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Questões resolvidas

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EXERCICIOS 
 
CIENCIAS DA RELIGIAO 
 
1) Como estudar a religião? 
Do ponto de vista das Ciências da Religião, a religião deve ser estudada de forma 
objetiva, baseando-se em pesquisas e estudos acadêmicos consolidados, por meio do 
agnosticismo metodológico e da indiferença em relação ao objeto como técnica de 
observação; 
 
2) É possível estudá-la e compreendê-la? 
É possível estudar e compreender a religião como elemento, fenômeno e objeto de 
forma ampla e plural; 
 
3) Qual deve ser a postura cientifica do cientista da religião diante de fenômenos 
religiosos diversos? Para prosseguir, selecione pelo menos três breves reportagens, 
bem diferentes, extraídas, de grandes jornais brasileiros, que falem sobre religião. 
Faça uma pequena lista do que você consegue identificar como pontos em comum das 
três reportagens pontos divergentes nas notícias. Depois, anote as diferenças. 
O pesquisador não deve fazer juízo de valor sobre a qualidade dos fenômenos religiosos 
envolvidos, pois tudo que envolve a religião é passível de análise científica. 
4 - “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos 
primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que 
representam. A proliferação de óticas que deixam de ser endossadas 
acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais 
merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.”. 
(OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pré-socráticos: a invenção da filosofia. 
Campinas: Papirus, 2000. p. 24.). 
Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma 
ter sido promovida pelos primeiros filósofos:> 
a) A análise crítica das ideias, imagens e posições, que podem ser 
modificadas ou reformuladas. 
b) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de 
pontos de vista” conflitantes entre si. 
c) A aceitação sem crítica das explicações tradicionais relativas aos 
acontecimentos naturais. 
d) A busca por uma verdade única e não questionável, que substituísse a 
verdade imposta pela religião. 
e) A confiança na tradição e na autoridade religiosa como alicerces para o 
conhecimento verdadeiro. 
 
Resposta: D 
 
 
5 – Um professor de História das Religiões, trouxe dois relatos sobre a criação 
do mundo e da vida: 
Relato 1 – O povo maia quiche (1000 a.C. América Central): “Admirável é o relato 
da época em que tudo foi formado no céu e na terra: o quarteamento de seus 
sinais, sua medida e alinhamento e estabelecimento de paralelas [...]. Vede! Tudo 
estava incerto, tudo era calma e silêncio; nada se movia, tudo era tranquilo, e 
imensos eram os céus. Vede! A primeira palavra e o primeiro diálogo. Ainda não 
existia o homem, nem o animal; não havia pássaros, nem barranco; não havia 
vegetação, nem charco; só o céu existia [...] Só havia imobilidade e silêncio na 
escuridão e na noite. Sozinhos estavam o Criador e o Autor [...]”. (ELIADE, 
Mircea. O conhecimento sagrado de todas as eras. São Paulo: Mercúrio, 1995, 
p. 69-70). 
Relato 2 – Do Livro do Gênesis (Bíblia cristã) (900 a.C. Oriente Médio): “No 
princípio, criou Deus os céus e a Terra. E a Terra era sem forma e vazia; e havia 
trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das 
águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez 
Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas 
chamou Noite. [...] E fez Deus as feras da Terra conforme a sua espécie, e o gado 
conforme a sua espécie, e cada coisa que se arrasta sobre a Terra conforme a 
sua espécie e viu Deus que era bom. E disse Deus: Façamos o homem à nossa 
imagem... Então Deus criou o homem à sua imagem”. (Bíblia, Livro do Gênesis, 
cap. 1, v. 1- 9 e 25-27). 
Em relação à diversidade de relatos da criação apresentados, é possível avaliar 
que são: 
a) Lendas cósmicas baseadas em duas antigas práticas litúrgico-
celebrativas. 
b) Histórias de duas religiões antigas que sobreviveram ao mundo moderno. 
c) Relatos míticos sobre a natureza dos animais e dos homens nos 
primórdios. 
d) Produtos da imaginação religiosa de dois povos nascidos em regiões 
diferentes. 
e) Narrativas sobre a criação do mundo e dos homens com imagens 
semelhantes. 
 
Resposta: E 
 
 
6 – “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses 
disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo 
foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os 
homens, o que acontece com eles? Quem são eles?”. (VERNANT, Jean-Pierre. O 
universo, os deuses, os homens. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56). 
O texto acima é parte de um relato mítico. Tendo em vista que o mito pode ser 
considerado uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta. 
a) A verdade do mito segue a regras universais do pensamento racional, por 
exemplo, a lei de não contradição. 
b) O mito busca explicações definitivas sobre o homem, a vida e o mundo, e 
sua verdade independe de provas e refutações. 
c) O conhecimento mítico fundamenta-se em um rigoroso procedimento 
lógico-analítico para estabelecer suas verdades. 
d) As explicações míticas são construídas de maneira argumentativa e 
autocrítica, com o uso de cadeias causais lógicas. 
e) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de 
comprovação das suas verdades internas. 
 
Resposta: B 
 
 
7 – Em 1793, o filósofo alemão, Immanuel Kant, escreveu um livro fundamental, 
A religião nos limites da simples razão. Leia este trecho: “De um xamane 
tunguse ao prelado europeu, que governa ao mesmo tempo a Igreja e o Estado, 
ou (se em vez dos chefes e dirigentes quisermos ter em vista apenas os adeptos 
da fé segundo o seu próprio modo de representação) entre o vogul, inteiramente 
sensitivo, que de manhã põe sobre a sua cabeça a garra de uma pele de urso 
com a breve oração ‘Não me mates!’, e o sublimado puritano e independente de 
Connecticut há, sem dúvida, uma enorme distância na maneira, mas não no 
princípio de crer; de fato, quanto a este, todos eles pertencem a uma só e mesma 
classe, a saber, à dos que situam o seu culto de Deus no que em si não torna 
melhor homem algum (na fé, em certas proposições estatutárias ou no 
seguimento de certas observâncias arbitrárias).” (KANT, Immanuel. A religião 
nos limites da simples razão. p. 201, disponível 
em: https://marxists.architexturez.net/ portugues/kant/1793/ mes/limites.pdf. 
Acesso em 06 fev. 2018). 
Tendo em vista que Kant busca um princípio racional universal, e relendo o texto 
acima, é possível afirmar que as práticas religiosas: 
a) Possuem uma profunda diversidade e, por isso, são incomparáveis. 
b) Podem superar suas diferenças em torno de um ponto em comum. 
c) Possuem atos morais incomparáveis, mas verdadeiros ao seu modo. 
d) Possuem um princípio universal de crença em uma moralidade arbitrária. 
e) Promovem o culto a Deus, apesar das diferenças entre os cultos e os 
povos. 
 
Resposta: D 
https://marxists.architexturez.net/portugues/kant/1793/mes/limites.pdf
 
 
8 – Leia estas duas passagens da obra As formas elementares da vida religiosa, 
de Émile Durkheim, capítulo I, intitulado Definição do Fenômeno Religioso e da 
Religião: 
Passagem 1 – “Para definirmos religião é preciso que nos libertemos de toda 
ideia preconcebida. Partimos de definições correntes: por comparação com 
todas as formas de religião, há um elemento em comum que consiste na ‘crença 
na onipresença de alguma coisa que vai além da inteligência’, conforme disse 
Spencer. Max Müller via, em toda religião, ‘um esforço para conhecer o 
inconcebível, para exprimir o inexprimível, uma aspiração ao infinito’. Mas, essas 
duas noções são muito recentes na História da Religião. 
Passagem 2 – “A noção do religioso está longe de coincidir com o extraordinário 
e do imprevisto. E essa concepção das forças religiosas não é primitiva. A ideia 
de mistério é criação humana, limitada a um pequeno númerode religiões 
avançadas. Portanto, não se pode utilizar o conceito de mistério como 
característica genérica das religiões. [...]. Assim, há ritos sem deuses e, inclusive, 
há ritos dos quais derivam os deuses. Portanto, a religião vai além da ideia de 
deuses ou de espíritos, logo não pode se definir exclusivamente em função desta 
última”. 
Considerando que as Ciências da Religião procuram estudar cientificamente a 
religião, leia o conjunto de afirmativas e assinale a alternativa MAIS completa: 
a) As ideias preconcebidas sobre religião são importantes para mostrar as 
bases do preconceito positivista. 
b) A libertação das ideias preconcebidas é um dos últimos passos 
metodológicos para o estudo acadêmico da religião. 
c) As críticas feitas com rigor às concepções correntes de religião são 
fundamentais para a investigação das Ciências da Religião. 
d) A noção de extraordinário e imprevisto define apenas algumas religiões 
especificas, mas não todas as demais. 
e) As noções recentes de religião são fundamentais para que algumas 
religiões sejam entendidas a partir de suas estruturas específicas. 
 
