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Escala de Autoavaliação do Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade Versão para Crianças e Adolescentes - - ETDAH - CriAd Edyleine Bellini Peroni Benczik MEMNONFicha Síntese Objetivo: A Escala de Autoavaliação do TDAH CriAd (Versão para Crianças e Adolescentes) pretende trazer o entendimento da própria criança e do adolescente a respeito dos possíveis prejuízos de atenção, hiperatividade / impulsividade, bem como a intensidade do prejuízo (moderado ou grave). A partir dos resultados obtidos, pode-se elaborar um plano de intervenção psico- lógica, neuropsicológica, médica, escolar, social, psicopedagógica e psicoedu- cativa. Pretende também, servir como medida de acompanhamento, ou seja, de monitoramento dos benefícios alcançados pós-intervenção, verificando-se a necessidade de um redirecionamento do plano interventivo. Público-alvo: Crianças e Adolescentes com idades entre 6 e 15 anos. Composição: Manual de Instruções (este volume) e Folhas de Aplicação e Protocolo de Avaliação e Análise dos Dados (arquivos digitais). Aplicação: Individual ou coletiva. É necessária apenas a utilização de uma caneta ou lápis preto para preenchimento na folha de respostas. A escala é autoadministrável (a própria criança ou adolescente a responde). Estudos psicométricos: (a partir da coleta de dados no ano de 2014). Foram identificadas, por meio da análise fatorial exploratória, as evidências de validade baseadas na estrutura interna (validade fatorial) da escala. A pre- cisão foi avaliada por meio da análise da consistência interna com base nos índices de Alpha de Cronbach, Lambda 2 de Guttman e de correlação item- total para a escala geral e os fatores. Foram investigadas as influências das variáveis: sexo, escolaridade, idade e tipo de escola (particular ou pública) no desempenho dos participantes por meio de comparação entre as médias e, aferida a magnitude do efeito, por meio da medida de associação eta ao qua- drado Adicionalmente, foi aferido o grau de eficácia do instrumento: grupo amostral (n=372). Normas: As normas foram estabelecidas por meio do cálculo de percen- tis, de modo a permitir que os resultados de um indivíduo sejam comparados ao grupo Foram obtidas em uma amostra de 372 crianças e adoles- centes, de ambos os sexos, de quatro cidades do interior de São Paulo e da capital paulista, cujas escolaridades variaram entre o Ensino Infantil, o Ensino Fundamental I e II. 41. Apresentação A elaboração desta escala surgiu em função da carência de instrumentos brasileiros validados e padronizados para a população brasileira que auxiliem na captação de informações do quadro de TDAH, tendo a própria criança ou adolescente como fonte de informação. Há poucos questionários de compor- tamentos disponíveis no contexto brasileiro e mundial que se proponham à autoavaliação do TDAH, e os mais comuns são voltados para a vida adulta. A ETDAH-CriAd tem o objetivo de captar, de forma breve, rápida e prá- tica, os sintomas primários e/ou nucleares do TDAH. Este instrumento pretende, então, prestar uma contribuição aos pesquisa- dores, psicólogos, neuropsicólogos, médicos e demais profissionais da saúde e da educação, a fim de subsidiar a prática profissional tanto na fase de identifi- cação da problemática quanto na fase de compreensão das dificuldades en- frentadas, possibilitando, assim, a elaboração de um plano de intervenção. A teoria que fundamentou a elaboração desta escala está em consonância com a literatura nacional e internacional sobre o tema, somando-se às anota- ções e ao registro de relatos de crianças e adolescentes durante a experiência clínica de mais de 28 anos de atendimento A escala ETDAH-CriAd conta com 22 itens organizados em dois fatores, que refletem dois subdomínios que são comuns entre crianças e adolescentes com TDAH: 1) Hiperatividade / Impulsividade e 2) Déficit de Atenção. Os resultados podem ser obtidos de forma quantitativa, por meio de uma análise sobre o desempenho do sujeito, com base em normas percentílicas, elaboradas a partir de estudos estatísticos que enfatizaram a variável faixa etária para diferenciar o grupo amostral. Os estudos de validade, análise de itens e de precisão permitiram considerar que a ETDAH-CriAd (Escala de Autoavaliação do TDAH Versão para Crianças e Adolescentes) se mostrou válida para avaliar o transtorno com bons índices de precisão. Este instrumento se mostrou capaz de avaliar e discriminar comporta- mentos, tornando-se um recurso valioso no auxílio da quantificação dos autor- relatos de crianças e adolescentes que, por muitas vezes, são nebulosos, pro- porcionando ao profissional da saúde e da educação a possibilidade de trans- formar uma informação de caráter subjetivo em uma forma mais 5Uma ressalva se torna aqui importante: as escalas não fazem elas nos servem de rastreamento na identificação de mas não devem ser utilizadas como instrumentos substituindo, por exemplo, uma avaliação mais completa e abrangente, tal como a psicológica, psicopedagógica, neuropsicológica e/ou médica. No item 2 Introdução, o leitor encontrará uma revisão teórica sobre o quadro do TDAH, seus sintomas e a sua manifestação, bem como sobre a importância da utilização de escalas de avaliação do transtorno, quando são ressaltadas as vantagens e limitações desse método. No item 3, é descrita a construção da escala com respectivos estudos psi- cométricos de validade fatorial e de precisão. Há também a descrição da p e amostra e dos dados normativos, e a apresentação das tabelas normativas, tanto da amostra geral quanto das diferentes faixas etárias do grupo amostral. ta O item 4 contém os dados de administração da escala, como as instru- ções para a aplicação, a correção e a interpretação dos resultados. Há, tam- bém, dois exemplos de casos clínicos, com respectivos protocolos respondi- m dos e com a análise e a interpretação dos dados obtidos. m O último item é composto da relação das referências citadas neste manual. M V ra te d m m es (p te 62. Introdução O TDAH é uma desordem neurobiológica que afeta entre 3% e 7% da população infantil, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo. Hoje, estima-se que 50% a 80% das pessoas que tiveram TDAH na infância conti- nuam a apresentar, na vida adulta, sintomas significativos associados a impor- tantes prejuízos em diversas esferas da vida A proporção encontrada do TDAH entre os sexos é de 1,5 menino para cada menina; em ambulatórios essa proporção é de 10 meninos para cada menina. O subtipo desatento é o mais encontrado entre as meninas e causa menor impacto social, gerando subdiagnóstico e pouco acesso a A quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais classifica o TDAH como um transtorno do neurodesen- volvimento e o descreve como um conjunto de sintomas de desatenção, hipe- ratividade e impulsividade que se manifestam por meio de um padrão persis- tente e frequente ao longo do tempo e que interfere com o funcionamento ou desenvolvimento. Para esse diagnóstico, o indivíduo deve apresentar seis (ou mais) dos sintomas a seguir descritos que devem persistir por pelo menos seis meses, em um grau que seja inconsistente com o nível de desenvolvimento, e devem ter um impacto negativo diretamente sobre as atividades sociais, aca- dêmicas e/ou profissionais. Para adolescentes e adultos mais velhos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são obrigatórios. CRITÉRIO A 1. DESATENÇÃO Frequentemente: a) Deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido na escola, no trabalho ou durante outras atividades; b) Tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas (por exemplo, tem dificuldade em permanecer focado durante as palestras, conversas ou leitura longa); c) Parece não escutar quando lhe dirigem a palavra (por exemplo, a men- te parece divagar, mesmo na ausência de qualquer distração óbvia); d) Não segue instruções e não termina tarefas domésticas, escolares ou 7no local de trabalho (por exemplo, começa tarefas, mas rapidamente perde foco e é facilmente desviado); Outros e) Tem dificuldade em organizar tarefas e atividades (por exemplo, difi- de desatenção culdade no gerenciamento de tarefas sequenciais, dificuldade em manter os dos 12 anos d materiais e os pertences em ordem, é desorganizado no trabalho, administra exemplo, em mal o tempo, não cumpre prazos); outras atividad acadêmico ou f) Evita, não gosta ou está relutante em envolver-se em tarefas que exi- esquizofrenia jam esforço mental constante (por exemplo, trabalhos escolares ou trabalhos por outro de casa ou, para os adolescentes mais velhos e adultos, elaboração de ansiedade, tra rios, preenchimento de formulários etc.); O diagn g) Perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por exemplo, ma- Desatenção teriais escolares, lápis, livros, ferramentas, carteiras, chaves, documentos, vidade, ou p óculos, telefones móveis); ratividade cial, no h) É facilmente distraído por estímulos externos; seis sintoma i) Esquece de realizar atividades diárias (por exemplo, fazer tarefas esco- leve, moder lares