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FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTOS (FGS 
ou fluxos de sedimentos) 
 
 
 
 
Misturas de sedimento + fluido que fluem declive abaixo devido 
ação diferencial da gravidade causada pelo contraste de 
densidade entre o fluxo e o meio circundante (subaéreo ou 
subaquoso) 
 
Diferenciam-se dos fluxos gravitacionais de massa (FGM) pela 
perda total da organização interna original (alto grau de 
deformação interna) 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE MASSA (FGM) 
 
 
 
 
 
Remobilização de pacotes de sedimentos previamente 
depositados mantendo totalmente ou parcialmente a 
estruturação interna pretérita 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE MASSA (FGM) 
 
 
 
 
 
Deslizamentos Escorregamentos 
Deslizamentos (slides)  baixo grau de deformação interna 
 
Escorregamentos (slumps) intermediário grau de deformação interna 
 
Fonte: Scherer, 2012 
ESCORREGAMENTO 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE FLUIDOS OU 
FLUXOS HIDRODINÂMICOS (FGF) 
 
 
 
 
 
Fluido é movido pela gravidade e arrasta os sedimentos 
Ex: fluxo num rio ou numa corrente oceânica 
Obs: FGS  sedimento movido pela gravidade , 
carregando o fluido intersticial junto 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE FLUIDOS OU 
FLUXOS HIDRODINÂMICOS (FGF) 
 
 
 
 
 
Caracterizados por deposição grão a grão dominados por 
tração 
Em condições de cheia é totalmente turbulento  turbulência serve 
como suporte do sedimento, c/densidade bem inferior à de uma 
corrente de turbidez  partículas finas são mantidas em suspensão 
e as maiores (areia grossa e cascalho) apenas temporariamente 
 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE FLUIDOS OU 
FLUXOS HIDRODINÂMICOS (FGF) 
 
 
 
 
 
energia da cheia diminui  grãos maiores caem da suspensão 
e são tracionados junto ao fundo  estratificação cruzada dos 
arenito e imbricação dos clastos nos conglomerados 
Representação esquemática de orientação de seixos em depósitos rudáceos de diversas 
origens: “till” seixos imbricados c/forte mergulho (20° a 30°)dos eixos maiores para 
montante; rios de declives forte, elongação dos seixos paralela à corrente; rios de 
declividades suaves elongação perpendicular à corrente; em praias elongação paralela 
à linha de praia e em ângulo reto com a direção de propagação das ondas, com eixos 
médios mergulhando em direção ao mar (Ruchin, 1958) 
Mecanismos de tração, saltação e suspensão  podem operar tanto em 
FGF como em alguns tipos de FGS 
Mecanismos como escape de fluido, interação direta entre os grãos e suporte 
dos grãos pela viscosidade da matriz  importantes nos FGS mas não na 
maioria do FGF 
 
Nos fluxos hidrodinâmicos a deposição se dá grão a grão dominada por 
tração 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE TRANSPORTE NOS FGS e FGF 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTOS 
(FGS) 
Ação da gravidade sobre mistura de sedimento + água > ação da fricção ou da 
coesão entre as partículas 
 
Mecanismos desencandeadores  inundações fluviais, tempestades, 
terremotos, tsunamis, etc. 
Mistura sedimento + água matém-se em movimento enquanto componente 
gravitacional exceder a resistência friccional e mecanismos de sustentação 
inibirem queda dos grãos 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTOS 
Pode ser classificado pelo: 
 
• Comportamento reológico 
• Mecanismo de sustentação dos clastos 
Reologia: 
 
- disciplina da física que descreve o comportamento 
desse tipo de material (fluido + sólido) 
 
 ou resposta dada por estes materiais à solicitação 
de esforços 
 
o Tipos básicos de regimes reológicos (ponto de 
vista mecânico): 
 rúptil ou disjuntivo, dúctil ou plástico e fluidal 
 
• o rúptil = grãos em contato sistemático e 
permanente entre si  rompe-se ao longo de 
superfícies definidas 
 
 
 
 
o dúctil = existe movimento entre grãos com choque e 
atrito  mistura se deforma e/ou se desloca como falso 
fluído 
 
o fluidal  grãos separados por água  mistura flui sob 
esforço; iniciado o fluxo denso fluidal sua dinâmica é 
comandada pelo fluido verdadeiro 
 
 
 