9 - O sentido de religio seria confirmado pelo termo derivado religiosus que 
designa “zeloso em relação ao culto”. Há outro sentido, o religare, significando 
ligar o que estava quebrado ou partido. Um sentido foi afirmado pelos romanos 
pagãos. O outro pelos cristãos convertidos. 
Considerando os três tipos de definição de religião e a dupla origem do 
termo religio, podemos afirmar que: 
a) As Ciências da Religião não definem o que é religião porque há origens 
diversas do termo religio. 
b) As Ciências da Religião desconfiam do termo religio em virtude de 
pontos de vista conflitantes. 
c) As origens diferentes do termo religio estimulam novas reflexões às 
Ciências da Religião. 
d) As Ciências da Religião aceitam sem crítica as explicações tradicionais 
do termo religio. 
e) As Ciências da Religião defendem cientificamente que o verdadeiro 
sentido é o zelo do culto. 
 
Resposta: C 
 
10 – Leia este pequeno texto: “Os estudos etimológicos podem ser de grande 
auxílio, mas correm o risco de não captar a dinâmica dos conceitos. O fato de 
que o termo seja conhecido desde há muito tempo, não significa que ele tenha 
tido sempre o mesmo sentido. Em nosso uso comum [...] (naturalizado), 
pressupõem-se que religião seja uma espécie de âmbito autônomo da vida 
humana, que possui certos traços específicos passíveis de serem delimitados 
com relativa precisão” (Fonte: PIEPER, Frederico. Problematizando o conceito 
de religião. In: SILVEIRA, Emerson José Sena da. A polissemia do sagrado. Os 
desafios da pesquisa sobre religião no Brasil. São Paulo: Fonte Editorial, 2015, 
p. 34). 
Tendo em vista a passagem acima e os problemas do termo religião, podemos 
afirmar que: 
a) Os sentidos etimológicos de termos como religião permanecem com 
poucas mudanças. 
b) As definições de religião devem considerar tanto a etimologia quanto o 
contexto do termo. 
c) Os sentidos etimológicos de termos como religião são mais importantes 
do que o contexto. 
d) As Ciências da Religião consideram mais o contexto do que a origem 
etimológica. 
e) As definições de religião devem considerar mais os aspectos 
etimológicos do que o contexto. 
 
Resposta: B 
 
11 – “A Ciência da Religião é incapaz e não tem a mínima legitimidade de fazer 
declarações se as respostas religiosas, perante a posição do homem no cosmo, 
são verdadeiras ou falsas, nem pode decidir se a religião é, na moderna história 
humana, um fenômeno transitório ou não”. (Fonte: DIX, Steffen. O universo, os 
deuses, os homens. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56). 
Tendo em vista este texto e relendo as definições substancialistas de religião, 
assinale alternativa correta. 
a) As definições substancialistas de religião tendem a ser respostas 
religiosas exclusivistas. 
b) As definições substancialistas de religião buscam legitimar experiências 
religiosas. 
c) As definições substancialistas de religião enfatizam o contexto social e 
externo à religião. 
d) As definições substancialistas de religião evidenciam a estrutura interna 
da religião. 
e) As definições substancialistas de religião fazem com que a religião 
apareça como sintoma. 
 
Resposta: D 
 
12 – Leia este texto: “A partir do mesmo material concreto e conceitual que 
experimentamos no nível da realidade, emerge o mundo religioso com novas 
tensões, dimensões e sínteses. Os conceitos de alma e existência, destino e 
culpa, felicidade e sacrifício chegando até os cabelos de nossa cabeça e até o 
pardal do telhado — tudo isso também constitui o conteúdo do mundo 
religioso. [...] Como a lógica científica, também a lógica religiosa reivindica, 
com demasiada, incluir em si todas as demais ou dominá-las”. (Fonte: SIMMEL, 
Georg. A religião. In: SIMMEL, Georg. Religião. Ensaios. v. 2. São Paulo: Olho 
D’Água, 2010, p. 25). 
Tendo em vista esse texto e as definições funcionalistas, podemos afirmar 
que: 
a) As definições funcionalistas de religião desconsideram as mediações 
sociais da religião. 
b) As definições funcionalistas de religião buscam exaltar a ideia de 
autonomia da religião. 
c) As definições funcionalistas de religião baseiam-se em perspectivas 
internas à religião. 
d) As definições funcionalistas de religião constroem as mediações sociais 
da religião. 
e) As definições funcionalistas de religião enfatizam os aspectos 
funcionais da religião. 
 
Resposta: E 
 
13 – Atente para este texto: ‘O próprio Derrida nos diz que ‘nem sempre houve, 
continua não havendo e nunca haverá por toda a parte algo, uma coisa una e 
identificável, idêntica a si mesma que leve religiosos ou irreligiosos a ficar de 
acordo para lhe atribuir o nome de ‘religião’. E, no entanto, se diz, é necessário 
responder’. A resposta talvez possa vir justamente dessa relação que podemos 
estabelecer entre o relegere e o religare. Quando ouvirmos o termo religio, 
devemos ter em mente mais do que uma reconciliação entre as duas origens 
etimológicas possíveis; trata-se de uma complementaridade: a observância 
escrupulosa do culto, a prática religiosa, e os laços de piedade e amor que 
unem os homens ao deus único”. (Fonte: AZEVEDO, Cristiane. A procura do 
conceito de religio: entre o relegere e o religare. In: Revista Religare, v. 7, n. 1, p. 
90-96, março de 2010, p. 95). 
Considerando este texto e as definições compreensivas do termo religião, 
podemos dizer que: 
a) As definições compreensivas evitam conceituações permanentes e 
definitivas da religião. 
b) As definições compreensivas desprezam os fatores e as funções sociais 
da religião. 
c) As definições compreensivas valorizam apenas os aspectos internos e 
estruturais da religião. 
d) As definições compreensivas definem precisão e objetividade o conceito 
de religião. 
e) As definições compreensivas buscam as origens do termo religião no 
latim religare. 
 
Resposta: A 
 
14. Entre a metade do século XIX e o início do século XX, identifique 3 grandes 
filósofos que ajudaram as Ciências da Religião a pensar o sentimento e o 
processo histórico. 
Søren Aabye Kierkegaard (1813-1855), Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 
1831), Friedrich Schleiermacher (1768-1834). 
 
15. Entre a metade do século XIX e o início do século XX, localize dois sistemas 
de pensamento que provocaram reações nas Ciências da Religião. 
Positivismo e empiricismo. 
 
16. Como esses autores e sistemas influenciaram os estudos de religião? 
Esses autores e sistemas ajudaram a definir os contornos e as fronteiras entre 
as Ciências da Religião, a Teologia e as Ciências Sociais. 
 
17. Leia este texto de uma cientista da religião: 
“Ao tratarmos especificamente do tema religião, desconstruir as assimetrias 
implicaria verificar, nos termos dos religiosos, como funcionariam e o que 
significariam as expressões religiosas e as experiências individuais ‘pregnantes 
de emoção, de efervescência induzida e de experimentação polivalente’ e, 
reconhecendoque elas são constituídas de uma lógica não marginal, percebê-
las não simplesmente como desvios de algum modelo ideal (católico 
apostólico romano, protestante anglo-saxão etc.), mas como racionalidade que 
mobiliza e articula vários sentidos de acordo com determinadas redes sociais”. 
(Fonte: RODRIGUES, Elisa. Ciência da Religião e ciências sociais: aproximações 
e distanciamentos. In: PLURA, Revista de Estudos de Religião, v. 2, nº 1, 2011, 
p. 65-79, p. 70). 
Tendo em vista o nascedouro da crítica da religião, assinale a alternativa que 
apresenta a melhor perspectiva: 
a) As Ciências da Religião devem defender e julgar as visões religiosas de 
mundo. 
b) As Ciências da Religião devem ser críticas mordazes das estruturas 
religiosas. 
c) As Ciências da Religião equilibram-se entre a crítica e a sensibilidade 
para com a religião. 
d) As Ciências da Religião não veem, na religião, uma forma de 
conhecimento do mundo. 
e) As Ciências da Religião veem, na religião, apenas uma forma ética de 
conhecimento do mundo. 
 