e, no caso de adolescentes e adultos mais velhos, retornar chamadas telefônicas, pagar contas, manter compromissos). transtorno 2. HIPERATIVIDADE / IMPULSIVIDADE com os per vidade. Ess Frequentemente: do adolesc a) Agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira; relativo à b) Levanta-se ou sai do lugar em situações que se espera que fique sentado quências. falar em d (por exemplo, deixa o seu lugar na sala de aula, no escritório ou em outro local inteira, in de trabalho, ou em outras situações que exigem que se permaneça no local); facilidade c) Corre ou escala em situações em que isso é inadequado (em adoles- promissos centes ou adultos, esse sintoma pode ser limitado a sentir-se inquieto); As d) É incapaz de jogar ou participar de atividades de lazer calmamente; inapropria sentam e) Não para ou frequentemente está a "mil por hora" (por exemplo, não é concentra capaz de permanecer ou fica desconfortável em situações de tempo prolonga- e pouca a do, como em restaurantes e reuniões); O f) Fala em excesso; como g) Deixa escapar uma resposta antes de a pergunta ser concluída (por exem- apresenta plo, completa frases das pessoas; não pode esperar por sua vez nas conversas): dificulda h) Tem dificuldade em esperar a sua vez (por exemplo, esperar em fila); família. ainda m i) Interrompe ou se intromete com os outros (por exemplo, intromete-se em conversas, jogos ou atividades, começa a usar as coisas dos outros sem Du pedir ou receber permissão). muns 8Outros critérios se fazem necessários para diagnóstico: Os sintomas de desatenção devem estar presentes antes S dos 12 anos de idade; devem estar presentes em dois ou mais contextos (por em casa, na escola ou trabalho, com os amigos ou familiares; em a outras atividades); interferem ou reduzem a qualidade do funcionamento acadêmico ou ocupacional e não ocorrem exclusivamente durante () curso da esquizofrenia ou de outro transtorno psicótico, e não são mais bem explicados S por outro transtorno mental (por exemplo, transtorno de humor, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo, transtorno de personalidade). O diagnóstico pode ser categorizado pela apresentação dos sintomas de Desatenção e ou pela apresentação dos sintomas de Hiperatividade / Impulsi- vidade, ou pela apresentação dos sintomas associados de Desatenção e Hipe- ratividade / Impulsividade. Poderá, ainda, ser categorizado em Remissão Par- cial, no caso de a pessoa apresentar alguns dos sintomas, mas não todos os seis sintomas necessários. O nível de intensidade do quadro pode variar de leve, moderado a grave, conforme descreve o DSM-5. (22) O Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade, ou TDAH, é um transtorno do desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas com os períodos de atenção, com o controle do impulso e com o nível de ati- vidade. Esses problemas são refletidos em prejuízos na vontade da criança e do adolescente em sua capacidade de controlar o próprio comportamento, relativo à passagem do tempo em ter em mente futuros objetivos e conse- quências. Há também a manifestação de excesso de agitação, inquietação, falar em demasia, interromper os outros, responder antes de ouvir a pergunta inteira, incapacidade para protelar respostas, como também distrair-se com facilidade, não prestar atenção a detalhes, dificuldade em memorizar com- promissos, organizar e realizar tarefas, perder objetos, entre As crianças e adolescentes com TDAH demonstram níveis de atenção inapropriados para a idade, são impulsivas e, geralmente, hiperativas. Apre- sentam dificuldades em seguir regras e normas, controlar os impulsos, baixa concentração, alteração de memória, falhas na organização e em planejamento e pouca autonomia. O transtorno envolve uma grande pluralidade de dimensões implicadas também como comportamentais, intelectuais, sociais e Podem escolar apresentar problemas de conduta, agressividade, pobre rendimento conflitos e dificuldades sociais, especialmente relacionadas com os amigos e intensifica na família. Também podem ter baixa tolerância à o que ainda mais os seus conflitos em casa e na Du Paul et relacionaram seis de deficiências que são co- muns entre crianças e adolescentes com TDAH, a saber: 91) Relacionamento com outros membros da família e professores; 2) Relacionamento entre pares frequentemente prejudicado entre as cri- anças com TDAH; de fracasso anças sem 1 3) Funcionamento acadêmico que é, talvez, o comprometimento mais Em es comum entre crianças com Rohde et al 4) Funcionamento comportamental (imparidade devida a comportamento desempenh disruptivo tem sido universalmente reconhecida e é extremamente comum escolar de entre crianças e adolescentes com hiperatividade apresentações hiperativas sempenho O alu impulsivas e combinadas do TDAH); lectual, po 5) Tarefas de casa, que são comumente prejudicadas entre crianças e ça, mas o adolescentes com esse transtorno, essa dificuldade está associada com pro- transtorno blemas acadêmicos e comportamento disruptivo; onal do e 6) A autoestima muitas vezes está prejudicada em crianças e adolescen- para o pr tes com TDAH, devido à quantidade desproporcional de feedbacks punitivos favorecer que recebem dos adultos e dos seus pares. as Não é imaginar o grande impacto que esse transtorno exerce na vida familiar, social e educacional da criança. O TDAH configura um dos Pe maiores desafios para pais e aspecto O TDAH, infelizmente, não reflete um estado temporário que será supe- tas, rado ou uma fase probatória da infância. Não é causado por falta de disciplina to, ou controle parental, assim como não é o sinal de algum tipo de "maldade" da não criança ou do Os sintomas aparecem, frequentemente, cedo na vida da criança, mas se três ca tornam ainda mais graves com o seu ingresso na escola. Durante o processo postas de aprendizagem escolar a criança necessita corresponder às expectativas e exigências escolares, seja para focar mais a sua atenção, para permanecer da po sul sentada por muito tempo, seja para manter-se disciplinada, seguir as regras não classe e realizar as atividades propostas em tempo hábil. Quando uma criança ou se levanta, sem permissão, está distraída ou não segue as instruções, não é só ment porque tem o TDAH, mas porque há uma deficiência crônica complexa en- para de volvida em processos de autocontrole e na capacidade de inibir respostas ne- gativas a um estímulo, mesmo que o aluno esteja consciente das cias, o que o predispõe a enfrentar dificuldades para fazer o que se espera acen Estudiosos têm apontado essas dificuldades como um prejuízo nas Funções tornando o ambiente escolar uma das áreas mais com- prometidas na vida do Entre 6% e 20% dos alunos com TDAH apresentam baixo desempenho de Entretanto, se os critérios como repetência, notas baixas e suspen- são utilizados, as taxas podem variar entre 10% e 50%, tanto que o risco 10de fracasso escolar se torna de duas a três vezes maior do que em outras cri- as cri- anças sem TDAH, mas com inteligência Em estudo realizado no PRODAH em Porto Alegre, conduzido por mais Rohde et identificou-se que 81% das crianças com TDAH apresentaram desempenho inferior ao esperado para a sua faixa de escolaridade, com atraso mento escolar de pelo menos um ano ou mais, e que apenas 19% apresentaram de- sempenho escolar compatível com o esperado para a sua idade. omum tivas / O aluno com TDAH não difere de outros alunos no funcionamento inte- lectual, pois o transtorno não afeta as capacidades cognitivas gerais da crian- ça, mas o TDAH representa um déficit de Dessa forma, esse nças e transtorno coloca em risco o desempenho escolar, que se constitui em uma n pro- experiência de vida que tem um enorme impacto no desenvolvimento emoci- onal do estudante e na sua família; a escola é um dos pilares de sustentação escen- para o progresso não só escolar, mas também no aspecto social e emocional, favorecendo o processo de aprendizagem, o desenvolvimento da autoestima, as relações interpessoais e a adaptação social do durante a sua infância e adolescência, o que repercute significativamente na sua vida adul- rce na m dos Pesquisas mais recentes apontam para a existência de déficits em alguns aspectos das funções executivas, entre as quais o déficit na inibição de respos- supe- tas, atenção sustentada, memória de trabalho não verbal e verbal, planejamen- ciplina to, noção de tempo, regulação da emoção, perseverança e na fluência verbal e de" da não Os problemas causados pelo TDAH parecem ser uma combinação de mas se três categorias que estão inter-relacionadas, a saber: a baixa inibição de res- ocesso postas, o baixo autocontrole e problemas com as funções executivas. A baixa tivas e inibição está relacionada com a dificuldade de uma pessoa parar, por um tem- anecer po suficiente, para pensar em algo que está prestes a fazer, e, sem essa pausa, gras da não consegue exercer o autocontrole. O autocontrole significa qualquer reação criança ou um conjunto de reações dirigidas a si mesmo e a um provável comporta- é só mento que levaria a fazer algo diferente daquilo que o primeiro impulso ditou xa