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30/10/2012 1 UNIVERSIDADE FERERAL DE RONDÔNIA Faculdade de Enfermagem Enfermagem do Adulto e Idoso II Assistência de Enfermagem ao Paciente Pós Operatório . Ana Lúcia Billig, Ma 30/10/2012 2 Unidade de Cuidados Pós Operatórios � Primeira descrição: 1863 no livro Notes on Hospital ( Florence Nightingale ) � Local de cuidados intensivos Função: Garantir a recuperação segura dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos sob anestesia geral ou local � Equipada para receber casos ambulatoriais e casos graves que necessitem cuidados intensivos Evolução: Tranquila ou Complicações 30/10/2012 3 � Localização;Próxima BC � Número de leitos; Depende tamanho hospital � Número de funcionários;Um cada 12 � Ventilação, iluminação, circulação; � Isolamento; � Pontos O2, ar comprimido, vácuo, tomadas; �Monitores; Monotorizar SV �Material de emergência. � Avaliação dos sinais vitais; � Nível de consciência; � Força muscular e dor; � Controle dos curativos; � Drenos, sondas, vias venosas; �Mensuração da diurese e secreção gástrica; � Parâmetros reavaliados a cada 15 minutos. 30/10/2012 4 � Associadas às Condições Clínicas Pré Operatórias � Extensão e Tipo de Cirurgia � Intercorrências Cirúrgicas e Anestésicas � Respiratórias � Cardiovasculares � Renais � Neurológicas � Hepáticas � Térmicas 30/10/2012 5 O PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO As Primeiras 24 horas Após o Ato Cirúrgico � Manutenção da hemostasia orgânica � Promoção dos parâmetros e funções vitais � Monitorização das funções vitais (respiração, circulação, metabolismo, sensorial e excretora) Manutenção da Vias Aéreas � Aspiração traqueal � Reanimador Manual ou Ventilador Mecânico � Posição no leito Controle e Equilíbrio Hemodinâmico � Monitorização continua � PA � PVC � Investigar e observar criteriosamente sinais de sangramanto (cirurgia) Controle e Balanço Hidríco Controle da Dor e Promoção de Conforto � Posicionamento Adequado � Administração de Analgésico 30/10/2012 6 PÓS OPERATÓRIO MEDIATO Após as 24 horas do Ato Cirúrgico - Existe a dor, mas com menos intensidade � Promoção de deambulação precoce � Higiene após a cirurgia � Realizar curativo após o banho PÓS OPERATÓRIO TARDIO � Tempo Indeterminado � Se relaciona com o desaparecimento dos sinais clínicos (dor, mal estar, instabilidade dos sistemas ôrganicos) � Evolução da cicatrização do processo cirúrgico � As ações de enfermagem se baseam nas manifestações do paciente após a cirurgia � Orientação do auto cuidado 30/10/2012 7 Alteração dos Sinais Vitais – TPR - PA Hipertermia: Temperatura elevada acima da normalidade: Conduta: Retirar cobertores, resfriar o ambiente, aplicar compressas frias nas regiões axilar e inguinal e medicar com antitérmico, de acordo com a prescrição; Hipotermia: Temperatura abaixo normalidade: Conduta: O cliente deve ser agasalhado e sua temperatura monitorada PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES Alteração Neurológica: Sonolência A sonolência é uma característica muito frequente no paciente cirúrgico. Ações: avaliação do nível de consciência deve ser sempre verificada mediante alguns estímulos (perguntas situando o paciente tempo e espaço) , (estímulo tátil). 30/10/2012 8 Dor: Geralmente na região da incisão cirúrgica Conduta: Trocar os curativos, aliviar a retenção de urina , fazer a mudança de decúbito, apoiar segmentos do corpo em coxins. Escurecer o ambiente , diminuir barulho estimulando o cliente a repousar e/ou proporcionar-lhe algo que o distraia, por exemplo, televisão, música, revistas, etc. Administração de medicação conforme prescrição ALTERAÇÕES NEUROLÓGICA Soluço Os soluços são espasmos intermitentes do diafragma, provocados pela irritação do nervo frênico. No pós operatório, suas causas mais comuns são a distensão abdominal e a hipotermia. Conduta: Aspiração ou lavagem gástrica conforme prescrição (na distensão abdominal), deambulação, aquecimento do cliente hipotérmico e mudança de decúbito. Orientar o paciente para inspirar e expirar porque o dióxido de carbono diminui a irritação nervosa. Administrar medicações de acordo com a prescrição médica 30/10/2012 9 COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS: Limitação na expansão pulmonar pelo acúmulo de secreção traqueobrônquica e dificuldade do paciente em eliminá-la. Atelectasia: È o colapso de parte ou todo pulmão.Pode ser causada por bloqueio na passagem do ar pelos brônquios. Manifestações: Aumento na frequência respiratória, dispnéia, hipoventilação pulmonar, cianose, agitação, alteração de nível de consciência. 