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Universidade do Sul de Santa Catarina Palhoça UnisulVirtual 2007 Trigonometria e Números Complexos Disciplina na modalidade a distância Créditos Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina UnisulVirtual - Educação Superior a Distância Campus UnisulVirtual Rua João Pereira dos Santos, 303 Palhoça - SC - 88130-475 Fone/fax: (48) 3279-1541 e 3279-1542 E-mail: cursovirtual@unisul.br Site: www.virtual.unisul.br Reitor Unisul Gerson Luiz Joner da Silveira Vice-Reitor e Pró-Reitor Acadêmico Sebastião Salésio Heerdt Chefe de Gabinete da Reitoria Fabian Martins de Castro Pró-Reitor Administrativo Marcus Vinícius Anátoles da Silva Ferreira Campus Sul Diretor: Valter Alves Schmitz Neto Diretora adjunta: Alexandra Orsoni Campus Norte Diretor: Ailton Nazareno Soares Diretora adjunta: Cibele Schuelter Campus UnisulVirtual Diretor: João Vianney Diretora adjunta: Jucimara Roesler Equipe UnisulVirtual Administração Renato André Luz Valmir Venício Inácio Bibliotecária Soraya Arruda Waltrick Cerimonial de Formatura Jackson Schuelter Wiggers Coordenação dos Cursos Adriano Sérgio da Cunha Aloísio José Rodrigues Ana Luisa Mülbert Ana Paula Reusing Pacheco Cátia Melissa S. Rodrigues (Auxiliar) Charles Cesconetto Diva Marília Flemming Itamar Pedro Bevilaqua Janete Elza Felisbino Jucimara Roesler Lilian Cristina Pettres (Auxiliar) Lauro José Ballock Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo Luiz Otávio Botelho Lento Marcelo Cavalcanti Mauri Luiz Heerdt Mauro Faccioni Filho Michelle Denise Durieux Lopes Destri Moacir Heerdt Nélio Herzmann Onei Tadeu Dutra Patrícia Alberton Patrícia Pozza Raulino Jacó Brüning Rose Clér E. Beche Tade-Ane de Amorim (Disciplinas a Distância) Design Gráfico Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro (Coordenador) Adriana Ferreira dos Santos Alex Sandro Xavier Evandro Guedes Machado Fernando Roberto Dias Zimmermann Higor Ghisi Luciano Pedro Paulo Alves Teixeira Rafael Pessi Vilson Martins Filho Gerência de Relacionamento com o Mercado Walter Félix Cardoso Júnior Logística de Encontros Presenciais Marcia Luz de Oliveira (Coordenadora) Aracelli Araldi Graciele Marinês Lindenmayr Guilherme M. B. Pereira José Carlos Teixeira Letícia Cristina Barbosa Kênia Alexandra Costa Hermann Priscila Santos Alves Logística de Materiais Jeferson Cassiano Almeida da Costa (Coordenador) Eduardo Kraus Monitoria e Suporte Rafael da Cunha Lara (Coordenador) Adriana Silveira Caroline Mendonça Dyego Rachadel Edison Rodrigo Valim Francielle Arruda Gabriela Malinverni Barbieri Josiane Conceição Leal Maria Eugênia Ferreira Celeghin Rachel Lopes C. Pinto Simone Andréa de Castilho Tatiane Silva Vinícius Maycot Serafim Produção Industrial e Suporte Arthur Emmanuel F. Silveira (Coordenador) Francisco Asp Projetos Corporativos Diane Dal Mago Vanderlei Brasil Secretaria de Ensino a Distância Karine Augusta Zanoni (Secretária de Ensino) Ana Luísa Mittelztatt Ana Paula Pereira Djeime Sammer Bortolotti Carla Cristina Sbardella Franciele da Silva Bruchado Grasiela Martins James Marcel Silva Ribeiro Lamuniê Souza Liana Pamplona Marcelo Pereira Marcos Alcides Medeiros Junior Maria Isabel Aragon Olavo Lajús Priscilla Geovana Pagani Silvana Henrique Silva Vilmar Isaurino Vidal Secretária Executiva Viviane Schalata Martins Tecnologia Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coordenador) Ricardo Alexandre Bianchini Rodrigo de Barcelos Martins Equipe Didático- pedagógica Capacitação e Apoio Pedagógico à Tutoria Angelita Marçal Flores (Coordenadora) Caroline Batista Enzo de Oliveira Moreira Patrícia Meneghel Vanessa Francine Corrêa Design Instrucional Daniela Erani Monteiro Will (Coordenadora) Carmen Maria Cipriani Pandini Carolina Hoeller da Silva Boeing Dênia Falcão de Bittencourt Flávia Lumi Matuzawa Karla Leonora Dahse Nunes Leandro Kingeski Pacheco Ligia Maria Soufen Tumolo Márcia Loch Viviane Bastos Viviani Poyer Núcleo de Avaliação da Aprendizagem Márcia Loch (Coordenadora) Cristina Klipp de Oliveira Silvana Denise Guimarães Pesquisa e Desenvolvimento Dênia Falcão de Bittencourt (Coordenadora) Núcleo de Acessibilidade Vanessa de Andrade Manuel Apresentação Este livro didático corresponde à disciplina Trigonometria e Números Complexos. O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma, abordando conteúdos especialmente selecionados e adotando uma linguagem que facilite seu estudo a distância. Por falar em distância, isso não significa que você estará sozinho. Não esqueça que sua caminhada nesta disciplina também será acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade, seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem - EVA. Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo, pois sua aprendizagem é nosso principal objetivo. Bom estudo e sucesso! Equipe UnisulVirtual. Rosana Camilo da Rosa Eliane Darela Paulo Henrique Rufino Palhoça UnisulVirtual 2007 Design Instrucional Karla Leonora Dahse Nunes 2ª edição revista e atualizada Trigonometria e Números Complexos Livro didático Copyright © UnisulVirtual 2007 Nenhum a parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição. Edição --- Livro Didático Professores Conteudistas Rosana Cam ilo da Rosa Eliane Darela Paulo Henrique Ru.no Design Instrucional Karla Leonora Dahse Nunes ISBN 978-85-60694-32-7 Projeto Gráfico e Capa Equipe UnisulVirtual Diagram ação Fernando Roberto Dias Zimmerm ann Revisão Ortográfica B2B 516.24 R69 Rosa, Rosana Camilo da Trigonometria e números complexos : livro didático / Rosana Camilo da Rosa, Eliane Darela, Paulo Henrique Rufino ; design instrucional Karla Leonora Dahse Nunes. – 2. ed. rev. e atual. – Palhoça : UnisulVirtual, 2007. 326 p. : il. ; 28 cm. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-60694-32-7 1. Trigonometria. 2. Números complexos. I. Darela, Eliane. II. Rufino, Paulo Henrique. III. Nunes, Karla Leonora Dahse. IV. Título. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca U niversitária da U nisul Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 UNIDADE 1 – Estudando a Trigonometria nos Triângulos . . . . . . . . . . . . . 17 UNIDADE 2 – Conceitos Básicos da Trigonometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 UNIDADE 3 – Estudando as Funções Trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . 95 UNIDADE 4 – Estudando as Relações, Equações e Inequações Trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 UNIDADE 5 – Números Complexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193 Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 Sobre os professores conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249 Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . 251 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321 Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323 Sumário Palavras dos professores Estamos apresentando os conteúdos relativos à disciplina Trigonometria e Números Complexos. Os assuntos apresentados são de fundamental importância para sua formação profissional e são abordados de forma clara e objetiva, sempre salientando aspectos da História da Matemática, conforme preconiza o Projeto Pedagógico do Curso de Matemática Licenciatura. É indiscutível que o uso das tecnologias deve estar presente na sala de aula, logo a formação de um profissional com competência para desenvolver atividades didáticas num contexto informatizado torna-se necessária. No decorrer desta disciplina, vamos incentivá- lo e orientá-lo para o uso de diferentes softwares matemáticos. Utilizamos uma linguagem acessível, pois estamos inseridos num contexto de Educação a Distância, e uma linguagem mais técnica poderia prejudicar o andamento das atividades. Você terá a oportunidade de desenvolver atividades e leituras num ambiente virtual, e poderá refletir sobre aspectos didáticos na abordagem dos tópicos estudados com a utilização de recursos tecnológicos. Finalizando, gostaríamos de desejar um ótimo trabalho, e dizer que nossa relação didática será no ambiente virtual, mas estaremos sempre em contato para sanar suas dúvidas. Procure manter suas atividades em dia e conte conosco. Profª. Eliane Darela, Msc. Prof . Paulo Henrique Rufino. Profª. Rosana Camilo da Rosa, Msc. Plano de estudo O plano de estudos visa a orientá-lo/a no desenvolvimento da disciplina. Nele, você encontrará elementos que esclarecerão o contexto da disciplina e sugerirão formas de organizar o seu tempo de estudos. O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam. Assim, a construção de competências se dá sobre a articulação de metodologias e por meio das diversas formas de ação/mediação. São elementos deste processo: o livro didático; o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA); as atividades de avaliação (auto-avaliação, a distância e presenciais). Carga Horária 60 horas – 4 créditos. Ementa Arcos e ângulos. Funções trigonométricas. Relações trigonométricas. Equações e inequações trigonométricas. Números Complexos. Operações e representações dos números complexos. Trigonometria e os números complexos. 