Resposta: C 
 
18. O olhar fenomenológico procura antes o fenômeno do que a história de 
constituição desse fenômeno. Nesse sentido, a doutrina fenomenológica de 
Husserl contribui para o olhar fenomenológico presente nas Ciências da 
Religião. Tendo isso em vista, assinale a alternativa correta: 
a) O uso da epoché (suspensão do juízo), contribui na busca pela estrutura 
elementar da religião. 
b) O uso da epoché (suspensão do juízo), ajuda a buscar os contextos 
históricos da religião. 
c) A consciência, não definida em relação ao objeto, obscurece a estrutura 
religiosa. 
d) A consciência, somente definida em relação ao objeto, obscurece a 
estrutura religiosa. 
e) A consciência, definida parcialmente em relação ao objeto, desvela a 
estrutura religiosa. 
 
Resposta: A 
 
19. O olhar sociológico e antropológico tem profundas e antigas raízes, mas 
somente no século XIX, esse olhar constituiu-se em duas ciências que 
estudaram a religião. Qual seria, dentre muitas, as duas maiores preocupações 
desses dois olhares? Assinale e resposta correta: 
a) As duas maiores preocupações estão relacionadas à estrutura religiosa 
da realidade. 
b) As duas maiores preocupações referem-se à relação sociedade-cultura-
religião. 
c) As duas maiores preocupações referem-se à relação entre devoção, mito 
e magia. 
d) As duas maiores preocupações estão relacionadas à inter-relação 
sociedade, magia e cultura. 
e) As duas maiores preocupações referem-se ao sentimento religioso e sua 
expressão social. 
 
Resposta: B 
 
20. O olhar psicológico possui antigas raízes nas reflexões dos gregos sobre a 
psique. Mas, ao longo do tempo, outras questões foram suscitadas. Tendo em 
vista suas mudanças, assinale o que essa perspectiva psicológica NÃO é nas 
Ciências da Religião. 
a) Uma visão sobe o comportamento religioso do ser humano. 
b) Uma compreensão do relacionamento entre o sentimento e a religião. 
c) Uma análise da relação entre intuição e a experiência religiosa. 
d) Um entendimento sobre a angústia e o sagrado. 
e) Uma explicação da relação entre razão e emoção na sociedade. 
 
Resposta: E 
 
21. O olhar geográfico, como os outros olhares tem como uma de suas raízes, 
o pensamento grego. Porém, esse olhar ampliou-se pouco a pouco, abarcando 
a experiência espacial do homem. O que estaria sendo analisado por essa 
perspectiva geográfica? 
a) O fluxo da experiência religiosa. 
b) A relação entre rito funerário e espaço sagrado. 
c)A relação entre a o mito e a sociedade. 
d) A relação entre o sagrado e o espaço social-geográfico. 
e) A relação entre as lendas e os povos. 
 
Resposta: D 
22. Leia com atenção este trecho do livro O sagrado, de Rudolf Otto: “Por 
‘racional’ na ideia do divino entendemos aquilo que nela pode ser formulado 
com clareza, compreendido com conceitos familiares e definíveis. Afirmamos 
então que ao redor desse âmbito de clareza conceitual existe uma esfera 
misteriosa e obscura que foge não ao nosso sentir, mas ao nosso pensar 
conceitual, e que por isso chamamos de ‘o irracional’.” 
(OTTO, p. 97-98). 
Sobre as características do sagrado, tendo este texto em mente e o que você 
sabe sobre o pensamento de Otto, nesta aula, assinale a reposta correta: 
a) O sagrado é uma potência viva que está restrita ao Cristianismo por este 
ser a forma de religião mais evoluída. 
b) O sagrado é uma categoria completamente racional, abstrata, objetiva 
que pode ser apreendida pela razão. 
c) O sagrado é uma categoria universal ligada à dimensão da experiência 
religiosa, mas que está além da razão. 
d) O sagrado é uma categoria ligada à dimensão da experiência religiosa 
que está além da razão, mas que se restringe às religiões monoteístas. 
e) O sagrado é uma categoria ligada à emoção, ao sentimento do temor, do 
terror, à fascinação, mas limita-se ao Cristianismo. 
 
Resposta: C 
 
23. Leia com atenção este texto de Mircea Eliade, que fala sobre o sagrado e a 
hierofania: “O homem toma conhecimento do sagrado porque este se 
manifesta, se mostra como algo absolutamente diferente do profano. A fim de 
indicarmos o ato da manifestação do sagrado, propusemos o termo hierofania. 
[...]. Poder-se-ia dizer que a história das religiões — desde as mais primitivas às 
mais elaboradas — é constituída por um número considerável de hierofanias, 
pelas manifestações das realidades sagradas. A partir da mais elementar 
hierofania — por exemplo, a manifestação do sagrado num objeto qualquer, 
urna pedra ou uma árvore — e até a hierofania suprema, que é, para um cristão, 
a encarnação de Deus em Jesus Cristo, não existe solução de continuidade. 
Encontramo-nos diante do mesmo ato misterioso: a manifestação de algo ‘de 
ordem diferente’ — de uma realidade que não pertence ao nosso mundo — em 
objetos que fazem parte integrante do nosso mundo ‘natural’, ‘profano’. 
(ELIADE, 2016, p. 13). 
Tendo este texto em mente e o que você viu sobre a Fenomenologia histórica 
da religião, de Eliade, é possível afirmar que: 
a) O sagrado manifesta-se à consciência do homem a partir do contexto 
histórico-social, mas limitado ao Cristianismo. 
b) A hierofania é uma categoria teórica que expressa o ato de manifestação 
do sagrado que ocorrer em qualquer religião. 
c) As manifestações da hierofania ocorrem em determinados contextos e 
objetos de algumas religiões. 
d) O sagrado é a manifestação da hierofania no contexto histórico-social da 
consciência humana no Cristianismo. 
e) Entre a hierofania primitiva das religiões primitivas e a hierofania do 
Cristianismo existe uma continuidade. 
 
Resposta: B 
 
24. Leia a avaliação da Fenomenologia de van der Leeuw feita por Nicola 
Gasbarro, historiador e filósofo italiano: “É inútil procurar em toda a obra de van 
der Leeuw as motivações deste salto epistemológico que faz com que todo o 
horizonte de sentido e, portanto, toda a cultura dependam, de fato e de direito, 
da perspectiva religiosa: para um teólogo toda a natureza depende do 
sobrenatural, e toda a cultura nasce da tensão entre natureza e o sentido-valor 
do sobrenatural. Van der Leeuw nada tem de ingênuo e sabe [...] dissolver a 
estrutura teológica no contexto experiencial da vida, escondê-la na Filosofia da 
consciência, até traduzi-la em termos de epistemologia husserliana, mas, 
quando o sistema ganha corpo, inevitavelmente reemergem na experiência de 
vida do a priori seja o sublime do mysterium, seja a complexidade da 
experiência criatural de Otto” (GASBARRO, 2013, p. 87). 
Tendo em vista este texto e a Fenomenologia da Religião da escola holandesa, 
assinale a alternativa correta: 
a) A Fenomenologia da Religião busca, na cultura e na história, os motivos 
da redenção universal do ser humano. 
b) A Fenomenologia da Religião procura, apenas, a apreensão dos 
elementos estruturais das religiões ou tradições religiosas. 
c) A Fenomenologia da Religião evita interrogar as culturas e histórias 
humanas sobre o sentido do sagrado. 
d) A Fenomenologia da Religiãobusca relativizar a essência do fenômeno 
religioso a partir da experiência religiosa vivida pelo crente ou seguidor de 
qualquer religião. 
e) A Fenomenologia da Religião busca compreender o sagrado também a 
partir da experiência religiosa vivida pelo crente ou seguidor de qualquer 
religião. 
 