en- para que a pessoa fizesse. Pode-se pensar a inibição como sendo um sistema tas ne- de freio equên- O TDAH promove prejuízo de autorregulação, ou seja, acarreta uma espera acentuada dificuldade em fazer uma integração bem-sucedida entre a emoção nas (o que a pessoa sente) e a cognição (o que a pessoa sabe, pode e deve fazer), S com- resultando em um comportamento apropriado. (25) As diversas manifestações do transtorno e suas diferentes apresentações, penho de acordo com as características individuais, idade, condições ambientais e de manejo por parte dos adultos, fazem com que as crianças, os adolescentes e os risco 11adultos com TDAH constituam um grupo muito amplo, diverso e neo. Isso apresenta demandas especiais para a avaliação, tornando-se ria uma abordagem multidimensional e multidisciplinar em que se utilizem instrumentos de natureza diversa que reflitam estas diferenças e a participação de especialistas de diversas A identificação do quadro assume relevância peculiar, pois a identifica- ção precoce determinará a extensão em que as dificuldades de atenção e hipe- ratividade estão interferindo nas habilidades acadêmicas, afetivas e possibilitando o estabelecimento de uma proposta de prevenção de antes do seu agravamento, evitando, assim, a exacerbação dos sintomas, grave nível de prejuízos e o grau de sofrimento do Uma avaliação do TDAH envolve tipicamente múltiplos componentes que podem incluir entrevistas diagnósticas com a criança, seus pais e professores, escalas de avaliação do comportamento completadas por pais e professores, observação direta do comportamento e testes O uso de escalas contendo as descrições de comportamentos bem como a intensidade em que ocorrem se tornou, também, um procedimento de tradição na pesquisa dos sintomas do e já é consagrado na literatura interna- cional. O diagnóstico pode ser feito de modo confiável quando se utiliza de critérios bem definidos e que apresentem estudos de validade e A autoavaliação da criança e do adolescente a respeito do seu funciona- mento se torna importante fonte de informação, já que, por meio dela, o pro- fissional poderá analisar se a criança / adolescente possui consciência ou não da sua problemática. Algumas crianças e adolescentes poderão negar as suas dificuldades, não manifestando ciência ou não querendo assumi-las, enquanto outras poderão reconhecê-las com muita lucidez e propriedade, conforme é observado na prática clínica com as pessoas com TDAH. As listas e escalas de verificação de comportamentos se tornaram ele- mentos essenciais na avaliação e diagnóstico de problemas comportamentais. A disponibilidade de várias escalas com excelente confiabilidade e validade bem como dados normativos para uma ampla faixa etária de crianças tornam a sua incorporação ao protocolo de avaliação bastante conveniente, extrema- mente útil e, em muitos casos, simplesmente essencial para o estabelecimento e preciso das diferenças evolutivas em relação às crianças de mesma idade mesmo E, mesmo que ela não reúna toda a singularidade do indivíduo, exi- fornece informações relevantes referentes à extensão em que o indivíduo escolari- be certas características relativas a outros do mesmo sexo, idade ou relativas às Embora as informações sejam essencialmente aquelas contemplando dimensões predeterminadas e propostas pelo instrumento, não escalas são todas as dimensões e características pertinentes ao indivíduo, essas 12úteis e funcionam como "ferramentas mas não são exclusivas para a avaliação do (11) Como nenhum método é exclusivo, há certamente algumas desvantagens na utilização de escalas de avaliação, as quais têm sido amplamente discuti- e cujos principais pontos são: Reconhecimento sobre a capacidade do avaliador ao fornecer infor- mações precisas sobre o comportamento representado nos itens da escala; Representam a opinião de outros, e essas opiniões podem ser influen- ciadas pelas características intelectuais, sociais ou educacionais do avaliador; Fornecem informações apenas sobre algumas dimensões predetermi- nadas e relacionadas pela escala. 133. A construção da Escala de Hi For Autoavaliação do TDAH Ex Versão para Crianças e Adolescentes - Co lise Fat versão fator D A construção desta escala foi baseada no levantamento da literatura na- cional e internacional sobre as características comportamentais, emocionais e ESTU neuropsicológicas observadas em crianças e adolescentes com TDAH, segun- do os critérios diagnósticos descritos pelo bem como na cia clínica da autora durante a avaliação neuropsicológica e atendimento psi- da cológico de pessoas com TDAH. Também foi realizada pesquisa com escalas anális norte-americanas e pôde-se observar que há poucos instrumentos de autoava- liação de crianças e adolescentes para o TDAH. de va Esta escala foi composta, inicialmente, por 39 itens distribuídos em dois fatores relacionados ao TDAH e aos problemas dele decorrentes. É uma esca- de ite la do tipo Likert que gradua de 1 a 4 e possibilita ao avaliando escolher as cos d seguintes repostas: Cron (1) Nunca zada cas (2) Um pouco (3) Às vezes para (4) Sempre tipo de Des A seguir serão apresentados cada fator e um exemplo de item relaciona- do ao quadro de TDAH. Déficit de Atenção: col Formado por 22 itens consistentes com o TDAH. do Exemplo: da Presto atenção em outras coisas e me perco na lição. Pa 14Hiperatividade / Impulsividade: Formado por 17 itens consistentes com o TDAH. Exemplo: Mexo e balanço as pernas quando estou sentado. Com a realização dos estudos psicométricos, mais precisamente da Aná- lise Fatorial (que será descrita no próximo item deste manual), observou-se alteração no número de itens de cada fator, passando a conter 22 itens na sua versão final: 12 itens no fator Hiperatividade / Impulsividade e 10 itens no fator Déficit de Atenção. ra na- ESTUDOS PSICOMÉTRICOS nais e egun- eriên- Com a finalidade de investigar a estrutura fatorial bem como a precisão psi- da escala de TDAH, os itens do instrumento foram submetidos às seguintes scalas análises: oava- Análise Fatorial Exploratória: Com o intuito de analisar as evidências de validade baseadas na estrutura interna (validade fatorial) da escala e, por- tanto, verificar como os itens que compõem a escala se agrupam em conjuntos dois de itens, também chamados de fatores, de acordo com os pressupostos teóri- esca- cos das características avaliadas pela escala. as Consistência interna (precisão) da escala: Foi verificada a consistência interna dos itens que compõem a escala por meio do coeficiente de alfa de Cronbach e Lambda 2 de Guttman Guttman's Adicionalmente, foi reali- zada a análise de itens por meio da correlação item-total, que é uma das técni- cas estatísticas utilizadas para estabelecer o índice de discriminação do Comparação entre grupos: A análise de comparação entre as médias para investigar possíveis influências das variáveis sexo, escolaridade, idade e tipo de escola no desempenho dos sujeitos foi realizada por meio de análises de variância (ANOVA) e Teste t de amostras independentes. Descrição da Amostra iona- Após a elaboração dos itens iniciais da primeira versão da escala, foram coletados dados de uma amostra para a realização dos estudos psicométricos do instrumento. Para a coleta de dados, foram contatadas direções de escolas da rede particular e municipal de ensino de quatro cidades do interior de São Paulo e da capital paulista. Após permissão para a realização do estudo junto a 15cada os pais dos alunos foram contatados, e os filhos daqueles concordaram com sua participação no estudo responderam à A que ção ocorreu tanto de forma individual quanto coletiva e levou em média Na Tal minutos para ser realizada. Participou da pesquisa uma amostra não is a série esco 372 crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 15 anos, com escolaridade de na Tabela 2 entre Educação Infantil e Ensino Fundamental Após a tabulação dos seguido foi realizado um rastreio a fim de detectar inconsistências tais como valores (12%). omissos (missingvalues) e dados fora do padrão (outliers). Inicialmente foi avaliada a existência de outliers por meio da visual do boxplot, histograma e gráfico de normalidade Q-Q. Adicionalmente T foram aplicados os testes de Kolmogorov-Smirnow e Shapiro-Wilk para ção da suposição de normalidade dos dados na principal variável isto é, no escore geral bruto da amostra. Na inspeção visual, apenas protocolos apresentaram valores considerados como outliers. Todavia, quatro os testes estatísticos de Kolmogorov-Smirnow (D(372) = 0,035, p e Sha- piro-Wilk (D(372) = 0,995, p atestaram a suposição da normalidade da amostra. Portanto, os quatro protocolos identificados como valores fora da tendência do conjunto de dados foram mantidos na amostra, pois, além de não interferirem nos ajustamentos do modelo, a permanência dessas observações possibilita a generalidade dos resultados à população como um todo. A média de idade aferida foi de 10,17 anos de idade A Tabe- la apresenta os dados referentes à distribuição da amostra, com frequência absoluta e percentual, considerando a variável sexo e