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1 AULA 2/3 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO GAMA E X COM A MATÉRIA (continuação ...) 2 Decaimento gama do 137Cs 3 Ondas Eletromagnéticas )sin( tkxEEE oy )sin( tkxBBB oz cv oo 1 c = 3.00 x 108 m/s Características das ondas eletromagnéticas: •São formadas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis. •O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético. •São ondas transversais (os campos são perpendiculares à direção de propagação). •Propagam-se no vácuo com a velocidade "c" . •Podem propagar-se num meio material com velocidade menor que a obtida no vácuo Constituída por vibrações simultânea de campos magnético e elétrico, perpendiculares entre si 4 Espectro Eletromagnético 5 Espectro Eletromagnético As radiações eletromagnéticas ionizantes de interesse são os raios-X e a radiação gama 6 Radiação de infravermelha de uma pessoa Esta imagem é do Infrared Processing and Anaysis Center at California Institute of Technology. É uma imagem infravermelha de uma pessoa segurando um fósforo. A imagem tem um código de cores para mostrar as diferenças de temperatura. Notem o braco e o vermelho profundo na chama e na palma da mão da pessoa, onde os vasos sanguíneos estão mais próximos à superfície da pele. Notem também o azul dos seus óculos frios. Homem e chama no Infravermelho 7 Primeira radiografia de parte do corpo humano 8 Maxwell – Modelo Clássico A taxa de energia transportada por unidade de área, por uma onda eletromagnética, é descrita por um vetor , chamado de vetor de Poynting, e é z x y E B v x y E B v EB 1 S BE BE 1 S o o datransporta.energia )amplitude(EQuanto E c 1 Sc B E ,sesabe 2 o Pacote de energia localizado – Fóton – Modelo Quântico z x Fóton com energia h 9 A energia da radiação eletromagnética é na realidade transportada em pequenos “pacotes”, chamados fótons. Se a radiação tem uma frequência (e comprimento de onda = c/f) a energia de cada fóton é E = h = hc / -- z x y E B v x y E B v z y x y eVE 1024,1 )( 6 m h = constante de Planck h = 6,625x10-34 J.s 10 Decaimento São formas de radiação eletromagnéticas, com comprimento de ondas muito pequeno, de origem nuclear. É uma forma de energia quantizada em “pacotes” chamados fótons. Massa : mo = 0 Momento linear : Energia do fóton é dada por h, onde h é a constante de Plank e é a frequência de seu movimento ondulatório c h hp 11 + + + + + + + + + + - 4He Nucleo Raio Gama Decaimento Gama Quando um núcleo decai por emissão de radiação alfa ou beta, geralmente o núcleo residual tem seus nucleons fora da configuração de equilíbrio – estão alocados em estados excitados. Assim para atingir o estado fundamental, emitem a energia excedente sob a forma de radiação eletromagnética, denominada radiação gama 12 Decaimento Gama A emissão de fótons gama é o resultado de um processo de estabilização do núcleo-filho ao término do decaimento radioativo + + + + + + + + + + - 4He Nucleo Raio Gama 13 decaimento Número atômico, Z energia ESQUEMA DE DECAIMENTO Pai Filho Filho excitado Raio gama Estado fundamental Energia bem definida: h fi EEE Núcleo 14 Intensidade relativa das radiações A intensidade relativa da radiação 3 é obtida por, I3 = (p1 · p1) + (p2 · p3) = (0,20 · 0,80) + (0,30 · 1,00) = 0,46 O número de radiações 3 emitidas, representa 46% das radiações resultantes da atividade total de X na amostra. 