Fonte: Scherer, 2012 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTOS 
(FGS) 
Principais mecanismos de suporte 
coesão da matriz (argilosa), colisão intergranular (pressão dispersiva), 
movimento ascendente de água intersticial e turbulência 
Na maior parte dos fluxos , é freqüente que mais de um mecanismo de 
suporte (correntes de turbidez) opere simultaneamente; outros processos 
 tração  podem operar nos estágios finais da deposição  
produzindo ou modificando estruturas/texturas dos sedimentos 
Fonte: Scherer, 2012 
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTOS 
(FGS) 
PRODUZEM 
Amplo espectro de fácies sedimentares geneticamente 
interligadas 
MECANISMOS DE SUPORTE MODO DE SUPORTE DOS 
GRÃOS 
Correntes de turbidez Movimento ascendente da turbulência 
do fluido 
Fluxo fluidizado Movimento ascendente de um fluxo 
que escapa entre os grãos quando estes 
assentam por gravidade 
Fluxo granular Interação direta grão a grão (colisões) 
Fluxo de detritos Grão maiores suportados pela coesão 
da matriz (yield strength) 
Classificação dos fluxos gravitacionais de sedimentos em termos de 
mecanismo de suporte dos grãos, segundo Middleton & Hampton, 1972 
(d’Avila & Paim, 2003) 
Segundo Mutti, 1992  fluxos de grãos liquefeitos e 
fluidizados não são aparentemente efetivos em carregar 
quantidades significativas de sedimentos por longas 
distâncias 
 
Representam condições transientes nos fluxos gravitacionais 
durante as fases  iniciação e estágios finais de transporte de 
turbidez 
 Correntes de turbidez de alta 
densidade: 
 
 
Transições possíveis entre diferentes 
tipos de fluxos ao longo da evolução de 
um fluxo gravitacional subaquático 
(Lowe, 1982) 
Fonte: Scherer, 2012 
Fonte: Scherer, 2012 
FLUXOS DE DETRITOS 
 fluxos plásticos, binghanianos, ricos em sedimentos, 
saturados em água, com propriedades plásticas (presença de 
argila e silte), que depositam sedimentos em masse quando 
tensão cisalhante cai abaixo da resistência da matriz 
 suporte dos clastos maiores combinação  força coesiva 
da matriz, boiância e pressão dispersiva 
 
 Fluxos de detritos divididos em 2 tipos (Lowe, 1979): 
 fluxos de detritos coesivos = mudflow 
 fluxos de detritos não coesivos = fluxos de grãos 
(sandflow) 
 
Fonte: Scherer, 2012 
FLUXOS DE DETRITOS COESIVOS 
 os clastos maiores flutuam numa matriz água-argila (5% do volume)  
reduz o peso efetivo dos clastos  congelamento coeso 
 
 depósitos mal selecionados, geralmente maciços, clastos maiores 
sustentados por matriz lamosa ou areno-lamosa, orientados paralelos ou 
inclinados em relação ao fluxo 
 
 lamito seixoso (pebbly mudstone), diamictito 
 
 grandes blocos salientes (protruding clast)  frente e topo das camadas 
 
FLUXOS DE DETRITOS COESIVOS 
ausência de estruturas de tração 
 
 por serem laminares  pouco poder de erosão do substrato 
 não apresentam estruturas de sola 
 
 diminuição do tamanho dos clastos + melhor seleção  
distância da área fonte 
Fonte: Scherer, 2012 
 
Fonte: Scherer, 2012 
DEPÓSITOS DE FLUXO 
DE DETRITOS COESIVOS 
DEPÓSITOS DE FLUXO DE DETRITOS COESIVOS 
FLUXOS DE GRÃOS (grains flows) 
 sedimento mantido em suspensão pela colisão entre grãos  
pressão dispersiva 
 
 desenvolvem-se  areias e cascalhos limpos sem matriz lamosa 
 
 ausência de matriz  fricção intergranular muito grande  
podendo se desenvolver em taludesmuito íngremes  ângulo de 
resistência inicial é excedido 
 
 presentes  ambientes subaéreos e subaquosos, c/gradientes 
elevados, próximas ao ângulo de repouso  estratos frontais das 
dunas 
FLUXOS DE GRÃOS (grains flows) 
 diminuição da inclinação  atrito sobrepuja movimentação  
deposição por congelamento friccional 
 
 comum gradação inversa devido: 
 função de grande pressão dispersiva próxima ao plano de 
cisalhamento (base do fluxo)  partículas maiores mais 
intensamente afetadas e tendem a ser impelidas para o topo 
(sobrelevadas) 
 ou processo de filtragem cinética caracterizado pela queda 
dos grãos menores entre os maiores (peneiramento ou sieving) 
 
