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PROVA PPB II

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Memória
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
O que é memória?
“Memória” significa aquisição, formação, conservação e evocação de informações.
A aquisição é também chamada de aprendizado ou aprendizagem: só se “grava” aquilo que foi aprendido. 
A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. 
Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Norberto Bobbio: “somos aquilo que recordamos, literalmente.” 
Não podemos fazer aquilo que não sabemos, nem comunicar nada que desconheçamos, isto é, nada que não esteja na nossa memória.
O acervo de nossas memórias faz com que cada um de nós seja o que é: um indivíduo, um ser para o qual não existe outro idêntico.
Alguém poderia acrescentar: “...e também somos o que resolvemos esquecer”
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
O conjunto das memórias de cada um determina aquilo que se denomina personalidade ou forma de ser. 
EXEMPLOS:
Alguém criado no medo será mais cuidadoso, introvertido, lutador ou ressentido, dependendo de suas lembranças específicas mais do que de suas propriedades congênitas. 
Nem sequer as memórias dos seres clonados (como os gêmeos univitelinos) são iguais; as experiências de vida de cada um são diferentes. 
Uma vaca clonada de outra vaca terá mais ou menos acesso à comida do que a vaca original, ficará prenhe mais ou menos vezes, seus partos serão mais ou menos dolorosos, sofrerá mais a chuva ou o calor que a outra; e as duas não serão exatamente iguais, exceto na aparência física.
Mas cada elefante, cada cachorro e cada ser humano é quem é, um indivíduo diferente, graças justamente à memória; 
A coleção pessoal de lembranças de cada indivíduo é distinta das demais, é única.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
O acervo das memórias de cada um nos converte em indivíduos. 
Porém, tanto nós como os demais animais, embora indivíduos, não sabemos viver muito bem em isolamento: formamos grupos. 
Quanto mais evoluído o animal - esse fenômeno é mais intenso e importante. 
A necessidade da interação entre membros da mesma espécie, ou diferentes espécies inclui, como elemento-chave, a comunicação entre indivíduos.
Essa comunicação é necessária para o bem-estar e para a sobrevivência.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Nas espécies mais avançadas, o altruísmo, a defesa de ideais comuns, as emoções coletivas são parte de nossa memória e servem para nossa intercomunicação. 
Os golfinhos ajudam-se uns aos outros quando passam por dificuldades. 
Os humanos, embora às vezes pareça o contrário, também. 
Procuramos laços, geralmente culturais ou de afinidades e, com base em nossas memórias comuns, formamos grupos: comarcas, tribos, povos, cidades, comunidades, países. 
Consideramo-nos membros de civilizações inteiras e isso nos dá segurança, porque nos proporciona conforto e identidade coletiva.
A identidade dos povos, dos países e das civilizações provém de suas memórias comuns, cujo conjunto denomina-se História.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
As memórias são feitas por células nervosas (neurônios), se armazenam em redes de neurônios e são evocadas pelas mesmas redes neuronais ou por outras.
São moduladas pelas emoções, pelo nível de consciência e pelos estados de ânimo.
Sabe-se que é fácil aprender ou evocar algo quando estamos alertas e de bom ânimo; e como fica difícil aprender qualquer coisa, ou até lembrar o nome de uma pessoa ou de uma canção quando estamos cansados, deprimidos ou muito estressados.
Os maiores reguladores da aquisição, da formação e da evocação das memórias são justamente as emoções e os estados de ânimo. 
Nas experiências que deixam memórias, aos olhos que veem se somam o cérebro – que compara – e o coração – que bate acelerado. No momento de evocar, muitas vezes é o coração quem pede ao cérebro que lembre, e muitas vezes a lembrança acelera o coração.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Breves noções sobre neurônios 
É bom saber lembrar sobre os neurônios, já que são eles os que fazem, armazenam, evocam e modulam a memória animal.
 Há cerca de oitenta bilhões de neurônios no cérebro humano.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Os processos de tradução, na aquisição e na evocação, devem-se ao fato de que em ambas ocasiões, assim como durante o longo processo de consolidação ou formação de cada memória, utilizam-se redes complexas de neurônios. 