15 Os decaimentos e são frequentemente acompanhados da emissão de fótons gama. Isso se deve ao fato que o núcleo-filho geralmente nasce num estado excitado e libera a energia que possuia a mais em relação ao estado fundamental 16 Conversão Interna 37Cs - 6,5 % Ocorre a transição beta diretamente para o estado fundamental do núcleo filho 137Ba 93,5% ocorre a transição beta para o 2a. estado excitado Desexcitação Nuclear do 137Ba 90% da vezes o estado fundamental é atingido por meio de transições gama – 662 keV 10% decai pelo processo de emissão de um elétron de conversão – A Produção de fótons por decaimento: 0,9350,90 = 0,85 17 - Compete com a emissão gama 18 + + + Raio X característico (fóton) h’ = EL - EK Eke = h - EB Representação do processo de conversão interna e da emissão de raios X característicos h 19 Interação com raios X e Raios são radiações eletromagnéticas que acompanham transições nucleares. Raios X são radiações eletromagnéticas que companham transições eletrônicas. Principais processos competitivos Efeito fotoelétrico Efeito Compton Produção de pares 20 EFEITO FOTOELÉTRICO + ++ Fóton cede toda energia a um elétron (camada K) e desaparece. Eke = h - EB Efeito predominante para raios-X e raios- de baixa energia (100 keV) e para elementos químicos de elevado número atômico Z 3 4 fotoel E z Decresce rapidamente com o aumento de energia 21 EFEITO COMPTON + + + + + + + + + Como espalhamento entre duas partículas clássicas 22 Energia do fóton espalhado Energia cedida ao elétron 0 hv’ hv e Ee 0 (transf. mínima) pouca energia transferida ao elétron 2 o ' m 2hv 1 hv hv c 2 o 2 o e hv/m21 2hv/m hvE c c cos1 cm h 1 h 'h 2 o )cos1( cm h 1 cos1 cm h hE 2 o 2 o e 23 PRODUÇÃO DE PARES ( Energia criando matéria ! ) Fótons com E = 1.022 Positron (+) 511 keV 511 keV Eletron (-) EZ2f(E,Z) A criação de pares ocorre para altas energias e para elementos de grande número atômico. + Ek + Ek 24 Positron 511 keVE = mc2 Electron 511 keV ANIQUILAÇÃO DE PARES (Matéria se convertendo em energia matéria) 25 Importância relativa dos diversos processos de interação dos fótons com a matéria Fótoelétrico : E < 200 keV Compton : 200 keV < E < 5 MeV Produção de Pares : E > 5 MeV Interação igualmente provável 26 Blindagem para radiação gama ou X 27 28 Processos integrados de interação 29 GRANDEZAS E UNIDADES PARA USO EM RADIOPROTEÇÃO 30 É o número de transformações nucleares por unidade de tempo que ocorre numa amostra de qualquer material radioativo Atividade de uma Amostra, A, ou taxa de decaimento teAtA 0)( Antiga : Curie ( Ci ) 1 Ci = 3,71010 desintegrações por segundo Nova : becquerel ( Bq ) 1Bq = 1 desintegração por segundo é utilizada para expressara quantidade de material radioativo. 31 Unidade de Atividade Antiga : Curie ( Ci ) 1 Ci = 3,71010 desintegrações por segundo 1 Ci = atividade específica ( 1 grama ) de 226Ra 1 mCi = 3,7107 s-1 1 Ci = 3,7104 s-1 32 Unidade de Atividade Nova : becquerel ( Bq ) Em 1975, Comissão Internacional de Unidades e Medidas Radiológicas – ICRU, recomendou o uso do becquerel (Bq) como unidade de atividade no S.I. de unidades. 1 becquerel ( Bq ) = 1 desintegração por segundo Portanto, 1 Ci = 3,71010 Bq 33 Atividade de uma amostra radioativa é o número de transformações nucleares por unidade de tempo N = número de átomos radioativos contido na amostra. É bom salientar que, uma transformação por segundo não significa a emissão de uma radiação por segundo, pois, numa transformação nuclear, podem ser emitidas várias radiações de vários tipos e várias energias. Por exemplo, para 1 Ci (3,7x1010 Bq) de 60Co, temos: N dt dN A 3,7x1010 partículas /s 3,7x1010 fótons gama de 1,173 MeV/s 3,7x1010 fótons gama de 1,332 MeV/s Ou, 11,1x1010 emissões de radiações por segundo 34 Conversão Interna 37Cs - 6,5 % Ocorre a transição beta diretamente para o estado fundamental do núcleo filho 137Ba 93,5% ocorre a transição beta para o 2a. estado excitado Desexcitação Nuclear do 137Ba 90% da vezes o estado fundamental é atingido por meio de transições gama – 662 keV 10% decai pelo processo de emissão de um elétron de conversão – A Produção de fótons por decaimento: 0,9350,90 = 0,85 35 EXPOSIÇÃO (X) Mede a carga elétrica total produzida por raios X e em um kilograma de ar. 36 EXPOSIÇÃO (X) Capacidade de um feixe de raios X ou de raios produzirem pares de íons por gama no ar dm dQ X É