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Sanidade das aves

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Sanidade das Aves 
Unidade 12 
Garantir a saúde do plantel é fundamental para que as características produtivas 
das aves, tanto o potencial genético quanto o aproveitamento nutricional, sejam expressos 
na sua totalidade. Para a obtenção de um desenvolvimento competitivo devem ser adotadas 
medidas que possibilitem a identificação e redução de riscos à saúde das aves. 
 
Programa de biosseguridade 
O programa de biosseguridade é composto por um conjunto de medidas e 
procedimentos de cuidados com a saúde do plantel, aplicados em todas as etapas de 
criação. Tem como objetivos diminuir o risco de doenças, minimizar a contaminação do 
ecossistema e resguardar a saúde do consumidor final. O sucesso do programa está 
diretamente relacionado com o grau de conscientização e à adesão de todos os funcionários 
à filosofia, princípios e normas que regem a biosseguridade. Nesse programa, são 
determinadas normas de procedimentos quanto a localização do aviário, a aquisição dos 
pintos, o manejo sanitário durante o período de produção, incluindo o sistema de criação, 
critérios de acesso ao aviário, a limpeza diária e a higienização do aviário, após a retirada 
das aves. A imunização dos frangos é feita através da vacinação contra as principais 
enfermidades, atendendo às condições endêmicas regionais, desde que esteja em 
conformidade com as recomendações dos órgãos oficiais. 
Cuidados na aquisição dos pintos: os pintos devem ser adquiridos de incubatórios 
idôneos, registrados no Ministério de Abastecimento, livres de doenças. Os pintos devem 
ser provenientes de matrizes vacinadas contra doenças como: gumboro, bronquite 
infecciosa, newcastle, encefalomielite, coriza e bouba aviária, capazes de transmitir 
imunidade à progênie. Todos os pintos devem ser vacinados, ainda no incubatório, contra a 
doença de Marek. Após o alojamento dos pintos deve-se queimar imediatamente as caixas 
usadas no transporte. 
Cuidados na localização da granja: a granja deve estar instalada em local tranquilo, 
cercada por cercas de segurança para evitar o livre acesso. A recomendação da distância 
mínima entre granjas é de 2.000 metros. A distância recomendada entre um aviário e outro 
é de, no mínimo, 100 metros e entre o aviário e um abatedouro, é de 5.000 metros. Na 
construção do aviário, deve ser observado que as superfícies interiores dos galpões 
permitam limpeza e desinfecção adequadas e que as aberturas, como calhas e lanternins, 
sejam providas de telas para evitar o acesso de outros animais como pássaros, animais 
silvestres e roedores. 
Acesso e fluxo do trânsito na granja: devem ser reduzidos ao máximo os perigos de 
contágio para as aves, estabelecendo-se critérios de acesso aos aviários e designando-se 
diferentes áreas dentro da granja, segundo os riscos de contaminação. Deve-se considerar a 
idade das aves (visitar primeiro as mais jovens) e o estado sanitário dos lotes (proibir 
visitas em aviário com problemas). Havendo suspeita de enfermidade em um lote, somente 
o funcionário e o responsável pela granja poderão ter acesso à ele. 
Cuidados com a ração e a água: é necessário conhecer a procedência e a qualidade 
tanto nutricional quanto microbiológica dos ingredientes das rações. Uma alimentação 
pobre causará deficiências que, consequentemente, serão refletidas no desempenho, 
podendo interferir na capacidade imunológica das aves. O armazenamento das rações deve 
ser feito em local limpo, arejado, abrigado da umidade e sobre plataformas para facilitar a 
limpeza do local. A água da granja deve ser captada numa caixa d´água central para 
posterior distribuição. Precisa ser abundante, limpa, fresca e isenta de patógenos. Tanto a 
água como a ração, deve ser monitorada para se observar as condições químicas, físicas e 
microbiológicas. 
Recomendações de manejo sanitário: (1) criar as aves no sistema “todos dentro, 
todos fora”, ou seja, alojar em um mesmo aviário, aves de igual procedência e idade, do 
alojamento ao abate; (2) avaliar o risco de contaminação de qualquer objeto que precise ser 
introduzido na granja, após rigorosa desinfecção; (3) na porta de entrada do aviário deve 
ser colocado um recipiente com solução desinfetante para que as pessoas desinfetem os 
calçados (pedilúvios) e os veículos (rodilúvio), antes de entrarem e ao saírem do aviário; 
(4) observar, diariamente, a limpeza dos bebedouros, bem como do aviário e suas 
imediações, fazendo o controle de mosca e roedores; (5) enterrar as aves mortas em fossas 
sépticas; (6) colocar material de cama novo sempre que a cama velha for molhada e nunca 
reutilizar a cama; (7) manter uma ficha de acompanhamento técnico do lote com 
informações sobre a data de alojamento, o número de aves alojadas, o desempenho das 
aves, medicamentos administrados e a mortalidade diária do lote. 
Vacinação: o programa de vacinação deve ser rigorosamente respeitado. Para que a 
prática de vacinação seja realizada com sucesso, é necessário planejá-la com antecedência, 
observar o prazo de validade das vacinas, manejá-las corretamente quanto à via de 
aplicação, diluição, conservação e evitar a incidência direta do sol na vacina. Aves doentes 
não devem ser vacinadas. 
 