12 Universidade do Sul de Santa Catarina Objetivo(s) Geral A disciplina objetiva a reflexão e construção de conhecimentos no contexto da Trigonometria e dos Números Complexos, propiciando ao universitário a oportunidade de: investigar, observar, analisar e delinear conclusões testando-as na resolução de problemas, formando uma visão ampla e científica da realidade. Específicos Desenvolver o conceito de razões trigonométricas no triângulo retângulo. Resolver problemas aplicando as relações fundamentais entre as razões trigonométricas. Reconhecer e aplicar a lei dos cossenos e a lei dos senos na resolução de triângulos. Expressar e converter a medida de um ângulo de graus para radianos e vice-versa. Introduzir o conceito das funções circulares. Reduzir arco ao 1º quadrante. Construir, ler e interpretar gráficos das funções trigonométricas utilizando, corretamente, procedimentos e ferramentas tecnológicas. Resolver equações e inequações trigonométricas. Resolver e simplificar expressões trigonométricas, aplicando as relações trigonométricas. Aplicar as fórmulas da adição, subtração e arco duplo. Compreender o conceito de números complexos. Identificar um número complexo na sua forma algébrica e representá-lo no plano de Argand-Gauss. 13 Trigonometria e Números Complexos Compreender os conceitos de módulo e argumento de um número complexo z. Apresentar a forma trigonométrica de z. Operar com números complexos na forma algébrica e trigonométrica. Conteúdo programático/objetivos Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de conhecimentos que você deverá deter para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias a sua formação. Neste sentido, veja a seguir as unidades que compõem o Livro Didático desta disciplina, bem como os seus respectivos objetivos. Unidades de estudo: 5 Unidade 1 - Estudando a Trigonometria nos Triângulos Nesta unidade, apresentam-se as razões trigonométricas nos triângulos retângulos, bem como as leis dos senos e cossenos em triângulos quaisquer. O estudo desta unidade nos permite a resolução de problemas que envolvem situações reais. Unidade 2 - Conceitos Básicos da Trigonometria Nesta unidade, são apresentados conceitos relativos à trigonometria na circunferência. Estes conceitos são fundamentais para definir o seno e o cosseno na circunferência trigonométrica, o que também será abordado nesta unidade. Unidade 3 - Estudando as Funções Trigonométricas As funções trigonométricas, também conhecidas como funções circulares, serão discutidas nesta unidade, possibilitando a leitura gráfica e a modelagem de problemas práticos. Os recursos tecnológicos serão indispensáveis, pois facilitam as representações gráficas. 14 Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade 4 - Estudando as Relações, Equações e Inequações Trigonométricas O estudo das relações e transformações trigonométricas será abordado nesta unidade, salientando-se que as relações trigonométricas são decorrentes do seno e cosseno de um arco, estudados na unidade 2. Amplia-se o estudo, nesta unidade, abordando equações e inequações trigonométricas. Unidade 5 - Números Complexos Nesta unidade, apresenta-se um novo conjunto, chamado conjunto dos números complexos. Serão abordadas as operações na forma algébrica e trigonométrica, bem como a representação gráfica desse número. Agenda de atividades/ Cronograma Verifique com atenção o EVA. Organize-se para acessar periodicamente o espaço da Disciplina. O sucesso nos seus estudos depende da priorização do tempo para a leitura; da realização de análises e sínteses do conteúdo; e da interação com os seus colegas e tutor. Não perca os prazos das atividades. Registre as datas no espaço a seguir, com base no cronograma da disciplina disponibilizado no EVA. Use o quadro para agendar e programar as atividades relativas ao desenvolvimento da Disciplina. 15 Trigonometria e Números Complexos Atividades Avaliação a Distância Avaliação Presencial Avaliação Final (caso necessário) Demais atividades (registro pessoal) UNIDADE 1 Estudando a Trigonometria nos Triângulos Objetivos de aprendizagem Desenvolver o conceito de razões trigonométricas no triângulo retângulo. Resolver problemas aplicando as relações fundamentais entre as razões trigonométricas. Reconhecer e aplicar a lei dos cossenos e a lei dos senos na resolução de triângulos. Seções de estudo Seção 1 Introdução à Trigonometria Seção 2 Definindo as razões trigonométricas no triângulo retângulo Seção 3 Relações trigonométricas em um triângulo qualquer: lei dos senos e lei dos cossenos 1 18 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de conversa Sabe-se que algumas medidas podem ser obtidas diretamente, outras são obtidas de modo indireto. A largura de uma sala, por exemplo, pode ser medida com uma trena, o comprimento de uma estrada pode ser medido, por meio de um hodômetro instalado em um automóvel que percorra a estrada do início ao fim. Em ambos os casos essa medida é encontrada de modo direto. Já a distância da Terraaté a Lua só pode ser obtida de modo indireto. A Trigonometria é uma ferramenta importante para a resolução de problemas que envolvem grandes distâncias como os de engenharia, navegação e astronomia. Nesta unidade, você estudará a trigonometria no triângulo retângulo, bem como as leis dos senos e cossenos em triângulos quaisquer. A contextualização da trigonometria, por ser de suma importância, será abordada no desenvolvimento das atividades. SEÇÃO 1 – Introdução à trigonometria O que é trigonometria? Tri = três gonos = ângulos metria = medição Logo, trigonometria significa medição de três ângulos. 19 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Você sabia... Triângulo retângulo é um triângulo que possui um ângulo reto (90º). O estudo da trigonometria foi impulsionado pela necessidade de evolução da Agrimensura, Navegação e Astronomia, já que as dimensões do universo sempre fascinaram os cientistas. O astrônomo grego Aristarco de Samos (310 a.C. - 230 a.C.) foi um dos primeiros a calcular as distâncias que separam a Terra, a Lua e o Sol. Para isso, ele usou relações entre as medidas dos lados dos triângulos retângulos com seus ângulos internos. Acredita-se que, como ciência, a trigonometria nasceu com o astrônomo grego Hiparco de Nicéia (190 a.C. - 125 a.C.), também conhecido como o Pai da Trigonometria por ter estudado e sistematizado algumas relações entre os elementos de um triângulo. A relação entre as medidas dos lados de um triângulo com as medidas de seus ângulos é de grande utilidade na medição de distâncias inacessíveis ao homem, como a altura de montanhas, torres e árvores, ou a largura de rios e lagos. Também encontra-se aplicações da trigonometria na Engenharia, na Mecânica, na Eletricidade, na Acústica, na Medicina e até na Música. Para compreender, acesse o site sugerido na seção ‘saiba mais’ ao final desta unidade. 20 Universidade do Sul de Santa Catarina SEÇÃO 2 - Definindo as razões trigonométricas no triângulo retângulo Do ponto de vista matemático, o desenvolvimento da trigonometria está associado à descoberta de constantes nas relações entre os lados de um triângulo retângulo. Suponha que a Figura 1.1 represente uma rampa, em uma pista de skate, que forma um ângulo de α graus com o solo: Quando o skatista percorre 50m sobre a rampa, o mesmo fica a uma altura de 30 metros e o seu deslocamento na horizontal é de 40 metros; Quando o skatista percorre 75m sobre a rampa, o mesmo fica a uma altura de 45 metros e o seu deslocamento na horizontal é de 60 metros; Quando o skatista percorre 100m sobre a rampa, o mesmo fica a uma altura de 60 metros e o seu deslocamento na horizontal é de 80 metros. Figura 1.1: Representação da situação problema Na figura 1.2, tem-se os triângulos retângulos ABS, ACT e ADU semelhantes entre si. Escreva a razão entre a altura que o skatista atinge e a distância percorrida sobre a rampa, para os três momentos considerados. 21 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Figura 1.2: Representação da distância percorrida e da altura Temos: ∆ ABS ~ ∆ ACT ~ ∆ ADU Logo: BS AS CT AT DU AU = = → = = =30 50 45 75 60 100 0 6, (valor constante). Você pode observar que, em qualquer um dos triângulos retângulos considerados, a razão entre a medida dos lados BS, CT e DU, opostos ao ângulo α, e a medida dos lados AS, AT e AU, opostos ao ângulo reto é igual a 0,6, independentemente das medidas dos lados considerados. Esse valor constante é chamado seno do ângulo α e simbolizamos por sen α. Agora, vamos escrever a razão entre o deslocamento na horizontal e a distância percorrida sobre a rampa pelo skatista, para os três momentos considerados. Figura 1.3: Representação da distância percorrida e do deslocamento na horizontal Temos: AB AS AC AT AD AU = = → = = =40 50 60 75 80 100 0 8, (valor constante). 