Resposta: E 
 
25. Na Fenomenologia da Religião, existem três escolas teóricas básicas, a 
holandesa, a alemã e a histórica. Por outro lado, a Fenomenologia da Religião 
bebeu de várias fontes filosóficas e desenvolveu algumas ideias básicas. Sobre 
as ideias, assinale a afirmativa que INCORRETA: 
a) A Fenomenologia da Religião desenvolveu várias escolas teóricas para 
pensar a experiência religiosa. 
b) A Fenomenologia da Religião procura compreender a experiência 
religiosa a partir de conceitos como o profano. 
c) Para a Fenomenologia da Religião é no contexto histórico e social das 
religiões que se encontra a essência da religião. 
d) A Fenomenologia da Religião concebe o ser humano como naturaliter 
religiosus, isto é, estruturalmente aberto ao sagrado, isto é, intrinsecamente 
religioso. 
e) Para a Fenomenologia da Religião, a descrição e a história da experiência 
religiosa é o último e mais importante passo do processo de compreensão do 
sagrado. 
 
Resposta: D 
 
26. Leia atentamente este pequeno texto de um teólogo peruano: “Parece-me 
que a visão indígena nos ajuda a reapreciar o sagrado e a salvação no interior 
da criação e da corporeidade humana. [grifos do professor]. Um estudioso 
valoriza o existencial nas ‘cosmogonias míticas em momentos decisivos da 
vida individual, como é o nascimento a doença, a iniciação, a celebração do 
matrimônio e a morte...” e acrescenta: ‘Teologicamente têm interesse pelo 
contraste que representam com os relatos bíblicos da criação.’ Por minha 
parte, sublinho como o indígena motiva a reprojetar a situação atual e a corrigir 
a Teologia dominante. Em vez de coisificar e consumir a realidade — uma 
feição da (des)ordem moderna — nos convém mais interagir entre seres 
viventes, confrontar a maldade no mundo (muito presente nos mitos indo-
americanos) e superar os absolutos científicos e técnicos que manipulam tudo. 
(FONTE: IRARRAZAVAL, 2007, p. 106). 
Tendo em mente a Fenomenologia histórica e o texto acima, assinale a 
alternativa correta: 
a) Na Fenomenologia histórica da religião de Geo Widengren não é possível 
separar a religião do contexto histórico-cultural, pois a cultura e o sagrado são 
inseparáveis. 
b) Na Fenomenologia histórica da religião de Geo Widengren, ter tido uma 
experiência religiosa é uma condição sem a qual não se faz Ciências da 
Religião. 
c) Na Fenomenologia histórica da religião de Geo Widengren o a priori do 
sagrado é absoluto, ou seja, é ponto indiscutível, acima de qualquer 
desconfiança. 
d) Na Fenomenologia histórica da religião de Mircea Eliade, sagrado não é 
um elemento estrutural da consciência e não uma fase ou etapa da história. 
e) Na Fenomenologia histórica da religião de Mircea Eliade, apenas 
algumas hierofanias trazem em si o desejo de volta às origens e a ‘pureza’. 
 
Resposta: A 
 
27 - 6. Retorne à introdução e releia as situações imaginárias descritas e reveja 
o que foi aprendido nesta aula, em seguida, responda as questões: 
 
a) Quais são os elementos em comum em todas essas situações? 
Os elementos comuns a todas as situações que envolvam religião é a 
manifestação do sagrado, a hierofania; 
 
b) Identifique os elementos das hierofanias (manifestações do sagrado); 
Os elementos das hierofanias são a música, a dança, o corpo, a bíblia, as 
entidades, o Espírito Santo, a comunhão, Buda; 
 
c) Como o sagrado poderia ser definido? 
O sagrado pode ser definido de várias formas, mas, na Fenomenologia da 
Religião, ele tem dois aspectos, o racional e o metarracional, correspondendo a 
uma categoria universal que assume diversas formas históricas de acordo com 
a época, a civilização, a cultura. 
 
28. Leia este pequeno texto: 
“A interação entre religião e História já é antiga. E no que concerne à tradição 
ocidental, ancorada nos valores greco-romanos e princípios judaico-cristãos, 
isso é visível não só pela interferência de tais valores e crenças na constituição 
político-social e na cunhagem do imaginário europeu, assunto, aliás, já 
sedimentado; mas também pela importância que deram os ocidentais, as 
corporações religiosas, à História e ao seu ofício, a ponto de fazer dos gregos e 
latinos, mestres historiógrafos, e do Cristianismo, uma ‘religião de 
historiadores’”. (PRADO, 2014, p. 04-31, p. 4). 
Sobre a relação entre História e religião, assinale a alternativa correta: 
a) A interação entre religião e história é antiga, mas restringe-se ao campo 
do Cristianismo. 
b) A relação entre religião e história recebe influências greco-romanas e 
cristãs. 
c) A relação entre religião e história tem pouca influência de gregos e 
cristãos. 
d) A tradição ocidental, ancorada apenas nos princípios judaico-cristãos, 
define a história. 
e) A tradição ocidental, ancorada nos valores greco-romanos, define a 
história. 
 
Resposta: B 
 
29. Leia este pequeno texto: 
“Podemos retornar ainda mais no tempo, pois há evidências ainda mais antigas 
sobre o interesse de pensadores pelo estudo da religião, que rementem ao séc. 
V a.C. Os filósofos pré-socráticos, na Grécia, denunciavam uma forte 
curiosidade pela religião. Parmênides (530-460 a. C.) e Empédocles (495-435 
a.C.) teceram reflexões racionais sobre os deuses e mitos gregos; Demócrito 
(460-370 a. C.) interessou-se pelas religiões estrangeiras, especialmente as da 
Babilônia; Heródoto (484-425 a. C.) descreveu religiões do Egito, da Pérsia, da 
Trácia e da Cítia; Platão (429-347 a. C) estudou as religiões bárbaras; 
Aristóteles (384-322 a. C) a degenerescência da religião; Teofrasto (372-287 
a.C.) foi considerado o primeiro historiador grego das religiões, produzindo 
textos sobre a temática, divididos em 6 volumes”. (PRADO, 2014, p.04-31, p. 4). 
Tendo isso em vista, sobre o começo da História das Religiões, o século XIX foi 
fundamental. Assinale, em relação a isso, a opção correta: 
a) A História das Religiões é uma das Ciências da Religião surgida a partir 
de distintas influências, por exemplo, a crítica da religião e os estudos 
comparativos entre mitos e civilizações. 
b) A História das Religiões é uma das Ciências da Religião que enfoca, 
basicamente, a história das doutrinas religiosas. 
c) A História das Religiões é uma das Ciências da Religião que enfoca, 
basicamente, a história das religiosidades e dos sentimentos religiosos 
d) A História das Religiões é uma das Ciências da Religião que se ocupa, 
centralmente, de documentos e discursos oficiais das religiões. 
e) A História das Religiões é uma das Ciências da Religião que procura 
estudar, basicamente, das tradições orais das religiões. 
 
Resposta: A 
 
30. Sobre a Escola de Viena, na História das Religiões, e suas pesquisas e 
autores, procurou discordar do evolucionismo, que transposto para as Ciências 
Humanas e Sociais, tornou-se uma ideologia. Sobre a Escola de Viena, assinale 
a alternativa correta. 
a) A ideia central da Escola de Viena vai de encontro do difusionismo, 
negando que a religião e a cultura se difundem pelo tempo e espaço realizando 
intercâmbios entre si. 
b) O autor mais importante da Escola de Viena é Wilhelm Schmidt (1862-
1954) e a ideia mais importante refere-se à comparação tipológica entre fatos 
religiosos. 
c) Na Escola de Viena, a História da Religião, como ciência, procura 
descrever o percurso, a sucessão dos fatos religiosos, mas também o nexo 
causal que liga um ao outro e um no outro. 
d) Na Escola de Viena, a História da Religião, como ciência, procura explicar 
a sucessão dos fatos religiosos e a hipótese do monoteísmo ético. 
e) Na Escola de Viena, a metodologia seguida é a da hermenêutica 
teológica que distingue e opõe os dados das culturas e religiões das ideias 
teológicas de orientação cristã. 
 
