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Mecanismos Gerais da Ação de Fármacos PUCRS - Faculdade de Farmácia 35306-04 - Ciências Farmacológicas e Toxicológicas I da Ação de Fármacos Tipos de Receptores Profa. Luciana Oliveira Receptores • Evocam muitos tipos diferentes de efeitos celulares. – Alguns são muito rápidos; • Milissegundos: Transmissão sináptica.• Milissegundos: Transmissão sináptica. – Outros são lentos; • Várias horas ou dias: Hormônio da tireóide. – Intermediários. Profa. Luciana Oliveira Tipos de Receptores • 1. Canais Iônicos controlados por ligantes; – Também chamados de inotrópicos; – Tipicamente, estes receptores são aqueles nos quais os neurotransmissores rápidos agem.quais os neurotransmissores rápidos agem. • Receptor nicotínico de acetilcolina (nAChR); • Receptor GABAA; • Receptores de glutamato NMDA. Profa. Luciana Oliveira Canais Iônicos controlados por ligantes • Ex.: Receptor GABAA – Principal neurotransmissor inibidor em mamíferos; – Desempenha papel importante na regulação da excitabilidade neuronal ao longo de todo o sistema nervoso; – Fármacos agonistas do GABA ou gabaérgicos. Profa. Luciana Oliveira Canais Iônicos controlados por ligantes • Apresentam mecanismo de comporta: – Controlam eventos sinápticos mais rápidos do sistema nervoso, por modificar transitoriamente a permeabilidade a íons.permeabilidade a íons. – A velocidade abrupta da resposta indica que que o acoplamento entre o receptor e o canal iônico é DIRETO. – Não há etapas bioquímicas intermediárias envolvidas no processo. Profa. Luciana Oliveira Canais Iônicos controlados por ligantes • nAchR – Quando a Ach liga-se ao sítio alostérico do canal (receptor) as α-hélices mudam de conformação, permitindo a Profa. Luciana Oliveira conformação, permitindo a passagem de íons. Tipos de Receptores • 2. Receptores acoplados à proteína G. – Também chamados de metabotrópicos ou receptores helicoidais. – São receptores de membrana que estão acoplados a sistemas efetores intracelulares por uma a sistemas efetores intracelulares por uma proteína G. –Maior família de receptores para vários hormônios e neurotransmissores lentos. • Receptor muscarínico de acetilcolina (mAChR); • Receptores adrenérgicos... Profa. Luciana Oliveira 1 2 Profa. Luciana Oliveira 1- A proteína G consiste de 3 subunidades: α, β e γ, que ficam ancoradas à membrana através de resíduos de lipídeos fixos. 2- O acoplamento de uma subunidade α a um receptor ocupado por agonista promove a troca da GDP (guanosina difosfato) ligado pela GTP (guanosina trifosfato) intracelular. 34 1 2 Profa. Luciana Oliveira 3- O complexo α-GTP se dissocia do receptor e do complexo βγ e interage com uma proteína-alvo. O complexo βγ também pode ativar uma proteína-alvo. 4- A atividade da GTP-ase da subunidade α aumenta quando a proteína alvo é ligada, resultando em hidrólise do GTP e o repouso. 34 Tipos de Receptores • 3. Receptores ligados a quinases. – Grande e heterogêneo grupo de receptores. – Domínio extracelular de ligação conectado a um domínio intracelular por hélice única transmembrana.domínio intracelular por hélice única transmembrana. • Em muitos casos, o domínio intracelular é de natureza enzimática. – Respondem principalmente a mediadores proteicos. • Papel importante no controle da divisão, crescimento e diferenciação celulares, inflamação, reparação tecidual, apoptose e respostas imunológicas – Receptor para insulina e fator de crescimento. Profa. Luciana Oliveira Receptores ligados a quinases P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a Fosforilação: mecanismo-chave para controlar a função de proteínas. Fosforilação: quinases Desfosforilação: fosfatases P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a Ex: Tacrolimus (imunossupressor) inibidor da atividade da fosfatase da calcineurina, inibindo portanto sua fosforilação expressão de genes de proteínas nucleares envolvidas na ativação celular e formação do linfócito T citotóxico, evitando a rejeição ao enxerto. Tipos de Receptores • 4. Receptores nucleares. – Regulam a transcrição gênica; – O termo “receptores nucleares” pode ser considerado equivocado, pois alguns