as faixas etárias do total dos participantes. A maior parte da amostra pertencia ao sexo masculino (57%). Em relação ao sexo feminino (43%), houve predominância da faixa etária entre 8 e 9 anos de idade (49%). Para o sexo masculino, a maior con- escola centração foi observada na faixa de 14 a 15 anos de idade (64%). tada escola Tabela 1. Distribuição dos participantes da amostra não clínica de acordo com o sexo e faixa etária. Sexo Faixa Etária Total o fa Feminino Masculino das N % N % N pret 6 a 7 anos 35 39 54 61 89 8 a 9 anos 26 49 27 51 53 ado 10 a 11 anos 47 44 60 56 107 Co 12 a 13 anos 30 45 37 55 67 14 a 15 anos 20 36 36 64 56 Total 158 43 214 57 372 16eles que Na Tabela 2 é apresentada a distribuição dos participantes de acordo com A aplica- a série escolar e grau de escolaridade dos sujeitos. Como pode ser observado 15 na Tabela 2, a maioria dos participantes (56%) cursava o Ensino Fundamental línica de I, seguido pelo Fundamental II (32%) e, por último, a Educação Infantil laridade (12%). dados, valores Tabela 2. Distribuição dos participantes da amostra não clínica Inspeção de acordo com o grau de escolaridade. almente, Série escolar N % Grau escolar N aferi- endente, Pré 3 0,8 Educação Infantil 45 S quatro 1° Ano 42 11,3 avia, os 2° Ano 45 12,1 ) e Sha- 3° Ano 39 10,5 Fundamental 208 halidade 4° Ano 44 11,8 fora da 5° Ano 80 21,5 de não 6° Ano 32 8,6 7° Ano 56 15,1 Fundamental II 119 8° Ano 31 8,3 A Tabe- Total 372 100 Total 372 quência do total asculino da faixa Na Tabela 3 são apresentados os dados gerais relativos a sexo e grau de ior con- escolaridade segmentados por tipo de escola (pública ou particular) frequen- tada pelos participantes. Do total da amostra, 64% estavam matriculados em escola da rede privada e 36% provinham da rede municipal de ensino. Validade do A validade de um teste se refere àquilo que o teste mede e quão bem ele al o É a validade que permitirá dizer que as interpretações feitas a partir das pontuações obtidas são confiáveis e têm relação com o construto que se pretende medir. Para verificar a validade da Escala de TDAH-CriAd, tendo crianças e adolescentes como fonte de informação, foi feito o estudo de Validade de Construto, por meio da Análise 17Tabela 3. Distribuição dos participantes da amostra não clínica de acordo com escola. Tipo de Escola Tab Sexo Grau Escolar Privada Pública mul Total N % N % Educação Infantil 20 87 3 N Fat 13 Fundamental 44 53 39 23 Feminino 47 83 Fundamental II 48 92 4 7 52 Total 112 71 46 29 158 Educação Infantil 15 68 7 32 22 Masculino Fundamental I 56 45 69 55 125 Fundamental II 53 79 14 20 67 Total 124 58 90 42 214 Educação Infantil 35 78 10 22 45 Total Fundamental I 100 48 108 52 208 Fundamental II 101 85 18 15 119 Total 236 64 136 36 372 nú da vi ANÁLISE FATORIAL O estudo foi realizado com os 39 itens iniciais da Escala de TDAH-CriAd, aplicados na amostra já descrita na seção anterior. Para um resultado mais objetivo, foi utilizado o teste de aderência à distribuição Normal de Kolmogo- rov-Smirnov (KS), o qual atesta a Normalidade da amostra observada no His- tograma (D(372) = 0,035, Para confirmar a possibilidade de fatora- ção da matriz de dados e do uso da análise fatorial como técnica estatística para este instrumento, foi efetuada a prova de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) e 0 Teste de Esfericidade de Bartlett. O resultado do KMO foi 0,92, valor consi- derado excelente pela literatura. (30, 31) O Teste de Esfericidade de Bartlett foi significativo = 4.688,249, pTabela 4. Autovalores, porcentagem de variância por fator e variância total acu- mulada inicial. Autovalores iniciais Extração da soma dos quadrados Fatores das cargas % de % Total % de Total % variância acumulada variância acumulada 1 10,262 26,314 26,314 9,691 24,849 24,849 2 2,415 6,192 32,506 1,835 4,705 29,554 3 1,754 4,498 37,004 1,173 3,008 32,562 4 1,424 3,651 40,655 0,832 2,134 34,696 5 1,29 3,307 43,962 0,673 1,727 36,423 6 1,195 3,064 47,026 0,603 1,545 37,968 7 1,093 2,803 49,83 0,48 1,231 39,199 8 1,04 2,667 52,496 0,439 1,126 40,325 número de fatores a ser extraído, fato que ocorre com frequência na literatura da área. Na sequência foi analisado o screeplot (Figura 1) para verificação visual do número de fatores a serem extraídos. Scree Plot 12 10 8 6 4 Número de Fatores Figura 1. Gráfico de sedimentação resultante da análise fatorial. 19meio de inspeção visual do screeplot, foi analisado o local em que Por representam os fatores, passam de uma inclinação acentuada para pontos, que (quase) horizontal, o que é denominado de critério de raiz uma inclinação (35) Considerou-se que é possível a retenção de dois ou três fatores de latente. (Figura 1). Para fins de comparação de métodos de retenção de fatores e me- a lhor precisão na tomada de decisão, foi aplicada a análise paralela (AP)(32) conjunto de dados. Por meio do programa Monte Carlo PCA, (35) utilizando ao tá to como parâmetros 39 variáveis, 372 participantes e 1.000 repetições, foi reco- ite mendada a retenção de três fatores. Tendo em mente que identificar as dimen- do sões subjacentes de um domínio é uma etapa de extrema importância na un dação de um instrumento de medida psicológica, pois pode acarretar custos de teóricos e práticos naqueles que fazem escolhas inadequadas, adicionalmente âr foi executada uma Análise Gráfica Exploratória (EGA) (27, 28) para aferir, tam- sa bém, o melhor número de fatores subjacentes, a qual indicou como adequada a extração de dois fatores (Figura 2). 28 Fator 1 Fator 2 24 6 33 38 35 8 22 30 1 36 25 34 5 4 26 12 29 23 13 3 2 31 15 37 18 17 16 19 7 32 9 10 14 27 20 21 39 11 Figura 2. Análise Gráfica Exploratória mostrando duas dimensões latentes em da- dos da Escala de Autoavaliação do Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperativi- dade - Versão para Crianças e Adolescentes. 20A comparação desses resultados com os estudos a demonstrou continuidade que do o modelo estudo. composto Com por dois fatores era teóricos o mais do construto táveis medida de para carga explicar para os os itens dados o intuito de foram encontrar adotados o melhor adequado modelo para de itens fatorial carga fatorial maior ou igual seja, foram mantidos acei- todos os itens que possuíam aqueles acima de ou como valores um excluídos por serem considerados em mais de dos fator também foram Os itens que carregaram considera- pouco com carga representativos abaixo do de 0,40 foram excluídos por a serem Todos os ância, de discriminação. valor esse adequado A composição final dos dois fatores explicou com 49% baixo poder saturações para cada item do instrumento fatoriais segundo a literatura. (18, 36) A Tabela 5 apresenta da vari- as Tabela 5. Matriz fatorial rotacionada matriz padrão. ITENS FATORES 1 2 36. Não consigo esperar o tempo suficiente para ter aquilo que quero 0,675 38. Me acham agitado/a (inquieto/a) 0,651 29. Sou teimoso (a) 0,648 35. Tenho muita pressa para fazer as coisas 0,637 37. Todos falam que eu sou barulhento (a) 0,619 31. Quando percebo já falei ou fiz coisas erradas 0,614 26. Dizem que falo muito 0,594 24. Mexo e balanço as pernas, quando estou sentado (a) 0,539 23. Eu me levanto da cadeira durante a aula 0,492 30. Me movimento muito (me mexo muito) 0,474 25. Não tenho paciência de esperar (por exemplo, na fila) 0,470 34. Vivo correndo, ou subindo nos sofás, ou em muros ou muretas 0,454 14. Preciso de mais tempo para terminar as tarefas 15. Presto atenção em outras coisas e me perco na lição 0,625 4. É difícil, para mim, fazer os exercícios e as provas 19. Minha mãe tem que me lembrar de fazer as coisas 7. Para mim é difícil aprender coisas novas 10. Meu caderno é desorganizado 0,543 16. Erro nas lições por falta de atenção 0.542 20. É terminar o que começo 0.469 5. Minhas notas estão ruins 2. Me perco nos sinais das contas de Matemática Método de Extração: Análise Fatorial Comum (PAF) Rotação: ortogonal 21A análise semântica dos itens que permaneceram permitiu verificar esses itens se agruparam de forma a compor dois fatores relacionados que Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade, os quais foram nomeados ao Ta como: Hiperatividade / Impulsividade e Déficit de Atenção. Ite 14 A Tabela 6 apresenta os valores das cargas fatoriais referentes ao Fator 15 1, denominado Hiperatividade / Impulsividade, que variaram entre 0,67 e 0,45. Esse fator concentrou 12 itens. 1 7 1 Tabela 6. Cargas Fatoriais dos itens que compõem Fator 1: Hiperatividade 1 Impulsividade. 2 Itens Comportamentais Item original Carga Fatorial 36. Não consigo esperar o tempo suficiente para ter aquilo que 36 quero 0,675 38. Me acham agitado/a (inquieto/a) 38 0,651 29. Sou teimoso (a) 29 0,648 35. Tenho muita pressa para fazer as coisas 35 0,637 37. Todos falam que eu sou barulhento (a) 37 0,619 31. Quando percebo já falei ou fiz coisas erradas 31 0,614 26. Dizem que falo muito 26 0,594 24. Mexo e balanço as pernas, quando estou sentado (a) 24 0,539 23. Eu me levanto da cadeira durante a aula 23 0,492 30. Me movimento muito (me mexo muito) 30 0,474 25. Não tenho paciência de esperar (por exemplo, na fila) 25 0,47 34. Vivo correndo, ou subindo nos sofás, ou em muros ou 34 0,454 muretas A Tabela 7 apresenta os valores das cargas fatoriais referentes ao Fator 2, denominado Déficit de Atenção, que variaram entre 0,43 e 0,63. Esse fator concentrou 10 itens. Uma vez que todos os itens da escala apresentaram cargas fatoriais aci- ma de 0,40, caracterizam-se como representativos dos conceitos avaliados pelos fatores que compõem. (18, 36) Os resultados encontrados se mostraram muito satisfatórios e, portanto, evidenciam a validade de construto para a es- cala de TDAH-CriAd. 