22 Universidade do Sul de Santa Catarina Você pode observar que, em qualquer um dos triângulos retângulos da figura 1.3, a razão entre a medida dos lados AB, AC e AD, adjacentes ao ângulo α, e a medida dos lados AS, AT e AU, opostos ao ângulo reto é igual a 0,8, independentemente das medidas dos lados considerados. Esse valor constante é chamado cosseno do ângulo α e simbolizamos por cos α. Ainda há uma terceira igualdade que podemos estabelecer: a razão entre a medida da altura que o Skatista atinge e o seu deslocamento na horizontal. Figura 1.4: Representação da altura e do deslocamento na horizontal Temos: BS AB CT AC DU AD = = → = = =30 40 45 60 60 80 0 75, (valor constante). Você pode observar, na figura 1.4, que em qualquer um dos triângulos retângulos, a razão entre a medida dos lados BS, CT e DU, opostos ao ângulo α, e a medida dos lados AB, AC e AD, adjacentes ao ângulo α é igual a 0,75, independentemente das medidas dos lados considerados. Esse valor constante é chamado tangente do ângulo α e simbolizamos por tg α. Os números que expressam o seno, cosseno e tangente do ângulo agudo α, são denominados razões trigonométricas do triângulo retângulo. 23 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Generalizando, tem-se: Figura 1.5: Triângulo retângulo Na figura, 1.5 tem-se: O triângulo ABC é retângulo em A; O lado oposto ao ângulo reto denomina-se hipotenusa (a); Os lados b e c denominam-se catetos; O cateto b é oposto ao ângulo β e adjacente ao ângulo α; O cateto c é oposto ao ângulo α e adjacente ao ângulo β. Você lembra do Teorema de Pitágoras? O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos: a2=b2+c2 24 Universidade do Sul de Santa Catarina Desta forma, tem-se: sen b a β β = = = cateto oposto hipotenusa cateto adjacente hipote cos nnusa cateto oposto cateto adjacente = = = c a tg b c β De modo análogo, pode-se estabelecer as razões para o ângulo α. Que tal você rever agora alguns aspectos que caracterizaram a vida de Pitágoras e a história da matemática? Retrospectiva histórica Pitágoras viveu há 2.500 anos e não deixou obras escritas. O que se sabe de sua biografia e de suas idéias é uma mistura de lenda e história real. Acerca de 50 Km de Mileto, na ilha Jônia de Samos, por volta de 589 aC. nasceu Pitágoras, que também esteve no Egito e, por desavenças com o tirano Polícrates, de Samos, mudou-se para Crotona ao sul da Península Itálica onde fundou uma sociedade voltada ao estudo da Filosofia, das Ciências Naturais e da Matemática, chamada Escola Pitagórica. Rapidamente, os membros desta sociedade passaram a ver números por toda a parte concluindo que o Universo era regido por uma inteligência superior essencialmente matemática. 25 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Figura 1.6 – Pitágoras Fonte: http://centros5.pntic.mec.es/ies.sierra.minera/dematesna/demates45/op- ciones/sabias/escuela%20pitagorica/escuela%20pitagorica.htm. Capturado em 09/04/2006 Atualmente não há documentos que justifiquem a afirmação de que o Teorema de Pitágoras foi demonstrado pela primeira vez pelos Pitagóricos. Conjetura-se que os membros da mais antiga escola pitagórica conheciam muito bem a geometria dos babilônios, portanto, as idéias básicas do teorema poderiam ter suas origens em outras épocas bem mais remotas. O maior feito teórico dos pitagóricos foi a descoberta dos irracionais, mas seu mérito máximo consiste em haverem provocado uma verdadeira epidemia de interesse pela matemática, quecontagiou a maioria das cidades-estado da Grécia. Saiba mais Você poderá enriquecer mais esta leitura, lendo: Boyer, Carl Benjamin, 1906- História da Matemática. Ângulos notáveis Os ângulos de 30º, 45º e 60º são considerados notáveis uma vez que aparecem freqüentemente nos problemas de geometria. Apresentamos a dedução dos valores do seno, do cosseno e da tangente do ângulo de 45º. Os outros dois ângulos você mesmo fará resolvendo o exercício 1 das atividades de auto-avaliação ao final da unidade. 26 Universidade do Sul de Santa Catarina Podemos resumir as razões trigonométricas dos ângulos notáveis em uma única tabela: 27 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Considerando as definições das razões trigonométricas e utilizando processos mais sofisticados de medidas de ângulos e segmentos, podemos construir uma tabela de valores trigonométricos para consultar quando encontrarmos situações que não envolvam ângulos notáveis. Em anexo encontra-se uma tabela que fornece as razões trigonométricas dos ângulos de 1º a 89º. Você pode, também, obter diretamente valores trigonométricos utilizando as funções de uma calculadora científica ou softwares matemáticos. Você sabia... Nas calculadoras científicas, o seno que abreviamos por sen é identificado por sin e a tangente, tg, é identificada por tan. 28 Universidade do Sul de Santa Catarina Nos exemplos a seguir você irá utilizar as razões trigonométricas para descobrir as medidas desconhecidas indicadas por x. Será um bom exercício para verificar a sua compreensão do assunto até o presente momento. 1) Calcule o valor de x: Figura 1.7: Triângulo retângulo Na figura 1.7, você pode observar que a medida desconhecida x é o cateto oposto ao ângulo de 55º e que 3 cm corresponde ao cateto adjacente. Logo, a razão trigonométrica que iremos utilizar será a tangente. tg tg 55 55 3 1 428 3 4 º º , , = = = = cateto oposto cateto adjacente x x x 2284cm 2) Determine o valor de x: Figura 1.8: Triângulo retângulo 29 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Agora você observa na figura 1.8, que a medida desconhecida é o cateto oposto ao ângulo de 30º e a hipotenusa vale 16 cm. Portanto, utilizaremos a razão trigonométrica seno para encontrar a medida x. sen cateto oposto hipotenusa sen 30 30 16 1 2 16 2 16 8 º º = = = = = x x x x cmm 3) Encontre o valor de x: Figura 1.9: Triângulo retângulo Na figura 1.9 você pode observar que o cateto adjacente mede 10 cm e a medida desconhecida x é a hipotenusa. Assim, usaremos a razão cosseno para descobrir o valor de x. cos cateto adjacente hipotenusa cos 60 60 10 1 2 10 20 º º = = = = x x x cm 30 Universidade do Sul de Santa Catarina E então? Você sentiu dificuldade para compreender os exemplos? Se sim, retorne à leitura buscando sanar suas dúvidas. Caso não compreenda, entre em contato com o(a) professor(a) tutor(a), via EVA (Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem). Se não sentiu dificuldades quanto à compreensão dos exemplos, observe os problemas abaixo: P1) Um eletricista deseja conhecer a altura de um poste, sabendo que quando o ângulo de elevação do sol é de 68º, a sombra do mesmo projetada no solo, mede 2,4 m. Modelo real Modelo matemático Figura 1.10: Modelo real e matemático do problema P1 Solução: A partir da figura 1.10, você pode observar a situação apresentada no problema P1 e perceber que a solução será encontrada por meio da razão trigonométrica tangente. Observe que a altura do poste, representada por x, é o cateto oposto ao ângulo de 68º e a medida do cateto adjacente ao mesmo ângulo é de 2,4 m, que corresponde a sombra do poste. 31 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 tg cateto oposto cateto adjacente tg 68º 68º = = x 2 4 2 475 , , == = x x 2 4 5 94 , , m Lembre-se: A tg 68º= 2,475 é obtida pela calculadora ou pela tabela trigonométrica. Resposta: A altura do poste é de 5,94 m. P2) Uma família desejando realizar um passeio de fim de semana, parte da sua cidade situada no nível do mar seguindo por uma estrada em aclive de 36º. Após percorrer 80 m a que altitude esta família estará? Modelo real Modelo matemático Figura 1.11: Modelo real e matemático do problema P2 Solução: Observando a figura 1.11, você observa a situação apresentada no problema P2 e percebe que a solução será encontrada por meio da razão trigonométrica seno. A altitude em que a família se encontra, está representada por x, sendo denotada por cateto oposto ao ângulo de 36º. A medida da hipotenusa, que corresponde a distância percorrida pelo carro é de 80 metros. 