Resposta:C 
 
31. Um dos fatos que marcaram o surgimento da Escola Italiana de História 
das Religiões foi a criação da cátedra de Storia delle religioni na Universidade de 
Roma (1924) e da revista Studi e materiali di Storia dele religioni (1925). Tendo 
em vista os muitos autores dessa escola e suas ideias básicas, assinale a 
resposta correta: 
a) Na Itália, a História das Religiões foi ao encontro da Igreja Católica e de 
setores das universidades que eram favoráveis ao estudo da religião por 
métodos/disciplinas específicos. 
b) A Escola Italiana das Religiões criticou a Escola de Viena por que esta 
reunia dados históricos das sociedades étnicas e os submetia a uma hipótese 
teológica a priori, o Urmonotheismus. 
c) Na Itália, a História das Religiões foi de encontro à Igreja Católica e aos 
setores das universidades que eram favoráveis ao estudo da religião por 
métodos/disciplinas específicos. 
d) Na Itália, a História das Religiões foi de encontro à Igreja Católica e aos 
setores das universidades que eram desfavoráveis ao estudo da religião por 
métodos/disciplinas específicos. 
e) A Escola Italiana das Religiões apoiava a Escola de Viena quando esta 
reuniu os dados históricos de sociedades étnicas e os submeteu a uma 
hipótese teológica a priori, o Urmonotheismus. 
 
Resposta: D 
 
32. Preste atenção no trecho deste livro, escrito pelo historiador Ronaldo 
Vainfas, Casamento, amor e desejo no Ocidente Cristão. Essas ideias 
exemplificam a forma como a história lida com a religião: 
“A história da moral cristã é certamente muito complexa e faz-se necessário 
pontuá-la, escutar-lhe as palavras, traçar-lhe os passos, inquirir-lhe os segredos, 
fazendo um pouco à moda dos confessores do século XII. O casamento 
sempre foi um valor sagrado no Cristianismo? A austeridade sexual foi uma 
invenção da Igreja no Ocidente, estabelecendo-se assim, um abismo entre a 
moral cristã e a ética dita pagã? Reprimia-se genericamente o desejo ou 
condenavam-se, na prática, alguns prazeres? [...]. Em meio a essas indagações 
veremos, portanto, se e como foi construída uma doutrina ocidental acerca da 
sexualidade caracterizada, como quer Jacques Le Goff, pela recusa do prazer.” 
Tendo em vista o texto acima, e a forma como História vê a religião, marque a 
alternativa correta: 
a) No estudo da religião, as escolas históricas tendem a acentuar ideias, a 
priori, como a de permanência e atemporalidade do sagrado nas religiões. 
b) No estudo da religião, as escolas históricas tendem a acentuar ideias, a 
posteriori, como a de permanência e atemporalidade do sagrado nas religiões. 
c) No estudo da religião, todas as escolas históricas tendem a acentuar 
ideias como a de permanência do sagrado nas religiões. 
d) No estudo da religião, todas as escolas históricas tendem a acentuar 
ideias como a de mudanças e temporalidades do sagrado nas religiões. 
e) No estudo da religião, algumas escolas históricas tendem a acentuar 
ideias como a de mudanças e temporalidades do sagrado nas religiões. 
 
Resposta: E 
 
33. Quando começa a relação entre história e religião? 
A relação entre História e religião é muito antiga e a rigor tem início na 
consciência da cultura e civilização gregas sobre suas heranças, com os 
filósofos pré-socráticos. 
 
34. Qual é o objetivo ou dever central da História das Religiões? 
Estudar as características de um fenômeno religioso e detectar sua relação 
com o contexto sociopolítico, sua historicidade e sua contribuição para a 
cultura em seu conjunto. 
 
35. Quais as principais escolas e influências presentes na História das 
Religiões? 
As principais escolas são a alemã e a italiana. Há uma marcante influência da 
Escola dos Annales. 
 
36. Leia um trecho de texto a seguir: “Este é o fundamento da crítica irreligiosa: 
o homem faz a religião, a religião não faz o homem. E a religião é de fato a 
autoconsciência e o autos sentimento do homem, que ou ainda não conquistou 
a si mesmo ou já se perdeu novamente.”. (MARX, 2010. p. 145). 
Tendo em vista a aula 06, e o texto acima, assinale a alternativa correta: 
a) A vertente sociológica marxista enxerga a religião como ideologia. 
b) A vertente sociológica marxista enxerga a religião como protesto real. 
c) A vertente sociológica marxista enxerga a religião somente como 
ideologia. 
d) A vertente sociológica marxista enxerga a religião como alienação. 
e) A vertente sociológica marxista enxerga a religião somente como 
alienação. 
 
Resposta: D 
 
37. Considere o trecho de texto a seguir: “Portanto, há na religião algo 
destinado a sobreviver a todos os símbolos particulares nos quais o 
pensamento religioso se envolveu sucessivamente. Não pode haver sociedade 
que não sinta a necessidade de conservar e reafirmar, a intervalos regulares, os 
sentimentos coletivos e as ideias coletivas que constituem a sua unidade e 
personalidade [...]. Os antigos deuses envelhecem ou morrem, e não nascem 
outros [...]. Virá dia em que as nossas sociedades conhecerão novamente 
horas de efervescência criadora, durante as quais novas ideias surgirão, novas 
fórmulas aparecerão e, por certo tempo, servirão de guia para a humanidade 
[...]”. (DURKHEIM, 2006) 
Tendo em vista a escola francesa de Sociologia da Religião, a relação entre o 
sagrado e a sociedade é: 
a) O sagrado é causado pelo social e gera novas ideias religiosas. 
b) À gênese societária da religião, corresponderia uma gênese religiosa da 
sociedade. 
c) O sagrado gera a necessidade de novas religiões de ideias sociais 
d) O social gera a necessidade de novas religiões de ideias sagradas. 
e) O social é causado pelo sagrado e gera novas religiões ideais e sagadas. 
 
Resposta: B 
 
38. Considere o trecho de texto a seguir: “Um dos componentes do espírito do 
moderno Capitalismo, e não apenas deste, mas de toda cultura moderna: a 
conduta racional baseada na ideia de vocação, nasceu — segundo tentou se 
mostrar nesta discussão — do espírito da ascese cristã. Basta reler o trecho de 
Franklin, transcrito no início deste ensaio, para perceber que os elementos 
fundamentais do que lá se denominou o ‘espírito do Capitalismo’ são 
justamente os que ora apresentamos como conteúdo da ascese vocacional do 
puritanismo, apenas sem a sua fundamentação religiosa, já desaparecida no 
tempo de Franklin”. (WEBER, 2004) 
Tendo em vista a escola alemã de Sociologia da Religião e o texto acima, 
assinale a alternativa correta. 
a) O Protestantismo puritano, com a ideia de vocação, criou o espírito 
moderno do Capitalismo. 
b) O espírito moderno do Capitalismo criou a ideia de vocação no 
Protestantismo puritano. 
c) A ideia de vocação, do Protestantismo puritano, criou o espirito do 
Capitalismo moderno. 
d) O espirito do Capitalismo moderno criou a ideia de vocação do 
Protestantismo puritano. 
e) A ideia puritana de vocação teve como resultado indireto o “espírito” 
capitalista moderno. 
 
Resposta: E 
 
39. Leia o trecho a seguir: “Na medida em que consegue impor o 
reconhecimento de seu monopólio (extra ecclesiam nulla salus) e também 
porque pretende perpetuar-se, a Igreja tende a impedir de maneira mais ou 
menos rigorosa a entrada no mercado de novas empresas de salvação (como 
por exemplo as seitas, e todas as formas de comunidades religiosas 
independentes), bem como a busca individual da salvação (por exemplo, 
através do ascetismo, da contemplação e da orgia)”. (BOURDIEU, 1974, p. 5-59) 
Tendo em vista a escola contemporânea de Sociologia da Religião e o texto 
acima trata: 
a) Do campo religioso como campo de competição e disputas por capital 
simbólico religioso. 
b) Do trabalho religioso como estrutura de competição e disputa por capital 
material religioso. 
c) Do trabalho religioso como estrutura de competição e disputa por capital 
simbólico religioso. 
d) Do trabalho religioso como estrutura de competição e disputa por capital 
econômico religioso. 
e) Do campo religioso como campo de competição e disputas por capital 
econômico religioso. 
 
