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Trabalho - Doenças da tireóde (Hipertireoidismo e Hipotireoidismo)

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Faculdade Leão Sampaio
 Curso de Odontologia, turma 106.3
 Disciplina: Patologia Geral
 Professor: David Siebra
DOENÇAS DA TIREÓIDE:
HIPERTIREOIDISMO
E HIPOTIREOIDISMO
Equipe: 
Ane Karoline
Gilvângelo Neves
Ismael Luna
Layanna Leite
Lorem Krsna
Lucas Queirôz
Maria Socorro
Natã Cavalcante
Telma Lavôr
Juazeiro do Norte
Maio de 2012
Doenças da tireóide
Introdução 
A tireóide é uma glândula que se localiza na região anterior do pescoço, em frente às vias aéreas (traquéia) e abaixo do pomo-de-adão. A função principal da tireóide é a de produzir, armazenar e liberar dois hormônios: a tiroxina (t4, chamada assim por conter quatro átomos de iodo) e a tri iodo tironina (também chamada de t3, por conter três átomos do mesmo elemento químico). O funcionamento da tireóide é regulado por outra glândula, a hipófise, localizada na base do cérebro. A hipófise produz o Hormônio tireoestimulante (tirotropina ou TSH), uma substância que atinge a tireóide através do sangue e a estimula para produzir mais T3 e T4.
Em condições fisiológicas (denominada eutireoidismo), a tireóide fabrica cerca de 80% de T4 e de 20% de T3, porém somente o primeiro se apresenta na forma ativa. 
Após serem lançados na corrente sangüínea, os hormônios atingirão a todas as células do corpo humano, afetando a maioria dos órgãos, incluindo o coração, o cérebro, fígado, rins e pele, possibilitando o funcionamento do organismo e sua homeostase através do controle da taxa de metabolismo.
A regulação do hormônio se dá pela demanda corporal. Assim, quando há uma dada quantidade suficiente do hormônio no organismo, a glândula para de produzi-lo, do mesmo modo quando esta quantidade está baixa, ela regula sua produção, retornando sua fabricação. Pequenas mudanças na quantidade dos hormônios tireoidianos no sangue fazem com que os órgãos trabalhem mais rápido ou mais devagar, e alteram a taxa de metabolismo (fazendo com que o corpo produza mais ou menos calor e consuma mais ou menos energia). 
Dentre as principais doenças relacionadas a tireóide estão o hipertireoidismo e o hipotireoidismo. Segue a descrição de ambas.
Hipertireoidismo
 O Hipertireoidismo se caracteriza a uma produção elevada de hormônios tireoidianos devido a uma hiper ativação glandular. Dentre as causas mais comuns está bócio difuso tóxico ou Doença de Graves, esta é encontrada em 70 a 80% das pessoas com hipertireoidismo e é causada por anticorpos circulantes no sangue, que estimula o crescimento da tiróide e estimula a glândula a produzir excessiva quantidade de hormônio. Mas há outras causas, como a presença de nódulos, que quando muito ativos também podem causar hipertireoidismo. A tireoidite aguda (resultante de uma infecção viral ou outra inflamação), a presença do bócio multinodular (aumento do volume da glândula que leva a produção excessiva dos hormônios), o consumo excessivo de hormônio da tireóide e alguns remédios que contém grande quantidade de iodo na sua composição (tais como comprimidos de alga, alguns expectorantes e amiodarona, medicação utilizada no tratamento de arritmias cardíacas) podem levar igualmente ao desenvolvimento dos sintomas de hipertireoidismo. 
A sintomatologia do hipertireoidismo envolve a aceleração das funções do corpo, tais como efeito ionotrópico e cronotrópico positivo, podendo desenvolver um ritmo cardíaco anômalo e a palpitações. É provável o aumento da pressão arterial. Há o relato de pacientes que sentem calor, mesmo em lugares frios, sudorese intensa, possível tremor nas mãos, agitação, aumento do apetite e perda de peso. Em geral dormem pouco e devido há um aumento de trabalho intestinal evacuam frequentemente. Nas mulheres surgem irregularidades menstruais. Pode haver presença de bócio (papo), sede excessiva, aumento do lacrimejamento, queda de cabelo, descamação e rápido crescimento das unhas, náuseas e vômitos e atrofia muscular.