Os códigos e processos utilizados pelos neurônios não são idênticos à realidade da qual extraem ou à qual revertem as informações.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Uma experiência visual penetra pela retina, é transformada em sinais elétricos, chega através de várias conexões neuronais ao córtex occipital e lá causa uma série de processos bioquímicos hoje bastante conhecidos. 
Uma informação verbal, embora possa penetrar também pela retina (por exemplo, quando lemos), acaba em outras regiões do córtex cerebral.
A leitura de uma partitura musical, embora também tenha como ponto de origem a retina, ocupa depois múltiplas redes de células de muitas regiões do córtex cerebral. 
A informação olfativa penetra pelo nariz, não pelos olhos; a gustativa pela língua, etc. 
Há regiões do cérebro em que todas essas vias convergem.
Essas regiões são usadas na formação e na evocação de memórias.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Existe um processo de tradução entre a realidade das experiências e a formação da memória respectiva; e outro entre esta e a correspondente evocação.
Ao converter a realidade num complexo código de sinais elétricos e bioquímicos, os neurônios traduzem. 
Na evocação, ao reverter essa informação para o meio que nos rodeia, os neurônios reconvertem sinais bioquímicos ou estruturais em elétricos, de maneira que novamente nossos sentidos e nossa consciência possam interpretá-los como pertencendo a um mundo real.
Em cada tradução ocorrem perdas ou mudanças. Qualquer um que tenha lido poemas no idioma original e depois numa tradução terá percebido que há uma perda ou uma mudança. Os italianos cunharam há muitos anos, a frase “traduttore = traditore” (tradutor = traidor) para denotar essas perdas e alterações.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Modelo modal de Atkinson e Shiffrin (1968)
Ao contrário de um sistema de memória unitário, associativo, o modelo modal assume estruturas múltiplas de memória:
Informações do ambiente externo são percebidos e brevemente armazenados na memória sensorial, que é considerada perceptiva, e não simplesmente um processo mnemônico.
A informação então é passada para a capacidade limite, armazenada na memória de curta duração.
Finalmente, a informação pode ser codificada no ilimitado armazenamento de longa duração, mais ou menos permanentemente.
Evidências atuais sugerem que o fluxo da informação na verdade é bidirecional 
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
O armazenamento da memória pode ser subdividido em sistemas de memória distintos:
Memória Sensorial
Memória de Curta Duração / Memória de Trabalho
Memória de Longa Duração
Memória Explícita / Declarativa
Episódica
Semântica
Memória Implícita / Não Declarativa
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Memória de curta duração e memória de trabalho
A diferença
Memória de Trabalho: sistema que permite o armazenamento temporário e a manipulação de informações para o raciocínio, aprendizado e compreensão.
Baseada sobre uma hipótese teórica
de que o raciocínio complexo e a aprendizagem requerem um espaço mental que pode manter/manipular informações.
Frequentemente avaliada pela extensão da memória de trabalho.
Memória de Curta Duração: desempenho em tarefas experimentais envolvendo a capacidade de armazenar pequenas quantidades de informação durante breves intervalos, testadas ou imediatamente ou após um pequeno delay.
Parte do sistema da memória de trabalho.
Frequentemente avaliada pela extensão de dígitos.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Extensão de dígitos
Teste sua extensão de dígitos
	Leia cada sequência como se fosse um número de telefone, depois feche seus olhos e tente repetir. Comece pelos números de quarto dígitos e continue até falhar nas duas sequências a um determinado comprimento. A sua amplitude é um dígito a menos do que este.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Efeito de primazia e memória de longa duração
O efeito de primazia depende principalmente da memória de longa duração. 
Está relacionado à tendência de treinar os primeiros itens durante sua apresentação inicial e ao longo de toda a lista. 
Itens treinados têm uma melhor chance de entrar na memória de longa duração, ficando disponíveis para recordações futuras.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Fatores que influenciam a memória 
de longa duração
Os fatores seguintes, que afetam a memória de longa duração, também influenciam o desempenho na recordação das partes iniciais e intermediárias das listas de estudo; o efeito de recência é amplamente imune a esses fatores:
Velocidade de apresentação: apresentações mais lentas melhoram a capacidade de recordação dos itens.
