Buscar

Aula 3 - Trato respiratório superior

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO 
DAS INFECÇÕES DO Trato 
Respiratório Superior(TRS)
Prof.Alan Brito
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Função: Facultar ao organismo uma troca de gases com
o ar atmosférico
Formado: Trato respiratório superior e inferior.
Superior: Nariz, cavidade nasal, faringe, laringe e
parte superior da traquéia.
 Aproximadamente 80% das infecções do aparelho
respiratório são de origem viral.
 Diagnóstico das infecções do trato respiratório
superior é complicado pela presença da maioria dos
patógenos em pessoas normais na ausência de sintomas.
MICROBIOTA NORMAL DO TRS
Residentes comuns
(>50% das pessoas normais)
Streptococcus spp. (-hemolítico)
Streptococcus spp. (-hemolítico)
Moraxella catarrhalis
Corynebacterium spp. (difteroides)
Staphylococcus spp. (coagulase -)
Bacteroides spp.
Fusobacterium spp.
Residentes incomuns
(<1% das pessoas normais)
Corynebacterium diphtheriae
Klebsiella pneumoniae
Pseudomonas aeruginosa
Escherichia coli
Candida albicans
Especialmente após 
antibioticoterapia
Residentes ocasionais
(<10% das pessoas normais)
Streptococcus pyogenes
Streptococcus pneumoniae
Neisseria meningitidis
Haemophilus spp.
Staphylococcus aureus
Fatores Predisponentes
• Tabagismo, alcoolismo, desnutrição, deformidades do
tórax, corpo estranho, idade avançada e diabetes
PRINCIPAIS INFECÇÕES E 
AGENTES ETIOLÓGICOS
FARINGITE: Streptococcus pyogenes
Estreptococos dos grupos C e G
Corynebacterium diphtheriae (DIFTERIA)
OTITE MÉDIA AGUDA: Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae tipo b
Moraxella catarrhalis, S. pyogenes
OTITE EXTERNA: Pseudomonas aeruginosa,Staphylococcus aureus
SINUSITE: S. pneumoniae e H. influenzae tipo b (>50% dos casos)
S. pyogenes, M. catarrahalis, S. aureus
EPIGLOTITE: H. influenzae tipo b (aguda e grave, mas rara após a 
introdução da vacina)
FARINGITE
• Infecção mais comum do TRS;
• Também conhecida como dor de garganta / dor, rouquidão e febre;
• 90% apresenta etiologia viral (rinovírus, adenovírus e coronavírus);
• Apesar do percentual viral ser maior, o estreptococo β-hemolítico do
grupo A é o agente etiológico mais comum (15%-30% das FA)
• Diagnóstico precoce seguido do tratamento evita febre reumática
(FR), endocardite e a glomerulonefrite / 0,3 a 3% dos casos evoluem
para febre reumática (importância do tratamento com antimicrobiano)
• O contágio acontece através de secreções eliminadas por via oral
quando a pessoa infectada espirra, tosse ou fala, por isso, é comum o
contágio entre pessoas que habitam o mesmo local e pessoas que
trabalham no mesmo lugar;
• Quando causada por bactéria: antibiótico é o mais comum. Penicilina;
• Quando causado por vírus: antitérmico e analgésico;
• Dieta líquida e pastosa
FARINGITE
Streptococcus spp
Características gerais do gênero Streptococcus
Cocos GRAM positivos – dispostos em cadeias ou pares;
Não esporulados, imóveis;
Exigentes a nível nutricional Alguns necessitam de 5-10% de CO2;
Catalase negativa;
Crescimento ótimo entre 20-40oC ;
Anaeróbios facultativos.