A pele se torna fria e úmida, com rubor e alterações de cor de forma anormal. Podem surgir o mixidema pretibial, que consiste no endurecimento da pele das “canelas” com a formação de placas de material depositado, de cor mais escura, raramente ocorrendo em outras partes do corpo como na coxa, no ombro ou no antebraço.
Nos olhos, há o aumento de gordura na região das órbitas oculares causada pela disfunção tireoidiana e estes se tornam salientes (bócio exoftálmico). Essa protrusão ocular associa-se a uma intensa fixidez no olhar e a outras alterações oculares. Os músculos que movem os olhos deixam de funcionar da forma adequada, e esta é a causa da dificuldade ou impossibilidade de mexer os olhos ou coordenar os seus movimentos, o que provoca visão dupla. As pálpebras, ao não se fecharem por completo, expõem os olhos a lesões devidas a partículas estranhas e à secura. 
Os idosos com hipertireoidismo podem não apresentar estes sintomas característicos, mas têm o que por vezes se chama hipertireoidismo apático ou oculto. Simplesmente tornam-se fracos, sonolentos, confusos, introvertidos e deprimidos. Os problemas cardíacos, especialmente os ritmos cardíacos anômalos, observam-se muitas vezes nos pacientes de idade avançada com hipertireoidismo. 
O diagnóstico de hipertireoidismo diante de suspeita, pode ser feito através da determinação dos níveis séricos de hormônios, os quais se encontram muito elevados.
Outro exame útil é a dosagem no sangue do hormônio estimulador da tiróide (TSH), o qual, no hipertireoidismo, encontra-se sempre em nível muito baixo. Se o nível de TSH é muito baixo, é importante também checar os níveis de hormônio tireoidiano para confirmar o diagnóstico de hipertireoidismo. 
Outros exames de sangue como a dosagem de anti-corpos anti-tiróide também são úteis. Recentemente surgiu a possibilidade da cintilografia da tireóide, um exame que pode auxiliar na avaliação das causas do hipertireoidismo. Para sua realização, utilizam-se substâncias radioativas: o iodo radioativo ou o tecnécio.
A ultrassonografia também indica-nos o tamanho da tiróide e eventuais alterações estruturais.
Antes do desenvolvimento de opções atuais do tratamento, a taxa de morte do hipertireoidismo era maior que 50%. Agora, diversos tratamentos eficazes estão disponíveis, e com o controle adequado, a morte por hipertireoidismo é rara. O tratamento varia dependendo da causa e também da gravidade dos sintomas. O hipertireoidismo pode ser tratado com medicamentos antitireoidianos, iodo radioativo ou cirurgia.
 Tireoidectomia é a cirurgia para a retirada de toda a glândula tireóide ou parte dela. Pode ser total ou parcial, dependendo de diversos fatores. Apesar da cirurgia de tireóide ter índice muito baixo de complicações, envolve certos riscos. Pode-se citar dentre eles alterações da voz, podendo se apresentar através de rouquidão, ou cansaço ao falar que normalmente regridem em algumas semanas, mas que podem perdurar por vários meses. Essas alterações podem ser temporárias ou definitivas, e se dão pela proximidade da tireóide com os nervos responsáveis pelos movimentos das cordas vocais. O surgimento de Hematoma seria uma complicação mais séria, sendo necessária a reoperação em caráter de urgência, pois o acúmulo de sangue pode levar a dor e dificuldades respiratórias. Há a possibilidade de hipocalcemia devido à existência conjunta das paratireóides, que regulam o nível de cálcio no sangue. Após uma Tireoidectomia, pode haver uma diminuição temporária ou definitiva da função destas glândulas levando a queda dos níveis de cálcio no sangue. O tratamento consiste em receber grandes doses de cálcio e vitamina D (raramente ocorre em tireoidectomias parciais). Uma solução para pessoas que tem a paratireóide afetada durante Tireoidectomia vem surgindo à frente, mesmo que ainda em testes, a revista Science Daily do dia 30 de setembro de 2009, traz uma reportagem sobre uso de Células-Tronco na Recuperação de Paratireóides Danificadas Durante Tireoidectomias, mas o estudo ainda é recente. E por último, a presença de cicatriz pós-cirúrgica,por uma questão em geral estética. No entanto, uma relativamente nova técnica cirúrgica, utiliza a robótica como instrumento para cirurgias minimamente invasivas de retirada total ou parcial da tireóide. Neste procedimento, é feita uma pequena incisão sob o braço direito do paciente, e outra mínima no tórax, sem qualquer corte no pescoço.
