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DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO DAS INFECÇÕES DO Trato Respiratório Superior(TRS) Prof.Alan Brito SISTEMA RESPIRATÓRIO Função: Facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico Formado: Trato respiratório superior e inferior. Superior: Nariz, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. Aproximadamente 80% das infecções do aparelho respiratório são de origem viral. Diagnóstico das infecções do trato respiratório superior é complicado pela presença da maioria dos patógenos em pessoas normais na ausência de sintomas. MICROBIOTA NORMAL DO TRS Residentes comuns (>50% das pessoas normais) Streptococcus spp. (-hemolítico) Streptococcus spp. (-hemolítico) Moraxella catarrhalis Corynebacterium spp. (difteroides) Staphylococcus spp. (coagulase -) Bacteroides spp. Fusobacterium spp. Residentes incomuns (<1% das pessoas normais) Corynebacterium diphtheriae Klebsiella pneumoniae Pseudomonas aeruginosa Escherichia coli Candida albicans Especialmente após antibioticoterapia Residentes ocasionais (<10% das pessoas normais) Streptococcus pyogenes Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis Haemophilus spp. Staphylococcus aureus Fatores Predisponentes • Tabagismo, alcoolismo, desnutrição, deformidades do tórax, corpo estranho, idade avançada e diabetes PRINCIPAIS INFECÇÕES E AGENTES ETIOLÓGICOS FARINGITE: Streptococcus pyogenes Estreptococos dos grupos C e G Corynebacterium diphtheriae (DIFTERIA) OTITE MÉDIA AGUDA: Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae tipo b Moraxella catarrhalis, S. pyogenes OTITE EXTERNA: Pseudomonas aeruginosa,Staphylococcus aureus SINUSITE: S. pneumoniae e H. influenzae tipo b (>50% dos casos) S. pyogenes, M. catarrahalis, S. aureus EPIGLOTITE: H. influenzae tipo b (aguda e grave, mas rara após a introdução da vacina) FARINGITE • Infecção mais comum do TRS; • Também conhecida como dor de garganta / dor, rouquidão e febre; • 90% apresenta etiologia viral (rinovírus, adenovírus e coronavírus); • Apesar do percentual viral ser maior, o estreptococo β-hemolítico do grupo A é o agente etiológico mais comum (15%-30% das FA) • Diagnóstico precoce seguido do tratamento evita febre reumática (FR), endocardite e a glomerulonefrite / 0,3 a 3% dos casos evoluem para febre reumática (importância do tratamento com antimicrobiano) • O contágio acontece através de secreções eliminadas por via oral quando a pessoa infectada espirra, tosse ou fala, por isso, é comum o contágio entre pessoas que habitam o mesmo local e pessoas que trabalham no mesmo lugar; • Quando causada por bactéria: antibiótico é o mais comum. Penicilina; • Quando causado por vírus: antitérmico e analgésico; • Dieta líquida e pastosa FARINGITE Streptococcus spp Características gerais do gênero Streptococcus Cocos GRAM positivos – dispostos em cadeias ou pares; Não esporulados, imóveis; Exigentes a nível nutricional Alguns necessitam de 5-10% de CO2; Catalase negativa; Crescimento ótimo entre 20-40oC ; Anaeróbios facultativos. Streptococcus spp Streptococcus pyogenes - Grupo A de Lancefield Síndromes clínicas tóxicas Febre Escarlatina Síndrome do choque tóxico estreptocócico Principais seqüelas das infecções por S. pyogenes Febre reumática Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) Tratamento das infecções estreptocócicas Penicilina é a droga de primeira escolha Eritromicina é droga de escolha nos casos de pacientes alérgicos à penicilina Streptococcus spp Streptococcus pyogenes - Grupo A de Lancefield Síndromes clínicas tóxicas Febre Escarlatina Síndrome do choque tóxico estreptocócico Principais seqüelas das infecções por S. pyogenes Febre reumática Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) Tratamento das infecções estreptocócicas Penicilina é a droga de primeira escolha Eritromicina é droga de escolha nos casos de pacientes alérgicos à penicilina Streptococcus spp Streptococcus agalactiae - Grupo B de Lancefield Presente na microbiota da TGI e genital feminino; Rastreamento de gestantes nas 3 últimas semanas de gestação Síndromes clínicas Recém-nascido Pneumonia, septicemia e meningite neonatal; Adultos Infecções urinárias, prostatite, endocardite, pneumonia, meningite