32 Universidade do Sul de Santa Catarina sen cateto oposto hipotenusa sen 36º 36º 80 = = = = x x x 0 588 80 , 447 04, m Resposta: A família estará a uma altitude 47,04 metros. P3) Desejando saber qual a altura de uma torre, uma empresa de telefonia utilizou um teodolito, aparelho óptico de precisão utilizado para medir ângulos. O teodolito foi colocado a uma distância de 50 m da base da torre, num nível de observação de 1,50 m e o ângulo marcado foi de 20º. Modelo real Modelo matemático Figura 1.12: Modelo real e matemático do problema P3 Solução: A situação apresentada no problema P3 está representada na figura 1.12 e você pode perceber que a solução será encontrada por meio da razão trigonométrica tangente. A altura da torre está representada por x, é denotada por cateto oposto ao ângulo de 20º. A medida do cateto adjacente, que corresponde a distância entre o teodolito e a base da torre é de 50 metros. tg 20º cateto oposto cateto adjacente tg 50 = = = 20 0 364 º , x xx x 50 18 20= , m 33 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Note que o nível de observação do teodolito é de 1,50 metros, logo devemos acrescentá-lo ao resultado encontrado: h= 18,20 + 1,50 = 19,70 metros. Resposta: A altura da torre é de 19,70 metros. Você sabia... Teodolito é um instrumento óptico de precisão para medir ângulos horizontais e verticais. Em áreas de grande extensão, o topógrafo precisa, muitas vezes imaginar triângulos em pontos inacessíveis. Medindo três elementos desses triângulos, sendo que pelo menos um deles é um lado, ele pode encontrar as demais dimensões necessárias para uma aplicação prática. Veja a seguir, alguns aspectos históricos sobre Hiparco... Retrospectiva Histórica Acredita-se que, como ciência, a Trigonometria nasceu com o astrônomo grego Hiparco de Nicéia (190 a.C. - 125 a.C.). Este grande astrônomo criou uma matemática aplicada para prever os eclipses e os movimentos dos astros, permitindo a elaboração de calendários mais precisos e maior segurança na navegação. Hiparco estudou e sistematizou algumas relações entre os elementos de um triângulo, foi ele o primeiro a construir a tabela trigonométrica. 34 Universidade do Sul de Santa Catarina Da vida de Hiparco sabe-se apenas que nasceu em Nicéia, em data desconhecida, e que trabalhou em Alexandria e Rodes. No tempo de Hiparco a filosofia pitagórica havia estabelecido um preconceito meramente especulativo: o de que os astros descrevem movimentos circulares perfeitos. E havia também o preconceito aristotélico, segundo o qual a natureza dos corpos celestes é imutável. Meteoritos e cometas não eram tidos como fenômenos astronômicos,mas atmosféricos, coisas deste mundo imperfeito e não da eterna impassividade celeste. Foram idéias como essa que Hiparco refutou, com base nas observações efetuadas ao longo de uma carreira científica de mais de trinta anos, provavelmente entre os anos 161 e 127 a.C. No curso desses trabalhos, Hiparco viria a desvendar um novo campo da matemática, a trigonometria. Infelizmente, é impossível avaliar hoje toda a extensão e o valor da obra deixada por Hiparco. Admite-se que tenha sido importante, pela influência que exerceu sobre cientistas posteriores. SEÇÃO 3 - Relações trigonométricas em um triângulo qualquer: lei dos senos e lei dos cossenos As razões trigonométricas estudadas até agora foram utilizadas em triângulos retângulos. Esta seção tem por finalidade mostrar outras relações que valem para quaisquer triângulos, assim, você estudará a seguir, valores de senos e cossenos de ângulos obtusos. Como esse assunto ainda não foi abordado, você aprenderá neste momento apenas como lidar com eles na prática e deixaremos a parte teórica, desses ângulos, para a próxima unidade. Você sabia... Ângulo obtuso é um ângulo cuja medida é maior que 90º. 35 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Lei dos senos Um fazendeiro deseja instalar energia elétrica em uma parte de sua fazenda que é cortada por um rio. Para tanto, precisa colocar dois postes em lados opostos deste rio para permitir a passagem do fio. Para fazer este projeto é necessário saber a distância entre os postes, e a presença do rio impede a sua medição direta. Utilizando um aparelho apropriado, o teodolito, o fazendeiro posicionou-se em um local em que era possível visualizar os dois postes e medir a distância entre eles, o ângulo obtido entre a linha de visão dele e os postes foi de 120º. Seu ajudante mediu a distância entre o poste mais afastado e o fazendeiro obteve 100 metros. Mediu também o ângulo entre a linha do poste mais próximo do fazendeiro e a linha entre os postes, obtendo 45º. Modelo real Modelo matemático Figura 1.13: Modelo real e matemático do problema enunciado Note que no modelo matemático da figura 1.13, temos o triângulo AÔB obtusângulo e descobrir a medida do lado AB é a resolução do problema. Para encontrarmos esta medida vamos estudar a lei dos senos cujo teorema é enunciado abaixo. Teorema Em todo o triângulo, as medidas dos lados são proporcionais aos senos dos ângulos opostos: a b c sen A sen B sen C ^ ^ ^= = 36 Universidade do Sul de Santa Catarina Considere o triângulo ABC representado na figura 1.14: Figura 1.14: Lei dos senos Agora observe a resolução do problema! 100 45 120 100 2 2 3 2 2 2 100 3 2 100 3 2 100 3 2 2 2 100 sen d sen d d d d d º º . = = = = = = 66 4 100 6 2 50 6 122 47 d d d m = = = , Resposta: A distância entre os postes é de aproximadamente 122,47 metros. Na seqüência, acompanhe a demonstração dessa lei. 37 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Existem três casos a considerar: O triângulo ABC é retângulo; O triângulo ABC é obtusângulo; O triângulo ABC é acutângulo. Faremos a demonstração quando o triângulo for acutângulo. Os outros dois casos você irá demonstrar na resolução do exercício 19 das atividades de auto-avaliação ao final desta unidade. Considere o triângulo ABC acutângulo, representado na figura 1.15: Figura 1.15: Representação do triângulo para demonstração Sejam AH 1 e BH 2 as alturas relativas aos lados BC e AC respectivamente. No triângulo retângulo AH 1 C, temos que sen C sen C ^ 1 ^ = ⇒ =h b h b1 . . [1] No triângulo retângulo AH 1 B, temos que sen B sen B ^ 1 ^ = ⇒ =h c h c1 . . [2] Comparando [1] e [2], temos: b.sen C ^ = c.sen B ^ ⇒ = sen B sen C ^ ^ b c [A] 38 Universidade do Sul de Santa Catarina No triângulo retângulo BH 2 C, temos que sen C sen C ^ 2 ^ = ⇒ =h a h a2 . . [3] No triângulo retângulo AH 2 B, temos que sen A sen A ^ 2 ^ = ⇒ =h c h c2 . . [4] Comparando [3] e [4], temos: a.sen C ^ = c.sen A ^ ⇒ = sen A sen C ^ ^ a c [B] De [A] e [B] podemos concluir que: a b c sen A sen B sen C ^ ^ ^= = Lei dos cossenos Na duplicação da BR-101, em um dos pontos do trecho sul, é necessário a construção de uma ponte que una os pontos A e B conforme a figura a seguir. O engenheiro responsável pela obra só conseguiu as seguintes medidas: AC=30m, BC=50m e a medida do ângulo entre esses lados 120º. Ele necessita descobrir qual a extensão da ponte. Modelo real Modelo matemático Figura 1.16: Modelo real e matemático do problema enunciado no exemplo. 39 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Perceba agora que, no modelo matemático temos o triângulo ABC obtusângulo representado na figura 1.16, e descobrir a medida do lado AB é a resolução do problema. A aplicação da lei dos cossenos é a solução deste problema. Observe o que diz o teorema: Em todo triângulo, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados, menos duas vezes o produto das medidas desses dois lados pelo cosseno do ângulo oposto àquele lado, ou seja: a b c b c A b a c a c B c a b a b 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 = + − = + − = + − . . .cos . . .cos . . .cos ^ ^ CC ^ Figura 1.17: lei do cossenos Voltando ao problema inicial, de acordo com o triângulo na figura 1.17, para encontrar o comprimento da ponte, precisamos encontrar a medida d. Para isso, utilizaremos a lei dos cossenos: AB AC BC AC BC d d 2 2 2 2 2 2 2 2 120 30 50 2 30 50 0 5 900 = + − = + − − = . . .cos º . . .( , ) ++ + = = = 2500 1500 4900 4900 70 2d d d m Resposta: A extensão da ponte deve ser de 70 metros. Na seqüência, acompanhe a demonstração dessa lei. 40 Universidade do Sul de Santa Catarina Existem três casos a considerar: O triângulo ABC é retângulo; O triângulo ABC é obtusângulo; O triângulo ABC é acutângulo. Faremos a demonstração quando o triângulo for acutângulo. Na seleção das atividades de auto-avaliação, você resolverá a atividade 18 que contempla o segundo e o terceito caso onde,  é reto e  é obtuso respectivamente. Considere o triângulo ABC acutângulo, representado na figura 1.18: Figura 1.18: Representação do triângulo para demonstração Demonstração: O segmento CH representa a altura relativa ao lado AB do triângulo ABC, logo CH é perpendicular a AB. Perceba que a altura CH divide o triângulo ABC em dois triângulos retângulos de acordo com a figura 1.19. 41 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Figura 1.19: Representação dos triângulos para demonstração. Aplicando o Teorema de Pitágoras em ambos os triângulos, temos: b2 = m2 + h2 a2 = h2 +(c-m)2 h2 = b2 - m2 [1] a2 = h2 + c2 -2.c.m + m2 [2] Substituindo [1] em [2], temos: a2 = b2 - m2 + c2 -2.c.m + m2 a2 = b2 + c2 -2.c.m [3] Note no triângulo A H C ^ que temos: cos A m b ^ = Logo m = b.cos [4] Substituindo [4] em [3], temos: a2 = b2 + c2 -2.b.c. cos De forma análoga, você demonstra que:b2 = a2 + c2 -2.a.c. cos B ^ . c2 = a2 + b2 -2.a.b. cos C ^ . 