Streptococcus spp
Streptococcus pyogenes - Grupo A de Lancefield
Síndromes clínicas tóxicas
Febre Escarlatina
Síndrome do choque tóxico estreptocócico
Principais seqüelas das infecções por S. pyogenes
Febre reumática
Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA)
Tratamento das infecções estreptocócicas
Penicilina é a droga de primeira escolha
Eritromicina é droga de escolha nos casos de pacientes alérgicos à penicilina
Streptococcus spp
Streptococcus pyogenes - Grupo A de Lancefield
Síndromes clínicas tóxicas
Febre Escarlatina
Síndrome do choque tóxico estreptocócico
Principais seqüelas das infecções por S. pyogenes
Febre reumática
Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA)
Tratamento das infecções estreptocócicas
Penicilina é a droga de primeira escolha
Eritromicina é droga de escolha nos casos de pacientes alérgicos à penicilina
Streptococcus spp
Streptococcus agalactiae - Grupo B de Lancefield
Presente na microbiota da TGI e genital feminino;
Rastreamento de gestantes nas 3 últimas semanas de gestação
Síndromes clínicas
Recém-nascido Pneumonia, septicemia e meningite neonatal;
Adultos Infecções urinárias, prostatite, endocardite, pneumonia, meningite e outras
Tratamento
Penicilina é a droga de escolha.
Streptococcus spp
Streptococcus agalactiae - Grupo B de Lancefield
Presente na microbiota da TGI e genital feminino;
Rastreamento de gestantes nas 3 últimas semanas de gestação
Síndromes clínicas
Recém-nascido Pneumonia, septicemia e meningite neonatal;
Adultos Infecções urinárias, prostatite, endocardite, pneumonia, meningite e outras
Tratamento
Penicilina é a droga de escolha.
Streptococcus spp
Streptococcus pyogenes - Grupo A de Lancefield
Presente na faringe e pele de seres humanos;
Síndromes clínicas Faringite
Impetigo
Erisipela
Celulite
Fascite necrotizante
Celulite
Fascite NecrotizanteImpetigo
Streptococcus spp
Streptococcus pneumoniae
Presente colonizando a nasofaringe;
É -hemolítico;
Microrganismo encapsulado Cápsula pólissacarídica;
Segunda a natureza da cápsula Atualmente cerca de 90 sorotipos distintos;
Cápsula polissacarídica Principal antígeno vacinal;
Vacinas 23-valente e 7-valente.
Síndromes clínicas
Pneumonia adquirida em comunidade 2/3 casos;
Sinusite, otite média e celulite;
Meningite Especialmente em crianças < 2 anos e idosos > 65 anos
Faringite Estreptocócica
A causa da faringite por Streptococcus pyogenes pode
ser sugerida clinicamente observando-se uma mucosa
faringeal edematosa e inflamada, em um paciente que
relata dor de garganta, dificuldade em engolir e
sintomas secundários como febre, cefaléia,
sensibilidade dos linfonodos...
As manifestações clínicas da faringite estreptocócica
e não-estreptocócica são muito superpostas (suporte
laboratorial)
Faringite Estreptocócica
FARINGITE – Streptococcus pyogenes
Streptococcus β-hemolítico do grupo A
Os estreptococos do grupo A são as espécies mais patogênicas para o ser humano,
embora o mesmo seja o seu hospedeiro natural. Podem causar infecção estreptocócica
da orofaringe, tonsilite, infecções de feridas e da pele, septicemia e pneumonia. Esse
grupo pode causar infecções não supurativas como doença reumática, Coréia de
Sydenham (Dança de São Vito) e glomerulonefrite difusa aguda. Porém inclusive pode
causar a morte do indivíduo acometiodo em cerca de 1 mês.
• Faringite por Estreptococos dos grupos B:causam mais frequentemente
infecções perigosas nos recém-nascidos (ex: sépsis neonatal) e infecções articulares (artrite
séptica) e cardíacas (endocardite);
• Faringite por Estreptococos dos grupos C e G:frequentemente são
transportados por animais, mas também crescem na orofaringe, no intestino, na vagina e no
tecido cutâneo do ser humano. Esses estreptococos podem causar infecções graves, como a
faringite estreptocócica, pneumonia, infecções cutâneas, sépsis pós-parto e neonatal,
endocardite e artrite séptica. Após uma infecção por uma dessas bactérias, pode ocorrer
inflamação dos rins.