22que ao Tabela 7. Cargas Fatoriais dos itens que compõem o Fator 2: Déficit de Atenção. dos Itens Comportamentais Item original Carga Fatorial 14. Preciso de mais tempo para terminar as tarefas 14 0,637 ator 15. Presto atenção em outras coisas e me perco na lição 15 0,625 7 4. É para mim, fazer os exercícios e as provas 4 e 0,612 19. Minha mãe tem que me lembrar de fazer as coisas 19 0,549 7. Para mim é difícil aprender coisas novas 7 0,544 10. Meu caderno é desorganizado 10 0,543 16. Erro nas lições por falta de atenção 16 0,542 20. É difícil terminar o que começo 20 0,522 5. Minhas notas estão ruins 5 0,469 2. Me perco nos sinais das contas de Matemática 2 0,439 Fidedignidade / Precisão Para aferição da precisão há uma série de técnicas estatísticas. Usual- mente é utilizado o índice Alfa de Cronbach. Esse cálculo permite medir a homogeneidade dos componentes do teste, ou seja, a consistência interna dos itens. De acordo com o coeficiente Alfa (a) varia entre "0" e "1", sendo que "0" significa ausência de consistência interna e "1" significa con- sistência de 100%. Um instrumento pode ser classificado como preciso quan- do o a é de pelo menos 0,70. Todavia, é de se esperar que instrumentos com maior número de itens tenham índices de Alfa de Cronbach superiores aos de instrumentos com menor número de Por essa razão, além do Alfa de Cronbach, recorreu-se ao Lambda 2 de Guttman Guttman's Segundo (34) estudos apontam que o Lambda 2 apresenta vantagens sobre o coefi- ciente Alpha de Cronbach, uma vez que fornece melhor estimativa da fidedig- nidade, principalmente quando se têm poucos sujeitos e poucos itens. O Alfa de Cronbach e o Lambda 2 foram calculados para a escala geral e para cada fator extraído, a fim de analisar a consistência interna dos itens do ins- Na Tabela 8 estão os resultados considerando o total dos itens por fator para cada amostra. Os índices de Alpha de Cronbach e Lambda 2 calculados = para a versão final da escala foram superiores a 0,70 para a amostra (N 372). Tais valores podem ser considerados bons indicativos de precisão da A Tabela 9 apresenta os índices de consistência interna considerando as variáveis: sexo, grau escolar e tipo de escola. 23Tabela 8. Consistência interna geral. N a Fatores (Itens) Fator 1: Hiperatividade / Impulsividade 0,87 0,84 12 Fator 2: Déficit de Atenção 0,83 0,81 It 10 2 Tabela 9. Consistência interna de acordo com sexo, grau escolar e tipo de escola (particular ou pública). Fatores Fator 1 Fator 2 Geral Variáveis Hiperatividade / Déficit de Atenção N Impulsividade a a a Feminino 0,88 0,85 0,83 0,82 0,90 158 Masculino 0,86 0,83 0,82 0,80 0,89 214 Educação Infantil 0,95 0,92 0,89 0,87 0,94 45 Fundamental I 0,86 0,84 0,82 0,80 0,89 208 Fundamental II 0,80 0,78 0,80 0,79 0,86 119 Privado 0,86 0,83 0,84 0,81 0,89 236 Público 0,88 0,85 0,81 0,80 0,90 136 O Alpha de Cronbach e o Lambda 2 foram calculados para cada va- riável e para cada fator extraído. De um modo geral, o instrumento apresentou excelentes índices de consistência interna diante da estratificação por variá- veis sociodemográficas (a=0,80 = a 0,95; = 0,78 a 0,92). Correlação Item-Total Trata-se de uma técnica estatística usada para estabelecer o índice de discriminação do A correlação item-total corrigido, ou seja, a correla- ção entre o item e a pontuação total do questionário também foi calculada por meio do coeficiente de correlação de Pearson. Esse dado é importante por estimar a validade do item. Nas tabelas a seguir são apresentados os coeficien- tes de correlação item-total dos itens de cada fator da ETDAH-CriAd. A amostra utilizada para este estudo foi a mesma utilizada para realização da Análise Fatorial 24Tabela 10. Correlação Item-Total para a escala geral (22 itens). Média da escala se Correlação Alfa de Itens item for item-total Cronbach corrigida se o item excluído for excluído 29. Sou teimoso (a) 48,29 0,52 0,89 36. Não consigo esperar, o tempo suficiente, 48,09 0,46 para ter aquilo que quero 0,89 38. Me acham agitado/a (inquieto/a) 48,39 0,52 0,89 31. Quando percebo, já falei ou fiz coisas 48,34 0,57 erradas 0,89 35. Tenho muita pressa para fazer as coisas 48,1 0,50 0,89 37. Todos falam que eu sou barulhento (a) 48,69 0,56 0,89 23. Eu me levanto da cadeira durante a aula 48,36 0,62 0,89 24. Mexo e balanço as pernas, quando estou 48,16 0,47 0,89 sentado 26. Dizem que falo muito 48,34 0,56 0,89 25. Não tenho paciência de esperar (por 48,13 0,48 0,89 exemplo, na fila) 30. Me movimento muito (me mexo muito) 48,15 0,54 0,89 34. Vivo correndo, ou subindo nos sofás, ou 48,74 0,43 0,89 em muros ou muretas 14. Preciso de mais tempo para terminar as 48,51 0,55 0,89 tarefas 15. Presto atenção em outras coisas e me 48,63 0,58 0,89 perco na lição 4. É difícil, para mim, fazer os exercícios e as 48,56 0,35 0,89 provas 19. Minha mãe tem que me lembrar de fazer 48,41 0,46 0,89 as coisas 7. Para mim é difícil aprender coisas novas 48,78 0,33 0,89 10. Meu caderno é desorganizado 49,04 0,44 0,89 16. Erro nas lições por falta de atenção 48,57 0,55 0,89 2. Me perco nos sinais das contas de Matemá- 48,44 0,40 0,89 tica 5. Minhas notas estão ruins 48,91 0,45 0,89 20. É difícil terminar o que começo 48,67 0,44 0,89 Ao analisar a Tabela 10, pode-se verificar que todas as correlações entre os itens são de moderadas a altas (> 0,30) e que a exclusão de qualquer item não produz efeito sobre os índices de precisão da escala. 25A Tabela 11 apresenta a correlação item-total para o Fator 1. Dos 12 itens que representam Hiperatividade / Impulsividade, todos eles obtiveram Tab correlação item-total acima de 0,30, o que é considerado satisfatório na litera- tura 14 tar Tabela 11. Correlação Item-Total para fator Hiperatividade / Impulsividade. 15 Média da Alfa de pe Correlação escala se Cronbach 4. item-total Itens item for se item pr corrigida excluído for excluído 1° 36. Não consigo esperar, o tempo suficiente, as 26,85 0,54 0,86 7 para ter aquilo que quero 38. Me acham agitado/a (inquieto/a) 27,15 0,58 0,86 1 29. Sou teimoso (a) 27,05 0,58 0,86 1 35. Tenho muita pressa para fazer as coisas 26,86 0,56 0,86 2 37. Todos falam que eu sou barulhento (a) 27,45 0,59 0,86 5 2 31. Quando percebo já falei ou fiz coisas er- 27,10 0,59 0,86 radas 26. Dizem que falo muito 27,10 0,58 0,86 24. Mexo e balanço as pernas, quando estou 26,92 0,51 0,86 sentado 23. Eu me levanto da carteira durante a aula 27,12 0,58 0,86 30. Me movimento muito (me mexo muito) 26,91 0,53 0,86 25. Não tenho paciência de esperar (por 26,88 0,48 0,86 exemplo, na fila) 34. Vivo correndo, ou subindo nos sofás, ou 27,50 0,44 0,86 em muros ou muretas A Tabela 12 apresenta a correlação item-total para o Fator 2. O fator Dé- ficit de Atenção também atingiu índices de correlação satisfatórios a r = 0,62). Assim, pode-se concluir que os valores de correlação item-total, ao con- siderar cada fator, foram adequados indicando que os itens são discriminati- vos e que existe relação entre as características que eles avaliam nos fatores em que eles se agruparam, 26Dos 12 tiveram a litera- Tabela 12. Correlação Item-Total para o fator Déficit de Atenção. Média da escala se o Correlação Alfa de Itens item-total Cronbach item for corrigida se item excluído for excluído 14. Preciso de mais tempo para terminar as 18,97 0,60 tarefas 0,80 15. Presto atenção em outras coisas e me Ifa de 19,09 0,62 perco na lição 0,80 onbach 4. É difícil, para mim, fazer os exercícios e as o item 19,02 0,48 0,81 provas excluído 19. Minha mãe tem que me lembrar de fazer 18,88 0,52 0,81 as coisas 7. Para mim é difícil aprender coisas novas 19,25 0,44 0,81 ,86 10. Meu caderno é desorganizado 19,50 0,49 0,81 86 16. Erro nas lições por falta de atenção 19,03 0,56 0,80 86 20. É difícil terminar o que começo 19,14 0,49 0,81 86 5. Minhas notas estão ruins 19,38 0,47 0,81 2. Me perco nos sinais das contas de Matemá- 86 18,91 0,43 0,82 tica 86 86 Comparação entre os grupos: sexo, tipo de escola, faixa etária e nível escolar Foram realizadas análises de comparação entre as médias para investigar a influência das variáveis sexo, tipo de escola, idade e escolaridade. Para isso, 6 foram realizados testes t e Análise de Variância (ANOVA) para a comparação das médias entre grupos, e o cálculo do tamanho do efeito foi aferido por meio do eta quadrado Dé- 43 a SEXO Teste t para amostras independentes foi aplicado para comparar os esco- res brutos para participantes masculinos = DP = 12,9) e femininos (M 50,5; DP = 13,08) por fator. ati- Não houve diferença significativa entre os escores de homens e mulheres nos dois fatores subjacentes e no escore geral do instrumento (Tabela 13). Por não terem sido encontradas diferenças significativas entre os grupos, não hou- ve necessidade do cálculo da magnitude do efeito. 