Resposta: A40. Leia o pequeno trecho a seguir: “Quando a Umbanda, o Espiritismo, o 
Pentecostalismo, o Candomblé curam, suprimindo o mal físico ou a loucura, 
aplainando a crise existencial, repondo a certeza na ação, ainda que a ciência 
possa constatar tal mudança, podendo até comprovar a eficácia terapêutica, 
não pode essa ciência interromper o sentido da experiência religiosa da cura. 
Estas religiões que curam são plurais e estão em constante transformação, 
manipulando símbolos culturais de uma espantosa diversidade. E essa 
diversidade mais se alarga e se alastra quanto mais se ampliam as distâncias 
sociais, econômicas e culturais no interior da sociedade brasileira”. (PIERUCCI; 
PRANDI, 1987.) 
Sobre a relação entre religião e sociedade, é possível afirmar: 
a) Que as religiões curam e que o divino tem existência verdadeiramente 
social. 
b) Que as religiões não curam e que o divino não tem existência social 
verdadeira. 
c) Que as religiões que buscam a cura, sendo plurais, estão em constante 
transformação. 
d) Que as religiões curam e que o divino tem existência verdadeira na 
sociedade. 
e) Que as religiões não curam e que o divino não tem existência social 
verdadeira. 
 
Resposta: C 
 
41. A atividade consiste em ler o artigo indicado para leitura, “Da crítica à 
Sociologia da Religião uma viragem e seu impacto sociocultural” e assistir aos 
dois vídeos pequenos indicados. 
 
A partir disso, responda: 
 
1) como nasceu a Sociologia da Religião; 
a Sociologia da Religião nasceu junto com a Sociologia e em uma época de 
profundas transformações sociais, industrialização etc. Ela surgiu como 
tentativa de compreender a sociedade em transformação por meio da religião. 
Por isso, a crítica da religião é uma das precursoras da Sociologia da Religião; 
 
2) como a Sociologia da Religião vê os fenômenos religiosos? Cite dois 
autores clássicos. 
a Sociologia da Religião vê os fenômenos religiosos como expressões sociais, 
ligadas às dinâmicas da cultura e da sociedade. Durkheim, por exemplo, via o 
sagrado/religião como a transfiguração do social e Max Weber via a religião 
como fonte de sentido da ação social. 
 
42. Sobre os precursores da Antropologia, sabe-se que muitas reflexões sobre 
os costumes e a história de outros povos foram empreendidas. Com as 
grandes navegações, num primeiro momento, e o colonialismo, num segundo, 
o choque entre culturas trouxe diversas consequências. Michel de Montaigne 
(1533-1592) escreveu um texto intitulado Dos canibais, discorrendo sobre a 
presença dos tupinambás na corte francesa de Carlos IX. 
Tendo em vista as consequências do colonialismo, assinale da alternativa 
correta: 
a) O encontro colonial com outros povos provocou muita destruição, mas 
não mudou a mentalidade europeia sobre a diferença cultural. 
b) O encontro colonial com outros povos provocou destruição e mudou 
pouco a mentalidade europeia sobre a diferença cultural. 
c) O encontro colonial com outros povos provocou pouca destruição, mas 
não mudou a mentalidade europeia sobre a diferença cultural. 
d) O encontro colonial com outros povos provocou pouca destruição e 
pouco mudou a mentalidade europeia sobre a diferença cultural. 
e) O encontro colonial com outros povos provocou destruição, mas 
também impactou a mentalidade europeia sobre a diferença cultural. 
 
Resposta: E 
 
43. Para a escola antropológica Funcionalista, o ritual mágico e a técnica 
“científica” possuem funções específicas, por exemplo, regular as emoções 
durante uma atividade cotidiana e garantir sua eficácia concreta, podendo 
conviver em uma mesma situação. Nos estudos etnográficos de Bronislaw 
Malinowski sobre a magia, religião e a ciência, são descritas situações como 
os preparativos para pescaria em alto-mar, que sempre traz riscos, afazeres 
cotidianos. 
Em relação ao ritual mágico e a técnica, assinale a alternativa correta: 
a) Podem conviver em uma mesma situação porque regulam distintos 
significados dos problemas cotidianos. 
b) Não podem conviver uma mesma situação porque regulam distintos 
significados dos problemas cotidianos. 
c) Podem conviver uma mesma situação porque não regulam distintos 
significados dos problemas cotidianos. 
d) Não podem conviver uma mesma situação porque regulam distintos 
significados dos problemas cotidianos. 
e) Podem conviver uma mesma situação porque desregulam distintos 
significados dos problemas cotidianos. 
 
Resposta: A 
 
44. A escola estruturalista enxerga a religião a partir de uma ótica 
universalista, privilegiando o mito, a racionalidade e a lógica, em detrimento 
do rito. Lévi-Strauss, no texto O feiticeiro e sua magia, estudou a eficácia 
simbólica, analisou casos em que a crença na magia provocou reações 
concretas, como no xamanismo 5, e comparou isso à técnica psicanalítica 
como ritual. 
Diante disso, é correto dizer que a eficácia mágica ocorre por: 
a) Por intermédio da articulação entre as crenças do xamã em sua técnica 
e do doente no poder do ritual. 
b) Por intermédio da articulação entre as crenças do xamã em sua técnica 
e do grupo no poder do ritual. 
c) Por intermédio da articulação entre as crenças do doente no poder do 
ritual e do grupo no poder do xamã. 
d) Por intermédio da articulação entre as crenças do grupo, do xamã em 
sua técnica e do doente no poder do ritual. 
e) Por intermédio da articulação entre as crenças do grupo no poder do 
ritual xamânico e a técnica do xamã. 
 
Resposta: D 
 
45. Leia com atenção o que Clifford Geertz escreve sobre o problema do 
sofrimento como problema religioso, pois se trata de conferir sentido, e não 
evitar o sofrimento: “[...] os símbolos religiosos oferecem uma garantia 
cósmica não apenas para sua capacidade de compreender o mundo, mas 
também para que, compreendendo-o, deem precisão a seu sentimento, uma 
definição às suas emoções que lhes permita suportá-lo, soturna ou 
alegremente, implacável ou cavalheirescamente”. (Grifos do autor da aula. 
GEERTZ, 2008, p. 67) 
Tendo em vista a escola Interpretativista, assinale a alternativa correta: 
a) Os símbolos religiosos podem ser interpretados como uma simples 
projeção de necessidades sociais e culturais de um grupo ou sociedade. 
b) Os símbolos religiosos atuam para estabelecer poderosas, penetrantes e 
duradouras disposições e motivações nos homens que vivem coletivamente. 
c) Os símbolos religiosos podem ser interpretados como uma complexa 
teia alienada de significados e necessidades sociais e culturais coletivas. 
d) Os símbolos religiosos atuam como uma complexa projeção ideológica 
de necessidades sociais e culturais de um grupo ou sociedade. 
e) Os símbolos religiosos atuam para refrear as necessidades sociais e 
culturais manifestadas por um grupo ou sociedade. 
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon942/aula7.html
 
Reposta: B 
 
46. Sobre a maneira como a Antropologia estuda a religião, alguns autores 
como Marcelo Camurça, Rita Segato, Rubem Fernandes e Otávio Velho, 
discorreram sobre os dilemas da pesquisa antropológica sobre a religião, em 
especial os desencontros entre o ponto de vista do nativo e o ponto de vista 
do pesquisador. 
Tendo em vista as características de cada ponto de vista sobre os fenômenos 
religiosos, assinale a alternativa correta: 
a) Do ponto de vista nativo, a religião é vista como absoluta e ontológica; do 
ponto de vista do pesquisador a religião é vista como ideologia e alienação. 
b) Do ponto de vista nativo, a religião é vista ideologia e alienação; do ponto 
de vista do pesquisador a religião é vista como absoluta e ontológica. 
c) Do ponto de vista nativo, a religião é vista como absoluta e ontológica; do 
ponto de vista do pesquisador a religião é vista como relativa e metafórica. 
d) Do ponto de vista nativo, a religião é vista como absoluta e ontológica; 
do ponto de vista do pesquisador a religião é vista como relativa e ontológica. 
e) Do ponto de vista nativo, a religião é vista como ideologia e ontológica; 
do ponto de vista do pesquisador a religiãoé vista como alienação e absoluta. 
 