42 Universidade do Sul de Santa Catarina Retrospectiva Histórica Considerado o mais eminente matemático do século XVI, François Viète (1540-1603) contribuiu bastante para o avanço do estudo da trigonometria. A forma atual da expressão do teorema dos cossenos foi estabelecida por ele. Figura 1.20 - Fonte: http://www.sulinet.hu/ematek/html/images/arckepek/viete.jpg. Capturado em 16/04/06. Utilizando recursos tecnológicos na trigonometria O uso de softwares no ensino é importante. No ensino da trigonometria pode ser muito interessante no que diz respeito à visualização de vários conceitos explorados no triângulo retângulo e em triângulos quaisquer. Como sugestão, indicamos o software Thales. Síntese Nesta unidade você estudou as razões trigonométricas, as leis do seno e cosseno, bem como suas aplicações. Você deve ter observado que os conteúdos abordados são muito úteis para calcular distâncias inacessíveis. Você deverá ter resolvido os Você poderá encontrar o software acessando o site: http://www.unifra.br/cursos/ downloads.asp?curs=25&grad=M atem%C3%A1tica&endereco=ma tematica 43 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 exercícios da auto-avaliação e esclarecido todas as suas dúvidas com o professor-tutor para prosseguir seus estudos. Na próxima unidade, trabalharemos com a trigonometria na circunferência. Atividades de auto-avaliação 1) Considerando o triângulo eqüilátero ABC de lado a, deduza os valores do seno, do cosseno e da tangente de 30º e 60º. 2) Qual o valor de a e c no triângulo ABC? 3) Calcule as medidas desconhecidas indicadas nos triângulos abaixo: a) 44 Universidade do Sul de Santa Catarina b) 4) Considere o trapézio retângulo ABCD da figura e determine as medidas x e y indicadas: 5) Observando a seguinte figura, determine: a) O valor de a; 45 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 b) O valor de b; c) A medida do segmento AD. 6) Calcule o valor de x e y indicados na figura abaixo: 7) Observe o triângulo a seguir, sabendo que a medida do lado AD é 40 cm, encontre a medida do lado BC. 46 Universidade do Sul de Santa Catarina 8) Duas pessoas A e B estão situadas na mesma margem de um rio, distante 60 3 m uma da outra. Uma terceira pessoa C, na outra margem, está situada de tal modo que AB seja perpendicular a AC e a medida do ângulo seja 60º. Determine a largura do rio. 9) Uma árvore projeta uma sombra de 30 m quando o sol se encontra a 64º acima da linha do horizonte. Qual a altura da árvore? 10) (VUNESP/99) Duas rodovias retilíneas A e B se cruzam formando um ângulo de 45º. Um posto de gasolina se encontra na rodovia A, a 4 Km do cruzamento. Pelo posto passa uma rodovia retilínea C, perpendicular a rodovia B. Qual a distância, em Km, do posto de gasolina a rodovia B, indo através de C? 11) Um estudante de matemática vê um prédio, do Campus da UNISUL de Tubarão SC, construído em um terreno plano, sob um ângulo de 30º. Aproximando-se do prédio por mais 20 metros, passa a vê-lo sob um ângulo de 60º. Considerando que a base do prédio está no mesmo nível do olho do estudante, determine a altura do prédio e a que distância está o estudante do mesmo. 12) Determine na figura a seguir, a medida do lado AB, sabendo-se a medida do lado AC é 3 3cm . 47 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 13) No triângulo RPM determine o valor de x sabendo que: MP= 10 2 cm; med( )=60º e med( )=75º. 14) Determine o valor de x na figura abaixo: 15) Qual o perímetro do quadrilátero ABCD? 16) Dois ângulos de um triângulo medem 60º e 75º. Se o lado oposto ao menor ângulo mede 18 2 cm, qual é o comprimento do lado oposto ao ângulo de 60º do triângulo? 48 Universidade do Sul de Santa Catarina 17) Os lados de um paralelogramo medem cada um 8 cm, e o menor ângulo que eles formam mede 60º. Calcule a medida em cm da menor das diagonais deste paralelogramo. 18) Prove a lei dos cossenos quando: a) o ângulo  for reto. b) o ângulo  for obtuso. 19) Prove a lei dos senos quando: a) o ângulo  for reto. b) o ângulo  for obtuso. Desafios na Trigonometria 1)(ITA-SP) Os lados de um triângulo medem a, b e c centímetros. Qual o valor do ângulo interno deste triângulo, oposto ao lado que mede a cm, se forem satisfeitos as relações 3a=7c e 3b=8c? 49 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 2) (Unicamp-SP) A água utilizada na casa de um sítio é captada e bombeada do rio para uma caixa d’água a 50 m de distância. A distância da caixa d’água e o ângulo formado pelas direções caixa d’água/bomba e caixa d’água/casa é de 60º. Se pretendemos bombear água do mesmo ponto de captação até a casa, quantos metros de encanamento são necessários? Saiba mais Como você estudou, o uso da trigonometria não se limita apenas a estudar triângulos. Sua aplicação é bastante difundida em vários setores tais como Engenharia, Astronomia, Topografia, Mecânica, etc. Para saber mais sobre estas aplicações, consulte o site: http://www.mat.ufpr.br/~licenciar/links/f-trig.htm onde você verá o cálculo de distâncias entre a Terra e o Sol, a Terra e a Lua e também a aplicação da trigonometria na construção de um túnel. UNIDADE 2 Conceitos Básicos da Trigonometria Objetivos de aprendizagem Expressar e converter a medida de um ângulo de graus para radianos e vice-versa. Calcular a primeira determinação positiva de arcos maiores que 360º. Introduzir o conceito de seno e cosseno para ângulo de 0º a 360º. Reduzir arco ao 1º quadrante. Seções de estudo Seção 1 Arcos e Ângulos Seção 2 Conhecendo a Circunferência Trigonométrica Seção 3 Seno e Cosseno na Circunferência Trigonométrica Seção 4 Simetrias Seção 5 Redução ao primeiro Quadrante 2 52 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de conversa Nesta unidade, você ampliará os estudos de seno e cosseno. A Trigonometria estudada na unidade 1 passará a ocupar toda uma circunferência, ou seja, o objeto de estudo desta unidade é definir as razões seno e cosseno, estudadas anteriormente, na circunferência trigonométrica, também conhecida como circunferência unitária. Na unidade anterior, você estudou a Trigonometria com o objetivo de resolver problemas utilizando os triângulos retângulos, isto é, utilizou a Trigonometria na forma com a qual ela apareceu há milhares de anos. Nas seções a seguir, serão abordados o seno e o cosseno de forma mais acentuada, trabalhando a Trigonometria como uma necessidade atual da Matemática. SEÇÃO 1 - Arcos e Ângulos Considere a circunferência na figura 2.1. Figura 2.1: Arco de circunferência Observe que os pontos A e B dividem a circunferência em duas partes. Estas partes são denominadas arcos de circunferência. 53 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Temos: O arco , em que o ponto A é a origem e B é a extremidade do arco; o arco , em que o ponto B é a origem e A é a extremidade do arco. Você sabia... Arco nulo é o ponto; Arco de uma volta é a circunferência. Ângulo Central Ângulo central é o ângulo cujo vértice é o centro da circunferência. Observe a figura 2.2: Figura 2.2: Ângulo Central A medida de AÔB é α e denotamos por med(AÔB)= α. A medida do arco AB é α e denotamos por med( )= α. 54 Universidade do Sul de Santa Catarina Note que a medida de um arco não representa a medida do comprimento desse arco. Observe a figura 2.3: Figura 2.3: Arcos de circunferência Os arcos e possuem a mesma medida α, porém, possuem comprimentos diferentes, m e n respectivamente. Unidades de medida de arcos e ângulos Conheça agora asunidades mais utilizadas para medir arcos e ângulos de circunferência. São elas: o grau e o radiano. Grau Você já sabe que uma circunferência é dividida em 360 partes iguais. O grau é uma dessas 360 partes: 1 1 360 º = da circunferência. 55 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Você sabia... Existe uma terceira unidade de medida de arco que é o grado. Grado é a medida de um arco igual a 1/400 do arco completo da circunferência na qual estamos medindo o arco. Os submúltiplos do grau são o minuto e o segundo. 1 1` 60 = do grau. 1 1` ` 60 = do minuto. Radiano Radiano é um arco cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que o contém, cuja notação é rad. Observe a figura 2.4: Figura 2.4: Radiano Note que, esticando o arco , a medida do segmento obtido será igual à do raio. 56 Universidade do Sul de Santa Catarina Relação entre grau e radiano Lembre-se que o comprimento de uma circunferência é calculado pela fórmula 2C rπ= , onde r é o raio da circunferência. Como cada raio r equivale a 1 rad, fica claro que o arco de uma volta de circunferência corresponde a 2π rad. Então, tem-se a seguinte relação: 360º → 2π rad ou 180º → π rad É possível estabelecer os seguintes resultados entre as três unidades: Desenho Grau 90 180 270 360 Grado 100 200 300 400 Radiano π/2 π 3π/2 2π Observação: 0 graus = 0 grado = 0 radianos Veja alguns exemplos de como é feita a conversão entre o grau e o radiano: 1) Vamos converter 300º em radianos. 180 300 180 300 18 30 3 5 3 5 5 3 rad x rad x rad x rad x x rad x rad π π π π π π → → = = = = = 57 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Note que você deverá usar a simplificação até transformar a fração na forma irredutível, pois o resultado é expresso na forma de fração e não em forma decimal. 