27Tabela 13. Comparação das pontuações médias em cada fator em relação ao sexo dos participantes. Escores por Sexo N Média DP t p fator Escore Fator 1 Feminino 158 29,49 8,85 Hiperatividade / Impulsi- -0,091 0,927 Masculino 214 29,57 8,51 vidade Escore Fator 2 Feminino 158 21,04 6,16 -0,553 0,581 Déficit de Atenção Masculino 214 21,39 6,09 Feminino 158 50,53 13,08 Escore Geral Bruto -0,320 0,749 Masculino 214 50,96 12,93 TIPO DE ESCOLA Também foi aplicado o Teste t para amostras independentes para compa- rar os escores de cada fator por tipo de escola [privada (M = 50,4; DP = 12,8) e pública (M = 51,2; Não houve diferenças significativas entre os escores ao considerar o tipo de escola (Tabela 14). Por não terem sido encontradas diferenças significati- vas entre os grupos, não houve necessidade do cálculo da magnitude do efeito. Tabela 14. Comparação das pontuações médias em cada fator em relação ao tipo de escola dos participantes. Tipo de Escores por fator N Média DP t p escola Escore Fator 1 Privada 236 29,44 8,43 Hiperatividade / Impulsi- -0,289 0,773 Pública 136 29,71 9,02 vidade Escore Fator 2 Privada 236 21,05 6,25 -0,794 0,428 Déficit de Atenção Pública 136 21,57 5,88 Privada 236 50,49 12,87 Escore Geral Bruto -0,566 0,572 Pública 136 51,28 13,21 IDADE Como descrito nos procedimentos, para analisar a influência da variável idade, a amostra (N foi dividida em grupos etários (Tabela 15). 28Tabela 15. Descrição dos escores médios em cada fator em relação ao grupo etário dos participantes. Intervalo de Grupos Erro- Escores etários N Média DP confiança por fator padrão Mínimo para média Máximo (em anos) 95% 6 89 28,07 11,0 1,163 25,76 30,38 12 48 53 26,83 7,9 1,08 24,66 29,00 13 46 107 30,98 7,9 0,763 29,47 32,49 14 Escore 46 Fator 1 12 a 13 67 30,39 7,3 0,896 28,6 32,18 14 44 14 a 15 56 30,64 7,2 0,957 28,72 32,56 17 45 Total 372 29,53 8,6 0,448 28,65 30,42 12 48 6 a 7 89 22,29 7,4 0,789 20,72 23,86 10 38 53 21,15 4,2 0,582 19,98 22,32 11 32 10 a 11 107 19,54 5,8 0,559 18,43 20,65 10 33 Escore Fator 2 12 a 13 67 20,81 5,8 0,713 19,38 22,23 10 38 14 a 15 56 23,43 5,3 0,714 22 24,86 13 37 Total 372 21,24 6,1 0,317 20,62 21,87 10 38 6 a 7 89 50,36 16,76 1,776 46,83 53,89 22 86 53 47,98 11,06 1,519 44,93 51,03 24 76 Escore 10 a 11 107 50,52 11,81 1,142 48,26 52,79 24 76 Geral 12 a 13 67 51,19 11,94 1,459 48,28 54,11 24 78 Bruto 14 a 15 56 54,07 10,60 1,417 51,23 56,91 30 73 Total 372 50,78 12,98 0,673 49,45 52,1 22 86 Por meio da ANOVA (Tabela 16), foi possível aferir que houve diferen- ça significativa entre os escores médios da variável dependente para os gru- pos. Com exceção da média do escore geral, o nível de significância de p nos testes robustos de Welch e Brown-Forsythe também foi menor que 0,05, o que indica que houve diferença significativa entre os escores médios da variável dependente para os grupos. Para identificar quais faixas etárias se diferencia- ram de maneira significativa entre si, foi aplicado o teste de compa- rações múltiplas de Games-Howel. As comparações post-hoc indicaram dife- rença significativa nos escores entre as faixas etárias 8 a 9 anos de idade (n = 53, M = 26,8) e 10 a 11 anos de idade (n = 107; M = 30,9) no fator de Hiperatividade / Impulsividade. Também houve diferença significativa entre as faixas etárias 6 a 7 anos e 10 a 11 anos de idade no fator Déficit de Atenção. A faixa etária de 10 a 11 anos M = 30,9) também se dife- 29renciou significativamente da faixa etária de 14 a 15 anos de idade M = 23,4). Tabela 16. Análise de Variância (ANOVA) dos escores médios em cada fator em relação ao grupo etário dos participantes. Soma dos Média dos gli F Escores p quadrados quadrados Entre os grupos 920,748 4 230,187 3,153 0,014 0,03 Escore Dentre os grupos 26795,797 367 73,013 Fator 1 Total 27716,546 371 Entre os grupos 688,276 4 172,069 4,794 0,001 0,05 Escore Dentre os grupos 13171,95 367 35,891 Fator 2 Total 13860,226 371 Escore Entre os grupos 1056,122 4 264,031 1,577 0,180 0,02 Geral Dentre os grupos 61450,359 367 167,44 Bruto Total 62506,481 371 * A diferença média é significativa no nível de 0,05. ESCOLARIDADE A amostra = foi dividida em três grupos, de acordo com a esco- laridade dos participantes do estudo (Tabela 17). Na variável escolaridade, foi observada diferença significativa entre as médias dos escores no fator Hiperatividade / Impulsividade, segundo a ANO- VA (Tabela 18). Para identificar quais graus de escolaridade se diferenciaram de maneira significativa entre si, foi aplicado o teste post-hoc de comparações múltiplas de Games-Howel. As comparações post-hoc indicaram que a média da Educação Infantil (n = 45, M = 47,8) foi significativamente diferente da média do Ensino Fundamental II no fator Hiperatividade / Impulsividade. TABELAS NORMATIVAS Para a normatização de um instrumento, os escores brutos devem ser con- vertidos em medidas (1, 19) Para este estudo, optou-se por elaborar as normas a partir do percentil. O percentil é uma classificação que transmite in- formação sobre a posição relativa de um indivíduo quando comparado ao grupo 30Tabela 17. Descrição dos escores médios em cada fator em relação à escolarida- de dos participantes. Escores Escola- Erro- Intervalo de N Média DP por fator ridade padrão confiança para Mínimo Máximo média 95% El 45 26,27 10,30 1,5 23,2 29,4 12 48 208 29,69 8,86 0,6 Escore 28,5 30,9 12 48 Fator 1 F-II 119 30,50 7,25 0,7 29,2 31,8 14 45 Total 372 29,53 8,64 0,4 28,7 30,4 12 48 El 45 21,62 7,11 1,1 19,5 23,8 10 38 F-I 208 20,90 6,13 0,4 Escore 20,1 21,7 10 38 Fator 2 F-II 119 21,69 5,68 0,5 20,7 22,7 10 37 Total 372 21,24 6,11 0,3 20,6 21,9 10 38 El 45 47,89 15,07 2,2 43,36 52,42 22 85 Escore F-I 208 50,59 13,34 0,9 48,77 52,41 22 86 Geral F-II 119 52,19 11,30 1,0 50,14 54,24 24 75 Bruto Total 372 50,78 12,98 0,7 49,45 52,1 22 86 El = Educação Infantil; F-I = Ensino Fundamental I; F-II = Ensino Fundamental II. Tabela 18. Análise de Variância (ANOVA) dos escores médios em cada fator em relação à escolaridade dos participantes. Soma dos Média dos F p Escores quadrados quadrados Entre os grupos 597,3 2 298,655 4,064 0,018 0,02 Escore Dentre os grupos 27119 369 73,494 Fator 1 Total 27717 371 Entre os grupos 54,08 2 27,038 0,723 0,486 0,00 Escore Dentre os grupos 13806 369 37,415 Fator 2 Total 13860 371 Escore Entre os grupos 621,2 310,609 1,852 0,158 0,01 2 Geral Dentre os grupos 61885 369 167,711 Bruto Total 62506 371 A diferença média é significativa no nível de 0,05. de 19) Como verificado anteriormente, os resultados apontaram diferenças mais significativas entre os escores dos participantes de acordo com a faixa etária. Portanto, optou-se por elaborar as normas a partir das fai-xas etárias dos participantes. Nas Tabelas 19 a 24, são apresentadas as normas gerais e as normas relativas à faixa etária. Tabela 19. Normas para a amostra geral. Escores Brutos Classificação Percentil Escore Geral Fator 1 Fator 2 1 22,73 12 10 5 28,65 14 12 Inferior 10 34 17,3 13 15 37 21 15 20 40,6 22 16 25 42,25 23 16 30 44 24 17 Média Inferior 35 45,55 26 19 40 47 27 19,2 45 49 28 20 50 50 29 21 Média 55 51,15 30 22 60 53 32 23 65 55 33 24 70 58 35 24 Média superior 75 60 36 26 80 62 38 26 85 65,05 39 27 90 69 41 29 Superior 95 71,35 44 32 99 81,54 48 37,27 Média 50,8 29,5 21,4 Mediana 50 28 20 Desvio-Padrão 14,50 8,87 5,92 Mínimo 22,7 12 10 Máximo 81,54 48 37,27 32Tabela 20. Normas para a faixa etária de 6 a 7 anos. Classificação Percentil Escores Brutos Escore Geral Fator 1 Fator 2 1 22 12 10 5 23 12 10 Inferior 10 24 13 12 15 29,5 14 13 20 35 16 15 25 40 20 16,5 30 43 22 17 Média Inferior 35 44 24 19 40 45 24 20 45 48,5 25,5 21,5 50 50 26 23 Média 55 51,5 27 24 60 53 29 24 65 55 32 26 70 61 37 26 Média superior 75 63 38 26 80 65 39 28 85 68,5 41 30 90 76 45 33 Superior 95 80 48 36,5 99 Média 48,9 27,2 21,5 Mediana 48,5 25,5 21,5 Desvio-Padrão 17,0 11,2 7,5 Mínimo 12 10 22 Máximo 48 36,5 80Tabela 21. Normas para a faixa etária de 8 a 9 anos. Escores Brutos Classificação Percentil Escore Geral Fator 1 Fator 2 1 24 13 11 5 29,8 15,4 13,8 Inferior 10 33,8 16 16 15 36,1 17 17 20 39 20,4 17 25 40 22 19 30 42,2 23 19 Média Inferior 35 44 23 19,9 40 45,2 24,6 20 45 47 25 21 50 48 26 21 Média 55 49 26,7 22 60 50,4 28,4 22 65 51 30 23 70 51,8 31 23 Média superior 75 53,5 32 24 80 58,2 33 24,2 85 60 35 25 90 62,2 36,6 26,6 Superior 95 69,8 43,2 28,6 99 Média 46,8 26,1 20,7 Mediana 47 25 21 Desvio-Padrão 11,26 7,79 4,30 Mínimo 24 13 11 Máximo 69,8 43,2 28,6Tabela 22. Normas para a faixa etária de 10 a 11 anos. Escores Brutos Classificação Percentil Escore Geral Fator 1 Fator 2 1 24,24 14 10 5 30,4 16,8 12 Inferior 10 35,8 21 13 15 40 22,2 13 20 41 23 14 25 42 25 15 30 43 27 16 Média Inferior 35 45 27,8 16 40 46 29 17 45 48 30 18 50 50 32 19 Média 55 52 32 19 60 53 33,8 20 65 54,2 35 22 70 57 36 22,6 Média superior 75 59 36 