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slide flexão verbal

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A FLEXÃO 
Profa. MARIA DA CONCEIÇÃO M. B. COSTA
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FLEXÃO NOMINAL
FLEXÃO DE GÊNERO – condiciona uma oposição entre forma masculina e forma feminina;
- É caracterizado pelo morfema flexional: 
-a (forma marcada no feminino)
-0 (forma não marcada no masculino)
FLEXÃO DE NÚMERO – cria o contraste 0 entre o singular e o plural
- É caracterizado pelo morfema flexional
-s no plural e pela forma não marcada no singular pelo morfema 0
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FLEXÃO NOMINAL
O nome é admitido como um vocábulo variável.
Os substantivos e os adjetivos são marcados pela vogal temática ou por formas atemáticas
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FLEXÃO NOMINAL
 Tanto SUBSTANTIVO como o ADJETIVO são marcados pela VT:
CRIANÇA, MESTRE, MEDO, AGRÍCOLA
- Ou formas ATEMÁTICA – terminada em vogal tônica e consoantes
FILÓ, GIBI, CRU, NU, BURGUÊS, TENTADOR
- ADJETIVOS- nas formas –e, -o e em consoantes.
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FLEXÃO DE GÊNERO
O gênero pode ser resumido:
1-Quando a forma masculina é ATEMÁTICA - acréscimo do morfema flexional –a átono final à forma masculina;
Ex: peru - perua
2-Quando a forma masculina é TEMÁTICA – essa vogal é suprimida (mudança morfofonêmica) 
Ex: parente - parenta
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FLEXÃO DE GÊNERO
3- Nem todas as palavras são marcadas flexionalmente:
Ex: A CASA, O LIVRO, O CÔNJUGE (a vogal final não indica gênero) 
Então, cabe ao ARTIGO marcar, explicitar o gênero:
 
“Essa flexão é acessória e redundante tópico mais confuso e incoerente da gramática tradicional[...] Isso deve-se pela incompreensão semântica e pela ausência de distinção entre processo flexional e processo lexical.”
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FLEXÃO DE GÊNERO
Quanto à natureza – costuma ser associada ao SEXO dos seres, contra essa interpretação:
1) o gênero abrange todos os nomes substantivos, quer que se refiram a seres animados, provido de sexo, quer designam apenas coisas como: 
 mesa, ponte, que são femininos (precedido do artigo a) ou sofá, pente, prego, que são masculinos (precedido o)
2) o conceito de sexo não está necessariamente ligado ao de gênero : mesmo em substantivos referente a animais e pessoas há algumas vezes discrepâncias entre gênero e sexo.
Ex: a testemunha, a cobra são sempre femininos
 o cônjuge, o tigre, sempre masculino
Quer se refiram a seres do sexo masculino ou feminino.
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FLEXÃO DE GÊNERO
CASOS DE HETERONÌMIAS DE RADICAIS –são casos de vocábulos lexicalmente distintos que tradicionalmente é utilizado para indicar gênero.
Em razão da ausência de distinção entre processo flexional e processo lexical, é comum ler-se em gramáticas que:
 mulher é feminino de homem
Cabra é feminino de bode
As autoras defendem que a distinção gramatical se faz através do ARTIGO
ASSIM MULHER E CABRA SÃO SEMPRE FEMININOS porque podem ser precedidos pelo artigo a
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FLEXÃO DE GÊNERO
Casos de heteronímias nos SUFIXOS DERIVACIONAIS:
Ex: o diácono – a diaconisa
o abade – a abadessa
o barão – a baronesa
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FLEXÃO DE GÊNERO
Obs: nesses casos os sufixos derivacionais –isa, -essa, -esa, etc. são formadores de femininos
Há ocorrência se sufixos que aparecem só na forma masculina:
Ex: o perdigão – a perdiz
Ou em ambas as formas:
Ex: o imperador a imperatriz.
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FLEXÃO DE GÊNERO
Não cabe também falar em uma distinção de gênero expressa pelas palavras macho e fêmea
O gênero não muda com a indicação precisa de sexo
 a cobra macho – a cobra continua no feminino, conforme marca o artigo.
