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NOTAS SOBRE CIDADANIA E MODERNIDADE

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NOTAS SOBRE CIDADANIA E MODERNIDADE
	O tema é referente das relações entre cidadania e modernidade, um assunto pertinente.
	
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	Ocorre uma profunda articulação entre cidadania e democracia. Onde o conceito de democracia é sinônimo de soberania popular, podemos defini-la como a presença efetiva das condições sociais e institucionais que possibilitam ao conjunto dos cidadãos a participação ativa na formação do governo.
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	A soberania pode ser definida como a mais exitosa tentativa até hoje inventada de superior a alienação na esfera pública . Desde Rosseau, o mais radical representante do pensamento democrático no mundo moderno, a democrático no mundo moderno, a democracia é concebida como a construção coletiva do espaço público, como a plena participação consciente de todos na gestação e no controle da esfera politica. É precisamente isso o que Rosseau entende por “soberania popular”
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	Um dos conceitos que melhor expressa a reabsorção de bens sociais pelo conjunto de cidadãos, é o conceito de cidadania, que é a capacidade conquistada por alguns indivíduos, ou por todos os indivíduos, de se apropriarem dos bens socialmente criados, de atualizarem todas as potencialidades de realização humana abertas pela vida social em cada contexto historicamente determinado. 
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	A noção de cidadania não nasceu no mundo moderno, as primeiras teorias sobre a cidadania, surgiram na Grécia clássica.
	Aristóteles definiu o cidadão: para ele, “cidadão” era todo aquele que tinha o direito (e consequentemente também tinha o dever), de contribuir para a formação do governo.
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	A ideia de que existem direitos naturais é equivocada, pois não nascemos com direitos. Eles são fenômenos sociais, resultados da história.
	Um exemplo concreto é a fixação de limites legais para a jornada de trabalho no século XIX, gerando um direito que ia de encontro às famosas “leis do mercado”.
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	Nesse sentido, o sociólogo britânico T. H. Marshall traçou uma ordem cronológica para o surgimento de tais direitos no mundo moderno.
	Os direitos civis, para Marshall surgiram na Inglaterra no século XVIII, e se efetivaram após a Gloriosa Revolução de 1688, onde no país consolidou-se a monarquia.
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	Tratava-se então de criar um novo tipo de Estado, fundado no consenso dos súditos, cuja legitimidade se assentaria no fato de o governo respeitar plenamente esses direitos “naturais” que todos possuíam.
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	Para Marx os direitos civis – os direitos do indivíduo privado – não são suficientes para realizar a cidadania plena, que ele chamava de “emancipação humana”.
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	O Direito de propriedade não é negado pelos marxistas, ele é sim requalificado: para que esse direito se torne efetivamente universal, a propriedade não pode ser privilégio de uns poucos, ela deve ser universalizada.
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	A transformação do direito universal ao sufrágio em direito positivo só se completou na Europa no século XX, e no Brasil, só em 1988 quando a Constituição em vigor suprimiu a proibição de voto aos analfabetos.
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	O Partido Político de massa é uma invenção da classe trabalhadora: o primeiro partido desse tipo, é o Partido Social Democrata Alemão, que se tornou um paradigma dos vários partidos operários de massa que se alastraram na Europa no ultimo terço do século XIX, conquistando finalmente a legalidade após décadas de proibição e repressão.
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Como todos os âmbitos da vida social, também a esfera das politicas sociais é determinada pela luta de classes. Através de suas lutas, os trabalhadores postulam direitos sociais que uma vez materializados, são uma indiscutível conquista.
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	Desde sua origem o Liberalismo se liga claramente à burguesia, à sua luta pela consolidação de uma ordem capitalista.
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	O direito universal ao voto, e à organização ( em suma o direito a participação) são resultado das lutas sistemáticas dos trabalhadores contra a classe burguesa.
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	No mundo moderno por muito tempo, os direitos sociais foram negados, sob a alegação de que estimulariam a preguiça, voltariam as leis do mercado ( e, portanto o direito individual a propriedade), além de impedirem os homens de se libertar da tutela de um poder estatal autoritário e paternalista.
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	Como todos os âmbitos da vida social, também a esfera das políticas sociais é determinada pela luta de classes. Através de suas lutas, os trabalhadores postulam direitos sociais que uma vez materializados, são uma indiscutível conquista.
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	Portanto, uma das principais características da modernidade e a presença de um processo dinâmico e contraditório, podemos dizer que é a crescente democratização das relações sociais. 
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	A modernidade continua e vista como a tarefa de prosseguir no processo de universalização efetiva da cidadania e, em consequência, na luta pela construção de uma sociedade radicalmente democrática e socialista.
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