23 80 60 38 24,4 85 66 39 26,8 90 69 43 28,2 Superior 95 70,6 43,6 31 99 75,76 45,92 33 Média 50,6 31,0 19,7 Mediana 48 30 18 Desvio-Padrão 12,31 8,20 5,73 Mínimo 24,2 14 10 Máximo 75,7 45,9 33 35Tabela 23. Normas para a faixa etária de 12 a 13 anos. Escores Brutos Classificação Percentil Escore Geral Fator 1 Fator 2 1 24 14 10 5 32,2 18,4 12,4 Inferior 10 34,8 21 13 15 37 22 14 20 40,6 23,6 15 25 44 24 16 30 45,4 26 16,4 Média Inferior 35 46 27,8 18 40 47 28,2 19,2 45 49 29 20 50 49 30 21 Média 55 52,4 30,4 22 60 53 32,8 22,8 65 55,2 34 23 70 57,6 35 24 Média superior 75 59 36 25 80 62 39 26 85 65,4 39 26 90 69 40,2 29 Superior 95 72,2 42 30,6 99 Média 49,7 29,6 20,2 Mediana 49 29 20 Desvio-Padrão 12,52 7,71 5,75 Mínimo 24 14 10 Máximo 72,2 42 30,6 36Tabela 24. Normas para a faixa etária de 14 a 15 anos. Escores Brutos Classificação Percentil Escore Geral Fator 1 Fator 2 1 30 17 13 5 35 19,7 15 Inferior 10 40,7 21 15,7 15 42,55 22 16,55 20 44 23,4 19,4 25 45,25 24,25 20 30 48 27,1 20 Média Inferior 35 49,95 28 20 40 50,8 29 21 45 52,3 30 22,65 50 55,5 30,5 23,5 Média 55 56 31 24,35 60 57,2 32 25 65 60 32,05 26 70 60 34 26,9 Média superior 75 62,75 37 27,75 80 63,6 38,6 28 85 67,45 39 29 90 40 31 69,3 Superior 95 71 44,15 32 99 Média 53,1 30,0 22,8 Mediana 52,3 30 22,65 5,44 Desvio-Padrão 11,31 7,40 13 30 17 Mínimo 32 Máximo 71 44,154. Administração da Escala de Autoavaliação do TDAH - CriAd Versão para Crianças e Adolescentes - INSTRUÇÕES PARA APLICAÇÃO, CORREÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS A administração desta escala é fácil, rápida e simples, desde que a crian- ça ou o adolescente sejam alfabetizados e tenham compreensão do que está sendo solicitado. As instruções devem ser feitas de forma clara. No caso de o avaliado não ser alfabetizado, as perguntas deverão ser feitas em forma de entrevista pelo profissional, e as respostas devem ser esclarecidas para a cri- ança / adolescente com o crivo de 1 (Nunca), 2 (Um pouco), 3 Vezes) e 4 (Sempre). É necessário, por parte do profissional da saúde e da educação, conheci- mento prévio sobre como o instrumento foi organizado, quais fatores ele se propõe a avaliar, como e o que ele oferece em termos de possibilidades de resultados e interpretação. diagnóstico ções Esta objetivas, escala suficiente compreender fazer entrevis- informa- indi- é essencial para se obter, capturar e mas não se torna exclusiva e para se um de TDAH; outros métodos deverão ser utilizados, como tas com os pais, família, professores, e outros procedimentos e requisitos cados, conforme é apontado na literatura, como o levantamento da história médica, familiar, escolar e social do paciente, e uma avaliação mais abrangen- te, a depender da área de atuação de cada profissional. Para realizar o preenchimento da escala é preciso apenas uma caneta es- ferográfica ou um lápis preto número 2 e uma borracha, para o caso de a cri- ança / adolescente necessitar apagar e refazer a sua resposta. A aplicação pode ser individual ou coletiva, com tempo livre, embora a média aproximada de duração para preenchimento total da escala seja de 15 minutos. As instruções devem ser lidas pela própria criança / adolescente, ou pelo profissional, caso seja necessário. 38Instruções: "Leia com cuidado cada frase e anote a quantidade de vezes tuação ocorre com você, por pelo menos seis meses, que cada si- NUNCA: (2) UM POUCO; (3) ÀS VEZES e (4) (1) mais sincero(a) possível e lembre-se de que não existe uma Seja o(a) ta. Somente a sua resposta é a correta. Não deixe de responder resposta nenhum cer- item. Qualquer dúvida pode perguntar." Por exemplo: Me acham agitado/a (inquieto/a). Se você NUNCA se acha agitado/a (inquieto/a), você deve responder (1). Se você se acha UM POUCO agitado/a (inquieto/a), responda (2). Se você se considera ÀS VEZES agitado/a (inquieto/a), deve responder (3). Mas, se você percebe que é SEMPRE agitado/a (inquieto/a), você res- ponde (4). Apuração dos resultados 4 Este instrumento permite uma análise quantitativa dos resultados dos itens de cada fator, de forma classificatória (Inferior, Média Inferior, Média, Média Superior, Superior). Por meio das análises quantitativas, são observa- dos os fatores que estão preservados e os prejuízos existentes, aqueles que estão causando dificuldades para a criança ou adolescente e sua família. Estes resultados indicam, também, a intensidade do nível do prejuízo e servem como norteadores para uma proposta adequada de intervenção, seja ela psicológica, neuropsicológica, médica, social, familiar, comportamental e/ou escolar. Avaliação quantitativa A análise quantitativa indica o desempenho do sujeito em cada fator cri- comparado com a amostra normativa, de acordo com a autoavaliação de anças e A apuração dos resultados é feita por meio da contagem de de pontos atribuídos a cada item. A pontuação bruta é obtida pela deve soma ser se- todos os valores assinalados em cada fator. Esse procedimento Aten- guido para os fatores: 1) Hiperatividade / Impulsividade e 2) Déficit de 39valor da pontuação bruta obtida deve ser registrado no Protocolo de sinais Correção () e Análise de Dados no espaço correspondente a cada fator e ao esco- re total. A etapa seguinte consiste em consultar a tabela de percentis (geral criang segundo a faixa etária) e procurar na coluna relativa a cada fator o valor sabili bruto obtido e relacioná-lo com o percentil correspondente. Esses resultados podem ser transferidos para o gráfico. Em seguida, deve-se classificar o resul- da tado do sujeito para cada fator, incluindo o escore geral segundo a tabela de os pr percentis e respectiva classificação. nais Para facilitar a interpretação dos resultados quantitativos, o significado taref dos escores altos e baixos em cada um dos fatores é descrito a seguir, o que são também permite uma análise qualitativa dos resultados. tos FATOR 1 HIPERATIVIDADE / IMPULSIVIDADE nal, O fator HIPERATIVIDADE / IMPULSIVIDADE apresenta itens relaci- pen onados a um excesso de inquietação e agitação comportamental e comporta- mento impulsivo. ção Escores altos nesse fator dizem respeito a um comportamento agitado, de inquieto, excesso de atividade motora corporal, mexer-se muito, ser e/o falante e barulhento, impaciente e com dificuldade de esperar pelo tem- po suficiente para se ter o que quer, falha no controle inibitório, ação sem reflexão anterior, impulsividade, levando a comportamentos incon- sequentes e imprudentes. Tem a tendência a ser teimoso, ou seja, tende a persistir em uma mesma ideia com pouca flexibilidade mental. Esse fator parece ser consistente com a apresentação dos sintomas de HIPERATI- VIDADE / IMPULSIVIDADE propostos pelo DSM-5. Escores baixos nesse fator refletem nível de atividade motora e de ritmo motor considerado dentro do esperado para a faixa etária, presença de com- portamentos com características de autocontrole, contenção de impulsos, ten- dência a agir com prudência e com flexibilidade na resolução dos conflitos. FATOR 2 DÉFICIT DE ATENÇÃO O fator DÉFICIT DE ATENÇÃO conta com itens relacionados com as dificuldades de atenção, incluindo as questões escolares, baixo desempenho escolar, esquecimento diário de compromissos e desorganização. Escores altos nesse fator refletem prejuízos no padrão atencional relacio- nados com falha na atenção seletiva, atenção sustentada, atenção concentrada, falta de foco, falta de persistência do esforço, necessidade de mais tempo para finalizar as tarefas, dificuldade para fazer exercícios e provas, bem como para aprender coisas novas, desorganização no caderno, perder-se nas lições e nos 40centis icar a e ao (geral esco valor de sinais das contas de matemática, baixo desempenho escolar com notas ruins problemas com memória, sendo que os responsáveis têm que supervisionar e criança / adolescente e lembrá-la de fazer as coisas para cumprir suas respon- a sabilidades. Esse fator está relacionado com problemas na autorregulação da tabela de da motivação e da ação, como proposto por Pode-se observar que os prejuízos decorrentes do fator Atenção são considerados prejuízos funcio- significado nais e refletem baixo desempenho no desenvolvimento e na finalização de eguir, 0 que tarefas, com comportamento dependente e com pouca autonomia. Esses itens são consistentes com a apresentação dos sintomas de DESATENÇÃO descri- tos no DSM-5. Baixos escores nesse fator retratam boa e adequada capacidade atencio- nal, persistência do esforço, capacidade para engajar-se em uma tarefa, man- itens tendo a motivação necessária do início ao fim, com comprometimento, inde- comporta- pendência e autonomia. Para um exame complementar e mais completo, recomenda-se a aplica- ção da Escala de Avaliação de Comportamentos Infantojuvenis no Transtorno to agitado, de Déficit de Atenção / Hiperatividade no ambiente familiar, tendo os pais muito, ser e/ou os responsáveis como fonte de informação. (16) pelo tem- ório, ação tos incon- eja, tende ental. Esse e de ritmo de com- ulsos, ten- nflitos. com as sempenho os relacio empo al para para nos e 41EXEMPLOS DE CASOS Caso 1 tem 9 anos e frequenta