2) Transforme 3 4 rad π em graus. Como já se viu que π rad → 180º, tem-se: 3 3.180 540 135 4 4 4 rad π = = = 3) Vamos transformar 15º 30 ’ em radianos. Primeiro, transforma-se 15º 30 ’ em minutos: 1º = 60’ 15º 30’ = 15.60’ + 30’ = 900’ + 30’ = 930’ Agora, transforma-se 180º também em minutos: 180º = 180.60’ = 10800’ Então, tem-se: 10800 930 10800 930 1080 93 360 31 360 31 31 360 ' ' ' rad x rad ' x rad x rad x x rad x rad π π π π π π → → = = = = = 58 Universidade do Sul de Santa Catarina Tudo com você! Vá até a página de auto-avaliação e resolva as atividades referentes a este assunto. Comprimento de arco de circunferência Como você estudou anteriormente, a medida de um arco não representa o seu comprimento, pois este depende do raio da circunferência em que esteja contido. Por exemplo, um arco 1 de 60º tomado sobre uma circunferência de raio 15 cm, tem comprimento maior que um arco 2 também de 60º, tomado sobre uma circunferência de 7cm de raio. Então, tem-se: Sendo AÔB um ângulo central de medida α rad e o arco de comprimento , pode-se estabelecer: Comprimento do arco Medida do arco r _________________________ 1 rad _________________________ α rad que fornece a relação =α . r Essa relação permite calcular o comprimento de um arco de circunferência em função do raio e do ângulo central correspondente, medido em radianos. 59 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Acompanhe alguns exemplos que envolvem o comprimento de arco de circunferência. 1) Considere a circunferência representada na figura 2.5: Figura 2.5: Comprimento de arco de circunferência Determine, em cm, o comprimento do arco , sabendo que α =3 rad. Resolução: =α.r =3.6 =18 cm 2) Qual o valor, em rad, do arco de uma circunferência de 3m de raio, sabendo-se que o comprimento desse arco é de 4,5 metros? 3 4 5 3 1 5 .r 4,5 . , , rad α α α α = = = = 3) O pêndulo de um relógio, cujo comprimento é de 25 cm, executa o movimento de A para B, conforme mostra a figura 2.6. Determine o comprimento do arco descrito pela extremidade do pêndulo. Use π=3,14. 60 Universidade do Sul de Santa Catarina Figura 2.6: Pêndulo Resolução: O raio r é representado pelo pêndulo, então, r = 25 cm. O ângulo α =2.35º = 70º. Agora, veja a conversão de grau para radianos, pois, como você sabe, para o cálculo do comprimento de um arco, não é possível utilizar a medida em graus. 180 70 180 70 18 7 18 7 7 18 º rad º x º rad º x rad x x rad x rad π π π π π → → = = = = Na seqüência, calcula-se o comprimento do arco . =α.r 7 25 18 175 18 175 3 14 18 30 53 . . , , cm π π = = = = 61 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Verifique se você realmente compreendeu esta seção, resolvendo os exercícios propostos na auto-avaliação. Em caso afirmativo, passe para a seção 2, onde será abordado o ciclo trigonométrico. Se você percebeu dificuldade em resolver os exercícios, procure sanar suas dúvidas com o tutor, ou retome a seção novamente. SEÇÃO 2 - Conhecendo a circunferência trigonométrica Quando se fala em ‘ciclo trigonométrico’, fala-se da mesma circunferência que conhecemos, só que com características específicas. O ciclo trigonométrico é uma circunferência de raio unitário (r = 1), cujo centro é a origem do sistema cartesiano. Ele é orientado positivamente no sentido anti-horário. Observe a figura 2.7: Figura 2.7: Ciclo Trigonométrico O centro da circunferência é O(0,0). O raio da circunferência é unitário, r = 1. O ponto A(1,0) é a origem dos arcos, isto é, os arcos são medidos a partir de A. O sistema de coordenadas cartesianas divide a circunferência em quatro regiões, chamadas quadrantes. Dizemos que um arco pertence ao quadrante no qual se encontra sua extremidade. 62 Universidade do Sul de Santa Catarina Veja alguns exemplos: 1) Identifique a que quadrantes pertencem os arcos cujas medidas são: a) 130º Como você pode observar, o arco de 130º, partiu do ponto A no sentido positivo e sua extremidade está no 2º quadrante, logo, ele pertence a este quadrante. b) -120º Agora, observe que o arco de -120º partiu do ponto A, no sentido negativo e sua extremidade está no 3º quadrante, logo, ele pertence a este quadrante. 63 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 c) 5 ) 3 c rad π Neste exemplo, você observa que o arco de 5 3 rad π partiu do ponto A no sentido positivo, e sua extremidade está no 4º quadrante, logo, ele pertence a este quadrante. Arcos Côngruos Observe as circunferências representadas na figura 2.8: Figura 2.8: Arcos Côngruos Você pode observar que o arco permanece com a mesma extremidade, independentemente do número de voltas completas na circunferência. Assim sendo, é possível definir arcos côngruos como: Arcos que possuem a mesma extremidade e diferem, apenas, pelo número de voltas completas na circunferência. 64 Universidade do Sul de Santa Catarina Na figura 2.9, marcamos um arco de 60º. Figura 2.9: Arcos côngruos a 60º É fácil observar que os arcos de 60º, 420º e 780º têm a mesma extremidade e, ainda, que poderíamos encontrar infinitos outros arcos com origem em A e a mesma extremidade. Para isso, basta descrevermos voltas completas na circunferência. Dessa forma, podemos escrever: 60º = 60º + 0.360º 420º = 60º + 1.360º 780º = 60º + 2.360ºAssim: Se um arco mede α graus, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é: α + k. 360º, k ∈ Z Se um arco mede α radianos, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é: α +2kπ, k ∈ Z É importante que você saiba que, se o arco for negativo, basta fazer o percurso das voltas no sentido negativo e também ter-se-á infinitos arcos côngruos com medidas negativas. 65 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Faça a mesma representação gráfica 2.9 para este caso. É uma boa forma de verificar se você compreendeu o assunto. Não esqueça que o sentido negativo, no ciclo trigonométrico, é o sentido horário. Como visto, a cada ponto da circunferência, podem estar associados infinitos arcos côngruos. Chamamos, então, de primeira determinação positiva de um arco, a medida α do arco côngruo a ele, tal que 0 ≤ α < 360º ou 0 ≤ α < 2 π rad. Acompanhe alguns exemplos: 1) Calcule a primeira determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos a 1240º. Solução: Os arcos côngruos diferem apenas pelo número de voltas completas. Logo, deve-se fazer a divisão do arco de 1240º por 360º. Dessa forma, obtém-se o número de voltas completas e a sua primeira determinação positiva. Logo, 160º é a primeira determinação positiva e 3 representa o número de voltas completas. A expressão geral dos arcos côngruos a 1240º será: β = 160º+ k. 360º, k ∈ Z 2) Calcule a primeira determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos a -1352º. Solução: Daí, -272º + 360º = 88º. 66 Universidade do Sul de Santa Catarina Logo, 88º é a primeira determinação positiva de -1352º. A expressão geral dos arcos côngruos a -1352º será: β = 88º+ k. 360º, k ∈ Z 3) Calcule a primeira determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos a 11 3 rad π . Solução: Para resolver este exercício, deve-se escrever o arco considerado desmembrando-o de forma conveniente: Observe que, para desmembrar a fração de forma conveniente, é necessário pensar em um número que seja imediatamente menor que o numerador, tal que, dividido pelo denominador, resulte em um número par. Logo, 5 3 rad π é a primeira determinação positiva de 11 3 rad π . A expressão geral dos arcos côngruos a 11 3 rad π será: β = 5 3 π + 2 ,kπ, k ∈ Z. 67 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 4) Determine, na circunferência trigonométrica, o quadrante onde está a extremidade dos seguintes arcos: a) 1720º Solução: Para solucionar esta questão, primeiramente, divida o número apresentado no problema por 360º. Assim, você encontrará o arco de 280º, que é côngruo ao arco de 1720º. Logo, eles possuem a mesma extremidade e estão, dessa forma, no mesmo quadrante que, neste caso, é o quarto, pois 270º < 280º < 360º. b) 19 4 π Solução: Veja que, novamente, encontramos a primeira determinação positiva do arco, que é 3 4 rad π . Como você percebe, este arco é côngruo a 19 4 π rad e, portanto, ambos possuem a mesma extremidade. Logo, o arco de 19 4 π rad está é no 2º quadrante. Para entender melhor, note que 3 4 rad π é equivalente a 135º. 68 Universidade do Sul de Santa Catarina Você sabia... Normalmente, as pessoas justificam que o raio da circunferência é r=1, porque nas definições dadas para tangente e secante, bem como nas definições de seno e cosseno, figura sempre o raio r do círculo no denominador. Se supusermos r=1, as fórmulas se simplificarão bastante. Tal explicação deve ser complementada com a observação de que tomar r=1 corresponde a escolher o comprimento do raio como unidade de medida. Como todas as linhas