e outras Tratamento Penicilina é a droga de escolha. Streptococcus spp Streptococcus agalactiae - Grupo B de Lancefield Presente na microbiota da TGI e genital feminino; Rastreamento de gestantes nas 3 últimas semanas de gestação Síndromes clínicas Recém-nascido Pneumonia, septicemia e meningite neonatal; Adultos Infecções urinárias, prostatite, endocardite, pneumonia, meningite e outras Tratamento Penicilina é a droga de escolha. Streptococcus spp Streptococcus pyogenes - Grupo A de Lancefield Presente na faringe e pele de seres humanos; Síndromes clínicas Faringite Impetigo Erisipela Celulite Fascite necrotizante Celulite Fascite NecrotizanteImpetigo Streptococcus spp Streptococcus pneumoniae Presente colonizando a nasofaringe; É -hemolítico; Microrganismo encapsulado Cápsula pólissacarídica; Segunda a natureza da cápsula Atualmente cerca de 90 sorotipos distintos; Cápsula polissacarídica Principal antígeno vacinal; Vacinas 23-valente e 7-valente. Síndromes clínicas Pneumonia adquirida em comunidade 2/3 casos; Sinusite, otite média e celulite; Meningite Especialmente em crianças < 2 anos e idosos > 65 anos Faringite Estreptocócica A causa da faringite por Streptococcus pyogenes pode ser sugerida clinicamente observando-se uma mucosa faringeal edematosa e inflamada, em um paciente que relata dor de garganta, dificuldade em engolir e sintomas secundários como febre, cefaléia, sensibilidade dos linfonodos... As manifestações clínicas da faringite estreptocócica e não-estreptocócica são muito superpostas (suporte laboratorial) Faringite Estreptocócica FARINGITE – Streptococcus pyogenes Streptococcus β-hemolítico do grupo A Os estreptococos do grupo A são as espécies mais patogênicas para o ser humano, embora o mesmo seja o seu hospedeiro natural. Podem causar infecção estreptocócica da orofaringe, tonsilite, infecções de feridas e da pele, septicemia e pneumonia. Esse grupo pode causar infecções não supurativas como doença reumática, Coréia de Sydenham (Dança de São Vito) e glomerulonefrite difusa aguda. Porém inclusive pode causar a morte do indivíduo acometiodo em cerca de 1 mês. • Faringite por Estreptococos dos grupos B:causam mais frequentemente infecções perigosas nos recém-nascidos (ex: sépsis neonatal) e infecções articulares (artrite séptica) e cardíacas (endocardite); • Faringite por Estreptococos dos grupos C e G:frequentemente são transportados por animais, mas também crescem na orofaringe, no intestino, na vagina e no tecido cutâneo do ser humano. Esses estreptococos podem causar infecções graves, como a faringite estreptocócica, pneumonia, infecções cutâneas, sépsis pós-parto e neonatal, endocardite e artrite séptica. Após uma infecção por uma dessas bactérias, pode ocorrer inflamação dos rins. • Faringite por Estreptococos dos grupos D:crescem normalmente no trato digestivo baixo, na vagina e na pele adjacente. Ágar-Sangue estafilococos estreptococos • Faringite por Arcanobacterium haemolyticum • Causa faringite aguda, geralmente em adolescentes e jovens adultos (diferente da faringite estreptococos β-hemolíticos, que tipicamente causam doença em criança pequena). • Faringite Gonocócica -Infecção na orofarínge por Neisseria gonorrhoeae; -É um diplococo gram-negativo,não flagelado, não formador de esporos,nãohemolitico, aeróbio ou facultativamente anaerobio que habita o trato respiratório superior do Homem, sendo responsável pela gonorréia - doença sexualmente transmissível, com formato de rim; - Geralmente assintomática. Outras infecções na cavidade oral, sem ser faringite.... Gengivite Cáries dentárias INFECÇÕES BACTERIANAS DO TRS DIFTERIA – Corynebacterium diphtheriae Extremamente rara nos EUA membrana espessa branco-azulada ou acinzentada que recobre a faringe posterior, difere da faringite que apresenta vermelho fogo para o diagnóstico; A Corynebacterium diphteriae é uma bactéria com formas pleomórficas bacilares Gram-positivas, agrupando-se em configurações semelhantes a "caracteres chineses" A Corynebacterium diphteriae não é invasiva e limita-se à multiplicação local na faringe. Contudo, a doença tem efeitos sistémicos potencialmente mortais, devido à produção e disseminação pelo sangue da sua poderosa toxina da difteria. INFECÇÕES