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Administração da Manutenção

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Administração da Manutenção 
 
 SENAI- SP, 2004 
 
 
Trabalho elaborado pela Escola SENAI Roberto Simonsen
do Departamento Regional de São Paulo. 
 
 
 
Coordenação Geral José Carlos Dalfré
 
Coordenação Laur Scalzaretto 
Alcindo Daniel Favero 
 
Organização Rinaldo Ferreira Martins 
 
Editoração Adriana Ribeiro Nebuloni 
Écio Gomes Lemos da Silva 
Silvio Audi 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola SENAI Roberto Simonsen 
Rua Monsenhor Andrade, 298 – Brás 
CEP 03008-000 - São Paulo, SP 
Tel. 011 3322-5000 Fax 011 3322-5029 
E-mail: senaibras@sp.senai.br 
Home page: http://www.sp.senai.br 
 
 
 
Sumário 
 página 
 
Conceitos de planejamento 3 
Planejamento, programação e controle 11 
Prática de planejamento 43 
Introdução à manutenção 61 
Métodos preventivos de manutenção 69 
Housekeeping 97 
T.P.M. – Manutenção Produtiva Total 119 
Suprimento da manutenção 147 
Administração da manutenção 173 
Referências bibliográficas 193 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Conceitos de Planejamento 
O trabalho humano te se revelado mais eficaz e eficiente quando 
planejado. O planejamento nos permite um maior domínio e 
conhecimento daquilo que pretendemos fazer. Indica pessoas, 
métodos e conteúdos. Sistematizados a tarefa, o planejamento 
possibilita o seu controle, sua avaliação e correção. 
 
O ato de planejar é uma conseqüência ou o resultado da própria 
necessidade que todos nos temos de deliberar e de tomar 
decisões. 
 
Muitas vezes tomamos decisões sem recorrer à feitura de uma 
sistematização científica. Deliberamos com base apenas no bom 
senso e na experiência que temos. 
 
Entretanto, quando se quer tomar uma decisão importante, é 
necessário que seja feita uma sistematização anterior á ação, 
pois só o bom senso a pratica são insuficientes. 
 
O planejamento pode ser considerado o inverso da improvisação 
e quanto mais complexa for a tarefa, tanto mais necessário ele 
se torna. 
 
O planejamento tomado em torno de objetivos ou de soluções 
previstas com ideais, para problemas também diagnosticados 
como prioritários. Por isso mesmo, todos os componentes do 
planejamento devem ser programados de forma que sofrer 
correções, reajustes, impulsos, desacelerações, caso sejam 
exibidos em vista á melhor consecução dessas soluções ou 
objetivos. 
 
 4 
Existem vários conceitos de planejamento, entre eles podemos 
citar: 
 
• Planejar é prefixar recursos e operações, seguindo normas, 
no sentido e atingir o máximo de eficiência, os objetivos 
determinados. 
• Planejamento é um processo atualizado para preparar um 
conjunto de decisões par uma ação futura, visando alcançar 
objetivos estabelecidos. 
 
Sob o ponto de vista operacional constitui-se planejamento em 
circuito completando periodicamente e composto de 
investigação, de análise, de opções de ações e de avaliações 
sucessivas. 
 
• Planejamento é uma forma de manter a racionalidade, 
durante todo o desenvolvimento de um trabalho. 
Etapas essenciais do planejamento: 
Qualquer processo de planejamento deverá passar por etapas 
até alcançar os objetivos terminais pretendidos. 
 
Dependendo do tipo de planejamento adotado ou da atividade 
que está sendo planejada, o processo pode constar de inúmeras 
etapas. 
Não iremos descrever todas as etapas de um planejamento. 
Como estamos apenas no campo das noções vamos tratar 
somente das principais. 
 
Assim o planejamento deve conter fundamentalmente: 
 
• Diagnósticos da realidade 
• Formulação dos objetivos 
• Formulação das estratégias de ação 
• Cronograma 
• Execução 
• Avaliação 
 
 5 
Diagnósticos da realidade 
E a etapa do levantamento dos problemas, da investigação de 
suas causas e da análise dos resultados obtidos. 
 
O diagnóstico não é apenas um inventário. E sobretudo, a 
análise do material coletado e sua projeção num futuro 
convencionado. Surgem daí, o ensejo prognóstico, as metas do 
plano, os pontos a perseguir. 
 
E também os diagnósticos o instrumento capaz de determinar as 
escolhas, ou sejam, as prioridades em face das necessidades 
mais marcantes do sistema. 
 
Só a pesquisa poderá revelar os pontos vitais que devem se 
cuidar com mais urgência, em função da limitação dos recursos 
disponíveis. 
 
Claro que a escolha de prioridades pressupõe um alto grau de 
treinamento e experiência por parte do planejador. Se o 
diagnóstico é bem realizado, não será fácil verificar quais os 
aspectos a merecer maior atenção no plano que se pretende 
realizar. 
 
O diagnóstico expressa a configuração de uma situação de fato, 
ou melhor, retrata uma realidade. A partir dele, o planejador tem 
apoio firme para a elaboração de m plano,fundamentado em 
causas reais e significativas. 
Formulação dos objetivos 
Objetivo é o fim almejado, alvo que deverá ser atingido, 
resultado a ser conseguido. 
 
Deve resultar da análise criteriosa dos problemas constatados 
pelo diagnóstico e do estudo das alternativas para a solução dos 
mesmos. 
 
Os objetivos devem ser formulados com a maior precisões 
possíveis, práticas, reais, e exeqüíveis. 
 
 6 
Quando o objetivo é formulado de forma quantificável, com 
especificações precisas dos resultados esperados, dentro de 
prazos determinados, ele recebe a designação de META. 
 
Quanto ao nível de especificação os objetivos podem ser: 
• Objetivos gerais 
• Objetivos específicos. 
Objetivos Gerais: 
A formulação dos objetivos gerais se faz pela previsão de 
soluções mais definidas, incisivas e a mais curto prazo. 
Objetivos específicos 
A formulação dos objetivos específicos se faz pela previsão de 
soluções específicas e das soluções ideais. 
 
Em quase todos os planejamentos, as soluções específicas 
(objetivos específicos) são programas de modo que sirvam de 
elos, ou de degraus, para a consecução das soluções ideais 
(objetivos gerais). 
Formulação das estratégias de ação 
Trata-se da programação das normas de ação, dos recursos e 
da metodologia técnica para o aviamento das soluções 
específicas e das soluções ideais. 
 
A estratégia, além de ser uma arte de coordenar as ações, pode 
ser entendida como um caminho metodológico que nos leva a 
consecução dos objetivos do planejamento. 
 
Sua formulação deve ser estabelecida após uma fase de 
reflexão e de decisão política, constituem as bases estruturais do 
planejamento. 
 7 
Cronograma 
E a situação de toda e de cada uma das ações previstas, do 
planejamento, no tempo. E a previsão das datas de execução 
em listagem ou em gráficos. 
 
Nessa etapa necessária para o desenvolvimento do projeto já 
foram definidos pela etapa do diagnóstico. 
 
Nessa etapa os passos necessários para a elaboração de cada 
etapa também estar definidos pela etapa do diagnóstico. 
 
OS tempos necessários para a elaboração de cada etapa 
também já devem estar definidos. 
 
Sendo assim cada etapa deve ser listada em ordem cronológica 
assim como os tempos de execução. 
 
Normalmente, o projeto inclui a monitoração das atividades para 
garantir que estejam no prazo. Neste sentido, são utilizados 
dispositivos de controle nos quais são montados os 
cronogramas. 
 
Esse dispositivo tem a propriedade de facilitar a visualização e 
facilitar a interpretação do andamento do projeto. 
 
Um dos melhores e mais simples exemplos destas técnicas é o 
gráfico de Gantt, desenvolvido n início do século passado por 
Henry Gantt. O gráfico de Gantt é essencialmente um diagrama 
de barras com o tempo no eixo horizontal e as atividades a 
serem programadas no eixo vertical. As barras mostram a 
produção, tanto a planejada como a real, durante um certo 
período. 
 
O gráfico de Gantt mostra visualmente quando cada tarefadeverá ser realizada, comparando o progresso real de cada 
uma. 
 
