dentro de dinâmicas mais complexas. 
 
 
 No entanto, a luta elevou-se na comunidade 
feudal, os camponeses não aceitavam a opressão 
feudal e exigiam o direito de gerenciarem 
livremente o produto do seu trabalho. Neste 
cenário a burguesia, classe portadora de um novo 
sistema de produção, que precisava de um 
contingente de mão de obra livre e a corte que 
lutava pela permanência das taxas pagas para o 
seu sustento. 
 
 
 O trabalho, antes basicamente braçal transforma-se em trabalho com ideias, abstrações e teorias. 
Não estamos falando de um alto nível de escolaridade mas sim de uma capacidade mental. 
 
 Peter Drucker, neste contexto, afirma que vive-se a crise do trabalho braçal. Assevera que o 
trabalhador braçal, desde a primeira grande guerra aos dias atuais conquistou significativas melhorias 
econômicas e de direitos e um poder político cada vez maior. O entanto “ o filho da Revolução Industrial” 
vem lutando para conseguir segurança econômica e posição dentro da sociedade industrial. O trabalhador 
intelectual, em ascensão ameaça o trabalhador braçal. Não que este cenário seja consequência de 
medidas tomadas pelas direções das empresas, mas por pressões geradas pelo desenvolvimento social. 
 
 O autor aponta a tendência dos países desenvolvidos, onde os membros, inteligentes, ambiciosos 
e capazes permanecem mais tempo nas instituições de ensino, além do se mantiveram o trabalhador 
braçal. 
 
 
Os desafios para se dirigir o trabalhador intelectual 
 
 Peter Drucker considera que temos menos informações para lidar com o trabalhador intelectual do 
que tínhamos para lidar com o trabalhador braçal. 
 
 No entanto, existe alguma vantagens nisto, o autor considera que pelo fato do trabalhador 
intelectual, não ter, como o trabalhador braçal uma longa historia de disputa e rancores, os caminhos a 
serem percorridos poderão contar com diretrizes mais acertadas. 
 
“Pode dirigir-se para o futuro e na para o desfazimento do 
passado, para as oportunidades e não para os problemas.” 
 
Para dirigir o trabalhador intelectual necessita-se de uma liderança de alta qualidade, imaginação e 
coragem excepcionais. Peter Drucker comenta que a arma do medo, muito utilizado com o trabalhador 
braçal, simplesmente não constituí ameaça ao trabalhador intelectual. O trabalhador intelectual não produz 
mais quando sente medo, mas sim, quando estão automotivados e autodirigidos. Para produzirem, o 
trabalhador intelectual precisa se sentir realizado. 
 
Não se mede produtividade do trabalhador intelectual, como se mede a produtividade do 
trabalhador braçal, não se pode medir o trabalho pela quantidade produzida e sim pela sua contribuição 
para o lucro. 
 
Enquanto o medo não funciona como agente motivador, não existe o desgaste darelação 
trabalhador intelectual e organização (empresa). Drucker considera que “ninguém, a não ser o próprio 
trabalhador intelectual, poderá chegar a dizer o eu é que, no seu trabalho, na execução do seu serviço, na 
sua posição social, no seu orgulho pessoal, capaz de fazê-lo sentir que presta uma contribuição própria, 
que trabalha bem, que corresponde aos seus valores e se realiza.” 
 
Comentamos sobre as forças do trabalho braçal e do trabalhador intelectual, no entanto outros 
“segmentos da força trabalhadora” precisam ser considerados, tais como: as mulheres, os jovens e os 
idosos. 
 
O autor destaca que “os três maiores desafios à direção do trabalho e do trabalhar são adventos de 
uma sociedade de empregados, a nova posição psicológica e social do trabalhador braçal. E neste 
contexto aparece figura do trabalhador intelectual como o centro econômico e social daquilo que algumas 
pessoas chamam agora sociedade pós-industrial” 
 
“A mudança ocorrida na estrutura e no caráter do trabalho exigiu que este proporcione mais do que 
meras vantagens puramente econômicas. Propiciar um meio de vida já não basta mais. O trabalho deve 
também proporcionar a vida. Isso significa que tornar o trabalho produtivo será mais importante do que 
nunca. Ao mesmo tempo, tanto o trabalhador braçal, dentro da sua profunda insegurança psicológica, 
como o trabalhador intelectual, dentro da sua nova e mal definida posição, esperam que o trabalho lhes 
proporcione satisfações não materiais, de natureza psicológica social. Eles não esperam que o trabalho 
seja necessariamente agradável, mas que seja realizador.” 
 
No entanto os administradores não têm tempo para aguardarem os resultados dos estudos 
referentes ao trabalhador e o trabalho. Drucker destaca que “o trabalhador deve, pois, ser conduzido de 
conformidade com a lógica do trabalho e dinâmica de trabalhar.”. 
 
 
 
 
 
 
 
DRUCKER, Peter F. Introdução à Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. pag 196-214.

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