Principais enfermidades 
Doenças virais: 
Newcastle: altamente contagiosa, afeta aves em qualquer idade. O vírus pode afetar e 
causar lesões no sistema digestivo, respiratório e nervoso, causando alta mortalidade. Aves 
com a doença de Newcastle, na forma respiratória, reduzem o consumo de alimentos e 
apresentam espirros, dificuldade em respirar, conjuntivite e, às vezes, inchaço da cabeça. 
Aves em produção de ovos reduzem bruscamente a produção. Na forma digestiva, a 
doença pode provocar diarréia com presença de sangue e mortes repentinas, sem nenhum 
sinal e as lesões se concentram no sistema digestivo, caracterizando-se, principalmente, por 
úlceras e hemorragias. Na forma nervosa, que pode ou não estar associada à forma 
respiratória, observa-se a paralisia de pernas e asas, incoordenação, torcicolo e opistótono. 
As melhores maneiras de controle consistem na VACINAÇÃO, isolamento dos casos e 
higiene impecável. Observação: o vírus da Newcastle pode provocar conjuntivite no ser 
humano, portanto, cuidado ao manusear aves suspeitas, doentes ou vacinas. 
Bronquite infecciosa: doença que afeta aves jovens e adultas, causando, 
principalmente, transtornos respiratórios e reprodutivos. Nas aves jovens, observam-se 
espirros, ronqueira, corrimento nasal e ocular, depressão e redução no consumo de ração. 
Na ave adulta, além dos problemas respiratórios, ocorre redução da qualidade e quantidade 
dos ovos que se apresentam com casca mole, sem casca, perda de cor da gema e a clara 
mostra-se liquefeita. Também a vacinação é a melhor estratégia para prevenir. 
Bouba aviária: também conhecida por epitelioma contagioso, varíola das aves, difteria, 
"caroço", "pipoca"e "bexiga", afeta todas as aves e em qualquer idade, ocorrendo com 
maior frequência no verão devido à proliferação de mosquitos que disseminam o vírus de 
local para local, picando e sugando as aves. Quando a bouba infecta a pele, aparecem os 
nódulos nas regiões desprovidas de penas (crista, barbelas, em volta do bico e dos olhos). 
Quando afeta a garganta (forma diftérica), há formação de placas que podem se alastrar 
causando dificuldades para respirar, perda de apetite, prostação e mortalidade elevada. 
Também o melhor controle se faz com a vacina, que pode ser aplicada logo ao nascer. 
Doença de Marek: é uma neoplasia de origem viral que afeta aves jovens, 
caracterizando-se pela presença de tumores, que podem ser encontrados nas vísceras das 
aves (Marek visceral), no sistema nervoso central e periférico (Marek neural), na pele 
(Marek cutânea) e no globo ocular (Marek ocular). Os sintomas de quase todas as formas 
levam aave à prostação, paralisia e morte elevada. A vacina também é dada com 1 dia de 
idade dos pintos. 
Gumboro: é uma infecção aguda, contagiosa que acomete aves jovens. As aves 
apresentam depressão, diarréia, diminuição no consumo de alimento e desidratação. A 
mortalidade é variável. Após o surto, o lote fica propenso a contrair outras infecções e o 
seu desenvolvimento fica comprometido. 
Encefalomielite aviária: Afeta e infecta aves adultas e jovens, mas somente as jovens, 
até 8 semanas de idade, desenvolvem a doença, que é caracterizada por tremores e paralisia 
do pescoço e cabeça. Nas aves em produção, há queda brusca de postura. Existe a vacina, 
principalmente para indivíduos destinados à reprodução. 
Gripe Aviária (H5N1): doença infecciosa aguda de etiologia viral, caracterizada por 
provocar lesões nos sistemas, respiratório, digestivo e nervoso. O agente causador é um 
vírus do gênero Influenza A da família Orthomixoviridae. Além das aves este gênero 
infecta inúmeros outros mamíferos inclusive o homem. Devido a sua variação antigênica 
quanto as glicoproteínas de superfícies Hemaglutininas (H) e Neuroaminidases (N), os 
vírus Influenza A são divididos em subtipos. Atualmente são reconhececidos 16 subtipos 
de H (1-16) e 9 de N (1-9). As espécies de exploração econômica mais acometidas são 
galinhas e perus onde as perdas podem ser totais. Aves silvestres e aves migratórias podem 
adoecer, porém o mais comum é infectar-se, carrear o vírus e dissemina-lo sem manifestar 
sinais clínicos. Sintomas: depressão, perda de apetite, queda de produção, sinais nervosos, 
edema e cianose da barbela e da crista, espirros, tosse, diarréia e mortalidade súbita, que 
pode ocorrer com ou sem os sinais acima descritos. Os achados de necropsia podem ser 
variáveis, mas geralmente estão associados a extensas hemorragias nos órgãos internos, 
nas patas, na barbela e crista. A transmissão do vírus ocorre principalmente por contato 
direto com secreções de aves infectadas, especialmente fezes, alimento, água e 
equipamentos. Alguns questionamentos foram feitos pela população mundial no período de 
surto da doença, que foram exclarecidas por profissionais via Revista Ave World (n.21, 
abril/maio de 2006): (1) Existe a possibilidade de ocorrer uma pandemia humana devido ao 
vírus H5N1? Pequena, pois os focos do vírus ocorreu em regiões onde o tratador convivia 
com as aves. (2) As células humanas têm receptoras para o vírus H5N1? Não. O vírus não 
infecta humanos como ocorre com a gripe normal; O vírus H5N1 não se estabelece em 
humanos, a menos que se apresente mutação. (3) A carne e ovos de aves podem ser 
consumidos sem perigo de adquirir Influenza? Sim. Não há perigo de transmissão, pois 
com o cozimento o vírus (caso exista) é completamente inativado; 
 