 8 
E um dispositivo simples que permite ao projetista detalhar o que 
ainda precisa ser feito para completar um trabalho ou projeto e 
avaliar com facilidade se ele está adiantado, atrasado ou no 
prazo. 
 
 
 
Execução 
E a etapa da dinamização do planejamento. As estratégias são 
dinamizadas com recursos de toda ordem, em busca dos 
objetivos específicos (soluções imediatas) e gerais (soluções 
ideais), previstas dentro do cronograma pré-estabelecido. 
Avaliação 
A avaliação é uma ação que deve estar presente em todas do 
planejamento. E o ato de medir e comparar, contínua ou 
periodicamente a eficiência do processo e o grau de 
racionalidade entre o programado e o executado. 
 
Cronologicamente, considera-se a avaliação do planejamento 
em três momentos: 
 
Avaliação Diagnóstica (apreciação ou estudo de viabilidade): 
Abrange estudos preliminares, antes da etapa de execução, com 
base em dados colhidos no diagnóstico por meio dos quais se 
procura verificar a viabilidade da programação e se as premissas 
em que se fundamenta o planejamento são corretas. 
Tarefa Descrição Depende de Tempo/dias 
A Prepara desenhos e listas de materiais - 1 
B Obter materiais para o eixo A 2 
C Tornear o eixo B 2 
D Fresar o eixo C 2 
E Obter materiais para a polia A 3 
F Tornear a polia E 4 
G Montar o conjunto D e F 1 
H Balancear o conjunto G 0,5 
 9 
Avaliação Formativa: procura medir os resultados parciais do 
plano em execução, com relação a certas condições e dados 
determinados no planejamento. Pode também, investigar as 
causas de uma dificuldade e determinar os meios necessários 
para solucioná-la. 
 
Avaliação Somativa: é a avaliação realizada após o término da 
etapa de execução. Tem por finalidade medir os resultados finais 
alcançados e compará-los com os objetivos fixados no 
planejamento. 
 
 
11
Planejamento, programação e 
controle 
Objetivos da unidade 1 
Ao final desta unidade o participante deverá: 
 
Conhecer 
Estar informado sobre: 
- Planejamento, programação, controle e características da 
manutenção. 
Saber 
Reproduzir conhecimentos sobre: 
- Conceitos, rotinas e codificação de planejamento; 
- Influências do planejamento nos custos; 
- Diagramas de atividades e método do caminho crítico 
(COM-PERT); 
- Cálculo da disponibilidade de máquinas; 
- Formas de controle. 
Ser capaz de 
Aplicar conhecimentos para: 
- Interpretar planos de operação e diagramas gerados pelo setor 
de planejamento; 
- Calcular a disponibilidade de máquinas; 
- Gerar informações para o controle da manutenção. 
Introdução 
Nas instalações industriais, as paradas para manutenção 
constituem uma preocupação constante para a programação de 
produção; se estas paradas ocorrerem aleatoriamente 
(emergência) os problemas serão inúmeros. 
 12
Portanto, se as paradas para manutenção puderem ser prevista 
e executadas os custos serão menores e a eficiência maior. 
 
Buscando atingir essa meta, foi introduzido no Brasil, durante os 
anos 60, o planejamento e a programação de manutenção. 
 
A função planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos 
para executa-los e tomar a decisão. 
 
A função programar significa de terminar pessoal, dia e hora 
para execução dos trabalhos. 
 
Planejamento
Programação
Como?
Quem? Quando?
O quê? Em quantotempo?
 
 
Essas funções são completadas pela função controlar cujo 
objetivo é desenvolver padrões, registrar desempenho e fazer 
analises comparativas. 
 
Planejar os trabalhos de manutenção está localizado no nível 
intermediário da pirâmide do planejamento industrial. 
 
instrumental
tático
estratégico
global
departamental
operacional
 
 
13
Planejar está localizado, abaixo do nível estratégico cujo objetivo 
é definir as políticas e os rumos a seguir nas grandes áreas da 
empresa, e esta localizado acima do nível instrumental que é 
gerado pelo conhecimento profissional do executante – é um 
planejamento tático. 
 
Observação 
O planejamento não atua apenas na manutenção corretiva. 
Subdivisões da manutenção 
Para chegar às subdivisões da manutenção, é necessário ter em 
mente três conceitos fundamentais: 
Manutenção 
Todas as ações necessárias para que um item de um 
equipamento seja conservado ou restaurado de modo a poder 
permanecer de acordo com uma condição especificada. 
Defeito 
Ocorrências nos equipamentos que não impedem seu 
funcionamento, todavia pode, a curto ou longo prazo, acarretar 
sua indisponibilidade. 
Falha 
Ocorrências nos equipamentos que impedem seu 
funcionamento. 
 
Segundo a ABNT, a manutenção divide-se em preventiva e 
corretiva. 
 
manutenção
reparo de falhasajustes e conserbações eliminação de defeitos
preventiva
inspeções
corretiva
 
 14
Essas subdivisão é normalizada porém, no dia-a-dia, existem 
outras, ou seja, preditiva, TPM, terotecnologia, ETC. 
 
Todas essas subdivisões da manutenção tendem, no futuro, a 
se agregar à manutenção preventiva; atualmente, são estudos 
independentes. 
Escala de prioridades 
Em geral, prioridade é a qualidade do que está em primeiro lugar 
ou do que aparece primeiro. 
 
Para a prática diária da manutenção, estabelece-se a prioridade 
não a partir da ordem de chegada do serviço para a manutenção 
mas sim conforme a necessidade de atendimento. 
 
Associando esses conceitos à necessidade de o homem 
trabalhar com segurança, tem-se a seguir uma escala de 
prioridades na manutenção. 
Emergêncial 1 
O atendimento deve ser imediato, pois a produção parou ou há 
condição insegura de trabalho. 
Urgência 2 
O atendimento deve ser o mais breve possível, antes de se 
tornar uma emergência. É o caso de a produção ser reduzida ou 
estar ameaçada de parar em pouco tempo ou, ainda, o perigo de 
ocorrer condição insegura de trabalho. 
Necessária 3 
O atendimento pode ser adiado por alguns dias, porém não deve 
ser adiado mais que uma semana. 
Rotineira 4 
O atendimento pode ser adiado por algumas semanas, mas não 
deve ser omitido. 
 
15
Prorrogável 5 
O atendimento pode ser adiado para o momento em que 
existam recursos disponíveis e não interfira na produção e nem 
no atendimento das prioridades anteriores,. É o caso de 
melhoria estética da instalação ou defeito em equipamento 
alheio à produção. 
Planejamento 
Somente é possível planejar as reformas, instalações, assim 
como os serviços com prioridades 2 a 5. 
 
serviços - prioridades 2, 3, 4, 5
reforma
instalação
planejamento
execução
prioridade 1
 
 
Com o planejamento, obtém-se a diminuição das interrupções 
imprevistas da produção e melhora da distribuição de ocupação 
da mão-de-obra, reduzindo as filas de espera dos equipamentos 
que aguardam manutenção. 
 
O planejamento adequado racionaliza os métodos da 
manutenção e leva à criação de padrões de trabalho baseados 
na experiência do pessoal interno, nas recomendações do 
fabricante do equipamento e em bibliografia específica. 
 16
Programação 
A partir das informações preparadas pelo planejamento, a 
programação estabelece a seqüência cronológica das varias 
operações elementares dos serviços, visando a máxima 
utilização dos recursos produtivos da manutenção. 
 
A programação coordena a movimentação de peças e materiais, 
providenciando as requisições com antecedência. E atualiza os 
cronogramas em função dos desvios dos tempos padrÕes e 
serviços de emergência. 
Custo 
O custo de um produto acabado para a empresa chama-se 
custo de produção e é determinado pela soma dos custos de: 
• Mão-de-obra operacional 
• Matéria-prima 
• Manutenção 
• Insumos operacionais 
 
Dentro do custo de produção (CP) é desejávelque a 
manutenção contribua com a menor parcela possível. 
Considera-se ótima uma participação entre 8 e 12%. 
 
 
 
Lamentavelmente nas empresas brasileiras, o custo da 
manutenção em geral fica acima dos 12%, chegando algumas 
ao índice de 24%. 
 
17
O planejamento e as técnicas de manutenção prevista podem e 
devem reduzir esses índices, fazendo com que se ganha no 
preço do produto acabado. 
 