Há a utilização de iodo radioativo para que ocorra a destruição das células que produzem o hormônio da tireóide. Como essas células necessitam de iodo para a fabricação dos hormônios tireoidianos, elas irão captar rapidamente qualquer iodo na corrente sanguínea. 
Como a tiróide capta o iodo radioativo da mesma forma que o iodo não radioativo, o iodo radioativo é administrado sob a forma líquida ou em cápsulas que não têm cheiro e nem gosto. Uma vez ingeridas, o radioiodo alcança a corrente sanguínea e rapidamente é captado pelas células tireoidianas. 
Durante um período de algumas semanas, o iodo radioativo irá destruir as células. 
O resultado é que a tiróide irá diminuir de tamanho, a produção dos hormônios da tiróide irá diminuir e os níveis dos hormônios tiroidianos na circulação iram retornar ao normal. A desvantagem deste método é que devido destruição das células produtoras de hormônios irá causar o hipotireoidismo e a necessidade de reposição hormonal. O mesmo ocorre na remoção total da glândula.
Outra forma de controle do hipertireoidismo é através dos medicamentos anti-tireoidianos, como o propiltiuracil (PTU) e o metimazol. Estes medicamentos impedem a utilização de iodo pela tireóide, bloqueando sua incorporação e como este é necessário para a produção dos hormônios, consequentemente há a diminuição da produção e assim dos níveis sérico de T3 e T4. 
Bloqueadores β-adrenérgicos podem ser utilizados no controle dos sintomas dos pacientes com hipertireoidismo enquanto se aguarda um tratamento definitivo. Essas drogas, embora não diminuam os níveis de hormônios tiroidianos, melhoram os sintomas como as palpitações.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo caracteriza-se por uma deficiência hormonal na glândula tireóide, afetando o funcionamento de todo o organismo.
Dentre as causas mais comuns do Hipotireoidismo podemos apresentar a doença de Hashimoto, uma doença auto-imune onde o organismo produz anticorpos que danificam a tireoide, levando a destruição gradual das zonas funcionais da glândula, diminuindo sua capacidade de produção dos hormônios.
As deficiências nos hormônios tireoidianos podem decorrer do tratamento para o hipertireoidismo, como o iodo radioativo que ocasiona a destruição das células glandulares, a tireoidectomia e o tratamento medicamentoso.
A deficiência severa de iodo na dieta pode levar ao hipotireoidismo, no entanto esta causa vem diminuindo gradualmente no mundo, devido a ações como a implementação de sal iodado na alimentação. Neonatos com deficiência de iodo durante seu desenvolvimento fetal podem vir a desenvolver a cretinismo que se caracteriza pela diminuição do quociente de inteligência e da capacidade do afetado. 
Problemas em relação à diminuição da liberação de T3 e T4 pela tireóide podem provir da regulação pelo TSH, estando portando relacionados com o hipotálamo ou hipófise, na produção deste hormônio. 
Pode ocorrer também o hipotireoidismo congênito, onde algumas crianças podem nascer ou sem a tireóide e com um mau funcionamento da mesma. Nestes casos, se torna imprescindível o teste do pezinho, para que ocorra um diagnóstico prévio e haja a possibilidade de terapia de reposição hormonal. Caso isso não ocorra dentro das primeiras quatro semanas de vida, ou a criança corre o sério risco de ficar com seqüelas conduzindo a um grau variável de retardo mental dentre outros sinto mas. 
O hipotireoidismo é muito comum. É difícil estimar o número de pacientes com a doença, já que muitas pessoas têm hipotireoidismo e não sabem, pois os sintomas geralmente são sutis e graduais, podendo ser confundidos com depressão em algumas vezes, ou, uma vez que a incidência aumenta gradualmente com a idade, com os sinais da velhice. 
Dentre a sintomatologia presente, há alterações diversas em vários sistemas orgânicos: uma diminuição da capacidade contrátil do coração e de sua freqüência cardíaca nos sistema cardiovascular, no sistema nervoso pode haver redução da capacidade de concentração; perda de interesse; depressão e perda de memória, sendo que o hipotireoidismo pode tanto agravar os estados depressivos quanto dificultar o tratamento do depressivo com os fármacos serotoninérgicos (antidepressivos) usuais; No sistema gastrointestinal ocorrerá redução da motilidade gastrointestinal, com consequente constipação intestinal e distenção abdominal.; No músculo-esquelético haverá rigidez, cãimbras, dor e fraqueza; No renal a retenção de líquido e edema; No reprodutor pode haver sangramento menstrual anormal e redução da fertilidade; No hepático a elevação dos triglicérides e aumento do LDL (colesterol), resultando em aumento de peso; Na pele pode ocorrer o amarelecimento devido à carotenemia, que é um distúrbio no metabolismo da vitamina A, e ressecamento, caracterizando uma pele áspera e escamosa. 