freqüentemente usada para medir campos de radiação no ambiente da instalação radioativa , no intuito de prevenção e controle da exposição 37 38 EXPOSIÇÃO É expressa por : dm dQ X Unidade : Legal no S.I. (C/kg) Especial: roentgen (R) 1 R = 2,5810-4 C/kg 1 R = 1,6x1012 pares íons/g Definida pela carga total dQ dos íons de um mesmo sinal produzidos por elétrons secundários criados pela radiação eletromagnética (raios X e ) gerados num elemento de volume de massa dm de ar, quando todos os elétrons secundários são totalmente freados no ar. 39 Os instrumentos de medida da radiação, em sua maioria, registram a taxa de exposição que é a medida por unidade de tempo, isto é, C/(kg.h) ou C/(kg.s). 40 TAXA DE EXPOSIÇÃO É razão entre exposição radiológica pela unidade de tempo. É frequentemente usada para medir campos de radiação no ambiente da instalação radioativa, no intuito de prevenção e controle da exposição. dt dQ/dm X A unidade antiga de taxa de exposição é o R/h, usada para radiação X ou gama no ar, e vale : 1 R/h = 2,5810-4 C/kg.h 41 Relação entre taxa de exposição e atividade de fonte A X 42 Taxa de exposição (R/hr) Atividade ( Ci ) Distância da fonte (m) 2 d A X G Gamão ((R m 2 )/(hr Ci )) A taxa de exposição pode ser associada à atividade gama de uma fonte, pela expressão : - Fonte suficientemente pequena; - Atenuação da camada de ar intermediária entre a fonte e o ponto de medição é desprezível; - Não há espalhamento nos materiais circunvizinhos. Constante de taxa de exposição 43 Gamão para algumas fontes emissores gama fonte G R m2)/(hr Ci) fonte G R m2)/(hr Ci) 133Ba 0.24 125I 0.07 51Cr 0.116 131I 0.22 137Cs 0.33 192Ir 0.48 57Co 0.09 54Mn 0.47 60Co 1.32 226Ra 0.825 198Au 0.23 22Na 1.20 44 Qual a taxa de exposição devido a uma fonte de 137Cs de 0,53 Ci que está distante 30 cm de um trabalhador ? 45 PROBLEMAS 1. A taxa de exposição de 1 R/h é medida a 15 cm de uma fonte radioativa de 137Cs. Qual a atividade da fonte ? RESOLUÇÃO X = 1 R/ h A = ? 1 R/h = G. A / d 2 = 0,33.A / (0,15)2 R/h A = 1 x 0,0225 / 0,33 = 0,0682 Ci A = (0,0682)x(3,7.1010) = 2,5.109 Bq = 2,5 GBq 46 Definida para fins operacionais para dosimetria EXPOSIÇÃO : Atualmente em desuso. A ICRP-60 usa o termo para referir-se ao ato de expor à. Limitações ? Definida apenas para: Radiação X ou gama Meio material AR 47 Meios de interesse : sólidos, líquido, tecido humano, etc. Tipos de radiação : partículas alfa, beta, nêutrons, prótons, fragmentos de fissão Conclusão A grandeza EXPOSIÇÃO não é adequada para descrever a energia de qualquer tipo de radiação absorvida por qualquer tipo de meio. Para superar esta dificuldade : DOSE ABSORVIDA 48 DOSE ABSORVIDA Energia média depositada (dE) pela radiação ionizante (qualquer tipo e energia) num elemento de volume de matéria de massa dm (qualquer meio) dm dE D onde dE é a energia média depositada pela radiação ionizante num elemento de volume de matéria de massa dm. 49 DOSE ABSORVIDA Grandeza é de maior importância na dosimetria, pois refere-se à absorção de qualquer tipo e energia de radiação em qualquer meio. A dose absorvida é definida em um ponto específico, mas na publicação ICRP-60 é usada como dose média no tecido ou orgão (para o uso em proteção radiológica). Unidade : Legal no S.I. J/kg – gray (Gy) Especial: rad (radiation absorbed dose) (erg/g) 1 Gy = 100 rad 50 Cálculo da Dose a partir da Exposição Dar = (W/e)ar X = 0,876 X (W/e)ar é a energia média para formação de um par de íons no ar / carga do elétron (W/e)ar= 0,876 cGy / R 51 Doses associadas com efeitos determinísticos mortais para exposição de corpo int. de rad. de baixo LET Dose absorvida de corpo inteiro (Gy) Principal efeito mortal Tempo de morte após a exposição (dias) 3-5 Danos na medula óssea 30-60 5-15 Danos gastro- intestinais e pulmonares 10-20 > 15 Danos no sistema nervoso 1-5 52
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