O custo da manutenção é formando pela soma dos custos de: 
• Mão-de-obra 20% 
• Materiais 20% 
• Insumos 20% 
• Lucro cessante 40% 
 
 
Custo de manutenção 6% CP 4% CP 
 
Entre estes custos é extremamente difícil contabilizar o lucro 
cessante, portanto deve-se considerar a soma dos outros três 
custos igual a 60% do custo de manutenção. 
 
O ideal é conseguir que neste caso o custo da manutenção seja 
de 4,8 a 7,2% do custo da produção por que: 
0,6 . 8% = e 0,6 . 12% = 7,2% 
 
É comum, a empresa não contabilidade em separado os 
insumos usados em manutenção (energia elétrica, ar 
comprimento, combustível, material de limpeza, etc.). Desse 
modo, o custo da manutenção será a soma do custo de mão-de-
obra mais o custo de produção porque: 
0,4 . 8% = 3,2 e 0,4 . 12% = 4,8% 
 
Assim, um custo numericamente baixo não significa manutenção 
com custo\s mínimos ou racionalizados. É necessário sempre 
considerar os critérios empregados no levantamento dos custos 
para avaliar os reais gastos com manutenção. 
18 
Conceito de homens-hora 
É o produto da quantidade de homens necessária para um 
trabalho pelo número de horas necessário para esse trabalho. 
 
Exemplos: 
5 homens trabalhando durante 3 horas = 15 Hh 
3 homens trabalhando durante 0,5 horas = 1,5 Hh 
1 homem trabalhando durante 4 horas = 4 Hh 
Curvas de custo 
Sob o aspecto de custos, a manutenção corretiva, ao longo do 
tempo, apresenta uma curva ascendente, devido à redução da 
vida útil dos equipamentos, perda da produção e da qualidade, 
aumento da aquisição de peças de reposição ociosidade da 
mão-de-obra operativa, perda de mercado e aumento de risco 
de acidente. 
 
 
 
Após a implantação da manutenção preventiva, e esta vem 
associada ao planejamento, programação e controle, as curvas 
de custos se apresentam como no gráfico abaixo. Onde se vê 
um crescimento dos custos de preventiva acompanhando do 
decréscimo dos custos de corretiva até o ponto de equilíbrio (1). 
 
 
19
Após o ponto 1 (gráfico acima) tem-se: 
• Entre os pontos 2 e 3 a faixa ótima de custos para corretiva e 
preventiva porque estes pontos estão sobre a reta do fundo 
de banheira (Ponto 4) da curva de custo total. Isto é, menor 
custo somando-se corretiva e preventiva. 
• Tempo ótimo para atingir o menor lucro cessante (Y). 
• Faixa otimizada aceitável para os custos de manutenção (X). 
 
Para a interpretação correta do gráfico deve-se ter em conta que 
a curva custo total não inclui o custo do lucro cessante e a curva 
lucro total apenas o custo das horas paradas do pessoal de 
operação. 
 
O lucro cessante gerado pela manutenção é a soma do custo da 
mão-de-obra operacional inativa mais o valor da produção que 
deixou de ser feita mais o custo dos insumos de aplicação 
necessária mesmo com a máquina parada. Destes, o único valor 
quer se consegue obter com segurança junto ao parque 
industrial brasileiro é o custo da mão-de-obra operacional. 
Codificação 
A atuação da manutenção começa por meio da requisição de 
serviços (RS) que deve possibilitar a identificação rápida do que 
fazer. 
 
Com esse objetivo a codificação das variáveis envolvidas é uma 
grande aliada. 
 
São codificadas as propriedades, a natureza do serviço e a 
causa da intervenção. A seguir é apresentada uma codificação 
usual. 
Código de prioridades 
O estabelecimento de prioridades para cada trabalho é feito com 
o tempo de atendimento e de medir as cargas de trabalho de 
cada tipo de atendimento para cada equipe, para cada centro de 
custo ou para cada equipamento. 
 20
Usa-se a escala de prioridade já definida no inicio desta unidade, 
a saber: 
• Emergencial (1): atendimento imediato. 
• Urgente (2): atendimento mais possível. 
• Necessidade (3): atendimento em alguns dias. 
• Rotineiro (4): atendimento em algumas semanas. 
• Prorrogável (5): atendimento a longo prazo. 
Característica das prioridades emergencial (1) e 
urgente(2) 
1. A experiência tem mostrado que a responsabilidade pela 
produção pode levar os usuários dos trabalhos de 
manutenção a utilizar indiscriminadamente as propriedades 
1 e 2. Para evitar isso, coloca-se na requisição de serviços 
um adendo com dois itens para caracterizar 
adequadamente a prioridade: 
• Condições da produção 
• Parou totalmente. 
• Há total condição insegura para operar. 
• Parou parcialmente. 
• Haverá condição insegura para operar em determinado 
numero de dias. 
2. Condições para operar 
• Existe possibilidade de operar mediante manobra ou 
dispositivo provisório. 
• Existe possibilidade de manter segurança provisória. 
• Não existe possibilidade de operar provisoriamente. 
• Não há possibilidade de segurança provisória. 
 
O emitente da requisição deve assinalar apenas uma opção em 
cada item. Se a resposta para o item 1 for a ou b e para o item 2 
for c ou d, caracteriza-se a situação como prioridade (1); com 
outras respostas caracteriza-se a situação como prioridade (2). 
Código da natureza do serviço 
É importante codificar a natureza do serviço, em levantamentos 
periódicos (mensais), acompanhar a qualidade da manutenção a 
fim de efetuar as correções necessárias. 
 
21
Códigos 
A – Serviço solicitado pela operação ou devido a falhas 
imprevisíveis e não passível de programação. 
B – Serviço solicitado pela operação ou pela inspeção de 
manutenção devido a falha\s imprevisíveis e passível de 
programação. 
C – Serviços solicitados para instalações, montagens, 
modificações, reformas não preventivas,adaptações e 
fabricação de sobressalentes. 
D – Intervenção de manutenção preventiva gerada por 
inspeção. 
E – Intervenção sistemática de manutenção prevista. 
F – Serviços de inspe3ção com maquina operando. 
G – Serviços de inspeção com maquinas parada. 
Código das causas de intervenções 
As causas de intervenções de manutenção se forem 
pormenorizadas somarão milhões de itens. Por isso o método 
adequado é o agrupamento de motivos que fornece os dados 
necessários para um sistema de controle econômico. Esse 
código é colocado na requisição de serviço após termino do 
trabalho. 
Códigos 
Z – Desgaste anormal 
Y – Amaciamento (45 dias ou 1000 Horas) 
X – Acidentes 
W – Desgaste normal 
V – Erros 
U – Problemas com matéria-prima 
T – Erros de manutenção,instalação ou desmontagem 
S – Falhas ou defeitos causados por condições naturais (chuva, 
sol, orvalho, vento, etc.) 
R – Erros de projeto 
P – Problemas de lubrificação 
 22
Ferramentas de planejamento 
O setor de planejamento recebe as requisições de serviços; 
analisa o que e como deve ser feito, quais as especialidades e 
grupos envolvidos, e os materiais e ferramentas a serem 
utilizados. Isso resulta no plano de operações, na lista de 
materiais para empenho ou compra de estoque e outros 
documentos complementares como relação de serviços por 
grupo, ordens de serviços, etc. 
 
Quando há necessidade de estudos especiais, execução de 
projetos e desenhos ou quando o orçamento de um trabalho 
excede determinado valor (depende da empresa), o setor de 
planejamento requisita os serviços da Engenharia de 
manutenção. Essas providencia os estudos necessários e 
verifica a viabilidade econômica. 
 
Se o estudo ou projeto for viável, todas as informações 
coletadas pelo planejamento são enviadas ao setor de 
programação, que prepara o cronograma, os programasdiários 
de trabalho e coordena a movimentação de materiais. 
Seqüência para planejamento 
É o rol de atividades para o planejador atingir o plano de 
operação e emitir os documentos necessários; consiste em: 
• Listar os serviços a serem executados. 
• Determinar o tempo, especialidades e número de 
profissionais. 
• Determinar a seqüência lógica das operações de trabalho 
através do diagrama espinha de peixe. 
• Construir CPM-PERT. 
• Construir diagrama de barras (Gantt) indicando as equipes 
de trabalho. 
• Emitir as ordens de serviço, a lista de materiais,a relação de 
serviços por grupo e outros documentos que viriam conforme 
a empresa. 
 