não estão no considerado equivocado, pois alguns não estão no núcleo, mas sim no citosol, e migram para o compartimento nuclear, quando um ligante está presente. • Receptores para hormônios esteróides; • Receptores para hormônios tireoidianos; • Receptores para o ácido retinóico e vitamina D... Profa. Luciana Oliveira Receptores nucleares Não possuem domínio de quinase intracelular mas se relacionam com moléculas de quinases citosólicas. Profa. Luciana Oliveira Características da transdução de sinal • Controle da Expressão de Receptores – Mecanismos de auto-regulação • UP regulation: – Hiper/supersensibilização. Intensifica a resposta a determinados fármacos. Aumento do número ou da sensibilidade dos receptores. fármacos. Aumento do número ou da sensibilidade dos receptores. » Ex: síndrome de abstinência. • DOWN regulation: – Dessensibilização ou refratariedade. Justifica a tolerância a determinados fármacos. – Redução gradual do número ou modificação conformacional dos receptores, não permitindo a adequada ligação do agonista. » Ex: tratamentos crônicos. Profa. Luciana Oliveira Relação de Dose-Resposta • Relações dose-resposta graduais – À medida que a dose de um fármaco aumenta, seu efeito farmacológico também aumenta. P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a Relação de Dose-Resposta • Relações dose-resposta graduais – Potência: medida da quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a Relação Dose-Resposta • Relações dose-resposta graduais – Eficácia: habilidade de um fármaco de produzir uma resposta, uma vez ligado a P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a resposta, uma vez ligado a um receptor. • Depende: – Do número de complexos fármaco-receptor (FR) formados; – Da eficiência deste acoplamento, desde a interação até a resposta celular. P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a Relação de Dose-Resposta • Efeito da concentração do fármaco nas ligações com o receptor – A relação quantitativa entre [fármaco] e a ocupação dos receptores aplica a lei de ação das ocupação dos receptores aplica a lei de ação das massas à cinética de ligação do fármaco com as moléculas receptoras: Profa. Luciana Oliveira Relação de Dose-Resposta • Efeito da concentração do fármaco nas ligações com o receptor – Pode-se expressar matematicamente a relação entre a fração de receptores ocupados e o efeito: [DR] = [D][DR] = [D] [Rt] Kd + [D] Onde: • [D] = [fármaco] livre; • [DR] = [fármaco] ligado; • [Rt] = concentração total de receptores;• Kd = constante de dissociação de equilíbrio do fármaco pelo receptor Profa. Luciana Oliveira Relação de Dose-Resposta • Relação entre [fármaco] e efeito farmacológico – Pode-se expressar matematicamente a relação entre a fração de receptores ocupados e o efeito: [E] = [D] [Emax] Kd + [D][Emax] Kd + [D] Onde: • [D] = [fármaco] livre; • [E] = efeito do fámaco na concentração [D]; • [Emax] = efeito máximo do fármaco; • Kd = constante de dissociação de equilíbrio do fármaco pelo receptor Profa. Luciana Oliveira Agonistas • Agonistas totais: – Quando um fármaco se liga a um receptor e produz resposta farmacológica máxima. • Agonistas parciais: – Eficácia maior que zero, mas menor que 1.– Eficácia maior que zero, mas menor que 1. • Agonistas inversos: – Tipicamente, os receptores estão inativos, e são ativados quando ligados a um fármaco. Alguns receptores encontram-se na forma ativa quando não estão ligados a fármacos. • A ligação a um fármaco mudaria da forma ativa para inativa. • O fármaco exerce um efeito oposto ao agonista – Não confundir com antagonismo!!!! Profa. Luciana Oliveira Relações Dose-Resposta Quantais • Estudo da relação dose-resposta em populações: – Dose letal: • Por convenção, doses que são letais em 50% da população (DL50). – Índice terapêutico: • Relação entre a dose que produz efeito terapêutico e a dose que provoca toxicidade. • Por convenção, doses que são eficazes em 50% da população (DE50) e doses que são tóxicas em 50% da população (DT50). • Índice terapêutico = (DT50)/ (DE50). Profa. Luciana Oliveira Índice Terapêutico Profa. Luciana Oliveira
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