Resposta: C 
 
47. Os fenômenos da mente, da memória, dos sentimentos, que estão 
presentes nas vivências religiosas, já eram conhecidos e pensados por 
muitos, entre eles Agostinho que tentou conciliar a tradição moral cristã e a 
tradição filosófica grega. 
Sobre a questão da subjetividade e do eu, há diferenças. Assinale a alternativa 
correta: 
a) Na tradição grega o “Eu” é interiorizado e reflexivo, para Agostinho era 
“externo”. 
b) Na tradição cristã o “Eu” é interiorizado-intencional, para os filósofos 
gregos era “externo”. 
c) Na tradição filosófica grega, a subjetividade é pensada como 
interioridade, amor-próprio. 
d) Na tradição filosófica cristã, a subjetividade é pensada em função da 
pólis ou cidade-estado. 
e) No centro da tradição cristão, Agostinho inaugura a subjetividade 
moderna como positividade. 
 
Resposta: B 
 
 
48. As primeiras investigações psicológicas influenciaram os estudos da 
Psicologia da Religião, destacando-se, o nome de Wilhelm Wundt (1830-
1920). Marque as duas heranças que este autor deixou e que influenciaram as 
pesquisas da Psicologia da Religião: 
a) A Psicologia experimental e o método da introspecção. 
b) A Psicologia humanista e o método da observação-participante. 
c) A Psicologia analítica e o método etnográfico. 
d) A Psicologia experimental e o método da observação-participante. 
e) A Psicologia experimental e o método laboratorial. 
 
Resposta: A 
 
 
49. Será nos Estados Unidos da América, país que, no século XIX, tinha grande 
efervescência religiosa, que a Psicologia da Religião (PR) nascerá como 
disciplina autônoma. Há nesse país, duas grandes tradições de teoria e 
método que abordaram a religião. 
Das análises da religião, assinale a alternativa correta: 
a) Para James Leuba, a religião possui uma única dimensão institucional 
com ritos e dogmas. 
b) Para James Leuba, a religião possui uma manifestação institucional e 
uma expressão subjetiva. 
c) Para William James, a religião, enquanto realidade psíquica, é uma 
experiência genuína. 
d) Para William James, a religião, enquanto realidade psíquica, é uma 
experiência alienada. 
e) Para William James, a religião, enquanto realidade coletiva, é uma 
experiência genuína. 
 
Reposta: C 
 
 
50. Sobre a contribuição de Sigmund Freud e Carl Jung, para a Psicologia da 
Religião, assinale a alternativa correta: 
a) No pensamento de Freud, a religião é análoga à neurose individual, isto é, 
é uma neurose obsessiva da humanidade. 
b) No pensamento de Freud, a religião nasceu da necessidade de defesa 
diante da natureza e da vontade de reprimir as imperfeições da civilização. 
c) No pensamento de Jung, a religião é uma atitude da mente humana que 
remente à linguagem da razão fria, abstrata e sistemática. 
d) No pensamento de Jung, a religião é uma atitude da mente humana que 
remente à linguagem intuitiva, à fantasia, ao mito e ao afeto. 
e) No pensamento de Freud, a religião remete ao matricídio original, quando 
a horda primordial era comanda por uma mãe que possuía os bens e os 
homens, excluindo os filhos que cresciam. 
 
Resposta: D 
 
 
51. Os desafios da Psicologia da Religião contemporânea são muitos, em 
especial os relativos aos métodos e às pesquisas. Sobre os riscos, os 
métodos e as teorias, na Psicologia da Religião (PR), assinale a alternativa 
correta: 
a) Na PR, existem dois métodos básicos para pesquisar o fenômeno 
religioso, são o fenomenológico e o empírico. 
b) Na PR, a filiação ou não filiação religiosa pode trazer um risco duplo, o de 
produzir uma teoria submissa às instituições religiosas e o de produzir uma 
teoria sensível ao fenômeno religioso. 
c) Na PR, a escolha da teoria e do método de estudo do fenômeno religioso 
dependem de uma vontade externa, suprir, divina ou sagrada. 
d) Na PR, a escolha da teoria e do método de estudo do fenômeno religioso 
não dependem do objetivo da pesquisa nem do objeto estudado. 
e) Na PR, a filiação ou não filiação religiosa pode trazer um risco duplo, o de 
produzir uma teoria submissa às instituições religiosas e o de produzir uma 
teoria insensível do fenômeno religioso. 
 
Resposta: E 
 
 
52. A atividade consiste em revisar a aula e responder às questões: 
 
A) Qual o objeto da Psicologia da Religião? 
o objeto da Psicologia da Religião é a vivência religiosa do indivíduo ou da 
pessoa humana; 
 
B) Quais são as principais escolas influências e autores? 
as principais escolas são a Clássica, a Americana, a Influência Freudiana e 
Junguiana; e os autores mais importantes são Granville Hall, James Leuba, 
Edwin Starbuck, William James, Sigmund Freud, Carl Jung e Gordon Allport. 
 
 
53. A atividade consiste em ler o artigo indicado para leitura, “Da crítica à 
Sociologia da Religião uma viragem e seu impacto sociocultural” e assistir aos 
dois vídeos pequenos indicados. 
 
A partir disso, responda: 
 
1) como nasceu a Sociologia da Religião; 
a Sociologia da Religião nasceu junto com a Sociologia e em uma época de 
profundas transformações sociais, industrialização etc. Ela surgiu como 
tentativa de compreender a sociedade em transformação por meio da religião. 
Por isso, a crítica da religião é uma das precursoras da Sociologia da Religião; 
 
2) como a Sociologia da Religião vê os fenômenos religiosos? Cite dois 
autores clássicos. 
Sociologia da Religião vê os fenômenos religiosos como expressões sociais, 
ligadas às dinâmicas da cultura e da sociedade. Durkheim, por exemplo, via o 
sagrado/religião como a transfiguração do social e Max Weber via a religião 
como fonte de sentido da ação social. 
 
 
54. As religiões que possuem escrituras sagradas, como o Cristianismo, o 
Hinduísmo, o Budismo, o Islamismo e o Judaísmo, enfrentam um dos maiores 
desafios, que é a interpretação das palavras sagradas escritas no texto. A 
interpretação passa pela questão de entender a religião como linguagem. 
Nesse sentido, considerando a questão da religião como uma linguagem 
assinale a alternativa correta: 
a) Um texto sagrado expressa um tipo único de linguagem e só pode ser 
interpretado por um tipo de linguagem. 
b) Um texto sagrado contém um tipo único de linguagem e só pode ser 
entendido com um único tipo de linguagem. 
c) Um texto sagrado expressa diferentes tipos de linguagem e só pode ser 
bem entendido se se consideram as funções dessas linguagens. 
d) Um texto sagrado é a expressão de diversos tipos de linguagem e só ser 
entendido a parir de um único tipo de linguagem. 
e) Um texto sagrado é fruto de muitos tipos de linguagem e só pode ser 
entendido com um tipo de linguagem. 
 
Resposta: C 
 
 
55. A religião pode ser vista como a expressão de linguagens, por exemplo, 
uma linguagem espaço-territorial. Em outras palavras, toda religião existe em 
um espaço e território e possui uma linguagem espacial. Mircea Eliade analisa 
essa linguagem, no livro O sagrado e o profano. 
A partir dessa análise, indique a alternativa correta: 
a) Para o homem religioso, o espaço não é homogêneo, ou seja, o espaço 
apresenta rupturas e quebras; há porções de espaço qualitativamente 
diferentes das outras. 
b) Para o homem religioso, o espaço é homogêneo, ou seja, o espaço não 
apresenta rupturas e quebras; não há porções de espaço qualitativamente 
diferentes das outras. 
c) Para o homem religioso, o espaço não é homogêneo, ou seja, o espaço 
não apresenta rupturas e quebras; não há porções de espaço qualitativamente 
diferentes das outras. 
d) Para o homem religioso, o espaço é homogêneo, ou seja, o espaço 
apresenta rupturas e quebras; não há porções de espaço qualitativamente 
diferentes das outras. 
e) Para o homem religioso, o espaço é heterogêneo, ou seja, o espaço não 
apresenta rupturas e quebras; há porções de espaço qualitativamente 
diferentes das outras. 
 