BACTERIANAS DO TRS DIFTERIA – Corynebacterium diphtheriae Apenas as cepas toxigênicas são capazes de causar a infecção. Produz um exsudato escurecido nas amígdalas, eritema e inflamação local grave. A toxina diftérica pode causar obstrução respiratória, insuficiência cardíaca e polineurite. A difteria pode ser prevenida através de imunização (Vacina Tetravalente: DTP + Hib) Otite média e sinusite Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae tipo b Moraxella catarrhalis, S. pyogenes Ouvido médio e seios paranasais são conectados às vias respiratórias por ductos; Infecção ocorre quando vírus e bactérias caminham em direção às vias estéreis do ouvido e seios nasais; As infecções agudas são causadas por vírus e por algumas bactérias; Infecção crônica outros bacilos e fungos assumem o papel proeminente em uma infecção polimicrobiana. É virtualmente impossível obter uma amostra passível de ser interpretada por meio de amostras das vias aéreas; Felizmente os patógenos nas doenças agudas são previsíveis e o uso de antimicrobianos é necessário. Na otite média o diagnóstico é geralmente clínico. Faz-se uma anamnese e um exame físico com otoscopia Cultura é realizada quando o tratamento não está tendo efeito. Logo, cultura não é exame de rotina. Otite externa Fatores predisponentes: calor, ambiente úmido, usos de aparelho de amplificação sonora, uso de cotonetes e natação Cor esverdeada é comum ser infecção por Pseudomonas aeruginosa (pigmento piocianina) Presente no ambiente Epiglotite Infecção grave da epiglote, potencialmente fatal mas que felizmente foi praticamente eliminada pela imunização Problema do edema bloquear as vias aéreas (traqueostomia= abertura na região anterior ao pescoço); Mais comumente causada por Haemophilus influenzae do tipo B Diagnóstico clínico para não causar agravamento da doença. Melhor forma de evitar é com a vacina contra H. influenzae tipo b Laringite- Mais comumente causada por vírus. A cultura bacteriana é raramente indicada, exceto para descartar difteria ou infecção estreptocócica. CULTURA DE AMOSTRAS DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR COLETA E TRANSPORTE DO ESPÉCIME CLÍNICO Luz na cavidade oral Solicita-se que o paciente abra bem a boca e diga “aaa” (serve para levantar a úvula e não deixar dar ânsia de vômito) Língua é pressionada com uma espátula de língua e um swab é orientado sobre a língua até a faringe posterior especialmente nas áreas edemaciadas, adjacentes aos pontos com pus ou placas; Cuidado para não encostar nas paredes laterais da cavidade bucal ou a língua para minimizar a contaminação com bactérias comensais; Após a coleta o swab deve ser colocado imediatamente em um tubo estéril; Encaminhar ao laboratório em até 12 horas em temperatura ambiente Para melhorar o isolamento de Streptococcus pyogenes, a extremidade do swab pode ser colocada em um desidratante, tal como sílica gel. Detecção direta de antígeno de estreptococo do grupo A (S. Pyogenes); Teste disponível comercialmente e pode ser liberado em 20 minutos após a chegada do material ao laboratório; Detecção é por coaglutinação, ELISA ou aglutinação em partículas de látex; Vantagem: rapidez e possibilidade de fazer o diagnóstico da infecção mesmo em pacientes com uso de antimicrobianos; Desvantagem: Pode dar negativo quando o número de bactérias é reduzido. É recomendável que o teste negativo seja confirmado com a cultura. Teste Rápido Exames Microscópicos Diagnóstico de candidíase oral: Principalmente em recém-nascidos e adultos debilitados. Candida albicans; Coletar a amostra com swab e introduzi-lo em 0,5 ml de solução fisiológica estéril. Preparar uma lâmina a partir da solução homogeneizada e cobrir com lamínula. Observar ao microscópio Com objetiva de 10x a presença de células leveduriformes. Exame para o método de GRAM também pode ser utilizado. Diagnóstico de Candidíase Oral Exames Microscópicos Diagnóstico de Angina de Vincent: Gengivite ulcerativanecrosante aguda (GUNA) Ulceração da faringe ou gengiva e causada pela associação entre espiroquetas e bacilos fusiformes; Exame laboratorial direto em lâmina corada pelo método de Gram; Coletar a amostra da região ulcerada com swab e confeccionar uma lâmina para coloração; A