03. Tema 04 - Dependentes do Segurado

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Os beneficiários das prestações previdenciárias 
são os segurados e seus dependentes. 
 
Os dependentes do segurado estão previstos em 
rol taxativo no art. 16 da Lei 8.213/91 
 
 
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Inexiste a figura do dependente designado, 
figura revogada pela Lei 9.032/95. 
 
Súmula 04, TNU: inexiste direito adquirido à 
condição de dependente designado, quando o 
falecimento do segurado deu-se após o advento 
da Lei 9.032/95 
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 São três classes de dependentes, a saber: 
 
I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e 
o filho não emancipado de qualquer 
condição, menor de 21 anos ou inválido ou que 
tenha deficiência intelectual ou mental que o 
torne absoluta ou relativamente incapaz, assim 
declarado judicialmente. 
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 São três classes de dependentes, a saber: 
 
II – os pais; 
 
III – o irmão não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual 
ou mental que o torne absoluta ou relativamente 
incapaz, assim declarado judicialmente. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
Cônjuge, companheira(o): 
 
1. O dependentes da classe gozam de 
dependência econômica absoluta (art. 16, § 4º 
PBPS); 
 
2. Os dependentes da classe I são preferenciais, 
afastando em caso de concurso com os da classe 
II e II, não havendo posterior transferência de 
direito para as classes inferiores. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
Cônjuge, companheira(o): 
 
3. O ex-cônjuge e o ex-companheiro(a) também 
são considerados dependentes, desde que haja a 
percepção de alimentos por ocasião da separação 
judicial ou do divórcio; 
 
4. Súmula 336 do STJ: “a mulher que renunciou 
aos alimentos na separação judicial tem direito à 
pensão previdenciária por morte do ex-marido, 
comprovada a necessidade econômica 
superveniente”. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
Cônjuge, companheira(o): 
 
5. Se no momento da morte o cônjuge estava 
separado de fato, deverá comprovar a 
dependência econômica (art. 76, § 1º, PBPS). 
 
6. Tanto na visão do STF quanto na visão do STJ, a 
concubina não tem direito à pensão por morte. 
 
 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
Cônjuge, companheira(o): 
 
7. Porém, o STF reconheceu repercussão geral no 
RE 669.465 em março de 2012 e irá reexaminar 
o tema. Trata-se de concubinato de longa 
duração. 
 
8. Por força de liminar concedida na ação civil 
pública 2000.71.00.009347-0, proposta na Seção 
Judiciária de Porto Alegre-RS, o INSS passou a ser 
compelido a reconhecer o parceiro homoafetivo 
como dependente de primeira classe do segurado. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
filho(a): 
 
1. O filho é dependente do segurado até os 21 
anos; 
 
2. A emancipação rompe a condição de 
dependente para fins previdenciários, exceto a 
emancipação por colação de grau em curso 
superior do filho inválido, se a invalidez tiver 
ocorrido antes da colação. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
filho(a): 
 
OBSERVAÇÃO: A doutrina critica o art. 17, III, do 
RPS. É que a o PBPS não prevê hipótese de ruptura 
da condição de dependente do segurado do filho 
ou irmão inválido em razão de emancipação, 
quaisquer que seja a sua forma (IBRAHIM, 2011, 
p. 299). 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
filho(a): 
 
3. A Lei 12.470/2011 incluiu o filho que tenha 
deficiência intelectual ou mental que o torne 
absoluta ou relativamente incapaz, assim 
declarado judicialmente. 
 
4. O levantamento da interdição extingue a cota 
do filho. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
filho(a): 
 
5. A maioridade civil ocorre aos 18 anos por força 
do art. 5º do Código Civil. Porém, para fins 
previdenciários o filho é dependente dos pais até 
os 21 anos. 
 
6. O fato de o filho ser maior de 21 anos e 
estudante universitário não lhe confere o direito a 
continuar enquadrado como dependente no 
âmbito do RGPS (Súmula 37 da TNU. REsp 
1.369.832-SP). 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
filho(a): 
 
7. O enteado e o tutelado são equiparados a 
filho mediante declaração do segurado, porém a 
dependência econômica deverá ser comprovada 
(art. 16, § 2º, PBPS). 
 
8. O menor sob guarda era dependente do 
segurado até o advento da Lei 9.528/97. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
filho(a): 
 
9. Alguns julgados entendem que persiste o 
direito do menor sob guarda como dependente do 
segurado, tendo por base o art. 33, § 3º do ECA; 
 
10. Recentemente, o STJ decidiu no RMS 36.034-
MT, julgado em 26/02/2014, que o menor sob 
guarda deve ser enquadrado como dependente 
previdenciário. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
filho(a): 
 
11. O Conselho Federal da OAB ajuizou a ADI 5083, 
impugnando o art. 2º da Lei 9.528/97. 
 
12. O Procurador-Geral da República ajuizou a ADI 
4878 impugnando o mesmo dispositivo. 
 
13. No MS 32.907, julgado em 24/04/2014, a 
ministra Carmén Lúcia deferiu liminar para garantir 
restabelecimento do benefício de pensão por morte 
para um menor sob guarda. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE I – 
filho(a): 
 
13. Para o filho inválido, permanece a condição de 
dependente do segurado, desde que a invalidez: 
 
a) Tenha ocorrido antes dos 21 anos; 
b) Em caso de emancipação, a invalidez tenha 
ocorrido anteriormente ao ato emancipatório. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE II – os 
pais 
 
01. Para que os pais sejam dependentes dos 
filhos, é necessário que inexista classe 
preferencial (classe I). 
 
02. Ademais, é necessário comprovar a 
dependência econômica. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE II – os 
pais 
 
03. A dependência econômica não significa mera 
colaboração financeira. Ainda que parcial, a 
dependência deve ser substancial, permanente e 
necessária, cuja falta possa acarretar desequilíbrio 
dos meios de subsistência do dependente. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE II – os 
pais 
 
04. Como comprovar a dependência econômica? 
 
a) O art. 143 do RPS dispõe que é necessário início 
de prova material, não sendo admissível prova 
exclusivamente testemunhal. 
 
b) Frederico Amado reputa tal exigência ilegal, eis 
que o art. 55, § 3º do PBPS, exige início de prova 
material apenas para a comprovação de “tempo de 
serviço”. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE II – os 
pais 
 
04. Como comprovar a dependência econômica? 
 
c) O STJ, no AGREsp 888.069, julgado em 
25/09/2008, consolidou o entendimento de que a 
prova da dependência econômica dispensa início 
de prova material. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE II – os 
pais 
 
04. Como comprovara dependência econômica? 
 
d) A Súmula 63 da TNU dispõe: “A comprovação 
de união estável para efeito de concessão de 
pensão por morte prescinde de início de prova 
material”. 
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 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSE III – 
os irmãos... 
 
1. Para que os irmãos recebam benefícios, é 
imprescindível que inexistam dependentes nas 
classes superiores, assim como se demonstre a 
concreta dependência econômica. 
 
 
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