trigonométricas são quocientes entre duas medidas, o valor de cada uma delas se mantém inalterado quando elas passam de uma unidade para outra. Por isso, é interessante convencionar r=1. (Fonte adaptada do livro Matemática Ensino Médio 2ª Luiz Roberto Dante, São Paulo, Ática, 2004) SEÇÃO 3 - Seno e Cosseno na Circunferência Trigonométrica Na unidade anterior, os valores do senα e cosα foram definidos apenas para ângulos agudos, ou seja, para 0 2 πα< < . Agora, nesta seção, você estudará o seno e cosseno de arcos ou ângulos maiores que 2 π rad, algo impensável quando se trabalhava com triângulos retângulos. Você também poderá trabalhar com senos e cossenos de ângulos negativos. Veja só que interessante!!! Definindo Seno e Cosseno na Circunferência Trigonométrica Considere a figura 2.10: 69 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Figura 2.10: Seno e Cosseno na Circunferência Então: Seno do arco cuja medida é x é a ordenada do ponto M, ou seja: senx=OM”; Cosseno do arco cuja medida é x é a abscissa do ponto M, ou seja: cosx=OM’. Veja por que: Figura 2.11: Seno e Cosseno 70 Universidade do Sul de Santa Catarina Observe o triângulo retângulo OM’M da figura 2.11. Neste triângulo podem-se aplicar as razões trigonométricas, estudadas na unidade 1. Para isso, retira-se o triângulo do ciclo trigonométrico para melhor visualização. Observe a figura 2.12: Figura 2.12: Triângulo Retângulo Aplicando-se as razões trigonométricas nesse triângulo, tem-se: ' ' 1 ' '' cateto oposto sen x hipotenusa MM sen x OM MM sen x sen x MM sen x OM = = = = = cos ' cos ' cos 1 cos ' cateto adjacente x hipotenusa OM x OM OM x x OM = = = = Observe, no ciclo trigonométrico, que MM’=OM”. Dessa forma, mostramos que o seno de um arco é a ordenada do ponto que representa a extremidade deste arco e o cosseno é a abscissa desse ponto. Podemos nos referir aos valores dos arcos em graus ou radianos. Também podemos pensar em seno e cosseno de arcos maiores que 90º, algo impensável quando trabalhávamos com triângulos retângulos. É possível, ainda, pensar em senos e cossenos de ângulos negativos. 71 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Na unidade 1, você viu que alguns ângulos são considerados notáveis por serem mais utilizados na resolução de problemas, são eles: 30º ou 6 π rad, 45º ou 4 π rad e 60º ou 3 π rad. Observe a representação geométrica do seno e do cosseno de cada um deles: 1 sen 6 2 3 6 2 cos π π = = 2 sen 4 2 2 cos 4 2 π π = = 3 sen 3 2 1 cos 3 2 π π = = Agora, serão acrescentados outros arcos que também podem ser considerados notáveis: 0º ou 0 rad, 90º ou 2 π rad, 180º ou π rad, 270º ou 3 2 π rad e 360º ou 2π rad. Geometricamente, cada um deles, representa o seno e o cosseno. Observe: 72 Universidade do Sul de Santa Catarina 73 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Veja a tabela 2.1, onde estão reunidos os valores do seno e cosseno representados geometricamente. Tabela 2.1: Valores Notáveis x 0 (30º) 6 π (45º) 4 π (60º) 3 π (90º) 2 π (180º)π 3 (270º) 2 π 2 (360º)π senx 0 1 2 2 2 3 2 1 0 -1 0 cosx 1 3 2 2 2 1 2 0 -1 0 1 Você sabia... Criada por Edmund Gunter, a palavra cosseno surgiu no século XVII como sendo o seno do complemento de um ângulo. Gunter sugeriu combinar os termos “complemento” e “seno” em co-sinus, que logo foi modificado para cosinus e, em português “co-seno”. Os conceitos de seno e cosseno tiveram origem nos problemas relativos à Astronomia. Acompanhe alguns exemplos, onde serão calculados os senos e cossenos de arcos maiores que 360º. 74 Universidade do Sul de Santa Catarina 1) Calcule o valor de sen1845º. Solução: Primeiramente, calcula-se a1ª determinação positiva: Então, sen1845º = sen45º = 2 2 . Logo, 2 1845º 2 sen = . 2) Calcule o valor de cos(-900º). Solução: Deve-se calcular a primeira determinação positiva de (-900º). Perceba que -180º é a primeira determinação negativa, e precisa- se da primeira determinação positiva. Assim: -180º + 360º = 180º. Logo, a primeira determinação positiva é 180º. Tem-se, então, que: cos(-900º)=cos180º=-1 Logo, cos(-900º)=-1 3) Calcule o valor de 19 sen . 3 π . Solução: Vamos calcular a primeira determinação positiva. 19 18 6 3 3 3 3 π π π ππ= + = + Assim, temos que 3 π é a primeira determinação positiva de 19 3 π . 75 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Dessa forma, 19 3 sen sen 3 3 2 π π= = . Logo, 19 3sen 3 2 π = . Que tal conhecer mais sobre a história do seno? Retrospectiva histórica Enquanto na obra de Ptolomeu, intitulada “Almagesto”, a “Trigonometria” era fundamentada no estudo da relação entre um arco arbitrário e sua corda, os hindus apresentaram uma trigonometria que relacionava a metade da corda e a metade do ângulo central correspondente a esta corda. Uma vez conhecido o valor do comprimento de uma corda, pode-se calcular o seno da metade do arco correspondente, pois a metade do comprimento da corda dividido pelo comprimento do raio do círculo é, justamente, esse valor, ou seja, para um círculo de raio unitário, o comprimento da corda subtendida por um ângulo x é x2sen 2 . Observe a figura 2.13: Figura 2.13: Meia corda 76 Universidade do Sul de Santa Catarina ^ 2 2 2 2 OB r AO B x AB x sen r x AB sen r = = = = Os hindus chamaram esta meia corda de jiva. O matemático indiano Aryabhata, por volta do ano 500, elaborou tabelas envolvendo metades de cordas que, atualmente, são reconhecidas como tabelas de senos. Ele usou jiva no lugar de seno. Não é incrível? Figura 2.14: Aryabhata. Extraído do site: www.freeindia.org/dynamic_includes/images/aryabhata.jpg Acesso em 28/06/06. Durante algum tempo, os matemáticos árabes oscilaram entre o Almagesto e a Trigonometria de jiva. O conflito chegou ao final quando, entre 850 e 929, o matemático árabe Al-Battani, adotou a Trigonometria hindu, introduzindo uma preciosa inovação - o círculo de raio unitário. Surgiu então, o nome da função seno. 77 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Figura 2.15: Al-Battani www.islamonline.com/cgi-bin/news_service/prof... (acesso em 28/06/06) A palavra hindu jiva (meia corda), dada ao seno, foi traduzida para o árabe que o chamou de jiba. Tal palavra tem o mesmo som que jiva. Daí, jiba se tornou jaib nos escritos árabes. A palavra árabe adequada que deveria ter sido traduzida seria jiba, que significa a corda de um arco, em vez de jaib, pois foi o estudo das cordas de arcos numa circunferência que originou o seno. O nome seno vem do latim sinus que significa seio, volta, curva, cavidade. Muitas pessoas acreditam que este nome se deve ao fato de o gráfico da função correspondente ser bastante sinuoso. Mas, na verdade, sinus é a tradução latina da palavra árabe jaib, que significa dobra, bolso ou prega de uma vestimenta que não tem nada a ver com o conceito matemático de seno. Trata-se de uma tradução defeituosa que dura até hoje. SEÇÃO 4 - Simetrias Considere a circunferência trigonométrica representada na figura 2.16: Figura 2.16: Simetria 78 Universidade do Sul de Santa Catarina Os pontos M 1 , M 2 , M 3 e M 4 , vértices do retângulo M 1 M 2 M 3 M 4 , estão associados a arcos com origem no ponto A. Os pontos M 2 , M 3 e M 4 , são ditos simétricos de M 1 , no 2º, 3º e 4º quadrantes, respectivamente. Os arcos AM 1 , A’M 2 , A’M 3 e AM 4 são congruentes de medida α, em grau ou radiano. Conhecendo-se a medida de um deles, é possível, pela simetria existente, calcular a medida dos outros. Observe as figuras 2.17 e 2.18. Em Grau: Figura 2.17: Simetria em graus Em Radiano: Figura 2.18: Simetria em radianos 79 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Utilizando as unidades indicadas em cada circunferência trigonométrica, determine as medidas dos arcos trigonométricos simétricos na primeira volta positiva: a) Solução: Veja que o arco mede 60º, e que os pontos C, D e E são simétricos a B. Portanto, os arcos , , e são congruentes de medida 60º. Logo, os arcos , e , serão determinados do seguinte modo: =180º - 60º =120º. = 180º + 60º = 240º. = 360º - 60º = 300º. 80 Universidade do Sul de Santa Catarina b) Solução: Veja que o arco é 17 12 π rad, e que os pontos B, C e E são simétricos a D. Portanto, os arcos , e são congruentes de medida 17 12 π rad. Logo, os arcos , e serão determinados do seguinte modo: 81 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 SEÇÃO 5 - Redução ao primeiro quadrante Nesta seção, você vai constatar que, utilizando a simetria estudada, poderá determinar os valores do seno e cosseno de arcos, de qualquer quadrante, com os valores do primeiro quadrante. Para isso, use a redução ao primeiro quadrante, que trabalha com os sinais das funções seno e cosseno indicadas nas figuras 2.19 e 2.20: Figura 2.19: Sinal do cosseno Figura 2.20: Sinal do seno Observe a tabela 2.2: Tabela 2.2: Sinal do seno e cosseno Quadrante cos α sen α 1º + + 2º - + 3º - - 4º + - Note que os sinais do seno e do cosseno de um arco x dependem do quadrante a que pertence a extremidade do arco. Quando reduzimos um arco dado ao primeiro quadrante, estamos determinando um arco do primeiro quadrante cujo seno e o cosseno são iguais em valor absoluto aos do seno e cosseno do arco dado. 82 Universidade do Sul de Santa Catarina Observe como se faz esta redução: Redução do segundo quadrante para o primeiro quadrante: Figura 2.21: 2º Quadrante Perceba que, na figura 2.21, falta x para 180º. Logo, podemos afirmar que x e (180º-x) têm senos iguais e cossenos simétricos. Redução do terceiro quadrante para o primeiro quadrante: Figura 2.22: 3º Quadrante Agora, perceba que, na figura 2.22, x e (180º+x) têm senos e cossenos simétricos. 