Frequência de palavras: palavras mais familiares (frequentes) são recordadas 
mais facilmente.
Capacidade de visualização: palavras que são mais visualizáveis são mais 
fáceis de recordar.
Idade: adultos jovens lembram mais do que crianças/idosos.
Estado psicológico: Drogas como a maconha e o álcool prejudicam o desempenho.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Por que um efeito de recência?
Interpretação inicial (popularizada na década de 1960):
A recência, diferente da primazia, reflete a saída do armazenamento temporário de curta duração.
Uma pequena tarefa de distração logo após a lista de estudo pode romper o armazenamento de curta duração, eliminando o efeito de recência.
 
Problemas da interpretação inicial:
Enquanto uma pequena tarefa de distração depois de a lista completa ser apresentada remove o efeito de recência como o esperado, apresentar a mesma tarefa de distração após cada um entre os itens da lista produz um efeito de recência.
Efeitos de recência aparecem mesmo com intervalos extensos (p.ex., meses), muito depois de os itens supostamente terem saído do armazenamento de curta duração. Isto é chamado de recência de longa duração. 
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Recência de longa duração
Estudo do Rúgbi - Baddeley e Hitch (1977): 
Questão: “Contra que times vocês jogaram na temporada passada?”
Resultados:
Efeito de recência: jogos recentes foram mais bem recordados.
O número de jogos foi considerado melhor instrumento de previsão, comparado ao tempo total decorrido. 
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Esquecimento
Ocorre sem a intenção de esquecer.
Ocorre quando as pessoas se envolvem em processos ou comportamentos que reduzem intencionalmente a acessibilidade à memória.
Esquecimento incidental
Esquecimento motivado
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
A natureza do esquecimento
Geralmente, o reconhecimento é mais fácil do que a recordação; portanto, uma distinção deve ser feita entre:
Disponibilidade da memória: 
Se um item está ou não armazenado.
Acessibilidade da memória:
Se a memória pode ser acessada, dado que ela está armazenada.
É difícil provar de forma definitiva que uma memória foi completamente esquecida (i.e., está indisponível).
Ela pode estar apenas temporariamente inacessível pela falta de uma dica apropriada.
O esquecimento ocorre de forma graduada.
Tanto as memórias indisponíveis como as inacessíveis são dadas 
como esquecimentos.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Fatores que não favorecem o esquecimento
Se a aprendizagem inicial é boa, a retenção é melhor.
Tentativas repetidas de recuperação (i.e. através de testes) desenvolvem resistência ao esquecimento (Linton, 1975).
Pelo menos para os aspectos da memória que são praticados.
A recuperação incompleta ou imprecisa pode levar a distorções de memória.
Lei de Jost:
Se duas lembranças têm igual força em determinado momento, a mais antiga será mais durável e esquecida menos rapidamente.
De fato, é bastante aceito que novos traços são inicialmente vulneráveis à interrupção até que sejam consolidados na memória.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Esquecimento motivado
Terminologia
Repressão (Freud):
Mecanismo de defesa psicológica destinado a expulsar memórias, ideias e sentimentos indesejados da consciência
Em alguns casos, os conteúdos reprimidos podem ressurgir mais tarde (i.e. o retorno 
do reprimido)
Repressão versus Supressão—uma falsa distinção?