23
Diagrama espinha de peixe 
É uma construção gráfica simples que permite construir e 
visualizar rapidamente a seqüência lógica das operações. 
 
Em planejamentos simples e para um único grupo de trabalho, 
pode-se passar deste diagrama à construção do diagrama de 
barras, dispensando o CPM-PERT. 
Diagrama de barras 
É um cronograma, também chamado diagrama de Gartt, que 
permite fazer a programação das tarefas mostrando a 
dependência entre elas. 
 
Usando pelo menos desde o inicio do século, consiste em um 
diagrama onde cada barra tem um comprimento diretamente 
proporcional ao tempo de execução real da tarefa. O começo 
gráfico de cada tarefa ocorre somente após o termino das 
atividades das quais depende. 
 
As atividades para elaboração do diagrama são a determinação 
das tarefas, das dependências, dos tempos e a construção 
gráfica. 
 
A seguir tem-se o exemplo de um diagrama para a fabricação de 
uma polia e um eixo. 
 
 
 24
Lista de tarefas, dependências e tempos 
 
Tarefas Descrição: Depende de: Tempo/dias: 
A → Prepara desenhos e lista de materiais - 1 
B → Obter materiais para o eixo A 2 
C → Tornear o eixo B 2 
D → Fresar o eixo C 2 
E → Obter materiais para a polia A 3 
F → Tornear a polia E 4 
G → Montar o conjunto D e F 1 
H → Balancear o conjunto 
 
G 
 
0,5 
Diagrama de barras 
 
 
 
O diagrama de barras é um auxiliar importante do planejador e 
do programador pois apresenta facilidade em controlar o tempo 
e em reprogramá-los. Apesar desta facilidade o diagrama não 
resolve questões como: 
• Quais tarefas atrasariam se a terceira tarefa (C) se atrasar 
um dia? 
• Como colocar de forma clara os custos no diagrama? 
• Quais tarefas são criticas para a realização de todo o 
trabalho? 
 
25
Para resolver as questões que o diagrama de barras não 
consegue solucionar, foram criados os métodos CPM e PERT. 
Diagrama CPM e PERT 
São dois modos de prever e acompanhar racionalmente 
trabalhos com muitas tarefas. 
 
Ambos foram criados na mesma época (1958), partido do 
cronograma de obras convencional mas com motivações 
diferentes. 
 
O PERT (Program Evaluation and Review Technique) foi criado 
para a NASA com o fim de controlar o tempo e a execução de 
tarefas realizadas pela primeira vez. 
 
O CPM (Critical Path Method) foi criado na empresa norte-
americana Dupont. Com o fim de realizar as paradas de 
manutenção dentro do menor prazo do possível e com um nível 
constante de utilização dos recursos. 
 
Os dois modelos são quase idênticos,a diferença está no uso da 
probabilidade no PERT. Esse uso é extremamente restrito em 
manutenção, por isso, o emprego dos métodos nas empresas 
recebeu o nome CPM-PERT ou métodos do caminho critico que 
é a tradução de CPM. 
 
O diagrama se vale de construções gráficas simples como 
flechas, círculos numerosos e linhas trecejadas, que constituem: 
• O diagrama de flechas 
• A atividade fantasma 
• O nó ou evento 
Diagrama de flechas 
É um gráfico das operações, onde cada operação é 
representada por uma flecha. Cada flecha tem uma ponta e uma 
cauda. A cauda representa o inicio de uma operação e a ponta 
marca o seu final. 
 26
As flechas são usadas para expressar as relações entre as 
operações e definir uma ou mais das seguintes situações: 
• A operação deve preceder algumas operações. 
• A operação deve suceder algumas operações. 
• A operação pode ocorrer simultaneamente a outras 
operações. 
 
O modo como as relações são representadas por flechas é 
mostrado na figura abaixo. 
 
 
 
Atividade fantasma 
É uma flecha tracejada usada como artifício para identificar a 
dependência entre operações. É também chamada operação 
imaginaria e não requer tempo. 
 
 
27
Na figura abaixo têm-se um exemplo para atender as seguintes 
condições: 
• W deve preceder Y 
• K deve preceder Z 
• Y deve seguir-se a W e K 
 
 
 
Assim, as atividades W, Y, K e Z são operações físicas como 
tornear, montar, testar, etc. Cada destes itens requer um tempo 
de execução, enquanto a atividade fantasma é um ajuste do 
cronograma, isto é depende da programação correta apenas. 
Nós ou evento 
São círculos desenhados no inicio e no final de cada flecha. Têm 
o objetivo de facilitar a visualização e os cálculos de tempo. 
Devem ser numerados e sua numeração é aleatória. 
 
O nó não deve ser confundido com uma atividade que demande 
tempo. Ele é um instante, isto é, um limite entre o inicio de uma 
atividade e o final de outra. 
 
 
 28
Construção do diagrama CPM-PERT 
Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista das 
atividades, os tempos e a seqüência lógica. Em seguida, vai-se 
posicionando as flechas e os nos obedecendo à seqüência 
lógica e às relações de dependência. Abaixo de cada flecha, 
coloca-se o tempo da operação e acima, a identificação da 
operação. 
 
 
 
29
A seguir e mostrado outro exemplo do diagrama CPM- PERT, no 
qual um torno apresenta defeitos na árvore e na bomba de 
lubrificação. 
 
Lista de tarefas, dependências e tempos 
Tarefa: Descrição: Depende de: Tempo 
A Retirar placa, proteções e esgotar óleo - 1h 
B Retirar árvore e transporta-la A 3h 
C lavar cabeçote A 2h 
D Trocar rolamentos B 3h 
E Trocar reparo da bomba de lubrificação B e C 2h 
F 
 
Montar, abastecer e testar o conjunto 
 
D e E 
 
4h 
 
 
O caminho critico 
É um caminho percorrido através dos eventos (nós) cuja 
somatória dos tempos condiciona a duração do trabalho. Através 
dele obtém-se a duração total do trabalho e folga das tarefas 
que não controlam o término do trabalho. 
 
No caso do diagrama 1.1, há três caminhos de atividades 
levando o trabalho do evento O ao evento 5; são eles: 
• A – B – D – F, com duração de 11 horas; 
• A – C – E – F, com duração de 9 horas; 
• A – B – imaginaria – E – F, com duração de 10 horas. 
 
 30
Superior aos demais, que condiciona a duração do projeto. É 
este o caminho critico. Sua importância decorre dos seguintes 
fatores: 
• Eles e o caminho onde, ao contrário dos demais, nenhuma 
tarefa pode atrasar, pois atrasaria todo o trabalho. 
• No caso de procurar-se diminuir o tempo de uma parada de 
manutenção utilizando hora-extra ou maior numero de 
recursos, e o caminho crítico que deve ser pensado, e não 
os demais, que têm folga. 
 
Freqüentemente, o caminho crítico é tão maior que os demais 
que basta acelera-lo para acelerar todo o trabalho. 
 
Tendo em vista o conceito do caminho crítico, pode-se afirmar 
que as tarefas C e E do diagrama 1.5 podem atrasar até duas 
horas sem comprometer a duração total. 
 
 
31
No diagrama 1.6 tem-se outro exemplo, no qual o caminho 
critico é A – B – C – D – E – H – L – M = 22h, pois os outros são: 
A – B – C – D – F – G – L – M = 18h;isto é, são menores. 
 
 
 32
O método do caminho crítico permite um balanceamento dos 
recursos, principalmente mão-de-obra. O departamento de 
manutenção possui um contingente fixo e não é desejável ter um 
perfil de utilização desse contingente com carência em uns 
momentos e ociosidade emoutros. Para evitar este problema, o 
planejador joga com o atraso das tarefas com folga e o 
remanejamento do pessoal envolvido nas tarefas iniciais. 
 