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FLEXÃO DE GÊNERO
Não procedem as designações de EPICENO, SOBRECOMUM e COMUM DE DOIS
A importância ARTIGO/DETERMINANTE/MODIFICADOR (colega simpático/colega simpática) na determinação do gênero.
a/o artista a/o estudante a/o paciente
A cobra
A vítima
A criança
 O indivíduo
O algoz 
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FLEXÃO DE GÊNERO
CASOS DE ALORMORFIA – ponto de vista flexional
Subtração da forma masculina: órfão-órfã
Alternância vocábulo:
 redundante (vogal média posterior tônica fechada ô passa a aberta ó formoso – formosa (morfema aditivo e alternativo);
 não-redundante avô- avó(morfema alternativo)
Distinção de gênero diferentes sem flexão: o/a intérprete (morfema latente)
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FLEXÃO DE GÊNERO
Nos femininos das palavras em –ão ocorrem:
 ora morfema subtrativos:
 irmão –irmã
 ora morfema aditivos com mudanças morfofonêmicas, que se caracterizam ou pela perda da vogal nasal, como em leão –leoa (leão +a= le(ã)ao=leoa);
 ou por uma alteração no sufixo derivacional de aumentativo próprio da forma masculina, decorrente do acréscimo do morfema –a 
 valentão- valentona
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FLEXÃO DE GÊNERO
A flexão de gênero é marcada pelo acréscimo de um morfema derivacional de diminutivo à forma feminina galo –galinha 
Formas com –eu europeu – européia, nas quais o acréscimo do morfema –a ao sufixo derivacional acarreta uma mudança morfofonêmica que se caracteriza pela supressão da vogal assilábica e ditongação: europeu+a=europe (u) a= europea=européia 
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FLEXÃO DE GÊNERO
As gramáticas poderiam ensinar o gênero do SUBSTANTIVO a partir da descrição:
 
1ª) na forma masculina ou feminina do ARTIGO;
2º)a divisão em três grupos:
A- nomes substantivos de dois gêneros com uma flexão redundante:o lobo a loba
B- nomes substantivos de dois gêneros sem flexão aparente :o/a selvagem
C- nomes substantivos de gênero único: a pessoa, a testemunha, o livro, a mosca
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FLEXÃO NÚMERO
Marcada a oposição entre único indivíduo e mais de um indivíduo;
 Oposição privativa em que o SINGULAR não marcado ou morfema O e opõe-se ao PLURAL pelo morfema –s final.
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FLEXÃO NÚMERO
Excetuam-se:
Coletivos- em que a forma singular envolve uma significação de plural.
 a língua interpreta uma série de seres homogêneos como unidade superior que, como unidade, vem no singular.
Ex: multidão – pressupõe o indivíduo cidadão
 ramagem – indica coleção de ramos
obs: tais nomes quando designam mais de um desses conjuntos, também se flexionam: multidões - ramagens
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FLEXÃO NÚMERO
De certos nomes em que a forma de plural refere-se a um conceito linguísticamente indecomponível
Ex: óculos algemas núpcias
Estes vocábulos não apresentam singular mórfico correspondente.
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FLEXÃO NÚMERO
O morfema –s final marca o plural dos nomes, no singular, terminados em: 
1. vogais orais e nasais:
Café/cafés maçã/maças
2. m: armazém/armazéns
3.ditongos orais: véu/veús
4. ditongos nasais átonos e alguns tônicos: irmão/ irmãs
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FLEXÃO NÚMERO
O mecanismo flexional de número pode apresentar mudanças morfofonêmicas, exigidas por certas estruturas vocabulares, provocando alomorfes:
A) terminadas em-s precedidos de vogal tônica – formam o plural com acréscimo de -es: país - países
B) –r, -z e –n, formam o plural com acréscimo de –es:
Rapaz- rapazes; pilar-pilares
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OUTROS CASOS DE ALOMORFIA
Nomes terminados em –l, precedido de vogal diferente de i, o plural –is:
Ex: jogral –jograis
 coronel – coronéis
 lençol – lençóis
 azul – azuis
A mudança morfofonêmica é caracterizada pela queda do –l final e por ditongação:
Jogral + is (-l)= jograis
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FLEXÃO NÚMERO
Nomes terminados em –l forem precedidos da vogal i, além da queda do –l, ocorrem outras mudanças morfofonêmicas dependendo da tonicidade da vogal.
