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1 ECONOMIA GERAL E POLÍTICA Prof. Alexandre Lima SISTEMAS ECONÔMICOS Definição: Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com finalidade de satisfazer as necessidades humanas. As necessidades humanas são ilimitadas, infinitas, enquanto os recursos produtivos (recursos naturais, mão- de-obra, capital) são finitos, limitados. Assim, a satisfação dessas necessidades sem exaurir os recurosos produtivos se configura um grande desafio. O QUE e o QUANTO produzir? A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto? COMO produzir? Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra intensiva Para QUEM produzir? Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica. SISTEMA ECONÔMICO - É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas (Atividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços). Principais formas de sistemas econômicos: 1. Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) 1.1. Sistema de concorrência pura (sem interferências do governo) 1.2. Sistema de concorrência mista (com interferência governamental) 2. Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista) SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA Base da filosofia do liberalismo econômico. Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais. A noção de concorrência pressupõe a existência de grande número de produtores atuando livremente no mercado de um mesmo bem ou serviço, de modo que tanto a oferta quanto a procura se originem em condições de razoável eqüidade, sem influência ilegítima principalmente sobre o preço do produto. 2 • Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo. • Mão-invisível: mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados. Excesso de oferta (escassez de demanda) - Formam-se estoques - Redução de preços - Até o equilíbrio (Existirá concorrência entre empresas para vender os bens aos escassos consumidores.) Excesso de demanda (escassez de oferta) - Formam-se filas - Tendência ao aumento de preços - Até o equilíbrio (Existirá concorrência entre consumidores para compra.) - O QUE e o QUANTO produzir? (o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor). (quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado. - COMO produzir? Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas. - Para QUEM produzir? Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta de fatores de produção). Questão distributiva. CRÍTICA: Grande simplificação da realidade; Os preços podem variar não devido ao mercado mas,em função de: força de sindicatos (através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial); O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou consumo de um determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais externalidades); além disso, existem bens públicos, disponibilizados pelo Governo. O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas. Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados. Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro. Monopólio: Em linhas gerais, monopólio significa ausência de concorrência e existência de um único fornecedor. No monopólio, o fornecedor de produtos pode impor o preço a suas mercadorias ficando, entretanto, sujeito ao nível de vendas dele decorrente. Como geralmente o mercado compra tanto menos quanto maior for o preço, o monopolista fixa o preço que lhe dá maior lucro tendo em vista a relação entre 3 custo e produção. Ao reduzir a produção, o monopolista pode aumentar o preço já que é o único fornecedor. Além disso, se o monopolista não teme a entrada de nenhum concorrente, optará pelo preço que maximize o lucro puxando-o para cima. Se a entrada de um novo concorrente for difícil mas não impossível, o monopolista, por ser o “dono” do mercado, pode optar por fixar um preço suficientemente baixo para desestimular a entrada de qualquer concorrente. Oligopólios: Combina as características do monopólio e da concorrência. Nos oligopólios há poucos fornecedores e cada um detém uma parcela grande do mercado, de forma que qualquer mudança em sua política de vendas afeta a participação de seus concorrentes e os induz a reagir. Por exemplo, se um fornecedor reduzir o preço abaixo do nível geral do mercado, ele atrai os clientes dos concorrentes. Se os poucos concorrentes baixarem seus preços na mesma proporção, de modo que nenhum deles fique em vantagem em relação aos demais, provavelmente o nível geral de lucro se reduzirá. Por isso, numa oligarquia às vezes acontece dos fornecedores fazerem "acordos de cavalheiros" (cartel) e fixarem os mesmos preços como se fosse um monopólio. FRONTEIRA (CURVA) DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO (CPP) É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. O Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção Quantidade Produzida (bem )x Quantidade Produzida (bem )y max 0 x y max 0 y x 4 Lei dos custos de oportunidade crescentes: Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe. Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y. A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens. B e C: Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. Combinações de produto; (Nível de produto Eficiente /Pleno Emprego). D: Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato. Depende de fatores como inovação tecnológica. Deslocamentos positivos: decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis (Crescimento Econômico). Inovações tecnológicas: com a mesma quantidade de insumos obtém-se maior quantidade de produtos. Deslocamentos negativos: decorrem da redução,sucateamento ou progressiva desqualificação do fatores de produção disponíveis. Quantidade Produzida (bem )x Quantidade Produzida (bem )y max 0 x y max 0 y x A DB C 5 Custo de Oportunidade: É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê- la.. C B custo de oportunidade de 200 unidades de y é 50 de x. Quantidade Produzida (bem )x Quantidade Produzida (bem )y max 0 x y max 0 y x A DB C Deslocamentos Positivos Deslocamentos Negativos Quantidade Produzida (bem )x Quantidade Produzida (bem )y max 0 x y max 0 y x A D B 150;450 C 200;250 150 450 200 250 6 EQULÍBRIO DE MERCADO Demanda Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período. A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a dados preços. A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. Medidas de satisfação: Utilidade Total - Aumenta quanto maior a quantidade consumida do bem. Utilidade Marginal - Satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem. É decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome. Variáveis que afetam a Demanda: Riqueza (e sua distribuição) Renda (e sua distribuição) Preço do bem Preço dos outros bens Fatores climáticos e sazonais Propaganda Hábitos, gostos, preferências dos consumidores Expectativas sobre o futuro Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos) Tudo o mais constante (coeteris paribus - Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. Oferta Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período. Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção. Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado. 7 O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço Lei da Oferta e da Demanda - O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço). Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda: quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender. Excesso do Bem Fornecedores reduzem preços Mercado atinge o Equilíbrio Escassez do Bem Fornecedores aumentam preços Mercado atinge o Equilíbrio CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Crescimento econômico está relacionado ao crescimento da renda nacional per capita, e um país só estará realmente melhorando seu nível de desenvolvimento econômico e social se, juntamente com o aumento da renda per capita, estiver também melhorando os indicadores sociais. Portanto, crescimento econômico trata apenas da evolução da riqueza produzida. Dois indicadores importantes para a avaliação do crescimento econômicos são o PIB e o PNB. PIB – Produto Interno Bruto PNB – Produto Nacionla Bruto O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer seja, países, estados, cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na economia com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região. O PIB difere do produto nacional bruto (PNB) basicamente pela renda líquida enviada ao exterior (RLEE): ela é desconsiderada no cálculo do PIB, e considerada no cálculo do PNB, inclusive porque o PNB é gerado a partir da soma do PIB mais entradas e saídas de capital. Esta renda representa a diferença entre recursos enviados ao exterior (pagamento de fatores de produção internacionais alocados no país) e os recursos recebidos do exterior a partir de fatores de produção que, sendo do país considerado, encontram-se em atividade em outros países. Assim (e simplificadamente), caso um país possua empresas atuando em outros países, mas proíba a instalação de transnacionais no seu território, terá uma renda líquida enviada ao exterior negativa. Pela fórmula: PNB = PIB - RLEE No Brasil o PIB é maior que o PNB, porque o Brasil envia mais do que recebe renda do exterior devido ao grande número de empresas estrangerias existentes no país que realizam remessas de lucro ao exterior. 8 Enquanto que, nos Estados Unidos, o PNB é maior que o PIB, devido ao grande número de empresas americans instaladas ao redor do mundo que efetuam remessas de lucro aos Estados Unidos. Os indicadores econômicos agregados (produto, renda, despesa) indicam os mesmos valores para a economia de forma absoluta. Dividindo-se esse valor pela população de um país, obtém-se um valor médio per capita: O valor per capita foi o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de vida em um país. Países podem ter um PIB elevado por serem grandes e terem muitos habitantes, mas seu PIB per capita pode resultar baixo, já que a renda total é dividida por muitas pessoas, como é o caso da Índia ou da China. Países como a Suíça, Noruega e a Dinamarca exibem um PIB moderado, mas que é suficiente para assegurar uma excelente qualidade de vida a seus poucos milhões de habitantes. Atualmente usam-se outros índices - que revelam o perfil da distribuição de renda de um país (tais como o coeficiente de Gini ou mesmo índices desenvolvidos pela sociologia, como o Índice de Desenvolvimento Humano) - para se obter uma avaliação mais precisa do bem-estar econômico desfrutado por uma população. Desenvolvimento Econômico Desenvolvimento econômico é um conceito mais qualitativo, incluindo as alterações da composição do produto e a alocação dos recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem estar