• Faringite por Estreptococos dos grupos D:crescem normalmente no trato
digestivo baixo, na vagina e na pele adjacente.
Ágar-Sangue
estafilococos
estreptococos
• Faringite por Arcanobacterium haemolyticum
• Causa faringite aguda, geralmente em adolescentes e
jovens adultos (diferente da faringite estreptococos
β-hemolíticos, que tipicamente causam doença em
criança pequena).
• Faringite Gonocócica
-Infecção na orofarínge por Neisseria gonorrhoeae;
-É um diplococo gram-negativo,não flagelado, não formador de
esporos,nãohemolitico, aeróbio ou facultativamente anaerobio
que habita o trato respiratório superior do Homem, sendo
responsável pela gonorréia - doença sexualmente transmissível,
com formato de rim;
- Geralmente assintomática.
Outras infecções na cavidade oral, sem ser faringite....
 Gengivite Cáries dentárias 
INFECÇÕES BACTERIANAS DO TRS
DIFTERIA – Corynebacterium diphtheriae
Extremamente rara nos EUA  membrana espessa branco-azulada ou
acinzentada que recobre a faringe posterior, difere da faringite que
apresenta vermelho fogo para o diagnóstico;
A Corynebacterium diphteriae é uma bactéria com formas
pleomórficas bacilares Gram-positivas, agrupando-se em configurações
semelhantes a "caracteres chineses"
A Corynebacterium diphteriae não é invasiva e limita-se à
multiplicação local na faringe. Contudo, a doença tem efeitos
sistémicos potencialmente mortais, devido à produção e disseminação
pelo sangue da sua poderosa toxina da difteria.
INFECÇÕES BACTERIANAS DO TRS
DIFTERIA – Corynebacterium diphtheriae
 Apenas as cepas toxigênicas são 
capazes de causar a infecção.
 Produz um exsudato escurecido 
nas amígdalas, eritema e inflamação 
local grave.
 A toxina diftérica pode causar 
obstrução respiratória, 
insuficiência cardíaca e 
polineurite.
 A difteria pode ser prevenida 
através de imunização (Vacina 
Tetravalente: DTP + Hib) 
Otite média e sinusite
Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae tipo b
Moraxella catarrhalis, S. pyogenes
 Ouvido médio e seios paranasais são conectados às vias respiratórias por ductos;
 Infecção ocorre quando vírus e bactérias caminham em direção às vias estéreis do ouvido e seios
nasais;
 As infecções agudas são causadas por vírus e por algumas bactérias;
 Infecção crônica outros bacilos e fungos assumem o papel proeminente em uma infecção
polimicrobiana.
 É virtualmente impossível obter uma amostra passível de ser interpretada por meio de amostras
das vias aéreas;
 Felizmente os patógenos nas doenças agudas são previsíveis e o uso de antimicrobianos é
necessário.
Na otite média o diagnóstico é geralmente clínico. Faz-se uma 
anamnese e um exame físico com otoscopia 
Cultura é realizada quando o tratamento não está tendo efeito. 
Logo, cultura não é exame de rotina. 
Otite externa
Fatores predisponentes: calor, ambiente úmido, usos de aparelho de amplificação
sonora, uso de cotonetes e natação
Cor esverdeada é comum ser infecção por Pseudomonas aeruginosa (pigmento
piocianina)
Presente no ambiente
Epiglotite 
 Infecção grave da epiglote, potencialmente fatal mas que felizmente foi praticamente eliminada
pela imunização  Problema do edema bloquear as vias aéreas (traqueostomia= abertura na
região anterior ao pescoço);
Mais comumente causada por Haemophilus influenzae do tipo B
Diagnóstico clínico para não causar agravamento da doença.
Melhor forma de evitar é com a vacina contra H. influenzae tipo b
Laringite- Mais comumente causada por vírus. A cultura bacteriana é
raramente indicada, exceto para descartar difteria ou infecção
estreptocócica.
