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EMPREENDEDORISMO

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Universidade do Sul de Santa Catarina
UnisulVirtual – Educação Superior a Distância	
	
	Atividade de avaliação a distância (AD)
Esta avaliação corresponde às unidades de 1 a 6. 
Disciplina: Empreendedorismo
Curso: MULTIMÍDIA DIGITAL
Professor: LAMUNIÊ SOUZA
Nome do aluno: EDVALDO CARLOS ALVES BEDELEGUE MAT. 440983
Data: 16/09/2009
Critérios de avaliação:
A avaliação deverá ser realizada individualmente. 
Será avaliada a capacidade de aplicação dos conceitos estudados. Para isso, é necessário ter uma compreensão clara dos conceitos da disciplina.
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA)
Atividade: com base no caso “A casa de comida russa” responda as questões relacionadas a seguir.
Estudo de Caso - A Casa De Comida Russa*
* Caso extraído do livro: DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
Quando Sérgio saiu de seu último emprego, decidiu que aquele tinha sido seu último chefe. Afinal, tinha reservas financeiras, um excelente capital, e podia iniciar um negócio.
Por muito tempo leu revistas, jornais, andou por todos os lados, conversou com amigos, mas não tinha muita certeza do que queria fazer. Havia encontrado um pequeno local perto de sua casa em Ipanema, muito abaixo do custo real. Era uma oportunidade. Mas o que poderia montar lá?
Uma noite sonhou com uma viagem que tinha feito à Rússia. Fora a trabalho, e chegara muito assustado: era um regime político estranho, outra cultura. Surpreendeu-se com a cordialidade do povo, a alegria. E lembrava-se de ter comido uma sopa de tartaruga. Primeiro não queria, era muito gordurosa. Depois descobriu que poucas coisas poderiam ser tão saborosas. Além disso, quando acabou de tomar, parecia que o frio havia desaparecido.
Quando acordou, pensou que aquele sonho tinha sido uma inspiração. Por que não abrir um restaurante de comida russa? Tinha ido à Rússia (na época União Soviética) três vezes, e em uma das viagens, chegara a ficar trinta dias. Conhecia vários pratos típicos. E a verdade era que aquela comida combinara com seu paladar. O local que Sérgio estava querendo comprar era pequeno, mas comportava um restaurante com trinta pessoas sentadas confortavelmente.
Além da sopa, poderia colocar mais três ou quatro pratos no cardápio, bebidas, petiscos e doces. Nada muito variado, porque o local era pequeno, não havia muito espaço para cozinhar.
Aquele tipo de negócio, comemorou Sérgio, tinha tudo a ver com ele. Os amigos o viam como um homem de grande cultura, viajado. Não seria seu estilo abrir uma loja de sucos, uma lanchonete. Aquilo sim, tinha a ver com sua personalidade. Sérgio sabia que para ter sucesso nos negócios é preciso fazer algo de que se gosta, com o que você possa se divertir.
Em pouco tempo montou o cardápio, definiu a média dos preços. Era preciso cobrar caro, porque muitos elementos precisariam ser importados.
Nas três semanas seguintes, trabalhou alucinadamente. Fez planejamento financeiro, projetou todos os custos, calculou as receitas esperadas. Procurou um cozinheiro competente, pessoal para trabalhar. Finalmente comprou o local e começou as obras de decoração.
Três meses depois...
Sérgio se perguntava se alguma coisa estava errada. Calculara tudo minuciosamente... a imprensa tinha divulgado o local, e nas primeiras semanas muitas pessoas apareceram para experimentar. Sérgio havia feito uma previsão de 100 clientes por dia. Em um cálculo conservador, segundo seus estudos, obteria mensalmente uma boa receita bruta, que lhe permitiria cobrir todos os custos e ainda lucrar para manter o padrão de vida a que estava habituado.
Mas até agora, estava fazendo uma média de apenas 10 clientes por dia. Com isso, tinha prejuízos, e sua provisão para suportar os primeiros meses estava se consumindo rapidamente. Onde tinha errado? Ele pensava.
Resolveu então ligar para seu antigo colega de trabalho, que ainda é diretor de marketing na empresa. Ele certamente poderia lhe dar alguma dica para promoção de vendas.