Nas paradas para reformas parciais ou totais, após o 
balanceamento dos recursos físicos e humanos com 
programação de trabalho em horários noturnos e em fins-de-
semanas, pode ocorrer ainda a carência de mão-de-obra. Neste 
caso, a solução é a contratação de serviços externos ou a 
ampliação do quadro de pessoal. 
Disponibilidade de equipamento 
O usuário de um equipamento ou instalação precisa, acima de 
qualquer coisa, que ser equipamento ou instalação esteja 
disponível para utilização. 
 
O papel da manutenção é manter o equipamento disponível ou 
faze-lo retornar a seu estado funcional, isto é, torna-lo 
disponível. 
 
A disponibilidade pode ser calculada e expressa em um índice 
percentual. Para isso, são necessários os seguintes itens: 
• MTBF – Tempo médio entre falhas “mean time between 
failures”. 
 
Fórmula: 
X
0TMTBF = 
onde: 
To = tempo total disponível para operar; 
X = número de falhas. 
 
• MTTR = Tempo médio de reparo “mean time to repair”. 
 
33
Fórmula: 
X
TRMTTR = 
onde: 
TR = tempo total de reparo ou inspeção preventiva. 
 
Assim, tem-se a formula da disponibilidade: 
MTTRMTBF
100MTBFD
+
×
= 
 
Exemplo: 
Um torno automático esteve em trabalho 4000h em um ano e 
teve 8 intervenções de manutenção com duração total de 102 
horas. Qual a disponibilidade do torno no ano? 
 
Solução: 
T0 = 4000h – 102h = 3898h 
X = 8 
TR = 102h 
h25,487
8
h3898MTBF == 
h75,12
8
h102MTTR == 
%45,97
h75,12h25,487
100h25,487D =
+
×
= 
 
Portanto, o torno teve uma disponibilidade de 97,45%. 
Controle da manutenção 
Tem como objetivo obter informações para orientar tomadas de 
decisões quanto a equipamentos e a grupos de manutenção. 
Faz isso por meio da coleta e tabulação de dados, 
aperfeiçoando a interpretação dos resultados e criando padrões 
de trabalho. 
 
 34
A tomada de decisão, a partir das informações do controle, deve 
ser da competência de todos os níveis decisórios da 
manutenção. Esse procedimento permite que cada nível tome 
decisões adequadas a suas particularidades e, ao mesmo 
tempo, coerentes com as políticas gerais da empresa. 
 
Isto é, a função primordial do controle é alimentar o 
planejamento, a programação, a supervisão, etc., com dados 
claros e confiáveis. 
 
O controle exige a criação de padrões. E padrão significa 
procedimentos dinâmicos normalizados com critérios de 
qualidade e quantidade. 
 
Quanto à forma de operação do controle, existem quatro 
sistemas: manual, semi-automatizado, automatizado e por 
microcomputador. 
 
35
Controle manual 
É o sistema no qual a manutenção preventiva e corretiva são 
controladas e analisadas por meio de formulários e mapas, que 
são preenchidos manualmente e guardados em pastas de 
arquivos 
 
Nesse sistema há necessidade de um processo organizado na 
ordenação de documentos (por semana, por setor, por 
equipamentos,etc.),com o fim de permitir a recuperação rápida 
de dados e evitar a perda de informações. 
Controle semi-altomatização 
É o sistema no qual a intervenção preventiva é controlada com o 
auxilio do computador e a intervenção corretiva obedece ao 
controle manual. 
 
A fonte dados desse sistema deve fornecer todas as 
informações necessárias para serem feitas as requisições de 
serviços, incluído as rotinas de inspeção e execução. 
 36
O principal relatório emitido pelo computador deve conter no 
mínimo: 
• O tempo gasto e previsto 
• Serviços realizados 
• Serviços reprogramados (adiados) 
• Serviços cancelados 
 
Esses são dados fundamentais para a tomada de providencia 
por parte da supervisão. 
 
 
 
 
37
Controle automatizado 
O sistema em que todas as intervenções da manutenção têm 
seus dados armazenados pelo computador, para que se tenha 
listagens, gráficos e tabelas periódicas para análise e tomada de 
decisão, conforme a necessidade e convivência dos vários 
setores da manutenção. 
 
 
 
Neste sistema, a alimentação de dados é feita por meio de 
formulários padronizados, com dados cotidianos dentro de 
padrões compatíveis com os equipamentos de entrada de dados 
da empresa (disco, cartão parafuso, fita, etc.). 
 38
Controle de microcomputador 
É o sistema no qual todos os dados sobre as intervenções da 
manutenção são armazenados no microcomputador e facilmente 
se tem acesso a eles por vídeo ou impressora. 
 
 
 
Esse sistema permite uma excelente disponibilidade na 
utilização do microcomputador pelo usuário tanto na coleta de 
dados como na obtenção de resultados, visto que sua 
alimentação é feita na origem, pelo próprio executante, 
dispensando os formulários padronizados. E o executante pode 
desenvolver programas de acordo com suas necessidades. 
 
Neste caso, é fundamental que o microcomputador esteja 
acoplado ao computador central da empresa, para que se 
obtenha dados de outras áreas (materiais, pessoal, etc.). 
 
39
Principais focos de controle 
Os pontos principais e serem controlados são: custos, 
disponibilidade das maquinas e tempo. 
 
Os dois primeiros itens já foram tratados nesta unidade. O 
tempo merece especial atenção, na tentativa de melhorar seu 
aproveitamento. 
 
O tempo na manutenção pode ser dividido em duas categorias: 
tempo de ocorrência e tempo qualificado. 
Tempo de ocorrência 
É o tempo gasto com movimentação em geral feita pelo 
mantenedor: tarefas administrativas, necessidades fisiológicas, 
transporte de ferramentas, etc., isto é, compõe-se de todas as 
horas-atividade do mantenedor menos o período de execução 
do trabalho. 
 
O tempo de ocorrência representa, em paises desenvolvidos, 30 
a 35% do tempo da manutenção e, nos paises do Terceiro 
Mundo, 65 a 75%. 
Tempo qualificado 
É o tempo gasto com a execução do serviço propriamente dita, 
isto é o tempo da tarefa especifica do mantenedor. 
O tempo de qualificado representa, em paises desenvolvidos, 65 
a 70% do tempo da manutenção e, nos paises do terceiro 
Mundo, 30 a 35%. 
 
Com base nas porcentagens expostas acima, o tempo que deve 
ser analisado e questionado é o tempo de ocorrência. O seu 
controle pode ser feito por cartões e por amostragem. É de 
fundamental importância que esses cartões não tenham caráter 
de polimento sobre o mantenedor. 
 
Com os resultados da tabulação de dados dos cartões poder-se-
á verificar quais os pontos de lentidão e, a partir daí, buscar 
dinamiza-los. 
 40
Em geral, detalhes como localização de postos de trabalhos, 
localização de almoxarifados e estrutura burocrática da empresa 
são as maiores barreiras. 
 
Cartão de apropriação de mão-de-obra 
 
Nome____________________________ 
Função _______________setor_______ 
Data__/__/__ Supervisor_____________ 
Ocorrência Local ou 
equipamento Tempo 
 Início fim 
 Hora 
 Minuto 
 Total 
 Hora 
 Minuto 
 Total 
 Hora 
 Minuto 
 Total 
 Hora 
 Minuto 
 Total 
 Hora 
 Minuto 
 Total 
 Hora 
 Minuto 
 Total 
 Hora 
 Minuto 
 Total 
 
Código de ocorrência 
 
1 - movimentação 
 
2 - falta de permissão 
 
3 – Falta de material 
 
4 – Falta de transporte 
 
5 – Falta de ferramentas 
 
6 – Falta de energia 
 
7 – Falta de instruções 
 
8 – falta de serviços 
 
9 – interrupção pela segurança 
 
10 – Mau tempo 
 
11 – Transporte 
 
12 – Acidente de mantenedor 
 
13 – Atraso da condução 
 
14 – Á disposição do departamento 
 
15 – Horas improdutivas diversas 
 
16 – Ausência por assunto 
administrativo 
 
17 - Treinamento 
 
 
41
Recomendações para planejamento 
A pratica do planejamentoda manutenção da manutenção 
fornece algumas metas a serem buscadas, a saber: 
• Ao chegar um equipamento novo, as primeiras atividades e 
serem planejadas são a inspeção de ajuste de tolerâncias e a 
limpeza e relubrificação (“Flushing”) após 1000 horas de uso. 
• Após a limpeza e relubrificação das primeiras 1000 horas, 
planejar a tomada de padrões (temperatura, vibração, 
pressão etc.) entre 1050 e 1200 horas de uso a partir do 
ponto zero 
• O ideal da manutenção racionalizada é ter 93% dos seus 
serviços planejados e 7% não planejados. 
• O planejador pode contar com um índice de horas-extras dos 
mantenedores entre 3 e 6%. Esses limites não devem ser 
ultrapassados para não haver freqüentes quedas no 
rendimento. 
• O planejamento dos serviços, sempre que possível, deve 
ocorrer com 3 a 4 semanas de antecedência. 
• As informações devem ser geradas através de históricos, 
homens (manutenção e produção), instrumentos e relatórios. 
• Todos o planejamento deve estar preparado para mudanças. 
• No planejamento as ordens têm de ser claras e objetivas. 
• É atribuição do planejador orientar a guarda de 
documentação de serviços e equipamentos e também 
orientar o preenchimento de formulários e preparação de 
relatórios. 
 42
• Um bom planejador deve ter formação técnica e experiência 
de campo na manutenção. 
 