Há a presença de bócio no decorrer da evolução da doença. As expressões faciais são toscas, a voz é rouca e a dicção lenta; as pálpebras caídas, os olhos e a cara tornam-se inchados. Os cabelo torna-se ralo, áspero e seco, e a parte lateral das sobrancelhas solta-se lentamente. A taxa de funcionamento normal do corpo diminui causando lentidão mental e física. Algumas pessoas, sobretudo os adultos, ficam esquecidas e parecem confusas ou dementes, sinais que facilmente se podem confundir com a doença de Alzheimer ou outras formas de demência. 
Pesquisas revelam que cerca de 5 milhões de brasileiros têm hipotireoidismo, a grande maioria ainda não diagnosticada. A sintomatologia é vaga, e surge em geral quando a doença avança, por esse motivo o diagnóstico pode passar desapercebido, até a forma mais grave, denominada mixedema, caracterizada pelo inchaço de todo o corpo e que constitui uma emergência médica.
O diagnóstico das disfunções tireoidianas é feito com um simples exame de sangue, que dosa os níveis de TSH (hormônio estimulante da tireóide), determina a quantidade de hormônios da tireóide, os anti-corpos anti-tireóide no sangue. No hipotireoidismo haverá deficiência dos hormônios T3 e T4, e um aumento de TSH. No entanto, os níveis dos hormônios tireoidianos podem estar normais, em casos assintomáticos ou brandos.
No recém-nascido, deve ser realizada a triagem neonatal através da dosagem de T4 ou TSH em papel filtro. Se essas dosagens forem alteradas, o exame deve ser confirmado com os mesmos procedimentos no sangue e, se alterados, iniciar de imediato o tratamento.
Além do exame de sangue, muitos dos métodos utilizados para se diagnosticar o hipertireoidismo se encaixam para diagnosticar-se o hipotireoidismo e outras doenças da tireóide: ultrassonografia e cintilografia, além do clássico exame da palpação.
O tratamento se dá através da reposição hormonal tireoidiana. O medicamento mais frequentemente utilizado é a levotiroxina, que funciona como um hormônio tireoidiano sintético. Pessoas com hipotireoidismo devem repor o hormônio por toda a vida, mesmo se os sintomas desaparecerem, pois são frequentes as recaídas com a interrupção do medicamento. 
 
CASO CLÍNICO III
As principais características do hipertireoidismo e do hipotireoidismo e quais as principais diferenças entre ambas as doenças.
O Hipertireoidismo se caracteriza a uma produção elevada de hormônios tireoidianos devido a uma hiperativação glandular. A sintomatologia envolve a aceleração das funções do corpo, tais como efeito ionotrópico e cronotrópico positivo, podendo desenvolver um ritmo cardíaco anômalo e a palpitações. É provável o aumento da pressão arterial. Há o relato de pacientes que sentem calor, mesmo em lugares frios, sudorese intensa, possíveltremor nas mãos, agitação, aumento do apetite e perda de peso. Em geral dormem pouco e devido há um aumento de trabalho intestinal evacuam frequentemente. Nas mulheres surgem irregularidades menstruais. Pode haver presença de bócio (papo), sede excessiva, aumento do lacrimejamento, queda de cabelo, descamação e rápido crescimento das unhas, náuseas e vômitos e atrofia muscular. A pele se torna fria e úmida, com rubor e alterações de cor de forma anormal. Podem surgir o mixidema pretibial, que consiste no endurecimento da pele das “canelas” com a formação de placas de material depositado, de cor mais escura, raramente ocorrendo em outras partes do corpo como na coxa, no ombro ou no antebraço. Nos olhos, há o aumento de gordura na região das órbitas oculares causada pela disfunção tireoidiana e estes se tornam salientes (bócio exoftálmico). Essa protrusão ocular associa-se a uma intensa fixidez no olhar e a outras alterações oculares. Os músculos que movem os olhos deixam de funcionar da forma adequada, e esta é a causa da dificuldade ou impossibilidade de mexer os olhos ou coordenar os seus movimentos, o que provoca visão dupla. As pálpebras, ao não se fecharem por completo, expõem os olhos a lesões devidas a partículas estranhas e à secura. 