FLUXOS DE GRÃOS 
 depósitos com geometria em lentes ou lobos de areia 
 
 arenitos e conglomerados limpos, maciços ou c/diversos intervalos 
com gradação inversa 
 dunas eólicas  “línguas de fluxo de grãos”  delgadas lentes de 
grãos mais grossos, com alta inclinação e localmente com gradação 
inversa 
 
 podem estar comumente associados a correntes de turbidez de alta 
densidade 
FLUXO DE GRÃO 
FLUXO FLUIDIZADO E/OU LIQUEFEITO 
 Fluxos fluidizados  subdivididos, em função do suporte, total 
ou parcial dos grãos pelos fluidos intersticiais (Lowe, 1982) 
 Fluidizados e Liquefeitos 
 
 em afloramentos aspecto final do depósito não permite a 
distinção  são observadas feições de escape d’água 
 
 Fluidizados e/ou Liquefeitos  dispersões muito concentradas 
de grãos e fluidos, onde grãos são mantidos em suspensão pela 
elevada pressão de poro do fluido e seu movimento ascendente 
 
FLUXO FLUIDIZADO E/OU LIFQUEFEITO 
 fluidos tendem a ser expulsos para cima ao mesmo tempo  
“chuva” de grãos maiores e mais densos tende a decantar  
estabelecendo uma competição entre grãos que caem e fluidos que 
tentam ascender  elevação da pressão de poros  fluido rompe a 
barreira de grãos e escapa pelos espaços intergranulares 
 
 grande quantidade de fluidos intersticiais em escape  
sedimento comporta-se como fluido de alta viscosidade  capaz 
de fluir em taludes suaves  < 3° 
 
 suficiente aceleração do fluxo (gradiente inclinado) + pressão de 
poros elevada  grãos “suspensos” pelo fluido intersticial 
(tentando escapar) 
FLUXO FLUIDIZADO E/OU LIQUEFEITO 
 reaproximação de grãos  aumento do contato e atrito 
intergranular  condições de congelamento friccional 
 
 Depósitos: 
 maciços 
 moderada a pobremente selecionados 
 feições de escape de fluido  estruturas em prato (“dish”), 
pilar, dobras convolutas, diques e vulcões de areia 
 
 frequentemente disparados por choque (abalo sísmico), ou 
falhamento no talude ou liquefação espontânea 
LIQUIDIFICAÇÃO 
FLUXOS LIQUEFEITOS E FLUIDIZADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Scherer, 2012 
Fonte: Scherer, 2012 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
 Fluxos gravitacionais bipartidos: 
 
 camada basal granular (laminar), densa  flui devido sobrepressão 
de poros + condições inerciais 
 
 camada superior mais diluída, totalmente turbulenta  retrabalha 
e ultrapassa depósito final da camada basal 
 
Deslocam-se como fluxo de alta velocidade e maior densidade  em 
meio a água do mar ou de um lago  presença grande quantidade 
de sólidos suspensos 
Fonte: Scherer, 2012 
 
FLUXOS DO TIPO SLURRY 
 fluxos que apresentam tanto o efeito da turbulência como da 
coesão da matriz  exibem feições tanto das correntes de turbidez 
quanto de fluxo de detritos coesivos  slurry flows  Lowe &Guy 
(2000) 
(slurry flow = fluxo pastoso) 
 
 deposição do tipo mais comum de slurry flows  partículas 
maiores formam intervalo basal (grão suportado) , intervalo superior 
de granulação mais fina (matriz suportado) 
 
 
Perfil litológico mostrando o tipo mais comum de 
slurry flow, onde se observa a deposição das 
partículas maiores formando um intervalo basal, grão-
suportado, e um intervalo superior onstituído por uma 
granulação mais fina, matriz-suportado (Lowe, 2008) 
FLUXOS DO TIPO SLURRY 
 Depósitos englobam: 
 
 diamictitos (paraconglomerados de matriz lamosa)  
 clastos maiores decantaram e atingiram a base 
 
 camadas similares a turbiditos com estruturas trativas 
passando ao topo para porções arenosas com matriz lamosa 
FLUXOS DO TIPO SLURRY 
 Tipos de fluxo tipo Slurry (Lowe, 2008): 
 A) fluxo de detrito que se torna turbulento  clastos grandes 
suportados pelo fluxo turbulento e depositados como camada basal 
 declínio do fluxo 
 
 B) fluxos gerados junto à cabeça de uma corrente de turbidez, 
que gradam, em direção à cauda, para fluxos de comportamento 
similar ao fluxo de detritos rico em lama, dominado pela coesão da 
matriz 
 
 C) fluxos turbulentos dentro dos quais a desagregação dos 
fragmentos lamosos produz um fluxo laminar e coesivo próximo à 
carga de fundo, que domina a sedimentação 
FLUXOS DO TIPO SLURRY 
 muitos slurry flows tratam-se de depósitos de correntes de 
turbidez que erodiram material lamosos pouco consolidado, 
incorporando intraclásticos muito plásticos 
 
 estes fragmentos bastante viscosos, quando em grande 
quantidade, aderem aos grãos circundantes  congelamento 
coesivo do fluxo

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