 
 
Questionário-rumo 
1. O que significa planejar? 
2. O que significa programar? 
3. Qual a função do controle? 
4. Quais as atividades, na manutenção, que permitem 
planejamentos? 
5. Como é formado o custo da manutenção? 
6. Qual é a rotina dos serviços do planejamento? 
7. Qual a finalidade do diagrama espinha de peixe? 
8. Descreva o diagrama de flechas e faça um exemplo. 
9. O que é atividade fantasma? 
10. Explique o caminho critico. 
11. Calcule a disponibilidade de uma furadeira multifuso que, 
durante um ano, esteve em trabalho 4800 horas e teve 12 
intervenções da manutenção que totalizam 180 horas. 
12. Quais os sistemas de controle da manutenção? 
13. Quais os principais focos de controle da manutenção? 
14. Defina o tempo de ocorrência. 
15. Quais são as primeiras tarefas a sem planejadas quando 
entra em operação um novo equipamento? 
 
 
43
Prática de planejamento 
 
 
 
Objetivos da unidade 5 
Ao final desta unidade o participante deverá: 
 
Conhecer 
Estar informado sobre: 
Forma usual de execução do planejamento da manutenção; 
Documentos emitidos pelo planejamento. 
Saber 
Reproduzir conhecimentos sobre: 
Execução do planejamento envolvendo múltiplas tarefas em várias 
especialidades; 
Itens mínimos necessários à documentação do planejamento. 
Ser capaz de 
Aplicar conhecimentos para: 
Executar planejamentos envolvendo até trinta tarefas; 
Interpretar planejamentos de manutenção em geral. 
Introdução 
O significado e finalidade das tarefas do planejamento foram 
explicados na unidade 1. Agora, nesta unidade, serão propostos 
exercícios práticos desses conceitos expostos. 
 
Em primeiro lugar, serão apresentados os documentos 
empregados pela planejamento da manutenção. 
 
A seguir, será apresentado um trabalho pronto, como exemplo, e 
depois duas situações-problemas para os participantes do curso 
solucionarem. 
Documentos do planejamento 
O setor de planejamento, a partir das requisições de serviço, 
elabora os seguintes documentos: 
• Plano de operações 
• Lista de materiais 
• Ordens de serviço 
 
44
As figuras apresentam os modelos dos vários impressos usados 
em planejamento. 
 
 
Empresa LTDA. 
 
Requisição de serviço 
Número __________ 
Equipamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
Código ______________ Periculosidade__ Natureza__ Causa__ 
Setor emitente 
Centro de custo número ______ 
 
____________________ __/__/__ ____________________ __/__/__ 
Emitente Autorizador 
Serviço solicitado: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Observação:. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Requisição de serviço 
 
45
 
 
Empresa LTDA. 
 
Ordem de serviço 
Número __________ 
Equipamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
Código ______________ Periculosidade__ Natureza__ 
 
Data prevista __/__/__ 
Início __/__/__ 
Fim __/__/__ _________________ ________________ 
Terminado em __/__/__ Emitente Executor 
 
Aprovação 
Sim (__) 
Não (__) ___________________________ __/__/__ 
Parcial (__) Inspetor 
 
Operação Descrição do serviço Duração Quantidade de homens 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ __________________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
 
Local de serviço: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Recursos complementares: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Modificações no planejamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Ordem de serviço 
 
46
 
 
Empresa LTDA. 
 
Planejamento da Manutenção – Programação das Operações 
Equipe Tempo horas (__) dias(__) 
 :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ 
 :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ 
 :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ 
 :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ 
 :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ 
 :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ 
 :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ 
 :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ :__:__:__:__:__ 
Impresso para diagrama de barras 
 
 
Empresa LTDA 
 
Planejamento da Manutenção – Programação das Operações 
Requisição de serviço número __________ 
Operação 
Descrição 
do serviço 
 Dependência Tempo 
Número 
de homens 
 Equipe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Impresso para seqüência de operações 
 
47
Exemplo de planejamento 
Todo o trabalho do planejamento começa com uma requisição 
de serviço, que é emitida pela inspeção preventiva ou pelo posto 
de manutenção. No nosso exemplo, o serviço foi solicitado pela 
inspeção. 
 
O inspetor encontra em um conjunto motor e bomba centrífuga, 
usados para água industrial, as seguintes avarias: 
• Vazamento entre eixo e gaxeta 
• Excesso de vibração no mancal 
• Aquecimento no conjunto de contatores 
• Contatos em mau estado. 
 
 
 
 
48
Com os dados fornecidos, o conhecimento de campo e as 
informações de arquivo, o setor de planejamento executa o 
trabalho mostrado na figuras. 
 
 
Empresa LTDA 
 
Requisição de serviço 
Número  0  1  9  8  9  
 
Equipamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
Código  1  2  5  7  9  1  0  Periculosidade 2  Natureza D  Causa__ 
Setor emitente 
Centro de custo número  2  0  1  
 
____________________ 30/ 10/ 89 ____________________ 30/ 10/ 89 
Emitente Autorizador 
Serviço solicitado: 
- Eliminar vazamento_______________________________________________________ 
- Trocar reparos do conjunto de contatores _________________________ 
- Limpeza interna do motor _______________________________ 
- Trocar rolamentos do eixo da bomba ________________________________________ 
- Perícia no conjunto ______________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Observação:. 
- Avarias constatadas segundo roteiro de inspeção nºB010 ____________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 
49
 
Empresa LTDA 
 
Planejamento da Manutenção – Programação das Operações 
Requisição de serviço número  0  1  9  8  9  
Operação Descrição do serviço Dependência Tempo 
Número 
de homens Equipe 
A Retirar o conjunto -- 2h 1 180 
B Desmontar bomba A 3h 1 180 
C Limpar e inspecionar bomba B 4h 1 180 
D 
Montar bomba com gaxeta e 
rolamentos novos 1 
 
 
 C 3h 1 180 
E Desmontar e limpar motor A e B 4h 1 190 
F Montar motor E 2h 1 190 
G 
Trocar contatos e molas no 
painel -- 2h 1 190 
H Montar cojunto D e F 1h 1 180 
I Instalar o conjunto e testar G e H 2h 2 180 - 190 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagrama espinha de peixe 
 
50
 
 
Diagrama de flechas 
 
 
 
51
 
 
EMPRESA LTDA 
 
Planejamento de manutenção – Lista de Materiais 
Requisição de serviço Número  0  1  9  8  9  
Item Descrição Unidade Quantidade 
1 Solvente para motor 2 
2 Algodão cru 1 
3 Gaxeta grafitada 0,5 
4 Rolamento rígido de esferas 6312 2 
5 Junta de papelão amianto grafitado 0,5 
6 Graxa para rolamentos EP – 2 1 
7 Reparo para contator 3TB56 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação 
Os materiais de uso freqüente na maioria dos serviços (estopa, 
querosene, etc.) dispensam discriminação na lista de materiais, 
pois funcionam no sistema duas gavetas e atendem a vários 
serviços simultaneamente. 
 
 
 
52
 
 
Empresa LTDA. 
 