O hipotireoidismo caracteriza-se por uma deficiência hormonal na glândula tireóide, afetando o funcionamento de todo o organismo. Dentre a sintomatologia presente, há alterações diversas em vários sistemas orgânicos: uma diminuição da capacidade contrátil do coração e de sua frequência cardíaca nos sistema cardiovascular, no sistema nervoso pode haver redução da capacidade de concentração; perda de interesse; depressão e perda de memória, sendo que o hipotireoidismo pode tanto agravar os estados depressivos quanto dificultar o tratamento do depressivo com os fármacos serotoninérgicos (antidepressivos) usuais; No sistema gastrointestinal ocorrerá redução da motilidade gastrointestinal, com consequente constipação intestinal e distenção abdominal.; No músculo-esquelético haverá rigidez, cãimbras, dor e fraqueza; No renal a retenção de líquido e edema; No reprodutor pode haver sangramento menstrual anormal e redução da fertilidade; No hepático a elevação dos triglicérides e aumento do LDL (colesterol), resultando em aumento de peso; Na pele pode ocorrer o amarelecimento devido à carotenemia, que é um distúrbio no metabolismo da vitamina A, e ressecamento, caracterizando uma pele áspera e escamosa. Há a presença de bócio no decorrer da evolução da doença. As expressões faciais são toscas, a voz é rouca e a dicção lenta; as pálpebras caídas, os olhos e a cara tornam-se inchados. Os cabelo torna-se ralo, áspero e seco, e a  parte lateral das sobrancelhas solta-se lentamente. A taxa de funcionamento normal do corpo diminui causando lentidão mental e física. Algumas pessoas, sobretudo os adultos, ficam esquecidas e parecem confusas ou dementes, sinais que facilmente se podem confundir com a doença de Alzheimer ou outras formas de demência. 
As principais diferenças entre as suas se apresentam na própria característica da doença: No hipertireoidismo há um aumento de T3 e T4 e no hipotireoidismo uma diminuição dos mesmos, o que acaba por compor diversos sistemas opostos, pois no primeiro há o aumento do metabolismo e no segundo uma diminuição deste. 
Qual a função dos seguintes medicamentos: propiltiruacil e levotiroxina?
PROPILTIURACIL (PTU): É usado para o tratamento do hipertireoidismo. Age através do bloqueio da incorporação do iodo, impedindo assim a produção dos hormônios tireoidianos.
LEVOTIROXINA: Este medicamento é utilizado na reposição hormonal da tireóide em casos de hipotireoidismo das mais diferentes etiologias. Trata-se de tiroxina exógena.
Qual o perfil hormonal mais frequente encontrado no exame laboratorial para o hipertireoidismo e o hipotireoidismo?
HIPERTIREOIDISMO: T3 e T4 elevados e TSH geralmente diminuído ou normal em alguns casos.
HIPOTIREOIDISMO: T3 e T4 baixos e TSH alto ou normal no caso de hipotireoidismo inicial.
Que exames poderiam complementar o diagnóstico para as doenças da tireóide.
CINTILOGRAFIA: é um exame em que se utiliza substâncias radioativas: o iodo radioativo ou o tecnécio. “O exame não provoca qualquer sintoma local, como dor ou desconforto. Na situação em que se utiliza iodo radioativo, o paciente deve comparecer ao serviço que irá realizar o exame, no qual fará uma leitura preliminar de radioatividade, sendo que a seguir receberá uma pequena dose do iodo radioativo, devendo retornar 24 horas após para nova leitura de radioatividade. Nos casos em que se utiliza o tecnécio, a substância radioativa é injetada por via endovenosa (pela veia) e a leitura feita algumas horas após. Recentemente, um isótopo do iodo radioativo (Iodo 123) com uma vida mais curta vem sendo empregado, permitindo que o exame seja feito em algumas horas.” (fonte: ABC da saúde)
ULTRASSONOGRAFIA: Com o avanço tecnológico nesta área, nódulos podem ser evidenciados em até 80% dos pacientes submetidos a este exame.
Qual a importância da tireóide para o funcionamento normal do organismo?