Doenças causadas por bactérias: 
Colibacilose: doença comum na avicultura, causando grandes prejuízos. A bactéria 
encontra-se nos intestinos de aves e mamíferos, sendo eliminada com as fezes. Portanto 
higiene é fundamental como sempre nos ambientes de criação.Os pintinhos podem nascer 
contaminados devido à contaminação das cascas dos ovos, ou ainda contaminar-se no 
pinteiro. Os sintomas: onfalite, aerosaculite, pericardite, perihepatite e peritonite.Os 
sintomas também podem estar localizados nas articulações, causando artrite e ou no 
oviduto, causando salpingite.Pela gravidade e difusão de sintomas, é doença que pode 
causar grande mortalidade. A higiene e desinfecção periódica das instalações é a melhor 
maneira de prevenir esta doença. 
Salmonelose: esta doença é uma das mais preocupantes, pois pode representar 
problemas para o ser humano, pois as salmonelas infectam tanto mamíferos quanto aves. 
Apesar de haver salmonelas específicas para cada caso, há, entretanto, salmonelas 
consideradas não específicas. As principais são a pulorose, que afeta aves jovens, e o tifo 
aviário, que afeta principalmente aves adultas. As salmonelas não específicas causam o 
paratifo aviário. As salmonelas são altamente patogênicas para mamíferos e aves, causando 
alta mortalidade. Seus sintomas se confundem com outras bacterioses, como a colibacilose, 
e a diferenciação é feita com o isolamento e identificação da bactéria. O controle mais uma 
vez envolve higiene rigorosa e eliminação dos focos (aves portadoras da bactéria). 
Coriza infecciosa: doença altamente contagiosa, afeta aves em todas as idades, sendo a 
vacina a forma mais efetiva de controle. Ataca principalmente as vias aéreas e seus 
sintomas são espirros, conjuntivite, inchaço facial (sinusite). Deve-se evitar correntes de ar 
e friagens, pois costumam agravar os sintomas. 
Pausteurelose: Também conhecida como septicemia hemorrágica e cólera aviária, 
infecta aves com mais de seis semanas, provocando alta mortalidade. As carcaças de aves 
que morreram da doença são o principal meio de infecção, pois os roedores e outros 
animais levam a bactéria e a disseminam entre as criações. A bactéria pode permanecer na 
carcaça e no solo por até 3 meses. Seus sintomas são: febre, sonolência, congestão ou 
cianose de cristas e barbelas e morte repentina.O controle dessa doença baseia-se no 
combate aos ratos e roedores silvestres, além da higiene e desinfecção periódica das 
instalações. Também as vacinas aplicadas entre 10 / 16 semanas de idade (duas aplicações 
com intervalo de 2 - 4 semanas) podem ajudar, mas os resultados não são 100% garantidos. 
Portanto, mais uma vez, a prevenção consiste em muita higiene e controle de entrada de 
novos indivíduos no plantel. 
Botulismo: Causado pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, é 
muito freqüente nas criações de fundo de quintal, devido ao hábito de fornecer sobras de 
comida caseira para as aves. As aves que ingerem a toxina existente na matéria orgânica 
em decomposição apresentam um quadro de paralisia flácida e morte repentina. No 
controle da doença, deve-se evitar exatamente fornecer alimentação passível de 
desenvolver essas bactérias. 
 