CULTURA DE AMOSTRAS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
SUPERIOR
COLETA E TRANSPORTE DO ESPÉCIME CLÍNICO
 Luz na cavidade oral
 Solicita-se que o paciente abra bem a boca e diga
“aaa” (serve para levantar a úvula e não deixar dar
ânsia de vômito)
 Língua é pressionada com uma espátula de língua e
um swab é orientado sobre a língua até a faringe
posterior especialmente nas áreas edemaciadas,
adjacentes aos pontos com pus ou placas;
Cuidado para não encostar nas paredes laterais da cavidade bucal ou a língua
para minimizar a contaminação com bactérias comensais;
 Após a coleta o swab deve ser colocado imediatamente em um tubo estéril;
 Encaminhar ao laboratório em até 12 horas em temperatura ambiente
 Para melhorar o isolamento de Streptococcus pyogenes, a extremidade do
swab pode ser colocada em um desidratante, tal como sílica gel.
 Detecção direta de antígeno de estreptococo do grupo A (S. Pyogenes);
 Teste disponível comercialmente e pode ser liberado em 20 minutos após a chegada
do material ao laboratório;
 Detecção é por coaglutinação, ELISA ou aglutinação em partículas de látex;
 Vantagem: rapidez e possibilidade de fazer o diagnóstico da infecção mesmo em
pacientes com uso de antimicrobianos;
 Desvantagem: Pode dar negativo quando o número de bactérias é reduzido. É
recomendável que o teste negativo seja confirmado com a cultura.
Teste Rápido
Exames Microscópicos
 Diagnóstico de candidíase oral: Principalmente em recém-nascidos e adultos debilitados.
 Candida albicans;
 Coletar a amostra com swab e introduzi-lo em 0,5 ml de solução fisiológica estéril.
 Preparar uma lâmina a partir da solução homogeneizada e cobrir com lamínula. Observar ao
microscópio
Com objetiva de 10x a presença de células leveduriformes.
 Exame para o método de GRAM também pode ser utilizado.
Diagnóstico de Candidíase Oral
Exames Microscópicos
Diagnóstico de Angina de Vincent: Gengivite ulcerativanecrosante 
aguda (GUNA) 
 Ulceração da faringe ou gengiva e causada pela associação entre espiroquetas e bacilos
fusiformes;
Exame laboratorial direto em lâmina corada pelo método de Gram;
 Coletar a amostra da região ulcerada com swab e confeccionar uma lâmina para coloração;
 A presença de numerosos leucócitos polimorfonucleares, espiroquetas e bacilos fusiformes
confirma essa infecção.
Cultura
Semeadura
 Rolar o swab em uma pequena área de uma placa contendo o meio de cultura;
 Se a amostra for líquida, depositar de 3 a 4 gotas sobre a pequena área da placa do meio de
cultivo selecionado;
 Estriar com o auxílio de uma alça bacteriológica em três direções próximas uma da outra para
obter colônias isoladas e para, se necessário, semiquantificar;
Cultura
Semeadura em meios sólidos em tubos
Estria sinuosa: semear com alça ou agulha bacteriológica, em
zig-zag, partindo da base para a extremidade do bizel (superfície
inclinada do meio).
Objetivo: obtenção de intensa massa de microorganismos.
Cultura
Semeadura em meios sólidos em tubos
Estria Reta: semear com agulha bacteriológica, fazendo uma
linha reta, com cuidado de não ferir o Agar, partindo da base para
a extremidade do bizel (superfície inclinada do meio).
Objetivo: obtenção de pequena massa de microorganismos.
Cultura
Semeadura em meios sólidos em tubos
Picada Central: semear com agulha bacteriológica, no centro do
Agar. Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3
do tubo ou até o fundo deste.
Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em
algumas técnicas.
Cultura
Semeadura em meios sólidos em tubos
Picada em Profundidade: semear com agulha bacteriológica, no
centro do Agar. Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar
até 2/3 do tubo ou até o fundo deste.
Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em
algumas técnicas.