o ano em um colégio particular. Ele é o filho mais velho e tem uma com 5 anos de idade. Segundo os pais, não tem parada, mexe-se muito e o tempo todo, é agitado e inquieto, sobe em muros ou em qualquer lugar que possa Ele fala bastante, é barulhento, o que chega a incomodar os seus pais e a Mexe em todos os objetos que vê pela frente, é desorganizado e precisa que a mãe faça as lições de casa com ele e estude junto para as provas. Não tem autonomia ainda para fazê-lo sozinho. Tem dificuldade em Matemática, vai mal nas provas e faz aulas particulares como apoio. tem apenas três amigos e não demonstra necessidade de ampliar a sua teia social. Em casa, os pais relatam impaciência, não sabe esperar e quer tudo logo, é teimoso, sendo difícil mudar o seu pensamento, quando necessário, mesmo que os pais lhe expliquem os motivos e os limites. PROTOCOLO DE CORREÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Data de Nascimento: 26/10/2006 Idade: 9 Sexo: M (x) F ( ) Local de Nascimento: Ibiúna / SP Curso / Série: 6° ano do Ensino Fundamental II Escola / Instituição: Colégio Marte Tipo de Escola: Pública ( ) Privada (x) Lateralidade: Destro (x) Sinistro ( ) Ambidestro ( ) Data da Aplicação: 05/06/2018 Quem respondeu às questões: a própria criança Avaliador: E.P Data da Avaliação: 14/06/2018 1 Os nomes dos pacientes foram trocados por pseudônimos, a fim de preservar a identidade pessoal por uma questão ética. 42Correção: Para correção, registrar em cada item avaliado a pontuação fornecida pelo respondente no respectivo Fator. Fator 1 - Hiperatividade / Impulsividade (HI) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 4 3 3 3 4 3 3 3 1 2 Soma do 1 ao 12 = 36 Fator 2 - Déficit de Atenção (DA) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3 3 3 3 2 4 3 3 2 1 Soma do 1 ao 10 = 27 1. Lance os resultados brutos de cada fator na tabela a seguir e bus- que referência na tabela de percentis. 2. Tabela de Percentis utilizada: (x) Faixa Etária Amostra Geral Resultados: Fator Pontos Brutos Percentil Classificação HI 36 90 Superior DA 27 90 Superior Escore Geral 63 90 Superior 3. Preencha o gráfico com os resultados em percentis. 43HI DA Geral 99 99 95 95 90 90 85 85 80 80 75 P Médio Superior 75 70 P E 70 65 65 E R 60 60 R C 55 E 50 55 C 50 E N 45 45 N T 40 40 T I 35 35 S 30 30 25 S 25 20 20 15 Inferior 15 10 10 5 5 1 1 HI DA Geral Síntese Na ETDAH-CriAd, Luís apresentou, no Fator 1 (Hiperatividade / Im- pulsividade), resultado considerado Superior (Percentil = 90) ao es- perado para a sua faixa etária. Esse resultado reflete um comporta- mento mais agitado, inquieto, excesso de atividade motora corporal, como mexer-se muito, ser falante, barulhento e impaciente, com difi- culdade de esperar pelo tempo suficiente para ter o que quer, ten- dência a agir sem reflexão anterior, não demonstrando controle inibi- tório adequado, o que pode levar a comportamentos inconsequentes e imprudentes. Tem a tendência a ser teimoso e a persistir em uma mesma ideia com pouca flexibilidade mental. No Fator 2 (Déficit de Atenção), mostrou desempenho conside- rado no limite da zona Superior esperado para a sua faixa etária (Per- centil = 90). Embora não tenha assinalado com tanta intensidade os itens 5 (Pra mim, é difícil aprender coisas novas), 9 (Minhas notas es- tão ruins) e 10 (Me perco nos sinais das contas de matemática), os quais ocorrem com mais frequência do que ele pode avaliar e se dar conta, os resultados apontaram para prejuízos importantes no seu padrão atencional, relacionados com falha na atenção seletiva, aten- ção sustentada, atenção concentrada, falta de foco, falta de persis- 44tência do esforço; necessita de mais tempo até que possa finalizar as suas tarefas, sendo que os responsáveis têm que lembrá-lo e ajudá-lo a fazer as suas coisas e a cumprir suas responsabilidades, denotando pouca autonomia e comportamento dependente, dificuldade no de- senvolvimento para realizar os exercícios e as provas, desorganização no caderno, perde-se nas lições, baixo desempenho escolar e pro- blemas com memória. Pode-se observar, então, a ocorrência de pre- juízos funcionais que refletem déficit na autorregulação da atenção, da motivação e da No Escore Geral, Luís obteve classificação dentro da área Superior (Percentil = 90), ou seja, apresentou mais problemas relativos ao TDAH do que a maioria dos meninos da sua faixa etária. Pode-se concluir que, na ETDAH-CriAd, Luís apresentou sintomas de Hiperatividade / Impulsividade em nível grave, bem como apresen- tou sintomas de Déficit de Atenção em nível também grave, segundo a sua própria percepção, e os achados são consistentes com as difi- culdades enfrentadas na escola, no ambiente social e no contexto familiar, conforme relatado pelos pais. Profissional Local e data Caso 2 Lúcia tem 13 anos e frequenta o 8° ano em um colégio da rede estadual de Os pais são separados e ela vive com a mãe. Ela é a filha mais velha e tem uma com 2 anos de idade. Segundo a mãe, ela é teimosa, quer as coisas logo e é apressada. A mãe tem que lembrá-la de fazer as coisas, porque é esquecidinha e um pouco irres- ponsável, começa as coisas e não as termina e, logo, começa outra coisa: foi assim com o ballet e a natação. Na escola, o seu desempenho escolar está comprometido, não estuda o suficiente, não se dedica aos estudos, tanto que suas notas estão ruins, ficou de 45recuperação em três matérias, a mãe teve que controlar o uso do celular. É desatenta, comete erros por falta de atenção, o caderno é muito PROTOCOLO DE CORREÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Data de Nascimento: 23/11/2004 Idade: 13 Sexo: M F (x) Local de Nascimento: Sorocaba / SP Curso / Série: 8° ano do Ensino Fundamental II Escola / Instituição: Colégio São Joaquim Tipo de Escola: Pública (x) Privada Lateralidade: Destro (x) Sinistro ( ) Ambidestro ( ) Data da Aplicação: 02/06/2018 Quem respondeu às questões: a própria adolescente Avaliador: E.P Data da Avaliação: 12/06/2018 Correção: Para correção, registrar em cada item avaliado a pontuação fornecida pelo respondente no respectivo Fator. Fator 1 - - Hiperatividade / Impulsividade (HI) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 3 1 2 4 1 1 1 4 1 3 1 1 Soma do 1 ao 12 = 23 Fator - Déficit de Atenção (DA) 1 2 3 4 5 6 7 8 10 3 3 4 4 2 4 3 4 3 2 Soma do 1 ao 10 = 32 460 ( d of 1. Lance os resultados brutos de cada fator na tabela a seguir e bus- que referência na tabela de percentis. 2. Tabela de Percentis utilizada: (x) Faixa Etária ( ) Amostra Geral Resultados: Fator Pontos Brutos Percentil Classificação HI 23 20 Inferior DA 32 99 Superior Escore Geral 55 65 Média Superior 3. Preencha o gráfico com os resultados em percentis. HI DA Geral 99 99 95 90 95 12/06/2018 90 85 85 80 80 75 P 75 do a pontuação P 70 70 E E 65 65 R 60 60 R C 55 E 50 55 C 50 E N 45 45 N T 40 40 T I 35 Médio 35 I S 30 30 S 25 25 20 20 15 10 Inferior 15 10 5 5 1 1 HI DA GeralSíntese Na ETDAH-CriAd, Lúcia apresentou, no Fator 1 (Hiperatividade / Im- pulsividade), resultado considerado dentro da área Inferior (Percentil 20) à esperada para a sua faixa etária. Esse resultado reflete nível adequado de atividade motora e de ritmo motor considerado dentro do esperado para a sua idade, com comportamentos de autocontro- le, contenção de impulsos, tendência a agir com prudência e com fle- xibilidade na resolução dos conflitos. No Fator 2 (Déficit de Atenção), Lúcia mostrou desempenho conside- 1. Anas rado no limite da zona Superior esperado para a sua faixa etária (Per- 2. Barb centil = 99). Embora não tenha dificuldade para aprender coisas no- tação vas, os resultados apontaram para prejuízos importantes no seu pa- 61-80. drão atencional, relacionados com falha na atenção seletiva, atenção sustentada, atenção concentrada, falta de foco, falta de persistência 3. Bar do esforço, necessidade de mais tempo para que possa finalizar as New Y suas tarefas, sendo que os responsáveis têm que lembrá-la e ajudá-la 4. Bar a fazer as suas coisas e a cumprir suas responsabilidades, denotando ents. N pouca autonomia e comportamento dependente, dificuldade no de- senvolvimento para realizar os exercícios e as provas, desorganização 5. Bar no caderno, perde-se nas baixo desempenho escolar e pro- para p blemas com memória. Pode-se observar, então, a ocorrência de pre- 6. juízos funcionais que refletem déficit na autorregulação da atenção, nóstic da motivação e da 7. Ba No Escore Geral, Lúcia obteve classificação dentro da área Média Su- perior (Percentil = 65), ou seja, ela apresentou mais problemas relati- ture, vos ao TDAH do que a maioria das adolescentes da sua faixa etária. tion Pode-se concluir que, na ETDAH-CriAd, Lúcia apresentou sintomas de 8. Ba Déficit de Atenção em nível grave, embora não tenha apresentado defici sintomas significativos de Hiperatividade / Impulsividade, segundo a sul C sua própria percepção, sendo os achados consistentes com as difi- culdades enfrentadas na escola, no ambiente social e no contexto Aleg familiar, conforme relato da mãe. 10. diag logo Profissional vida 12. um Local e data Infa 180 13. (De 48