Doenças causadas por parasitas: 
Coccidiose: É uma doença causada por parasitas que provocam lesões nos intestinos, 
podendo variar desde pequenas irritações até lesões mais graves, com hemorragias e 
necrose, além de alta mortalidade. Sintomas: perda de peso, despigmentação e diarréia com 
ou sem sangue. As aves se contaminam ao ingerir ovos (oocistos) maduros através da 
cama, ração ou água contaminados. Os oocistos são introduzidos na criação por 
equipamentos, homem, animais e insetos. O controle consiste em higiene e desinfecção e 
uso de drogas coccidiostáticas(normalmente já presentes em rações de boa qualidade). 
 
Doenças nutricionais e/ou metabólicas: 
Diátese exsudativa: As aves mostram-se com edemas e hemorragia de tecido 
subcutâneo nas regiões baixas do corpo. A doença está relacionada com deficiência de 
vitamina E e selênio. Pode ser controlada adicionando-se antioxidante às raçôes e fazendo 
a reposição desses elementos. 
Encefalomalácia nutricional: As aves afetadas mostram-se com incoordenação 
motora, prostração e morte.As lesões se encontram principalmente no cerebelo, que pode 
estar aumentado de tamanho e com hemorragia. A principal causa é a deficiência de 
vitamina E, que deve ser adicionada à água de beber e melhorar a qualidade de alimentação 
fornecida. 
Raquitismo: É uma doença carencial, causada por deficiência de cálcio, fósforo ou 
vitamina D, podendo afetar o esqueleto como um todo, apresentando deformidades e 
consistência de borracha. Suplementos minerais, além de boa alimentação, evitam esses 
sintomas. O sol também ajuda na recuperação e prevenção do raquitismo. 
Micotoxicoses: São doenças causadas por ingestão de alimentos contaminados por 
micotoxinas. A principal fonte de micotoxina para a ave é o milho e/ou a ração.As 
micotoxinas são produzidas por fungos. Portanto,qualquer aparência de contaminação 
(porções azuladas ou mofadas) no milho ou ração devem ser imediatamente descartadas. 
As aves apresentam sintomas de palidez, pouco crescimento, diarréia, hemorragia, 
alteração nos ovos e morte. 
Ascite: A ascite caracteriza-se por acúmulo de líquido na cavidade abdominal, 
relacionada com lesões hepáticas, cardíacas ou pulmonares. Os quadros de ascite nas 
criações caipiras ou aves silvestres estão associados com processos neoplásicos (doença de 
Marek) ou com lesões de fígado por micotoxina. 
 