Cultura
Semeadura em meios sólidos em placas de petri
Pour-plate ou disseminação (método em profundidade):
Transferir 1 ml da cultura para placa de Petri vazia, colocar 10 – 20
ml do meio fundido (e resfriado a cerca de 45 – 50°C) sobre a
cultura e homogeneizar suavemente com movimentos circulares.
Objetivo: contagem bacteriana. É utilizado também para análise
de microorganismos anaeróbios, adicionando uma outra camada
de meio fundido após o endurecimento da primeira camada.
Cultura
Semeadura em meios sólidos em placas de petri
Estria simples: transferir uma alçada da cultura para meio sólido
em placa e estriar com a alça bacteriológica sobre o meio. A estria
pode ser realizada em movimentode zig- zag (estria sinuosa) ou
como uma linha reta sobre o meio (estria reta).
Objetivo: Essa técnica é muito utilizada para visualização de
determinadas propriedades metabólicas, como a produção de
enzimas hidrolíticas (hidrólise de substâncias do meio - gema de
ovo, sangue...), e produção de pigmentos.
Cultura
Semeadura em meios sólidos em placas de petri
Esgotamento em estrias ou estrias múltiplas: transferir uma
alçada da cultura para meio sólido em placa e estriar com a alça
bacteriológica sobre o meio. A placa é dividida em 4 quadrantes e
a inoculação pode ser feita de 2 tipos:
• 3 estrias: estriar em metade da placa, com movimentos de zig-
zag. Quando atingir a metade, girar a placa 90° e estriar até a
metade (1/4 da placa), girar mais 90° e estriar o meio restante.
• 4 estrias: estriar até 2/3 da metade da placa, girar 90°, estriar
2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90°, estriar mais
2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90° e estriar o
restante do meio.
Objetivo: obtenção de colônias isoladas. É importante não cruzar
as estrias (não tocar a alça na estria anterior), para reduzir o
inóculo a cada estria e obter as colônias isoladas. Pode-se,
alternativamente, flambar a alça entre as estrias e tocar a ponta da
estria anterior, arrastando um pequeno inóculo para a próxima
estria.
Cultura
Semeadura em meios sólidos em placas de petri
Spread-plate ou distensão: Transferir 0,1 ml da cultura para o
meio sólido na placa e espalhar uniformemente com a própria
ponta da pipeta, ou alça bacteriológica / swab / alça Drigalsky.
Objetivo: obtenção de crescimento confluente, ou para contagem
bacteriana. Esta técnica é muito utilizada na realização de
antibiogramas.
Cultura
Semeadura em meios líquidos
Difusão: uma alçada da colônia (Agar em placa) ou da cultura (de
outro meio ou líquido) é introduzida no meio líquido, com agitação
da alça, para maior difusão dos microorganismos (da alça para o
meio e homogeneização no meio). Pode-se inclinar o tubo a 30°
e esfregar o inóculo na parede do mesmo, quando o tubo retornar
à posição original o inóculo se difundirá no meio.
Objetivo: é um repique genérico para crescimento bacteriano em
meio líquido.
Cultura
Incubação 
 Placas em estufa com 5 a 10% de CO2 a 35 graus por 24 a 48 horas.
No caso de suspeita de Arcanobacterium haemolyticus, N. meningitidis e N. gonorrhoeae, as
placas devem ficar 72 horas na estufa.
Cultura
Avaliação das Culturas
 Após 18 hs e 24 hs de incubação, realizar a primeira leitura das placas para verificar a presença
de microrganismos
Cultura de material de garganta
Objetivo
 Dirigido para infecção causada por estreptococos hemolíticos do grupo A;
 Diagnóstico da difteria e da coqueluche;
 Pesquisa de portadores de Neisseria meningitidis.
Flora normal da garganta
Inclui estreptococos alfa-hemolíticos e mesmo beta-hemolíticos não pertencentes
ao grupo A, Moraxella catrrhalis e neisserias saprófitas, Staphylococcus epidermidis
(eventualmente Staphylococcus aureus), bacilos difteróides e enterobactérias.