presença de numerosos leucócitos polimorfonucleares, espiroquetas e bacilos fusiformes confirma essa infecção. Cultura Semeadura Rolar o swab em uma pequena área de uma placa contendo o meio de cultura; Se a amostra for líquida, depositar de 3 a 4 gotas sobre a pequena área da placa do meio de cultivo selecionado; Estriar com o auxílio de uma alça bacteriológica em três direções próximas uma da outra para obter colônias isoladas e para, se necessário, semiquantificar; Cultura Semeadura em meios sólidos em tubos Estria sinuosa: semear com alça ou agulha bacteriológica, em zig-zag, partindo da base para a extremidade do bizel (superfície inclinada do meio). Objetivo: obtenção de intensa massa de microorganismos. Cultura Semeadura em meios sólidos em tubos Estria Reta: semear com agulha bacteriológica, fazendo uma linha reta, com cuidado de não ferir o Agar, partindo da base para a extremidade do bizel (superfície inclinada do meio). Objetivo: obtenção de pequena massa de microorganismos. Cultura Semeadura em meios sólidos em tubos Picada Central: semear com agulha bacteriológica, no centro do Agar. Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo deste. Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em algumas técnicas. Cultura Semeadura em meios sólidos em tubos Picada em Profundidade: semear com agulha bacteriológica, no centro do Agar. Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo deste. Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em algumas técnicas. Cultura Semeadura em meios sólidos em placas de petri Pour-plate ou disseminação (método em profundidade): Transferir 1 ml da cultura para placa de Petri vazia, colocar 10 – 20 ml do meio fundido (e resfriado a cerca de 45 – 50°C) sobre a cultura e homogeneizar suavemente com movimentos circulares. Objetivo: contagem bacteriana. É utilizado também para análise de microorganismos anaeróbios, adicionando uma outra camada de meio fundido após o endurecimento da primeira camada. Cultura Semeadura em meios sólidos em placas de petri Estria simples: transferir uma alçada da cultura para meio sólido em placa e estriar com a alça bacteriológica sobre o meio. A estria pode ser realizada em movimentode zig- zag (estria sinuosa) ou como uma linha reta sobre o meio (estria reta). Objetivo: Essa técnica é muito utilizada para visualização de determinadas propriedades metabólicas, como a produção de enzimas hidrolíticas (hidrólise de substâncias do meio - gema de ovo, sangue...), e produção de pigmentos. Cultura Semeadura em meios sólidos em placas de petri Esgotamento em estrias ou estrias múltiplas: transferir uma alçada da cultura para meio sólido em placa e estriar com a alça bacteriológica sobre o meio. A placa é dividida em 4 quadrantes e a inoculação pode ser feita de 2 tipos: • 3 estrias: estriar em metade da placa, com movimentos de zig- zag. Quando atingir a metade, girar a placa 90° e estriar até a metade (1/4 da placa), girar mais 90° e estriar o meio restante. • 4 estrias: estriar até 2/3 da metade da placa, girar 90°, estriar 2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90°, estriar mais 2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90° e estriar o restante do meio. Objetivo: obtenção de colônias isoladas. É importante não cruzar as estrias (não tocar a alça na estria anterior), para reduzir o inóculo a cada estria e obter as colônias isoladas. Pode-se, alternativamente, flambar a alça entre as estrias e tocar a ponta da estria anterior, arrastando um pequeno inóculo para a próxima estria. Cultura Semeadura em meios sólidos em placas de petri Spread-plate ou distensão: Transferir 0,1 ml da cultura para o meio sólido na placa e espalhar uniformemente com a própria ponta da pipeta, ou alça bacteriológica / swab / alça Drigalsky. Objetivo: obtenção de crescimento confluente, ou para contagem bacteriana. Esta técnica é muito utilizada na realização de antibiogramas. Cultura Semeadura em meios líquidos Difusão: uma alçada da colônia (Agar em placa) ou da cultura (de outro meio ou líquido) é introduzida no meio líquido, com agitação da alça, para maior difusão dos microorganismos (da alça para o meio e homogeneização no meio). Pode-se inclinar o tubo a 30° e esfregar o inóculo na