30/10/2012 10 Conduta: Manutenção da Ventilação; � Permeabilidade das vias aéreas (aspiração traqueal, posicionamento adequado) estimulação da tosse e exercícios respiratórios; � Realizar nebulização e mudança de decúbito. PNEUMONIA: Inflamação do parênquima pulmonar (alvéolos) normalmente provocada por um processo infecciosos, geralmente de origem bacteriana Manifestações: � Dor torácica � Febre � Tosse produtiva � Calafrios � Prostração � Eliminação de muco purulento � Dispnéia 30/10/2012 11 Conduta: Mudança de decúbito Promoção de expectoração Ações; Administração de medicação Higiene corporal Estimular ingesta hídrica Estimular deambulação 30/10/2012 12 Embolia Pulmonar: È o bloqueio da artéria pulmonar ou de um de seus ramos ocasionando obstrução parcial ou total, causada por trombos ou êmbolos. Manifestações: � Dor aguda no peito (comum na fase aguda); � Dispnéia; � Diaforese; � Ansiedade; � Agitação; � Alterações de nível de consciência podendo levar a morte. COMPLICAÇÕES PULMONARES COMPLICAÇÕES PULMONARES Conduta: � Prevenção do quadro de trombo embolismo, administrando medicações prescritas (anticoagulantes) � Exame físico; � Realizar exercícios ativos ou passivos (simples contrações musculares poderão ajudar no retorno venoso); � Controlar administração de medicamento; � Estimular a deambulação, mudança de decúbito em intervalos regulares). 30/10/2012 13 COMPLICAÇÕES URINÁRIAS Infecção Urinária: È a infecção ou colonização do trato urinário por microorganismo como bactérias, vírus ou fungos. Manifestação: � Hipertermia; � Disúria ou polaciúria � Alterações nas características da urina. COMPLICAÇÕES URINÁRIAS Conduta: Higiene íntima adequada do paciente, bem como técnica asséptica na passagem da sonda e sempre utilizando, conectores e coletores esterilizados com sistema fechado de drenagem. Retenção Urinária: Medicar o paciente para a dor, promovendo sua privacidade, mudando-lhe de posição (se não houver contra-indicação) . Avaliar a presença de dobraduras e grumos nas extensões das sondas e drenos. 30/10/2012 14 COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS Náuseas e Vômito: Os efeitos colaterais dos anestésicos e a diminuição do peristaltismo ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquidos ou gases; em consequência, o paciente pode apresentar náuseas e vômito. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS Conduta: Pacientes sem sonda nasogástrica devem ser colocados em decúbito lateral ou com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem do vômito pela boca. Pacientes com sonda nasogástrica, abrir a sonda e, manter aberta, proceder à aspiração para esvaziar o conteúdo gástrico. Administrar antieméticos, de acordo com a precrição. 30/10/2012 15 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL: Diminuição do peristaltismo provocada pelo efeito colateral do anestésico, imobilidade prolongada no leito, quadro inflamatório, exposição e manipulação do intestino durante as cirurgias abdominais. Como resultado, ocorre retenção de fezes acompanhada ou não de dor, desconforto abdominal e flatulência. Conduta Movimentação no leito, deambulação precoce, ingestão de líquidos e aceitação de alimentos ricos em fibras . Orientação ao paciente para deglutir menos ar ao beber ou ingerir alimentos, podem ajudar no retorno do movimentos peristálticos e diminuir o acúmulo de gases. Promover sua privacidade para que possa eliminar os gases. O médico poderá prescrever laxantes. Sede Provocada por perdas sanguíneas e de líquidos pela cavidade expostadurante o ato operatório, sudorese e hipertermia. Conduta: A equipe de enfermagem deve observar a presença de sinais de desidratação (alteração no turgor da pele e da PA e diminuição da diurese), manter a hidratação por via oral e, nos pacientes impossibilitados de hidratar-se por via oral, umidificar os lábios e a boca, realizar higiene oral e manter hidratação endovenosa. 