Cultura de material de garganta
Finalidade
 Detectar estreptococos beta-hemolíticos do grupo A;
 Detectar meningococos;
 Verificar predominância de Staphylococcus aureus;
 Haemophillus influenzae;
 Isolamento de Corynebacterium diphtheriae;
 Diagnóstico da angina de Vincent.
Resultado do exame
Dependerá não somente do organismo presente mas também do
número relativo de colônias.
Testes diagnósticos para Estafilococos
Prova da Catalase
Toda a família Micrococcaceae (onde se inclui o gênero Staphilococcus) é
catalase-positiva.
A catalase (formalmente denominada hidroperoxidase) é uma
enzima intracelular, encontrada na maioria dos organismos, que decompõe o peróxido
de hidrogênio (H2O2) segundo a reação química:
2 H2O2 → 2 H2O + O2.
* Colônia suspeita  Colocar na lâmina de vidro e adicionar 1
gota de H2O2 3%  Homogeneizar e observar a formação de bolhas
Testes diagnósticos para Estafilococos
Prova da Catalase
Video 1
Testes diagnósticos para Estafilococos
Prova da Catalase
Video 2
Testes diagnósticos para Estafilococos
Prova da Coagulase
Classificará os estafilococos em Staphylococcus aureus (prova positiva) e
Staphylococcus epidermidis ou Staphylococcous saprophyticus (prova negativa).
97% das amostras de Staphylococcus aureus são coagulase-positivas.
Para realização da prova usa-se plasma de coelho ou humano, estéreis,
frescos, congelados ou liofilizados e diluídos 1:5 em solução fisiológica estéril.
Existe dois tipos de coagulase: livre e ligada. A mais aconselhada é a prova
de coagulase livre.
Testes diagnósticos para Estafilococos
Prova da Coagulase
Procedimento: um tubo de ensaio estéril contendo 0,5 mL de plasma de
coelho estéril diluído a 1:5 é semeado com amostra da colônia suspeita e incubado a
37oC durante 18 a 24 horas. A incubação é feita em banho-maria.
Testes diagnósticos para Estafilococos
Prova da Coagulase
Video 3
Testes diagnósticos para Estafilococos
Prova da DNAse
Acompanha a prova da coagulase para determinação das espécies de
Staphylococcus. Seu uso é vantajoso em laboratórios de grande movimento.
 É usado meio de cultura, em placa, contendo DNA;
 Pode-se testar de 8 a 10 amostras de Staphylococcus, repicando-os em uma
pequena área (cerca de 1 cm2);
 A placa é incubada por 18-24h;
 Adiciona ácido clorídrico normal e aguarda-se 15 min;
 Observar um halo claro ao redor da área semeada;
 Staphylococcus epidermidis e S. saprophyticus não formam halo.
Testes diagnósticos para Estreptococos
Prova da CAMP
O estreptococo beta-hemolítico de maior interesse para o homem é o
Streptococus pyogenes, que representa o grupo A.
Como critério de exclusão com o S. galactiae, que é um estreptococo do
grupo B, utilizamos o teste de CAMP.
A maioria das estirpes beta-hemolíticas, ao crescer na proximidade de
estirpes de Staphylococcus aureus produtoras de beta-lisina, aumenta a hemólise na
zona de junção das duas hemolisinas, o que constitui o teste de CAMP.
Deve ser sempre executada em meio ambiente para que não surjam grupos
falso positivos.
Testes diagnósticos para Estreptococos
Prova da CAMP
Testes diagnósticos para Estreptococos
Prova da CAMP
Video 4
Testes diagnósticos para Estreptococos
Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes
A procura do estreptococo beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus
pyogenes) é o que mais preocupa o laboratório de análises clínicas num pedido de
exame comum, como “cultura do material da garganta”.
Os estreptococos de grupo A produzem dois tipos de hemolisina: hemolisina
O, oxigênio-lábil, e hemolisina S, estável ao oxigênio.