parede do mesmo, quando o tubo retornar à posição original o inóculo se difundirá no meio. Objetivo: é um repique genérico para crescimento bacteriano em meio líquido. Cultura Incubação Placas em estufa com 5 a 10% de CO2 a 35 graus por 24 a 48 horas. No caso de suspeita de Arcanobacterium haemolyticus, N. meningitidis e N. gonorrhoeae, as placas devem ficar 72 horas na estufa. Cultura Avaliação das Culturas Após 18 hs e 24 hs de incubação, realizar a primeira leitura das placas para verificar a presença de microrganismos Cultura de material de garganta Objetivo Dirigido para infecção causada por estreptococos hemolíticos do grupo A; Diagnóstico da difteria e da coqueluche; Pesquisa de portadores de Neisseria meningitidis. Flora normal da garganta Inclui estreptococos alfa-hemolíticos e mesmo beta-hemolíticos não pertencentes ao grupo A, Moraxella catrrhalis e neisserias saprófitas, Staphylococcus epidermidis (eventualmente Staphylococcus aureus), bacilos difteróides e enterobactérias. Cultura de material de garganta Finalidade Detectar estreptococos beta-hemolíticos do grupo A; Detectar meningococos; Verificar predominância de Staphylococcus aureus; Haemophillus influenzae; Isolamento de Corynebacterium diphtheriae; Diagnóstico da angina de Vincent. Resultado do exame Dependerá não somente do organismo presente mas também do número relativo de colônias. Testes diagnósticos para Estafilococos Prova da Catalase Toda a família Micrococcaceae (onde se inclui o gênero Staphilococcus) é catalase-positiva. A catalase (formalmente denominada hidroperoxidase) é uma enzima intracelular, encontrada na maioria dos organismos, que decompõe o peróxido de hidrogênio (H2O2) segundo a reação química: 2 H2O2 → 2 H2O + O2. * Colônia suspeita Colocar na lâmina de vidro e adicionar 1 gota de H2O2 3% Homogeneizar e observar a formação de bolhas Testes diagnósticos para Estafilococos Prova da Catalase Video 1 Testes diagnósticos para Estafilococos Prova da Catalase Video 2 Testes diagnósticos para Estafilococos Prova da Coagulase Classificará os estafilococos em Staphylococcus aureus (prova positiva) e Staphylococcus epidermidis ou Staphylococcous saprophyticus (prova negativa). 97% das amostras de Staphylococcus aureus são coagulase-positivas. Para realização da prova usa-se plasma de coelho ou humano, estéreis, frescos, congelados ou liofilizados e diluídos 1:5 em solução fisiológica estéril. Existe dois tipos de coagulase: livre e ligada. A mais aconselhada é a prova de coagulase livre. Testes diagnósticos para Estafilococos Prova da Coagulase Procedimento: um tubo de ensaio estéril contendo 0,5 mL de plasma de coelho estéril diluído a 1:5 é semeado com amostra da colônia suspeita e incubado a 37oC durante 18 a 24 horas. A incubação é feita em banho-maria. Testes diagnósticos para Estafilococos Prova da Coagulase Video 3 Testes diagnósticos para Estafilococos Prova da DNAse Acompanha a prova da coagulase para determinação das espécies de Staphylococcus. Seu uso é vantajoso em laboratórios de grande movimento. É usado meio de cultura, em placa, contendo DNA; Pode-se testar de 8 a 10 amostras de Staphylococcus, repicando-os em uma pequena área (cerca de 1 cm2); A placa é incubada por 18-24h; Adiciona ácido clorídrico normal e aguarda-se 15 min; Observar um halo claro ao redor da área semeada; Staphylococcus epidermidis e S. saprophyticus não formam halo. Testes diagnósticos para Estreptococos Prova da CAMP O estreptococo beta-hemolítico de maior interesse para o homem é o Streptococus pyogenes, que representa o grupo A. Como critério de exclusão com o S. galactiae, que é um estreptococo do grupo B, utilizamos o teste de CAMP. A maioria das estirpes beta-hemolíticas, ao crescer na proximidade de estirpes de Staphylococcus aureus produtoras de beta-lisina, aumenta a hemólise na zona de junção das duas hemolisinas, o que constitui o teste de CAMP. Deve ser sempre executada em meio ambiente para que não surjam grupos falso positivos. Testes diagnósticos para Estreptococos Prova da CAMP Testes diagnósticos para Estreptococos Prova da CAMP Video 4 Testes diagnósticos para Estreptococos Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes A procura do estreptococo beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes) é o que mais preocupa o laboratório de análises clínicas num pedido de exame comum, como “cultura do material da garganta”. Os estreptococos de grupo A produzem dois tipos de hemolisina: hemolisina O, oxigênio-lábil, e hemolisina S, estável ao oxigênio. Indicação da técnica de ágar-fundido (pour plate); Prova da Bacitracina Testes diagnósticos para Estreptococos Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes A procura do estreptococo beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes) é o que mais preocupa o laboratório de análises clínicas num pedido de exame comum, como “cultura do material da garganta”. Os estreptococos de grupo A produzem dois tipos de hemolisina: hemolisina O, oxigênio-lábil, e hemolisina S, estável ao oxigênio. Indicação da técnica de ágar-fundido (pour plate). Video 9 Testes diagnósticos para Estreptococos Prova da Bacitracina Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes Video 5 Testes diagnósticos para Estreptococos Prova da Bacitracina Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes Video 6 Testes diagnósticos para Estreptococos Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes Grupagem sorológica Imunofluorescência Outra alternativa seria utilizar o teste do PYR, uma enzima produzida pelo S. pyogenes, mas não por outros estreptococos beta-hemolíticos. O teste da PYR é um procedimento qualitativo para determinação da capacidade dos estreptococos para hidrolisarem enzimaticamente a L-pirrolidonil-B-Naftilamida; Testes diagnósticos para Estreptococos Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes Teste rápido Detecção direta do antígeno de grupo do Streptococcus -hemolítico do Grupo A; Vantagem Rapidez e possibilidade de diagnóstico mesmo em paciente com antibioticoterapia; Desvantagem Baixa sensibilidade (falso-negativo) DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO Detecção direta de antígenos de S. pyogenes a partir de swab de orofaringe DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO Bacterioscopia direta → Cocos G+ Cadeia longa Teste da Catalase → (-) Teste da Bacitracina → (S) Teste do PYR → (+)Presença da β- hemólise Streptococcus pyogenes estafilococos Testes diagnósticos para Estreptococos Prova da bile-solubilidade Identificação do Streptococcus pneumoniae Em cultura, os pneumococos apresentam hemólise alfa, sendo confundidos com os demais estreptococos alfa-hemolíticos. Os pneumococos possuem uma enzima autolítica, cuja ação é acelerada pela presença da bile de boi ou de soluções de taurocolato de sódio ou de disoxicolato de sódio. Prova da optoquina É uma prova de triagem e deve ser seguida da prova de bile-solubilidade. Testes diagnósticos para Estreptococos Prova da bili-solubilidade Identificação do Streptococcus pneumoniae Video 7 Testes diagnósticos para Estreptococos Identificação do Streptococcus pneumoniae Prova da optoquina Video 8 Testes diagnósticos Identificação do Haemophilus influenzae Esse bacilo Gram-negativo necessita para seu crescimento em cultura dos fatores de crescimento V e X. O meio de cultura mais indicado é o ágar-chocolate. Em geral, após 24 horas de cultura, aparecem colônias pequenas incolores e transparentes. Para confirmar o isolamento do germe, fazemos a prova do satelismo ou a prova dos discos com fatores de crescimento. Testes diagnósticos para Haemophilus influenzae Teste do satelismo A bactéria suspeita de ser Haemophilus é semeada em toda a superfície de uma placa de ágar-sangue. Em seguida, é semeado na mesma placa, uma cultura de Staphylococcus epidermidis em formato de “X” ou “Z”. Após a incubação, apenas haverá crescimento de Haemophilus ao redor do plaqueamento do estafilocococs e o resto da placa ficará sem crescimento. Isso acontece porque o estafilococo usado sintetiza uma quantidade adicional de fator V, que se difunde pelo meio. Testes diagnósticos para Haemophilus influenzae Teste dos discos com fatores de crescimento Discos impregnados de fator V, de fator X ou de uma mistura de fatores V e X são usados para se comprovar a necessidade desses fatores. Após a incubação, observa-se se há crescimento bacteriano ao redor dos discos.
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