VOGAL TÔNICA- há crase
VOGAL ÁTONA –há dissimilação regressiva (i>e) e ditongação
Ex: fuzil – fuzis fóssil - fósseis
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FLEXÃO NÚMERO
Nomes terminados em –x e –s
1- quando precedidos de vogal átona não sofrem variações.
Ex: tórax, cútis
Trata-se de alomorfe zero, ou morfema latente, dado que a posição singular e plural só é recuperada pelo CONTEXTO.
Ex: este tórax/ estes tórax
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FLEXÃO NÚMERO
Nomes cuja vogal média posterior tônica é O fechado, além do morfema –s, mudam, no plural, o O fechado /ô/ pelo aberto /ó/.
Ex: corpo –corpos, povo- povos
Trata-se de morfemas alternativos, no
caso redundantes, porque o plural já é marcado pelo morfema aditivo
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FLEXÃO NÚMERO
Com o acréscimo do sufixo –inho e –zito
Tanto os substantivos primitivos quanto o derivado apresentam marca do plural.
Fogãozinho – fogõezinhos
Anelzinho – aneizinhos
Cãozinho - cãezinhos
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FLEXÃO NÚMERO
A simplicidade estrutural na descrição de número só é até certo ponto perturbada pela possibilidade de variação, sem nenhum condicionamento fonético, dos vocábulos terminados em -ão.
1- certo número deles forma o plural com o acréscimo do morfema –s (todos os paroxítonos e um número pequeno de oxítonos):
Ex: sótão – sótãos, cristão – cristãos;
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FLEXÃO NÚMERO
a maioria que além do acréscimo do –s, apresentam alternância da vogal e da semivogal. (incluem-se os aumentativos)
Ex: balão –balões
 ladrão – ladrões
 valentão – valentões
E um número menor, além do –s, uma alternância da semivogal.
Ex: alemão- alemães, capelão - capelães
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FLEXÃO VERBAL
Noções gramaticais que expressão a flexão verbal:
TEMPO - indicam o momento do processo verbal; 
 MODO - é a atitude do falante (de certeza, impossibilidade,solicitação, etc.) em relação ao fato que anunciam;
PESSOA- assinala na forma do verbo a pessoa gramatical do sujeito;
NÚMERO- indica singular e plural.
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FLEXÃO VERBAL
Ao lado das categorias de TEMPO E MODO, coexiste outra complementar: ASPECTO
ASPECTO- propriedade que tem uma forma verbal de indicar duração do processo.
Ex: tempo pretérito
 imperfeito – o aspecto inconcluso,
perfeito – aspecto concluso
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MODO INDICATIVO
 exprime atitude de certeza relativa do falante perante o processo que anuncia e aparece acumulado com as noções de tempo: presente, pretérito ou futuro.
Indicativo presente 
Pretérito ou passado
Imperfeito
perfeito
Mais-que-perfeito
Futuro do presente
Futuro do pretérito
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Indicativo presente 
IdPr
Exprime um processo simultâneo ao ato de fala ou um fato costumeiro, habitual;
É usado frequentemente com valor de passado (presente narrativo ou histórico) ou de futuro.
Ex: Escrevo uma carta para meus pais.
Raquel assiste a uma comédia na tv. (atual)
Vou ao colégio de manhã. (habitual)
Nosso chefe viaja. (viajará amanhã – futuro)
As equipes voltam (voltarão) na próxima semana.
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Pretérito ou passado
IdPt
 Exprime um processo anterior ao ato de fala e manifesta-se através dos aspecto: 
Imperfeito –IdPt¹ -exprime um processo passado com duração de tempo, indicando concomitância ou habilidade, sendo usado, também, para indicar fatos passados, concebidos como contínuos ou permanentes.