Antônio Almeida foi muito cordial e procurou encorajá-lo:
- Sérgio, você não pode perguntar para mim porque as pessoas não estão indo ao seu restaurante. Você tem que perguntar a elas, só elas podem te dizer. Eu te digo porque eu não iria: meu organismo não lida muito bem com comida gordurosa, embora eu adore. Aquela sopa de tartaruga é ótima quando faz 10 graus abaixo de zero, mas aqui no Rio... Mas isso sou eu. Eu talvez não seja seu público-alvo.
Sérgio gostou da idéia e resolveu fazer uma pesquisa informal. Pediu à mulher e às filhas que sondassem com as pessoas: os vizinhos, as pessoas que passavam na rua... Uma pesquisa bem superficial e amadora foi suficiente para descobrir que:
Poucos conhecem comida russa no Rio.
Poucos querem comida gordurosa. Em Ipanema, em geral, são preferidas as casas de comidas leves, de preferência com baixas calorias.
As pessoas são sensíveis a preço quando se trata de restaurante. Não estão dispostas a pagar caro por uma sopa, a não ser em circunstâncias e lugares muito especiais.
Havia mais, muito mais para pesquisar. Sérgio tentou colocar-se no lugar dos clientes. Imaginou-se na praia de Ipanema, aquele sol escaldante. Aí ele volta para casa, tomava um banho e... tomava sopa de tartaruga e uma vodka? Neste momento colocou as mãos na cabeça. Como foi tão ingênuo?
Com base no estudo das unidades 1 a 6 do material didático, responda as questões a seguir. 
Perguntas: 
Na sua análise Sérgio é realmente um empreendedor? Quais características deste perfil são possíveis de ser identificadas em nosso personagem? Justifique sua indicação.
Na minha opinião, Sérgio demonstrou ter algumas características do empreendedorismo, porém estas não foram suficientes para que fosse bem sucedido.
Teve iniciativa própria, ao sair de seu emprego, deixando de ser um subordinado para ter a autonomia de comandar seu próprio negócio. Nota-se também, que ele tinha o desejo de realização pessoal e acreditava na intuição, a ponto de ver num sonho, a inspiração para o ramo que resolveu empreender.
Ele também tentou inovar, fazendo de um produto exótico e incomum, o carro chefe de seu negócio.
Porém, como ficou provado nesse caso, inovar por si só não garante o sucesso, é preciso ter profundo conhecimento sobre o mercado e o produto a ser comercializado. No caso de Sergio, o produto era inicialmente atrativo, por se tratar de uma novidade, mas não mostrou potencial para se manter por muito tempo, pois não se tratava de uma necessidade de mercado.
 Indique (e justifique) duas habilidades e duas competências que mais tenham se destacado em nosso personagem. Analise porque, na sua opinião, essas habilidades e competências não foram suficientes para o sucesso do negócio? 
HABILIDADES:
- Uso da intuição, acreditou no sonho que teve e aliou-o ao seu desejo de realização pessoal e autonomia;
- Senso inovador, investindo em um negócio de pouca concorrência (culinária exótica), oferecendo um produto de características peculiares no mercado.
COMPETÊNCIAS:
- Competência Individual
Sérgio possuía conhecimentos administrativos, bom nível cultural, formação e recursos financeiros;
- Competência Gerencial
Nota-se que ele acumulou funções, planejou gastos, projetou custos e receitas, contratou mão de obra especializada e adequou o espaço físico do estabelecimento.
Essas habilidades e competências não foram suficientes porque é preciso um conjunto bem mais amplo de fatores que somados, podem garantir que um empreendimento dê certo.
Sérgio não elaborou um Plano de Negócios que pudesse servir de guia para ajuda-lo a tomar decisões vitais, como identificar o nicho de mercado que pretendiaatingir, o perfil do público consumidor, seus hábitos alimentares, os riscos de prejuízos, a concorrência, a viabilidade da política de preços, se havia compatibilidade entre o cardápio e o clima local.
Caso tivesse sido mais criterioso, Sérgio poderia ter aproveitado melhor a oportunidade, escolhendo um ramo de negócios mais adequado e menos arriscado.