83 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Redução do quarto quadrante para o primeiro quadrante: Figura 2.23: 4º Quadrante Veja que, na figura 2.23, os arcos x e (360º-x) têm senos simétricos e cossenos iguais. De modo análogo, estas reduções valem para arcos em radianos. Acompanhe os exemplos a seguir: 1) Calcule sen150º e cos150º. Solução: O arco de 150º pertence ao 2º quadrante. Logo, usa-se o primeiro caso da redução: x = 180º - 150º x = 30º Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que auxilia a obter o seno e cosseno procurado. Como 150º é um arco do segundo quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a tabela 2.2. Assim, tem-se: 1 150º 30º 2 sen sen= = 3 cos150º cos30º 2 = − = − 84 Universidade do Sul de Santa Catarina Logo, 1150º 2 sen = e 3cos150º 2 = − 2) Obtenha sen 240º e cos 240º. Solução: O arco de 240º pertence ao 3º quadrante. Logo, usa-se o segundo caso da redução: x = 240º - 180º x = 60º Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que auxilia a obter o seno e cosseno procurado. Como 240º é um arco do terceiro quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a tabela 2.2. Assim, tem-se: 3 240º 60º 2 sen sen= − = − 1 cos 240º cos 60º 2 = − = − Logo, 3 240º 2 sen = − e 1cos 240º . 2 = − .3) Determine sen 315º e cos 315º. Solução: O arco de 315º pertence ao 4º quadrante. Logo, usa-se o terceiro caso da redução: x = 360º - 315º x = 45º. Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que auxilia a obter o seno e cosseno procurado. 85 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Como 315º é um arco do quarto quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a tabela 2.2. Assim, tem-se: 2 315º 45º 2 sen sen= − = − 2 cos315º cos 45º 2 = = Logo, 2 315º 2 sen = − e 2cos315º . 2 = . 4) Determine 7 7 sen e cos 6 6 π π . Solução: O arco de 7 6 π pertence ao 3º quadrante. Logo, usa-se o segundo caso da redução: 7 6 x π π= − 7 6 6 x π π−= . 6 x π= . Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que vai nos auxiliar na obtenção do seno e cosseno procurados. Como 7 6 π é um arco do terceiro quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a tabela 2.2. Assim, temos: 7 1 6 6 2 sen sen π π= − = − 7 3 cos cos 6 6 2 π π= − = − Logo: 7 1 7 3cos 6 2 6 2 sen e π π= − = − . 86 Universidade do Sul de Santa Catarina 5) Determine 2460ºsen e cos 2460º.. Solução: É necessário conhecer a primeira determinação positiva de 2460º. O arco de 300º, primeira determinação positiva, pertence ao 4º quadrante. Logo, usa-se o terceiro caso da redução: x = 360º - 300º x = 60º Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que nos auxilia a obter o seno e cosseno procurado. Como 300º é um arco do quarto quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a tabela 2.2. Assim, temos: 3 2460º 300º 60º 2 sen sen sen= = − = − 1 cos 2460º cos300º cos 60º 2 = = = Logo, 3 2460º 2 sen = − e 1cos 2460º 2 = . 87 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 6) Calcule o valor de 45 90 135 270 2. 315 sen º sen º sen º M sen º sen º + += + . Solução: Calcula-se, separadamente, cada um dos senos. 2 45º 2 90º 1 2 135º 45º 2 270º 1 2 315º 45º 2 sen sen sen sen sen sen sen = = = = = − = − = − . Substituindo os valores encontrados na expressão M, tem-se: 2 2 2 2 1 1 2 12 2 2 1 2 1 22 1 2. 2 M + + + += = = − − − − − + − . Racionalizando o denominador, tem-se: 2 1 1 2 2 2 1 2 1 . 1 1 2 11 2 1 2 M + − + − + − += = = = − − −− − − + . 88 Universidade do Sul de Santa Catarina Atividades de auto-avaliação 1) Expresse em graus (º): a) 5 3 π rad b) 4 3 π rad c) 7 6 π rad d) 9 π rad 2) Expresse em radianos (rad): a) 20º 89 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 b) 315º c) 120º d) 67º30´ 3) Encontre o comprimento de uma circunferência de raio 10 cm. Adote π = 3,14. 4) A roda de uma bicicleta tem 100 cm de diâmetro. Determine o número de voltas efetuadas pelas rodas quando a bicicleta tiver percorrido 14,13 km. 90 Universidade do Sul de Santa Catarina 5) O comprimento do arco , na circunferência abaixo, é: 6) Determine em que quadrante está a extremidade de cada arco: a) 1550º b) 95 6 π rad c) – 65 6 π rad 7) Ache a 1ª determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos a: a) -760º 91 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 b) 3120º c) 15 2 π rad d) 25 4 π rad 8) Dada a expressão geral EG = 30º + 360ºk, calcule a 2ª determinação positiva e a 3ª determinação negativa. 9) Dê a expressão geral dos arcos côngruos a 15 2 π rad. 10) Identifique quais pares de arcos são côngruos: a) 3 π rad e 30 3 π rad b) – 30º e 330º 92 Universidade do Sul de Santa Catarina c) 2º e 1082º 11) Determine: ) 390º ) cos 1845º 5 ) 3 ) 600º ) cos 480º a sen b c sen d sen e π = = = = = 12) Determine o valor da expressão: a) A= sen330º-2.cos0º+sen60º b) B= sen 3x + cos 8x - cos 2x para x= 2 π . c) C = 7 sen cos 3 3 13 sen 6 π π π − 93 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Desafio na Trigonometria Um aro circular de arame tem 2 cm de raio. Esse aro é cortado e o arame é estendido ao longo de uma polia circular de 9 cm de raio. Qual é o ângulo central, em graus, que o arco formado pelo arame determina na polia? Síntese Nesta unidade, você estudou o seno e o cosseno de arcos maiores que 90º. Estes conceitos foram ampliados, pois a trigonometria foi abordada em toda a circunferência e não apenas no triângulo retângulo. Também conheceu uma nova medida de ângulo - o radiano, que será muito importante nas próximas unidades. Nelas, você estudará as funções trigonométricas onde os arcos trabalhados terão que estar inseridos no radiano. Saiba mais Sugerimos que você utilize o software Thales para visualizar, com maior precisão, as projeções do seno e cosseno na circunferência trigonométrica conforme a variação dos arcos. Você poderá encontrar o software Thales acessando o site: http://www.unifra. br/cursos/downloads. asp?curs=25&grad=Mat em%C3%A1tica&endere co=matematica UNIDADE 3 Estudando as Funções Trigonométricas Objetivos de aprendizagem Definir as funções trigonométricas seno, cosseno, tangente, cotangente, secante e cossecante. Aplicar as funções seno e cosseno em diferentes situações problemas. Construir o gráfico das funções trigonométricas. Ler e interpretar gráficos das funções trigonométricas. Utilizar procedimentos e ferramentas tecnológicas para a construção dos gráficos das funções trigonométricas. Desenvolver leituras gráficas envolvendo funções trigonométricas inversas. Seções de estudo Seção 1 Estudando as Funções Seno e Cosseno Seção 2 Estudando as Funções Tangente, Cotangente, Secante e Cossecante Seção 3 Estudando as funções trigonométricas inversas 3 96 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de conversa Durante o desenvolvimento desta unidade, você observará que as funções circulares são periódicas e que elas podem representar fenômenos naturais periódicos, como as variações da temperatura terrestre, o comportamento ondulatório do som, a pressão sangüínea no coração, os níveis de água dos oceanos, etc. Esses fenômenos periódicos podem ser descritos por gráficos denominados senóides e cossenóides, que serão abordados na seção 1, onde você aprenderá a esboçá-los e interpretá-los. Você construirá e fará as interpretações dos gráficos das demais funções trigonométricas, definidas em termos de seno e cosseno, bem como das funções trigonométricas inversas. O uso de ferramentas computacionais será de grande utilidade na construção e análise de gráficos desenvolvidos nesta unidade. É importante que você reconheça a tecnologia, tão presente no nosso cotidiano, como uma ferramenta que nos auxilia no desenvolvimento de atividades, tais como construções de gráficos e cálculos sistemáticos. SEÇÃO 1 - Estudando as Funções Seno e Cosseno Nesta seção, você estudará as funções seno e cosseno na circunferência trigonométrica. Estas funções são periódicas de variáveis reais, por isso, são adequadas para descreverem fenômenos de natureza periódica oscilatória ou vibratória. As aplicações destas funções não se restringem apenas aos estudos da matemática. Na Cinemática e na Dinâmica, ramos da Física que analisam os movimentos, são utilizadas
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