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Aula 1 – Introdução O que é ciência? → não há uma definição → há um conjunto de textos, problemas, práticas e métodos que formam uma tradição → isso que hoje chamamos de ciência começa a ser feito nos séculos XVI e XVII Divisões da ciência Ciências naturais: explicações indutivas Ciências formais: provas formais, demonstrações Ciências humanas: interpretação, compreensão Concepção ingênua da ciência – Os resultados de pesquisas científicas são absolutamente certos – Em ciência os resultados são objetivos e não há influências subjetivas – O que caracteriza uma boa teoria científica é a sua verdade – A história da ciência é uma história de progresso cumulativo de conhecimentos Metafísica vs. Filosofia natural Metafísica: investigação a priori de essências Filosofia natural (sociedades científicas da Grã-Bretanha no século XVI): investigação a posteriori daquilo que percebemos (fenômenos), busca de regularidades (leis) História natural: descrição do mundo observável Como caracterizar a ciência Três tentativas de resposta: 1. Empirismo e ciência: não há diferença de gênero entre o conhecimento científico e o ordinário, apenas diferença no grau de organização, sistematicidade e sensibilidade às observações. 2. Matemática e ciência: a ciência caracteriza-se por buscar explicar a natureza em termos matemáticos, o que não ocorre no conhecimento ordinário 3. Estrutura social e ciência: a ciência caracteriza-se por ser realizada no interior de uma estrutura social particular (comunidades científicas, departamentos universitários, revistas acadêmicas etc.) Começos da ciência moderna Copérnico (1473-1543) Galileu (1564-1642) Kepler (1571-1630) Descartes (1596-1650) Boyle (1627-1691) Newton (1642-1727) Método hipotético-dedutivo Observações → Hipótese → Predição (teste) Revolução científica Ciência normal, paradigma Crise Revolução Indução Inferências indutivas e dedutivas Inferências indutivas: → indução simples (generalização) → projeção (o próximo caso será como os anteriores) → inferência à melhor explicação, ou abdução Problemas: → a verdade das premissas não garante a verdade da conclusão → pressupõe uniformidade na natureza ou que o futuro será como o passado ou que explicações melhores não há
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