Sérgio estava diante de uma real oportunidade de negócio? Quais os aspectos que devem ser levados em consideração para avaliar uma oportunidade de negócios? Faça uso de sua análise, relacionando os conceitos apresentados no material didático com as ações desenvolvidas por nosso personagem ao longo do desenvolvimento de seu negócio. 
Sim, porém, as circunstâncias e o ramo que ele escolheu não foram propícios. Sérgio não planejou adequadamente a oportunidade que teve.
“Saiba que uma boa idéia nem sempre é uma oportunidade de negócio.” www.administradores.com.br
Se não houver a necessidade de mercado, um produto/serviço poderá não permanecer no mercado nem ter potencialidade lucrativa, deve ser constantemente atrativo, atualizável, adaptável e satisfazer as necessidades do consumidor.
Nesse caso específico, Sérgio tinha alguns aspectos que o favoreciam, como capital disponível, loca de custo abaixo do preço de mercado, localizado em área privilegiada do RJ, com potencial turístico e grande movimentação de pessoas. Tinha ainda algum embasamento técnico e conhecimentos culturais, devido às viagens e ao seu grau de estudos.
Isso aliado a sua empolgação inicial, fez com que ele não fundamentasse com mais propriedade seu processo de decisões, começando pela escolha do ramo de negócios baseado em algo surreal (sonho - no sentido literal), passando pela projeção da margem de lucros sem base consistente de dados técnicos.
Como ele próprio constatou mais tarde, o local, o clima e as características do cardápio não eram compatíveis e os preços (altos) afastaram o público consumidor, estagnando seu negócio com velocidade proporcionalmente inversa a do animal que lhe fornecia matéria-prima para a sopa. 
Aspectos que devemos avaliar diante de uma oportunidade de negócios:
- Angariar recursos financeiros – no caso de Sérgio, seu trabalho lhe deu condições financeiras para montar o negócio sem recorrer a recursos externos (empréstimos);
- Elaborar o Plano de Negócios como instrumento de avaliação abrangente com todos os dados do futuro empreendimento, possibilitando obter respostas e bases consistentes de dados, coisa que Sérgio não fez adequadamente;
- Desenvolvimento de cronogramas e metas, estabelecendo um plano alternativo (contingência) em casos de não se atingir as metas conforme o esperado;
- Delegar responsabilidades – Sérgio concentrou em si todo o peso do negócio, sendo que deveria ter compartilhado decisões, distribuído tarefas, podendo assim, ter sido alertado sobre os riscos e também como forma de reduzir o desgaste físico e emocional, que leva ao estresse;
- Buscar pessoal qualificado – Sérgio aparentemente atendeu a esse quesito, pois não foi por falta de qualidade que o negócio ruiu;
- Desenvolver algum tipo de sistema motivacional e lideranças para o grupo de trabalho – apesar de Sérgio ser o grande responsável, no caso de um restaurante, a figura do Chef de cozinha é extremamente importante;
- Estar preparado para os riscos e propenso a mudanças, mesmo que radicais - outro ponto em que, a meu ver, Sérgio deixou a desejar;
- O objetivo final VENDER. Para isso, tem que atrair clientes, planejar o marketing, oferecer preços acessíveis, atender a demanda e gerar outras demandas, para evitar o que aconteceu com nosso empreendedor, que ficou sem alternativas. 
Em que momento você acredita ter sido mais importante a rede de relacionamento desenvolvida por Sérgio? Isso auxiliou, ou não, no resultado do empreendimento de nosso personagem?
No meu ponto de vista, Sérgio usou pouco e tardiamente sua rede de relacionamentos. Talvez empolgado pela oportunidade que surgia, baseado na intuição e na experiência pessoal com pratos exóticos da culinária estrangeira, fez tudo praticamente sozinho e somente se lembrou de pedir auxílio, quando já estava vendo seu investimento dar errado.
Bastou consultar um membro de sua rede de relacionamentos, para perceber que cometera erros estratégicos ingênuos, bem comuns a empreendedores inexperientes. Isso o ajudou a “abrir os olhos” e perceber que ele não ainda não tinha feito o que o amigo sugeriu: colocado-se no lugar do cliente, pensado como consumidor. A partir daí, foi que ele reavaliou seus planos e creio que se pudesse voltar atrás, teria investido em algo mais condizente com a sua realidade.

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