Ordem de serviço 
Número __________ Equipe 0  1  8  0  
Equipamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
Código  1  2  5  7  9  1  0  Periculosidade 2  Natureza D  
 
Data prevista 14/11/89 
Início 14/11/89 
Fim 14/11/89 _________________ ________________ 
Terminado em __/__/__ Emitente Executor 
 
Aprovação 
Sim ( x ) 
Não (__) ___________________________ __/__/__ 
Parcial (__) Inspetor 
 
Operação Descrição do serviço Duração Quantidade de homens 
___A____ Retirar conjunto ________________ ___2H__ _________ 1 ___________B____ Desmontar bomba________________ ___3H__ _________ 1 ________ 
___C____ Limpar e inspecionar______________ ___4H__ _________ 1 ________ 
___D____ Trocar rolamentos, gaxeta e montar _______ ___________________ 
________ Bomba ________________________ ___3H__ _________ 1 ________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
 
Local de serviço: 
Casa das bombas – Oficina Central ________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Recursos complementares: 
Empilhadeira ________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Modificações no planejamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 
 
53
 
 
Empresa LTDA. 
 
Ordem de serviço 
Número __________ Equipe 0  1  9  0  
Equipamento: 
Conjunto motor e bomba centrifuga ________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
Código  1  2  5  7  9  1  0  Prioridade 2  Natureza D  
 
Data prevista 14/11/89 
Início 14/11/89 
Fim 14/11/89 _________________ ________________ 
Terminado em __/__/__ Emitente Executor 
 
Aprovação 
Sim ( x ) 
Não (__) ___________________________ __/__/__ 
Parcial (__) Inspetor 
 
Operação Descrição do serviço Duração Quantidade de homens 
___E____ Desmontar e limpar motor ________ ___4H___ __________________ 
___F____ Montar motor ________ ___2H _ __________________ 
___G____ Trocar contatos e molas ___________ ___1H___ __________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
 
Local de serviço: 
Casa de bombas – Oficina Central________ ___________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Recursos complementares: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Modificações no planejamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 
 
54
 
 
Empresa LTDA. 
 
Ordem de serviço 
Número __________ Equipe 0  1  8  0  
Equipamento: 
Conjunto motor e bomba centrifuga ________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
Código  1  2  5  7  9  1  0  Prioridade 2  Natureza D  
 
Data prevista 14/11/89 
Início 14/11/89 
Fim 14/11/89 _________________ ________________ 
Terminado em __/__/__ Emitente Executor 
 
Aprovação 
Sim ( x ) 
Não (__) ___________________________ __/__/__ 
Parcial (__) Inspetor 
 
Operação Descrição do serviço Duração Quantidade de homens 
___H____ Montar conjunto ________ ___1H___ ______1___________ 
____I___ Instalar conjunto e testar ________ ___2H _ _______1__________ 
________ _______________________________ _______ __________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
 
Local de serviço: 
Casa de bombas – Oficina Central________ ___________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Recursos complementares: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Modificações no planejamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 
 
55
 
 
Empresa LTDA. 
 
Ordem de serviço 
Número __________ Equipe 0  1  9  0  
Equipamento: 
Conjunto motor e bomba centrifuga ________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
Código  1  2  5  7  9  1  0  Prioridade 2  Natureza D  
 
Data prevista 14/11/89 
Início 14/11/89 
Fim 14/11/89_________________ ________________ 
Terminado em __/__/__ Emitente Executor 
 
Aprovação 
Sim (__) 
Não (__) ___________________________ __/__/__ 
Parcial (__) Inspetor 
 
Operação Descrição do serviço Duração Quantidade de homens 
___I____ Instalar conjunto e testar__________ ___2H___ ______1___________ 
________ ______________________________ ________ __________________ 
________ _______________________________ ________ __________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
________ _______________________________ _______ ___________________ 
 
Local de serviço: 
Casa de bombas – Oficina Central________ ___________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Recursos complementares: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Modificações no planejamento: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 
 
56
Exercícios 
A situação proposta é a de um compressor de ar com abarias no 
sistema de transmissão por correias e com excessivo 
centelhamento no motor. Os problemas foram detectados 
durante inspeção (Figs. 5.16 e 5.17) 
 
 
 
Um fato importante a considerar é que o equipamento fica 
inativo somente das 0 horas de domingo às 7 horas de segunda-
feira. 
Dados de arquivo 
• Funciona 24 horas por dia. 
• Está 54 meses em operação. 
• Não possui motor reserva. 
• Manutenção preventiva nunca foi executada. 
• Está instalado na casa de compressores (local com 
monovia). 
• Rolamentos do motor (6310ZZ) têm duração de ±30.500 
horas. 
• Carter tem capacidade para cinco litros de óleo SAE 30 
(troca a cada 6.000 horas). 
• Possui correias trapezoidais B-85 (6 peças). 
 
57
• Motor de anéis, 100CV, 440V, 4 pólos, trifásico, 3 anéis, 9 
escovas 250A cujo comprimento mínimo é 50mm; corrente 
de trabalho 200A. 
Informações da inspeção 
• Corrente elétrica de trabalho tem 205A e os contatos da 
chave estão sujos. 
• Está com excessivo centelhamento no coletor de anéis e as 
escovas estão vibrando. 
• Há desgaste de 0,5mm nas laterais dos canais das polias – 
por isso as polias estão engolindo as correias e freando o 
movimento. 
• Faltam 300 horas para a troca do óleo do cárter. 
• Filtro de admissão de ar está sujo. 
Exercício 
A segunda situação é a de um sistema de exaustão de caldeira 
com problemas de superaquecimento no motor e 
desbalanceamento. 
 
 
58
Nesse caso, os problemas foram notados pela equipe de 
utilidades, que acionou a equipe de corretiva que, por sua vez, 
notou a necessidade de uma parada programada (Figs. 5.18 e 
5.19) 
 
 
Empresa LTDA. 
 
Requisição de serviço 
Número _0__1__9__9__1_ 
 
Equipamento: Caldeira----___________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
Código  0  0  1  3  8  1  4  Prioridade 2  Natureza B  Causa   
 
Setor emitente 
Centro de custo número  1  4  0  
 
__________________________ __________________________ __/__/____ 
 Emitente Autorizador 
 
Serviço solicitado: 
__- Balancear exaustor_____________________________________________________ 
__- Trocar rolamentos do exaustor e do motor___________________________________ 
__- Reparar polias_________________________________________________________ 
__- Trocar junta na tubulação________________________________________________ 
__- Soldar furo na tubulação_________________________________________________ 
__- Inspecionar motor______________________________________________________ 
__- Verificar painel elétrico e trocar os contatos se necessário_______________________ 
__- Reparar chave de partida________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Observação: 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 
 
59
Esse equipamento só está disponível para reparos a partir da 0 
hora de sábado até às 3 horas da segunda-feira. 
 
 
Sistema de exaustão a ser reparo 
Dados de arquivo 
• Funciona 24 horas por dia nos últimos 20 meses, exceto 
sábados e domingos. 
• Foi instalado há seis anos.Manutenção preventiva nunca foi 
executada. 
• Não há monovia na sala de caldeiras. 
• Não existe motor reserva. 
• Não existem polias reservas. 
• Possui dois rolamentos de exaustor (6308) com duração 
prevista de 30.000 horas. 
• Rolamentos do motor (6210) têm duração de ±32.000 horas. 
• Possui cinco correias trapezoidais C-81. 
• Motor elétrico de 16CV, 440V, rotor de gaiola; corrente de 
trabalho 25A. 
 
60
Informações da inspeção 
• Excesso de vibração na hélice do exaustor; 
desbalanceamento. 
• Vazamento na tubulação causado por corrosão. 
• Polias desgastadas (0,6mm) por desalinhamento. 
• A leitura do medidor de vibrações nos mancais indica a troca 
dos rolamentos do exaustor e do motor. 
• O motor está partindo com sobrecarga e superaqueceu uma 
vez. Foi dada uma solução provisória pela equipe de 
corretiva. 
 
61
Introdução à manutenção 
Com a globalização da economia, a busca da qualidade total em 
serviços, produtos e gerenciamento ambiental passou a ser a 
meta de todas as empresas. 
 
- O que a manutenção tem a ver com a qualidade total? 
Disponibilidade de máquina, aumento da competitividade, 
aumento da lucratividade, satisfação dos clientes, produtos com 
defeito zero... 
 