30/10/2012 16 Hemorragia Primária: Se relaciona com o processo cirúrgico intermediário: Primeiras 12 horas de pós operatório Secundária: Até 24 horas após a cirurgia � Interna: Ocorre para o interior de uma cavidade � Externa: A localização do sangramento é visível, o sangue se exterioriza COMPLICAÇÕES VASCULARES Manifestações: � Taquicardia; � Taquipnéia; � Cianose; � Hipotensão; � choque. COMPLICAÇÕES VASCULARES 30/10/2012 17 Conduta: � Controlar SV, posicionamento adequado de acordo com condição do paciente. � Supressão do sangramento(compressão dos vasos ou tecidos quando possível); � Cateterismo vesical, sonda nasogástrica; � Lavagem gástrica no caso de hemorragia digestiva; � Controlar medicamentos e soluções administradas incluindo hemoderivados, coleta e amostra de exames. Infecção da Ferida Cirúrgica � Caracteriza-se pela presença de secreção purulenta que varia de clara inodora a pus espesso com odor fétido, com a presença ou não de necrose nas bordas da ferida. �Quando ocorre um processo inflamatório, normalmente os sintomas se manifestam entre 36 e 48 horas após a cirurgia, mas podem passar desapercebidos devido à antibioticoterapia. 30/10/2012 18 Infecção da Ferida Cirúrgica Prevenção: Preparo pré-operatório adequado, utilização de técnicas assépticas, observação dos princípios da técnica de curativo e alerta aos sinais que caracterizam a infecção. Os pacientes devem ser orientados quanto aos cuidados, durante o banho, com o curativo fechado. Nas instituições que têm por rotina trocar o curativo somente após o 2º dia pós-operatório (DPO), o mesmo deve ser coberto com plástico, como proteção à água do chuveiro - caso molhe acidentalmente, isto deve ser notificado. Nas instituições onde os curativos são trocados diariamente, o curativo pode ser retirado antes do banho, para que o paciente possa lavar o local com água e sabão e refeito logo após. Deiscência Abertura total ou parcial da incisão cirúrgica provocada por infecção, rompimento da sutura, distensão abdominal, ascite e estado nutricional precário do paciente. Conduta: lavagem ou irrigação do local com solução fisiológica, podendo haver a necessidade de o paciente revisar os pontos cirúrgicos. A troca do curativo pode ou não ser atribuição da equipe de enfermagem e o tempo de permanência dos curativos fechados depende da rotina da instituição ou da equipe médica. Todos os curativos com saída de secreções (purulenta, sanguinolenta) devem ser do tipo fechado; nos casos de sangramento, indica-se o curativo compressivo. 30/10/2012 19 CHOQUE Estado inadequação circulatória grave, condições orgânicas e fisiológicas que impossibilitam a manutenção do debito cardíaco capaz de atender as necessidades metabólicas do organismo. Suprimento de oxigênio inadequado. � Choque Hipovolêmico: Relacionado a grande hemorragia; � Choque Séptico: Infecção por bactéria, causado por endotoxinas � Choque Cardiogênico: Insuficiência cardíaca levando à falência do orgão � Choque Neurogênico: Alterações Neurológicas 30/10/2012 20 Manifestações: � Acentuada hipotensão arterial, baixo débito cardíaco � Hipoperfusão tecidual � Importante hipóxia � Baixo débito urinário(oligúria) � Taquicardia ou bradicardia � Pulso filiforme � Alterações importantes do nível de consciência Condutas: � Decúbito dorsal; � Permebilidade das vias aéreas; � Avaliar dinâmica ventilatória; � Realizar rigoroso balanco hidríco; �Monitorizar sinais vitais; �Manter paciente aquecido. 30/10/2012 21 Acreditamos que: “Cuidar da vida é o atributo mais valioso que a Enfermagem tem a oferecer à humanidade...” WATSON –1988
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