 Indicação da técnica de ágar-fundido (pour plate);
Prova da Bacitracina
Testes diagnósticos para Estreptococos
Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes
A procura do estreptococo beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus
pyogenes) é o que mais preocupa o laboratório de análises clínicas num pedido de
exame comum, como “cultura do material da garganta”.
Os estreptococos de grupo A produzem dois tipos de hemolisina: hemolisina
O, oxigênio-lábil, e hemolisina S, estável ao oxigênio.
 Indicação da técnica de ágar-fundido (pour plate).
Video 9
Testes diagnósticos para Estreptococos
Prova da Bacitracina
Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes
Video 5
Testes diagnósticos para Estreptococos
Prova da Bacitracina
Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes
Video 6
Testes diagnósticos para Estreptococos
Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes
 Grupagem sorológica Imunofluorescência
 Outra alternativa seria utilizar o teste do PYR, uma enzima produzida pelo S.
pyogenes, mas não por outros estreptococos beta-hemolíticos. O teste da PYR é
um procedimento qualitativo para determinação da capacidade dos estreptococos
para hidrolisarem enzimaticamente a L-pirrolidonil-B-Naftilamida;
Testes diagnósticos para Estreptococos
Isolamento e Identificação do Streptococcus pyogenes
 Teste rápido
 Detecção direta do antígeno de grupo do Streptococcus -hemolítico do
Grupo A;
 Vantagem  Rapidez e possibilidade de diagnóstico mesmo em paciente
com antibioticoterapia;
 Desvantagem  Baixa sensibilidade (falso-negativo)
DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Detecção direta de antígenos de 
S. pyogenes a partir de swab de orofaringe
DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Bacterioscopia direta → Cocos G+
Cadeia longa 
Teste da Catalase → (-)
Teste da Bacitracina → (S)
Teste do PYR → (+)Presença da β-
hemólise
Streptococcus pyogenes
estafilococos
Testes diagnósticos para Estreptococos
Prova da bile-solubilidade
Identificação do Streptococcus pneumoniae
Em cultura, os pneumococos apresentam hemólise alfa, sendo confundidos
com os demais estreptococos alfa-hemolíticos.
Os pneumococos possuem uma enzima autolítica, cuja ação é acelerada pela
presença da bile de boi ou de soluções de taurocolato de sódio ou de disoxicolato de
sódio.
Prova da optoquina
É uma prova de triagem e deve ser seguida da prova de bile-solubilidade.
Testes diagnósticos para Estreptococos
Prova da bili-solubilidade
Identificação do Streptococcus pneumoniae
Video 7
Testes diagnósticos para Estreptococos
Identificação do Streptococcus pneumoniae
Prova da optoquina
Video 8
Testes diagnósticos 
Identificação do Haemophilus influenzae
Esse bacilo Gram-negativo necessita para seu crescimento em cultura dos
fatores de crescimento V e X. O meio de cultura mais indicado é o ágar-chocolate. Em
geral, após 24 horas de cultura, aparecem colônias pequenas incolores e
transparentes. Para confirmar o isolamento do germe, fazemos a prova do satelismo
ou a prova dos discos com fatores de crescimento.
Testes diagnósticos para Haemophilus influenzae
Teste do satelismo
A bactéria suspeita de ser Haemophilus é
semeada em toda a superfície de uma placa de
ágar-sangue. Em seguida, é semeado na mesma
placa, uma cultura de Staphylococcus epidermidis
em formato de “X” ou “Z”. Após a incubação,
apenas haverá crescimento de Haemophilus ao
redor do plaqueamento do estafilocococs e o resto
da placa ficará sem crescimento. Isso acontece
porque o estafilococo usado sintetiza uma
quantidade adicional de fator V, que se difunde pelo
meio.
Testes diagnósticos para Haemophilus influenzae
Teste dos discos com fatores de crescimento
Discos impregnados de fator V, de fator X
ou de uma mistura de fatores V e X são usados
para se comprovar a necessidade desses fatores.
Após a incubação, observa-se se há crescimento
bacteriano ao redor dos discos.

Outros materiais