Vacinas 
Tipos de vacinas: as vacinas podem ser vivas (atenuadas) ou mortas (inativadas). 
Ambos os tipos apresentam vantagens e inconveniências. As vacinas vivas contém vírus, 
ou bactérias, que podem se multiplicar nas aves e produzir uma forma benigna da doença, 
simulando uma infecção natural. As vacinas inativadas constam de partículas virais mortas, 
de poder patogênico quase nulo. O poder antigênico é menor do que no caso das vivas. São 
de aplicação parental. As vantagens das vacinas vivas, em relação às inativadas são: 
aplicação em massa, produção de imunidade local, possibilidade de ser administradas por 
diversas vias (ocular, oral etc), e menor custo de aquisição. Contudo, apresentam a 
desvantagem da possibilidade de virulência ou contaminação residual. 
Vias de aplicações: existem várias possibilidades de aplicação de vacinas, 
dependendo do seu tipo – viva ou morta. A escolha de uma via de administração não é 
muito simples, pois várias condições práticas devem ser consideradas. 
(1) Vacinação pela água de beber: constitui no método de vacinação massal mais 
disseminado em avicultura. As vacinas vivas podem ser administradas por este meio. 
Entretanto, a água não deve conter desinfetantes, pois os mesmos tornariam as vacinações 
ineficazes. As vantagens deste método de vacinação são o mínimo manejo das aves e a 
baixa possibilidade de reações secundárias indesejáveis. Os inconvenientes são: a baixa 
proteção adquirida e a desuniformidade da vacinação. Para aumentar a eficiência da 
vacinação, as aves devem ficar umas duas horas de sede para consumir imediatamente a 
água vacinal. No preparo da vacina, esta pode ser diluída em leite desnatado, para 
neutralizar os possíveis desinfetantes. Ele também protege os vírus vivos contra a osmose 
produzida quando da diluição em grandes quantidades de água. 
 
 
 
Colocação do leite 
desnatado na água 
Abertura do frasco de vacina, dentro 
do recipiente com água 
Homogeneização da vacina 
 Fonte: Embrapa Suínos e Aves – Circular 
36 
 
 
(2) Intraocular ou intranasal: consiste em depositar uma cota da vacina no olho ou em 
um orifício nasal. Recomenda-se deixar a ave piscar ou inalar a gota desaparecendo no 
olho ou na narina. Este método assegura uma proteção de quase 100%. 
(3) Injeções: podem ser subcutâneas ou intramusculares. A vacinação intramuscular 
deve ser feita no músculo peitoral; a subcutânea deve ser realizada debaixo da pele da 
nuca, elevando-a com os dedos para formar um espaço entre a pele e as estruturas 
subjacentes. 
(4) Punção da asa: é realizada mediante a introdução de uma lanceta de duas pontas 
metálicas embebidas de vacina, na membrana da asa. A lanceta deve ser substituída após 
um certo numero de punções realizadas, para evitar contaminações. A vantagem deste 
método é a boa uniformidade no lote. As desvantagens são a exigência de mão-de-obra. 
 
 
 
Vacinação ocular Vacinação injetável intramuscular Vacinação na membrana da asa 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. Fonte: Embrapa Suínos e Aves – Circular 36 Fonte: Embrapa Suínos e Aves – Circular 36 
 
 
 
 
 
 
Prof. José Jordão Filho 
UFPB virtual 
Avicultura

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