econômico e social, ou seja, pobreza, desemprego, desigualdade, saúde, nutrição, educação e moradia. O relatório da Unesco propõe como medidas para o desenvolvimento, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do PNUD, “que procura considerar as numerosas dimensões do bem-estar humano, já que a atenção concentrar-se-ía assim sobre os fins para os quais o desenvolvimento deve servir, em vez de fazê-lo apenas sobre os meios, por exemplo, para o aumento da produção” (UNESCO, 1999, p. 28-29). O desenvolvimento só ocorre com crescimento econômico. Porém, o inverso não é verdadeiro. Para a caracterização da existência do desenvolvimento econômico, deve-se observar ao longo do tempo: a) Crescimento do bem-estar social, medido por meio dos indicadores de natureza econômica, por exemplo: PIB, PIB per capita; b) Melhoria nas condições de saúde, nutrição, educação, moradia e transporte; c) Diminuição dos níveis de pobreza, desemprego e desigualdade. INFLAÇÃO Inflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado nos preços dos bens e serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos. 9 Exemplo: num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhadorcompra cinco quilos de arroz num mês e paga R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele necessitará de R$ 11,00. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120% do valor de compra. A inflação é muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam a correção inflacionária. Portanto, na persistencia de um processo inflacionário, há um aumento da desigualdade social devido a redução do poder de compra dos mais pobres, enquanto que o mais ricos, ao realizarem aplicações financeiras, conseguem se proteger da inflação. Podemos citar as seguintes causas da inflação: - Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo; - Demanda por produtos (aumento no consumo) maior do que a capacidade de produção do país; - Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos. A inflação pode ser dividida em: Inflação de Demanda É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances da inflação da demanda acontecer aumenta quando a economia produz próximo do emprego de recursos. Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada. Inflação de Custos É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos salariais faz com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente, o aumento do custo de matéria-prima que provoca um aumento nos custos da produção fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente e por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção. Inflação Inercial A inflação inercial ocorre quando os agentes econômicos habituados com uma taxa de inflação elevada passam a se comportar de modo a se proteger da inflação futura o que alimenta a inflação no presente. Este processo ficou conhecido no Brasil como cultura inflacionária. A dificuldade de se combater a inflação inercial é o fato dela ter origem nas expectativas inflacionárias dos agentes, portanto, para ser combatida deve-se convencer os agentes econômicos de que a inflação irá se reduzir. Índices de Inflação A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice de Preços no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Quando a inflação é superior a 50% ao mês, temos ums hiperinflação. Em períodos de inflação alta, em que os preços chegam a sofrer reajustes diários, a população não retém dinheiro, pois ele se desvaloriza muito 10 rápido. Tão logo recebem o dinheiro as pessoas compram mercadorias, pois se deixarem para o dia seguinte não conseguirão comprar tudo o que conseguem comprar hoje. O caso mais grave de hiperinflção que se tem notícia ocorreu na Alemanha, após a primeira guerra mundial, que chegou a acusar um trilhão por cento entre agosto de 1922 e novembro de 1923. POLÍTICA MONETÁRIA É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de estabilizar o nível geral de preços. Os instrumentos: • Emissões de moeda • Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos comerciais junto ao Banco Central) • Open market (compra/venda de títulos públicos) • Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais) • Regulamentação sobre crédito e tx. de juros. Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens e serviços. Aceitação garantida por lei. IInnssttrruummeennttoo oouu MMeeiioo ddee TTrrooccaa MMeeddiiddaa ddee VVaalloorr RReesseerrvvaa ddee VVaalloorr Promove e facilita o intercâmbio de bens e serviços. Evita a chamada economia de trocas ou escambo. Unidade de Conta. Permite apurar o valor Monetário. Liquidez absoluta. Conserva seu valor ao longo do tempo. 11 Banco Central do Brasil: BACEN / BC • Órgão executivo central do SFN (Sistema Financeiro Nacional) • Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez; • Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção; • Executor de Política Monetária: Controle dos Meios de Pagamentos, Orçamento Monetário / Instrumentos de Política Monetária; • Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional); • Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos); • Administração da dívida pública interna e externa do país; • Representante junto as Instituições Financeiras Internacionais; É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente na economia. Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de crescimento da demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a impedir um crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando assim pressões no nível geral de preços (pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de alguns instrumentos: 1. Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.; • Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda. 2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do BC aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez (geralmente esta linha é punitiva); • Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de moeda 3. Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são compras ou vendas de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema bancário. É o instrumento de maior eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez do mercado monetário . • Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta reais, elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda. 12 • Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira reais, diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda 4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de câmbio ou futuros de acordo com: • Regulação do crédito; • Persuasão moral; • Supervisão e Fiscalização bancária TAXA DE JUROS Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do empréstimo, para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de emissão de moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros. Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências: 1. Sobe o custo para os tomadores de fundos; 2. Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a atratividade de aplicar no mercado financeiro; 3. Incentiva o ingresso de recursos de outros países; 4. Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento, estimulando a especulação no mercado financeiro; 5. Aumenta o custo da dívida pública interna. SETOR EXTERNO TAXAS DE CÂMBIO Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da moeda nacional ou vice- versa.No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.: Brasil: U$ 1,00 = R$ 3,10 13 Exterior: R$ 1,00 = U$ 0,32 Obs.: Como no Brasil a definição de câmbio é “diferente”; um aumento da taxa de câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização... Ex.: U$ 1,00 = R$ 3,10 U$ 1,00 = R$ 3,50 Desvalorização Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais externos; Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros, etc.). Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio: • Maior previsibilidade aos agentes do mercado. • Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil para controle da inflação. OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira (valorização cambial) OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira (desvalorização cambial) 14 Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de divisas (oferta e de demanda): • Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura mantê-la em níveis relativamente estáveis; • Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites fixados pelo Banco Central. Câmbio Flutuante (Flexível) BC fixa a taxa de câmbio; O mercado determina a taxa de câmbio; BC é obrigado a disponibilizar reservas cambiais. BC não é obrigado a disponibilizar reservas cambiais. Maior controle da inflação (custo das importações). Política monetária mais independente do câmbio. Reservas cambiais mais protegidas de ataques especulativos. Reservas cambiais vulneráveis a ataques especulativos; Ataxa de câmbio fica muito dependenteda volatilidade do mercado financeiro nacional e internacional; A política monetária (taxa de juros) fica dependente do volume de reservas cambiais. Maior dificuldade de controle das pressões inflacionárias, devido às desvalorizações cambiais. Desvantagens Câmbio Fixo Características Vantagens 15 O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação) Valorização (apreciação) Taxa de câmbio cai (moeda nacional mais forte) Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial). Custos: • Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto). • Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. Pressão pela queda dos preços internos + Política de Abertura Comercial (liberação de Importação) (Aumenta a eficiência produtiva, pelo aumento da competição) 16 O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação) Desvalorização(depreciação) Taxa de câmbio sobe (moeda nacional mais fraca) Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações (leva um certo tempo p/ essa resposta) Pressão sobre os custos de produção (Aumento no custo das Importações, incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. ) Custos: •• Aumento do nível geral de preços – iinnffllaaççããoo ddee ccuussttooss ((ppaassss--tthhrroouugghh)) 17 Taxa de Câmbio Real e Nominal As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais. Os dois preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de câmbio real. • Taxa de câmbio nominal: é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país pela moeda de outro país; • Taxa de câmbio real: é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros, em relação à uma cesta brasileira. A taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um país exporta e importa. *Tx de Câmbio Nominal*Preço ExternoTx de Câmbio Real Preço Interno ePR P
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