Reposta: A 
 
 
56. A ciência, a religião e a poesia são linguagens distintas, com contextos, 
histórias e funções distintas que mudaram ao longo do tempo, segundo o 
filósofo Wilhelm Dilthey (1833-1911).Sobre a distinção de gênero de linguagens, assinale a alternativa correta: 
a) Na linguagem cientifica, a relação e a função essencial não são 
expressas em cadeias de causalidade, explicadas em uma lógica rigorosa sem 
falácias. 
b) Na linguagem religiosa, a relação e a função essencial são expressas em 
cadeias de causalidade, explicadas em uma lógica rigorosa sem falácias. 
c) Na linguagem poética, a relação e a função essencial são expressas em 
cadeias de causalidade, explicadas em uma lógica rigorosa sem falácias. 
d) Na linguagem cientifica, a relação e a função essencial são expressas 
em cadeias de metáforas e analogias poéticas, explicadas em uma lógica 
simbólica. 
e) Na linguagem religiosa, a relação e a função essencial são expressas de 
diversos modos, o poético, o moral, o sapiencial etc. 
 
Resposta: E 
 
 
57. A religião pode ser entendida como organização, ou seja, uma estrutura 
que pretende perdurar no tempo e no espaço transmitindo a mensagem 
religiosa. Muitos foram os autores que analisaram esse aspecto das religiões. 
Sobre a religião como organização, assinale a alternativa correta: 
a) Uma religião possui como elementos básicos, um sistema de crenças, 
um código ético e um sistema de organização. 
b) Uma religião, na perspectiva durkheimiana, é uma linguagem encarnada 
em práticas e ritos concretos, mas uma linguagem que socializa os indivíduos. 
c) Uma religião, na perspectiva durkheimiana, é uma linguagem que marca 
a passagem do carisma selvagem para uma situação de rotina, a rotinização 
do carisma. 
d) Uma religião, na perspectiva durkheimiana, não é uma linguagem do 
conflito entre o sagrado selvagem, efervescente e espontâneo e o sagrado 
domesticado, burocratizado. 
e) Uma religião, na perspectiva durkheimiana, não é uma linguagem que 
marca a passagem do carisma selvagem para uma situação de rotina, a 
rotinização do carisma. 
 
Resposta: B 
 
 
58. A religião, na modernidade, se tornou uma linguagem política, de protesto 
e identidade. Mas, entre o mundo medieval e o mundo moderno, emergiram a 
laicidade e a secularização. 
Sobre essa passagem e transformação, assinale a alternativa correta: 
a) A religião, como linguagem de poder e como poder da linguagem, ocupa 
lugar central no mundo moderno. 
b) A religião, como linguagem de poder e como poder da linguagem, não 
ocupou lugar central no mundo do medievo. 
c) A religião, apesar de perder a centralidade no mundo moderno, 
reproduziu velhos sentidos e não mobilizou mudanças e lutas reacionárias. 
d) A religião, no mundo moderno, adquiriu novos sentidos públicos, 
políticos e sociais, mobilizou mudanças e lutas reacionárias. 
e) A religião, como centro do mundo moderno, perdeu sentidos públicos, 
políticos e sociais, mas mobilizou mudanças e lutas reacionárias. 
 
Resposta: D 
 
 
59. A religião possui muitas linguagens e é, ela mesma, uma poderosa 
linguagem. Em relação à linguagem espacial da religião, assinale a alternativa 
correta: 
a) Na linguagem espacial da religião, as hierofanias são fundamentais. 
b) Na linguagem espacial da religião, as hierofanias não são fundamentais. 
c) Na linguagem espacial da religião, o turismo religioso é fundamental. 
d) Na linguagem espacial da religião, apenas as romarias são 
fundamentais. 
e) Na linguagem espacial da religião, somente as hierofanias celestes são 
fundamentais. 
 
Resposta: A 
 
 
60. A religião se expressa por meio das linguagens artísticas, como a 
literatura e a pintura. São muitos os aspectos dessa expressão, inclusive 
históricos e sociais. Assinale, em relação à religião e sua linguagem como 
arte, a alternativa correta. 
a) As sociedades caçadoras e coletoras, em geral, construíram grandes 
monumentos em rocha. 
b) As sociedades agrícolas não destacaram o papel do feminino associado 
a ideia de fecundidade. 
c) As sociedades mais complexas só entaleceram a literatura sagrada de 
fonte oral. 
d) Nas sociedades complexas, a religião se expressa por meio de múltiplas 
linguagens artísticas. 
e) Nas sociedades complexas, a religião só expressa por meio de um tipo 
de linguagem artística. 
 
Resposta: D 
 
 
61. A relação entre religião e cada linguagem artística é, pelo menos no 
Mundo Ocidental, muito rica, ampla e complexa, com aspectos conflitivos. 
Sobre a relação entre arte e religião, assinale a alternativa correta. 
a) As linguagens artísticas, como a dança, a pintura, a escultura, o cinema, 
a fotografia, não conseguem expressar o religioso, o sagrado, o terrível, o 
poderoso. 
b) Alguns conflitos entre religião e arte podem ocorrer devido ao 
desconhecimento das linguagens religiosas e artísticas. 
c) Qualquer artista expressará, em geral, sua visão do sagrado dentro das 
regras do mundo da arte. 
d) A linguagem artística tende a ser ontológica e moral, enquanto a 
linguagem religiosa tende a ser figurada, metafórica, crítica, irreverente, 
inversora e livre. 
e) As belezas artísticas de templos, esculturas, e pinturas, músicas e 
literatura relativas ao sagrado só existem no Cristianismo. 
 
Resposta: B 
 
 
62. No mundo moderno e pós-moderno, a religião se expressa também por 
meio de linguagens como o consumo e a mídia. A respeito da relação entre as 
linguagens cibernéticas e religião, assinale a alternativa correta: 
a) Os religiosos reacionários não usam as plataformas midiáticas para 
militar contra aspectos que consideram moralmente errados. 
b) Os religiosos progressistas não usam as plataformas midiáticas para 
militar a favor de aspectos que consideram passíveis de mudança. 
c) As religiões, umas mais, outras menos, interagem de forma complexa 
com as novas linguagens midiáticas e cibernéticas. 
d) Muitos religiosos (leigos, padres, bispos, sacerdotes, pastores) não usam 
as redes sociais eletrônicas como plataforma para discursos religiosos. 
e) Muitos religiosos (leigos, padres, bispos, sacerdotes, pastores) usam as 
redes sociais eletrônicas como plataforma apenas para discursos políticos. 
 
Resposta: C 
 
 
63. A religião e a espiritualidade serão vistas de forma diferente, até mesmo 
oposta. Sobre a religião, como linguagem política e sobre a relação entre 
espiritualidade e pós-modernidade, assinale a alternativa correta: 
a) A religião, como linguagem política, não pode significar reação 
conservadora, protesto social ou violência. 
b) As religiões retraíram-se do espaço público e não advogam luta para 
restaurar antigos padrões de moral, costume. 
c) As religiões retraíram-se do espaço público e não advogam luta para 
avançar pautas de modernização e mudança de costumes, moral. 
d) Na espiritualidade, não predominam a disposição de serviço, a tolerância 
para com a crença (ou a descrença) alheia, a sabedoria de não transformar o 
diferente em divergente. 
e) A religião, como expressão de uma linguagem política, pode significar 
reação conservadora, protesto e busca pela igualdade e justiça social ou 
violência. 
 
Resposta: E 
 
 
64. A atividade consiste em visitar os links recomendados desta aula e 
responder: Como se relacionam a religião e as linguagens? 
A relação entre religião e linguagens é múltipla: estética e literatura se tornam 
veículos de expressão do sagrado e a própria religião se torna uma linguagem, 
por exemplo, espacial e política. Há conflitos e enriquecimentos.

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