- Não entendi! 
 
Vamos comparar. Imagine que eu seja um fabricante de 
rolamentos e que tenha correntes no mercado. Pois bem, para 
que eu venha a manter meus clientese conquistar outros, 
precisarei tirar o máximo rendimento de minhas máquinas para 
oferecer rolamentos com defeito zero e preço competitivo. 
 
Deverei, também, estabelecer um rigoroso cronograma de 
fabricação e de entrega de meus rolamentos. Imagine você que 
eu não faça manutenção de minhas máquinas... 
 
- Estou começando a entender. 
 
 
62
Se eu não tiver um bom programa de manutenção, os prejuízos 
serão inevitáveis, pois máquinas com defeitos ou quebradas 
causarão: 
• Diminuição ou interrupção da produção; 
• Atrasos nas entregas; 
• Pedras financeiras; 
• Aumento dos custos; 
• Rolamentos com possibilidades de apresentar defeitos de 
fabricação; 
• Insatisfação dos clientes; 
• Perda de mercado. 
 
Para evitar o colapso de minha empresa devo, obrigatoriamente, 
definir um programa de manutenção com métodos preventivos a 
fim de obter rolamentos nas quantidades previamente 
estabelecidas e com qualidade. Também devo incluir, no 
programa, as ferramentas a serem utilizadas e a previsão da 
vida útil de cada elemento das máquinas. 
 
Todos esses aspectos mostram a importância que se deve dar à 
manutenção. 
Um breve histórico 
A manutenção, embora despercebida, sempre existiu, mesmo 
nas épocas mais remotas. Começou a ser conhecida com o 
nome de manutenção por volta do século XVI na Europa central, 
juntamente com o surgimento do relógio mecânico, quando 
surgiram os primeiros técnicos em montagem a assistência. 
 
Tomou corpo ao longo da Revolução Industrial e firmou-se, 
como necessidade absoluta, na Segunda Guerra Mundial. No 
princípio da reconstrução pós-guerra, Inglaterra, Alemanha, Itália 
e principalmente o Japão alicerçaram seu desempenho industrial 
nas bases da engenharia e manutenção. 
 
 
63
Nos últimos anos, com a intensa concorrência, os prazos de 
entrega dos produtos passaram a ser relevantes para todas as 
empresas. Com isso, surgiu a motivação para se prevenir contra 
as falhas de máquinas e equipamentos. Essa motivação deu 
origem à manutenção preventiva. 
 
Em suma, nos últimos vinte anos é que tem havido preocupação 
de técnicos e empresários para o desenvolvimento de técnicas 
específicas para melhorar o complexo sistema 
Homem / Máquina / Serviço. 
Conceitos e objetivos 
Podemos entender manutenção como o conjunto de cuidados 
técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente 
de máquinas equipamentos, ferramentas e instalações. Esses 
cuidados envolvem a conservação, a adequação, a restauração, 
a substituição e a prevenção. Por exemplo, quando mantemos 
as engrenagens lubrificadas, estamos conservando-as. Se 
estivermos retificando uma mesa de desempeno, estaremos 
restaurando-a. Se estivermos trocando o plugue de um cabo 
elétrico, estaremos substituindo-o. 
 
De modo geral, a manutenção em uma empresa tem como 
objetivos: 
• Manter equipamentos e máquinas em condições de pleno 
funcionamento para garantir a produção normal e a 
qualidade dos produtos; 
• Prevenir prováveis falhas ou quebras dos elementos das 
máquinas. 
 
Alcançar esses objetivos requer manutenção diária em serviços 
de rotina e de reparos periódicos programados. 
 
A manutenção ideal de uma máquina é a que permite alta 
disponibilidade para a produção durante todo o tempo e que ela 
estiver em serviço e a um custo adequado. 
 
64
Serviços de rotina e serviços periódicos 
Os serviços de rotina constam de inspeção e verificação das 
condições técnicas das unidades das máquinas. A detecção e a 
identificação de pequenos defeitos dos elementos das 
máquinas, a verificação dos sistemas de lubrificação e a 
constatação de falhas de ajustes são exemplos dos serviços da 
manutenção de rotina. 
 
A responsabilidade pelos serviços de rotina não é somente do 
pessoal da manutenção, mas também de todos os operadores 
de máquinas. Salientamos que há, também, manutenção de 
emergência ou corretiva que será estudada logo adiante. 
 
 
 
Os serviços periódicos de manutenção consistem de vários 
procedimentos que visam manter a máquina e equipamentos em 
perfeito estado de funcionamento. Esses procedimentos 
envolvem várias operações. 
• Monitorar as partes da máquina sujeitas a maiores 
desgastes; 
• Ajustar ou trocar componentes em períodos 
predeterminados; 
• Exame dos componentes antes do término de suas 
garantias; 
• Replanejar, se necessário, o programa e prevenção; 
• Testar os componentes elétricos, etc. 
 
 
65
Os serviços periódicos de manutenção podem ser feitos durante 
paradas lonas das máquinas por motivos de quebra de peças (o 
que deve ser evitado) ou outras falhas, ou durante o 
planejamento de novo serviço ou, ainda, no horário de mudança 
de turnos. 
 
As paradas programadas visam à desmontagem completa da 
máquina para exame de suas partes e conjuntos. As partes 
danificadas, após exame, são recondicionadas ou substituídas. 
A seguir, a máquina é novamente montada e testada para 
assegurar a qualidade exigida em seu desempenho. 
 
Reparos não programados também ocorrem e estão inseridos 
na categoria conhecida pelo nome de manutenção corretiva. Por 
exemplo, se uma furadeira de bancada estivem em 
funcionamento e a correia partir, ela deverá ser substituída de 
imediato para que a máquina não fique parada. 
 
O acompanhamento e o registro do estado da máquina, bem 
como dos reparos feitos, são fatores importantes em qualquer 
programa de manutenção. 
Tipos de manutenção 
Há dois tipos de manutenção: a planejada e a não planejada. 
 
A manutenção planejada classifica-se em quatro categorias: 
preventiva, preditiva, TPM e Terotecnologia. 
 
A manutenção preventiva consiste no conjunto de 
procedimentos e ações antecipadas que visam manter a 
máquina em funcionamento. 
 
 
66
A manutenção preditiva é um tipo de ação preventiva baseada 
no conhecimento das condições de cada um dos componentes 
das máquinas e equipamentos. Esses dados são obtidos por 
meio de um acompanhamento do desgaste de peças vitais de 
conjuntos de máquinas e de equipamentos. Testes periódicos 
são efetuados para determinar a época adequada para 
substituições ou reparos de peças. Exemplos: análise de 
vibrações, monitoramento de mancais. 
 
A TPM (manutenção produtiva total) foi desenvolvida no Japão. 
É um modelo calcado no conceito “de minha máquina, cuido eu”. 
 
A Terotecnologia é uma técnica inglesa que determina a 
participação de um especialista em manutenção desde a 
concepção do equipamento até sua instalação e primeiras horas 
de produção. Com a terotecnologia, obtêm-se equipamentos que 
facilitam a intervenção dos mantenedores. 
 
Modernamente há empresas que aplicam o chamado retrofittin, 
que são reformas de equipamentos com atualização tecnológica. 
Por exemplo, reformar um torno mecânico convencional 
transformando-o em torno CNC é um caso de retrofitting. 
 
A manutenção não planejada classifica-se em duas categorias: a 
corretiva e a de ocasião. 
 
A manutenção corretiva tem o objetivo de localizar e reparar 
defeitos em equipamentos que operam em regime de trabalho 
contínuo. 
 
A manutenção de ocasião consiste em fazer consertos quando a 
máquina se encontra parada. 
Planejamento, programação e controle 
As instalações industriais, as paradas para manutenção 
constituem uma preocupação constante para a programação da 
produção. Se as paradas não forem previstas, ocorrem vários 
problemas, tais como: atrasos no cronograma de fabricação, 
indisponibilidade da máquina, elevação dos custos, etc. 
 
67
Para evitar esses problemas, as empresas introduziram, em 
termos administrativos, o planejamento e a programação da 
manutenção. No Brasil, o planejamento e a programação da 
manutenção foram introduzidos durante os anos 60. 
 
A função planejar significa conhecer

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