Na tradição psicanálitica moderna, os termos se referem a coisas um pouco diferentes
No entanto, Freud usou os dois termos alternadamente
A distinção foi introduzida pela filha de Freud, Anna 
Um processo inconsciente
Automático
Um processo consciente
Intencional, motivado por um objetivo
Repressão
Supressão
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Esquecimento motivado
Terminologia
O esquecimento motivado engloba:
Esquecimento intencional:
Origina-se de processos iniciados por um objetivo consciente de esquecer
Supressão consciente
Mudanças de contexto intencionais
Amnésia psicogênica:
Esquecimento profundo de origem psicológica de grandes períodos da vida ou de eventos significativos
Esquecimento que não é acidental, mas também não é conscientemente intencional
p.ex. simplesmente tentar pensar em algo quando se é confrontado com uma lembrança desagradável, sem tentar esquecê-la
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Abordagens ao estudo da amnésia
Abordagem
Motivação primária
Grande local
de pesquisa
Pesquisador(es) exemplo
Neurocirúrgica
A localização anatômica orienta o tratamento neurocirúrgico
Montreal Neurological Institute
Brenda Milner
Patológico
Desenvolver um melhor entendimento de doenças específicas, com suas muitas complexidades
National Hospital for Nervous Diseases, Londres
Elizabeth Warrington
Cognitiva
Foco em déficits puros e teoricamente importantes
Boston Veterans Administration Hospital
NelsonButters
eLairdCermak
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Tipos de amnésia
Amnésia retrógrada:
Perda do acesso a eventos que aconteceram no passado, antes do trauma
Amnésia anterógrada:
Problema de codificação, armazenagem ou evocação de novos eventos que ocorreram após o trauma
Eventos passados
Eventos futuros
TRAUMA/ DOENÇA
Amnésia retrógrada
Amnésia anterógrada
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Tipos de amnésia
Dificuldade de formar novas memórias
Geralmente, a condição melhora gradualmente com o tempo
Frequentemente ocorrem 
após lesões na cabeça por 
séria concussão
Prejuízo repentino na formação e evocação de novas memórias
Tende a ser resolvida rapidamente
Se desenvolve repentinamente em pessoas aparentemente normais
A causa ainda é desconhecida
Amnésia pós-traumática (APT)
Amnésia transitória global (ATG)
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Avaliando problemas de memória
Para facilitar o tratamento, uma avaliação completa deve incorporar 
testes que:
Sejam
altamente sensíveis aos danos na memória
p.ex., WMS
Predigam os problemas cotidianos
p.ex., RBMT
Analise a natureza dos déficits de memória em termos teóricos
Identifique os pontos fortes e fracos da deficiência específica do paciente
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Memória conforme envelhecemos
As pessoas tornam-se menos capazes de relatar lapsos de memória com exatidão conforme envelhecem
Sunderland et al. (1986)
Reclamações acerca de memórias nos idosos estão mais relacionadas à depressão do que à performance da memória de fato
Rabbit e Abson (1990)
Memória prejudicada é o primeiro e melhor preditor sobre o início da doença de Alzheimer
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Habilidades mnemônicas na infância
Memória implícita em desenvolvimento
As crianças demonstram algumas habilidades mnemônicas (limitadas) quase imediatamente após o nascimento
DeCasper e Fifer (1980):
Tarefa:
Bebês de três dias aprendiam que a sucção de um bico ativava uma gravação com a voz da:
Sua mãe
Uma estranha
Resultados:
Os bebês sugavam mais o bico quando a gravação era da voz familiar da sua mãe
Querleu et al. (1984) repetiu os resultados em bebês de apenas duas horas
Conclusão:
Recém-nascidos possuem a capacidade de lembrar tanto da voz da mãe quanto de uma nova 
ação que resulta no prêmio de ouvir sua voz
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Habilidades mnemônicas na infância
Desenvolvimento de memórias declarativas (explícitas)
As habilidades de memórias declarativas se desenvolvem mais tarde 
do que a memória implícita
Originalmente, considerava-se que os bebês eram desprovidos de memória explícita
Essa visão mudou através de dados recentes
Hoje em dia já se supõe que a memória declarativa exista em crianças mais jovens do que se pensava
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Memória conforme envelhecemos
As pessoas tornam-se menos capazes de relatar lapsos de memória com exatidão conforme envelhecem
Sunderland et al. (1986)
Reclamações acerca de memórias nos idosos estão mais relacionadas à depressão do que à performance da memória de fato
Rabbit e Abson (1990)
Memória prejudicada é o primeiro e melhor preditor sobre o início da doença de Alzheimer
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Memória de trabalho e envelhecimento
Concentração e atenção
Charness (1985):
