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Aula 9- Psicologia nas organizações Aula 9: Administração e comportamento organizacional João é gerente de recursos humanos da empresa X, que realiza campanhas publicitárias. Vivencia dificuldades como todos os gerentes de RH e entende que seus colaboradores também as vivencia. Neste momento, ele precisa remanejar alguém de uma equipe para outro setor. Percebe que a equipe é coesa, mas, se não remanejar, terá que desligar, por um excesso de contingente denunciado pela diretoria. Entende que a opção melhor é o remanejamento, mesmo sabendo que pode causar insatisfação, e sua dúvida atual é quem retirar do quebra-cabeça. Comportamento organizacional Robbins (2002) define: “é um campo de estudo que enfoca três níveis de comportamento nas organizações. Um nível individual... outro nível é o do grupo e o terceiro nível é o da estrutura... ilustrado poComo pudemos aprender em aula anterior (aula 2), o comportamento organizacional constitui uma área de atuação para psicólogos organizacionais dentro das empresas, por investigar o impacto que indivíduos, grupos e estrutura global tem sobre o meio organizacional. Ao mesmo tempo, estudar o impacto do meio sobre indivíduos e grupos viabiliza meios para que os mesmos sejam estimulados a produzirem mais eficazmente. Embora haja discordâncias entre os estudiosos do COR, a maioria é consensual em apontar tópicos básicos para seu estudo.r todos os funcionários de uma empresa.” (p. 7) Tópicos básicos para o estudo de COR: ▪ Motivação; ▪ Comportamento e poder de liderança; ▪ Comunicação interpessoal; ▪ Estrutura e processos de grupo; ▪ Aprendizado; ▪ Desenvolvimento de atitudes e percepção; ▪ Planejamento do trabalho; ▪ Estresse no trabalho. Como todos os tópicos, em sua maioria foram estudados nas unidades de ensino anteriores. Daremos maior foco a: estrutura e processos de grupos; comunicação interpessoal e estresse no trabalho. Estrutura e processos de grupos Sabemos que as pessoas se reúnem em grupos por questões, tais como: necessidade de segurança; status; autoestima; necessidade de afiliação; poder e alcance de metas.A inclusão em um grupo específico pode atender a uma necessidade ou a uma conjugação de várias.Robbins (2002) classifica os grupos em formais (grupo de trabalho definido pela estrutura da organização) ou informais (surgem por necessidade de contato social) e os define conforme a sua estrutura. Conforme a estrutura, os grupos podem ser: De comando – envolve chefe e subordinados; De tarefa – trabalho conjunto para conclusão de tarefa; De interesse – pessoas que se reúnem para atingir interesse comum a todos; De amizade – interação por compartilhamento de afinidades. Ainda sobre a dinâmica de grupos, Robbins (2002) tem a acrescentar um modelo de 5 estágios para desenvolvimento de grupos, sendo: 1.Formação – os membros adentram, testando o “terreno”; 2.Tormenta – aceitam-se os limites do grupo, mas mostra-se resistência; 3.Normalização – a estrutura é solidificada e existe assimilação das demandas de cobrança; 4.Desempenho – mantêm-se comportamento funcional; 5.Interrupção – o grupo se prepara para sua dissolução. E conclui: os grupos muito grandes tendem a gerar um processo, o qual chamou folga social, em que as tarefas não são justamente distribuídas e existem pessoas ociosas na dinâmica do grupo. O relacionamento interpessoal – um dos aspectos que mais contribui para o êxito ou a falta dele nas relações entre as pessoas é a comunicação. Para que o ato de comunicar seja bem-sucedido, é preciso incluir a transferência e a compreensão da mensagem. A comunicação pressupõe um modelo de 7 partes: 1 – A fonte da comunicação; 2 – A codificação; 3 – A mensagem 4 – O canal; 5 – A decodificação; 6 – O receptor; 7 – O feedback. Podemos citar como barreiras importantes para a realização da comunicação eficaz: ● A filtragem (manipulação da mensagem por parte do emissor); ● A percepção seletiva – a escuta se limita ao que o receptor deseja ouvir; ● A sobrecarga da informação – a capacidade das pessoa em filtrarem informação é finita; ● A defesa – escuta defensiva, sobretudo quando a mensagem é desinteressante para o ouvinte ou suscite a ideia de crítica; ● A linguagem – a linguagem exposta em mensagens deve ser sempre inteligível para o canal receptor. Não é raro numa palestra escutarmos palestrantes “abusando” de termos técnicos, que nem sempre o público domina. Isto cria importante barreira à compreensão. Às vezes, no próprio trabalho, nossos gestores nos delegam tarefas sem a clareza que a mesma foi satisfatoriamente entendida, o que pode gerar atrasos ou retrabalho. O excesso de timidez ou a insegurança do colaborador, por outro lado, cria uma barreira impeditiva à eficácia da comunicação (quando este fica na dúvida e não a demonstra. Ele teme perguntar e mostrar deficiência). Antes de focarmos o terceiro assunto relacionado à rotina organizacional, definiremos clima e missão organizacionais. Chiavenato (2002) define clima organizacional como aspecto intimamente relacionado à motivação das pessoas em seus grupos de trabalho e aponta que os climas mais satisfatórios para a produção de trabalho são aqueles que evidenciam alta motivação. Já organizações em que os colaboradores pouco pactuam com a missão organizacional e percebem o trabalho como “mal necessário” contribuem para o baixo clima, ou melhor dizendo, para aspectos motivacionais desfavoráveis. Vamos entender o que é missão organizacional? Certamente você já leu impressos em camisetas ou expostos em cartazes em empresas, mensagens do tipo: Chamamos missão organizacional à demanda primeira do meio organizacional para o qual se trabalha, o que pode envolver valores e metas organizacionais. Em tempos de mudança, estas missões tendem a mudar, bem como o clima, o que faz aumentar a carga de estresse de colaboradores como um todo. Principalmente os que oferecem maior resistência às mudanças. Neste ponto devemos falar naqueles que são os objetivos individuais e os que são os organizacionais. Os colaboradores que efetivamente contribuem para o cumprimento de objetivos organizacionais, fazendo cumprir a missão da organização, o fazem porque não se percebem distanciados dos mesmos, quanto a seus objetivos individuais. Quem é bom comunicador, por exemplo, gosta de orientar e quando assume um cargo de agente de treinamento encontrará maior satisfação pessoal, além de poder contribuir de modo mais eficaz para os objetivos e a missão da empresa. Neste caso, percebemos interseção nos objetivos individuais e organizacionais. Além disso, a automotivação torna-se viável.
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