A tireóide é uma glândula que se localiza na região anterior do pescoço, em frente às vias aéreas (traquéia) e abaixo do pomo-de-adão. A função principal da tireóide é a de produzir, armazenar e liberar dois hormônios: a tiroxina (t4, chamada assim por conter quatro átomos de iodo) e a tri iodo tironina (também chamada de t3, por conter três átomos do mesmo elemento químico). O funcionamento da tireóide é regulado por outra glândula, a hipófise, localizada na base do cérebro. A hipófise produz o Hormônio tireoestimulante (tirotropina ou TSH), uma substância que atinge a tireóide através do sangue e a estimula para produzir mais T3 e T4.
Em condições fisiológicas (denominada eutireoidismo), a tireóide fabrica cerca de 80% de T4 e de 20% de T3, porém somente o primeiro se apresenta na forma ativa. 
Após serem lançados na corrente sanguínea, os hormônios atingirão a todas as células do corpo humano, afetando a maioria dos órgãos, incluindo o coração, o cérebro, fígado, rins e pele, possibilitando o funcionamento do organismo e sua homeostase através do controle da taxa de metabolismo.
A regulação do hormônio se dá pela demanda corporal. Assim, quando há uma dada quantidade suficiente do hormônio no organismo, a glândula para de produzi-lo, do mesmo modo quando esta quantidade está baixa, ela regula sua produção, retornando sua fabricação. Pequenas mudanças na quantidade dos hormônios tireoidianos no sangue fazem com que os órgãos trabalhem mais rápido ou mais devagar, e alteram a taxa de metabolismo (fazendo com que o corpo produza mais ou menos calor e consuma mais ou menos energia). 
Explique as possíveis causas do hipertireoidismo e do hipotireoidismo e em qual das duas alterações hormonais a paciente se encaixa. 
HIPERTIREOIDISMO: Dentre as causas mais comuns está bócio difuso tóxico ou Doença de Graves, esta é encontrada em 70 a 80% das pessoas com hipertireoidismo e é causada por anticorpos circulantes no sangue, que estimula o crescimento da tiróide e estimula a glândula a produzir excessiva quantidade de hormônio. Mas há outras causas, como a presença de nódulos, que quando muito ativos também podem causar hipertireoidismo. A tireoidite aguda (resultante de uma infecção viral ou outra inflamação), a presença de o bócio multinodular (aumento do volume da glândula que leva a produção excessiva dos hormônios), o consumo excessivo de hormônio da tireóide e alguns remédios que contém grande quantidade de iodo na sua composição (tais como comprimidos de alga, alguns expectorantes e amiodarona, medicação utilizada no tratamento de arritmias cardíacas) podem levar igualmente ao desenvolvimento dos sintomas de hipertireoidismo. 
HIPOTIREOIDISMO: Dentre as causas mais comuns do Hipotireoidismo podemos apresentar a doença de Hashimoto, uma doença auto-imune onde o organismo produz anticorpos que danificam a tireoide, levando a destruiçãogradual das zonas funcionais da glândula, diminuindo sua capacidade de produção dos hormônios. As deficiências nos hormônios tireoidianos podem decorrer do tratamento para o hipertireoidismo, como o iodo radioativo que ocasiona a destruição das células glandulares, a tireoidectomia e o tratamento medicamentoso. A deficiência severa de iodo na dieta pode levar ao hipotireoidismo, no entanto esta causa vem diminuindo gradualmente no mundo, devido a ações como a implementação de sal iodado na alimentação. Neonatos com deficiência de iodo durante seu desenvolvimento fetal podem vir a desenvolver a cretinismo que se caracteriza pela diminuição do quociente de inteligência e da capacidade do afetado. Problemas em relação à diminuição da liberação de T3 e T4 pela tireóide podem provir da regulação pelo TSH, estando portando relacionados com o hipotálamo ou hipófise, na produção deste hormônio. Pode ocorrer também o hipotireoidismo congênito, onde algumas crianças podem nascer ou sem a tireóide e com um mau funcionamento da mesma. Nestes casos, se torna imprescindível o teste do pezinho, para que ocorra um diagnóstico prévio e haja a possibilidade de terapia de reposição hormonal. Caso isso na ocorra dentro das primeiras quatro semanas de vida, ou a criança corre o sério risco de ficar com sequelas conduzindo a um grau variável de retardo mental dentre outros sintomas. 
A PACIENTE: No caso clínico em questão a paciente apresenta hipertireoidismo, mas por erro de conduta médica lhe foi indicado tanto um medicamento para hipertireoidismo (PROPILTIURACIL) quanto para hipotireoidismo (levotiroxina).

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