Ex: As crianças andavam de bicicleta pela praça.
 Júlia ia à aula. 
Perfeito – IdPt² - exprime um processo passado totalmente concluído, sem duração de tempo.
Ex: Samuel fez o exame de direção.
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Pretérito ou passado
IdPt
Mais-que-perfeito – Id Pt³ - exprime um processo anterior a um processo passado.
Ex: Meu irmão já compara o carro. (ou tinha comprado)
O casal vivera momentos tenso. (tinha vivido)
Pode ocorrer com valor de imperfeito do subjuntivo.
Ex: Se mais houvera (houvesse) tempo, lá chegaria.
É um processo mais utilizado a nível padrão. 
Assim, é coloquialmente substituído pelo
PRETÉRITO PERFEITO OU MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO. (formado com o verbo TER no imperfeito seguido de particípio).
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Futuro
Futuro do presente – IdFt¹ - exprime um processo posterior ao momento em que se fala.
Pode ocorrer com valor IMPERATIVO ou de presente exprimindo dúvida ou probabilidade.
Ex: Haverá um agência do BB.
Poderá o homem morar em Marte.
Futuro do pretérito – IdFt² - exprime um processo posterior a um processo passado, indicando, hipótese, probabilidade, incerteza, não comprometimento do falante. Ex: Festejaríamos teu sucesso.
 Pode ocorrer com valor de presente, exprimindo modéstia ou cerimônia.
Ex: O concerto começaria mais cedo
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MODO SUBJUNTIVO
Expressa atitude de incerteza, possibilidade ou dúvida, isto é, maior subjetividade do falante perante esse processo;
A oposição indicativo/subjuntivo é mais de modalidade que de tempo, pois os tempos do subjuntivo não apresentam noção de época tão definida como os do indicativo o fazem.
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MODO SUBJUNTIVO
Outra particularidade do tempo no subjuntivo está na sua estreita correlação com o verbo da oração principal.
Ex: É (Foi) necessário/ que se extinga (extinguisse) a violência no mundo.
O.S. SUBSTANTIVA – o subjuntivo virá no presente se o verbo da principal estiver no presente, ou no passado, se o verbo daquela estiver no passado.
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MODO SUBJUNTIVO
O.S. ADVERBIAIS – o futuro do subjuntivo acompanha o futuro do presente e o imperfeito do subjuntivo acompanha o futuro do pretérito.
Ex: A empresa dispensará vários empregados, se continuar a recessão.
 Iria ao clube/ contanto que houvesse treino.
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MODO SUBJUNTIVO
Quanto ao aspecto é atualizado com menor clareza no modo subjuntivo, devido ao seu valor hipotético e subjetivo, ao contrário do que ocorre no indicativo que apresenta as situações como certas ou reais.
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MODO IMPERATIVO
Exprime uma atitude de ordem, solicitação ou súplica.
Quanto ao tempo, embora seja sempre enunciado no presente, o imperativo tem valor de futuro porque a ação que exprime está para se realizar.
E, por marcar a modalidade e ter valor de futuro o imperativo não tem aspecto.
Ex: Venha logo! Sirva-se, colega! Não fume.
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FORMAS NOMINAIS
Não podem exprimir por si, nem tempo nem modo, mas uma posição aspectual.
INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO.
INFINITIVO – é a forma mais indefinida do verbo e é aspectualmente neutro por se referir apenas à situação em si. Apresenta o processo verbal em potencial, exprime a idéia de ação.
Ex: Caminhar diariamente faz bem à saúde. (função substantivo – caminhada)
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FORMAS NOMINAIS
GERÚNDIO – marca o aspecto inacabado, o processo verbal em curso.
Ex: Estamos envelhecendo. (ação em curso – advérbio); 
 A garota serviu-me uma cerveja borbulhando. (adjetivo);
 Andando! Vamos rápido. (imperativo)
PARTICÍPIO – marca o aspecto concluído, acabado. 
Ex: A empreiteira tinha asfaltado toda a rua.

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