Jogadores mais jovens de xadrez identificam mais jogadas possíveis
Jogadores mais velhos de xadrez identificam menos jogadas, mas com maior profundidade
Pode refletir dificuldade aumentada de concentrar-se em múltiplas fontes de informação
Atenção Dividida no Envelhecimento:
Desempenho em teste duplo é pior em idade avançada do que nas duas tarefas separadas
Isso provavelmente reflete dificuldade geral em lidar com cargas cognitivas pesadas, contudo
Quando as tarefas são facilitadas, a performance em teste duplo não é afetada pela idade
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Envelhecimento e memória de longa duração
Memória episódica
Memória episódica entra em declínio regular durante a vida adulta:
Testes de recordação e evocação
Materiais verbais e visuais
Rivermead Behavioural Memory Test (situações de memória do dia a dia)
Teste Doors and People (nomes e localização de pessoas)
Memória para mãos de cartas 
Memorização de passagens
Memória para conversas
A magnitude do declínio depende da natureza da tarefa e do método 
do teste
Memória semântica não piora, pode até melhorar
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Resistindo aos efeitos da idade
Fatores tendendo a se correlacionar com resistência a memória prejudicada:
Boa saúde física
Dieta apropriada
Exercício regular
Atividade mental continuada
Mas taxas de declínio não diferem entre professores/trabalhadores braçais (Christensen et al., 1997)
Material significativo pode permitir que o aprendiz ativo compense o declínio da memória episódica (Shimamura et al., 1995)
Treinamento de memória explícita (p.ex. mnêmonicos) pode ajudar
Mas jovens participantes ganham substancialmente mais do treino do que os idosos
Um ambiente enriquecido (ao menos funciona com ratos…)
Melhor prevenir do que remediar:
Siga as dicas, mesmo que ainda faltem evidências em alguns aspectos
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Memória para o passado e o futuro
Memória para pessoas, palavras e eventos encontrados ou vivenciados no passado
Geralmente envolve lembrar o que sabemos a respeito de algo
Costuma ter alto conteúdo 
de informação
Maior disponibilidade de dicas externas
Lembrar de executar uma ação pretendida na ausência de qualquer lembrete explícito
Concentra-se em quando fazer algo
Costuma ter baixo conteúdo 
de informação
Relevante para planos e objetivos que formamos em nossa vida diária
Memória Retrospectiva
Memória Prospectiva
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Lembrar e esquecer no mundo real envolve uma combinação das memórias prospectiva e retrospectiva
Memória Retrospectiva:
Memória para pessoas, palavras e eventos encontrados ou vivenciados no passado
Memória Prospectiva:
Lembrar de executar alguma ação pretendida na ausência de qualquer lembrete para tal
Indivíduos ansiosos tendem a ter memória prospectiva relativamente fraca
O transtorno obsessivo compulsivo é associado à crença de que se tem um déficit na memória perspectiva
Essa crença leva-os a realizar verificações repetidamente
É essa verificação repetida que leva a uma redução na confiança da memória prospectiva
Análises de falhas da memória que causam acidentes aéreos revelam que:
A maioria das falhas se deve à memória prospectiva ao invés da retrospectiva
Muitas falhas prospectivas ocorrem quando pilotos são interrompidos
Eles acabam não conseguindo produzir um novo plano/intenção para lidar com a situação
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Medidas da Memória
Medidas utilizadas para saber se as informações foram armazenadas e codificadas:
Reaprendizagem;
Reconhecimento;
Recordação.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Revisão 
Processos de memória: 
Todos os sistemas da memória requerem três procedimentos:
Codificação
Armazenamento
Recuperação
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Codificação: 
o conteúdo destinado ao armazenamento é primeiramente codificado. 
Refere-se a todo o processo de preparar as informações para armazenamento.
Processo de tradução
Refere-se à aprendizagem deliberada, à tentativa de armazenar informações e à percepção.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Armazenamento: 
Assim que a experiência é codificada, será armazenada por algum tempo. 
A natureza do armazenamento não é igual a do chip de uma computador.
O depósito da memória é um sistema complexo e dinâmico que parece mudar com a experiência.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Recuperação:
processo de retomada das experiências armazenadas. A recuperação pode ser muito fácil ou bastante trabalhosa.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck
Ao penetrar na análise do que é a “Memória” ou, quem sabe, somente de “o que são as memórias”, atravessamos uma fronteira um pouco mágica.
Memória – Alan Baddeley, Michael C. Anderson & Michael W. Eysenck

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