Aula 6 Intemperismo e Formação dos Solos.pdf

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Intemperismo e 
Formação de Solos 
Prof. Thiago Marinho 
tsmarinho@icene.uftm.edu.br 
- O intemperismo (ou meteorização) processo geral 
pelo qual as rochas são destruídas na superfície da 
Terra. 
- Produz todas as argilas, solos e as substâncias 
dissolvidas e carregadas pelos rios para os oceanos. 
- Atua por meio de mecanismos modificadores das 
propriedades físicas dos minerais e rochas e de suas 
características químicas. 
Intemperismo 
Intemperismo 
Intemperismo é o conjunto de modificações de ordem física, 
química e biológica (através de processos físicos e químicos), 
que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra. 
 
O produto final do intemperismo é o regolito ou manto de 
intemperismo, uma camada de material heterogêneo 
desagregado e que é formado o solo. 
Intemperismo 
Intemperismo 
Intemperismo e a erosão são processos geológicos importantes 
nos sistemas da Terra. 
Juntamente com a tectônica e o vulcanismo, o intemperismo e a 
erosão modelam a superfície terrestre e alteram os materiais 
rochosos, convertendo rochas em sedimentos e formando solos. 
De certa forma, intemperismo e erosão são inseparáveis. 
Intemperismo 
Por que algumas rochas meteorizam-
se mais rapidamente que outras? 
 Taxa de alteração 
 Lenta Rápida 
Propriedades da Rocha Parental 
Solubilidade do Baixa Moderada Alta 
mineral na água (ex. quartzo) (ex. feldspato) (ex. halita) 
Estrutura da rocha Maciça Algumas zonas Muito fraturada 
 de fraqueza ou delgada 
 
Clima 
Chuva Baixa Moderada Alta 
Temperatura Frio Moderada Quente 
 
Presença de Solo e Vegetação 
Espessura do perfil de solo Nenhuma Fina a moderada Espessa 
Conteúdo orgânico Baixo Moderado Alto 
 
Tempo de Exposição Curto Moderado Longo 
 
Intemperismo 
A natureza da rocha-matriz controla o intemperismo porque (1) os 
minerais alteram-se com taxas diferentes e (2) a estrutura da rocha 
influencia a suscetibilidade de fraturar-se e fragmentar-se 
Intemperismo 
Lápides do início do século XIX. A rocha à esquerda é um calcário e suas inscrições ficaram 
ilegíveis. À esquerda é uma ardósia, a qual mantém sua legibilidade sob as mesmas 
condições da outra lápide. 
Intemperismo 
Três tipos de intemperismo: 
• Físico 
• Químico 
• Biológico 
Intemperismo Físico 
Os processos que causam desagregação das rochas, com 
separação dos grãos minerais coesos, transformando a rocha em 
material descontínuo e friável, constituem o intemperismo 
físico. 
Intemperismo Físico 
• Variação de temperatura entre dias e noite e entre estações 
do ano. 
• Mudanças de umidade. 
• Congelamento de água nas fissuras das rochas. 
• Evaporação das águas de infiltração com sais dissolvidos. 
• Rochas que ascendem a níveis crustais mais superficiais. 
Bloco de gnaisse na Antártica fraturado pela ação do gelo nas fissuras. 
Intemperismo Físico 
Intemperismo Físico 
Ação do congelamento da água em fissuras nas rochas. 
Intemperismo Físico 
Intemperismo Físico 
Padrão de juntas alargadas e alteradas, desenvolvidas em duas direções, devido a 
um clima árido. 
Formação de juntas de alívio em consequência da expansão do corpo rochoso 
ígneo sujeito a alivio de pressão. 
Intemperismo Físico 
Intemperismo Físico 
Juntas de alívio em batólito granítico. 
Intemperismo Químico 
Esse tipo de intemperismo ocorre quando os minerais 
de uma rocha são quimicamente alterados ou 
dissolvidos. 
As rochas alteram-se quimicamente principalmente 
quando reagem com o ar e a água. Nessas reações os 
minerais dissolvem-se ou combinam-se com outros 
componentes formando minerais novos. 
 
Intemperismo Químico 
Fragmentando as rochas e, 
portanto aumentando a superfície 
exposta ao ar e à água, o 
intemperismo físico facilita o 
intemperismo químico... 
 
Intemperismo Químico 
... Transformando um bloco 
anguloso em uma estrutura 
arredondada, devido ao ataque 
químico em múltiplos lados da 
rocha. 
 
Alteração esferoidal. 
Exemplo de alterações 
esferoidais nos basaltos 
da Formação Serra Geral 
na Univerdecidade, 
Uberaba (MG). 
 
(Ribeiro et al., 2012) 
Intemperismo Químico 
Intemperismo Químico 
Alteração esferoidal, Ischigualasto, Argentina. 
Intemperismo Químico 
Alteração esferoidal. 
Intemperismo Químico 
Dissolução: solubilização completa de minerais. 
Acidólise: redução do pH das águas, responsável pela decomposição 
dos minerais primários. 
Hidrólise: principal responsável pela solubilização de silicatos como 
o quartzo. 
Hidratação: entrada de moléculas de água na estrutura mineral. 
Oxidação: combinação de alguns minerais com oxigênio 
Lápides do início do século XIX. 
A rocha da direita é um calcário, 
tão alterada que suas inscrições 
ficaram ilegíveis devido à 
dissolução, enquanto a rocha da 
esquerda, uma ardósia mantém 
legibilidade sob as mesmas 
condições. 
Intemperismo Químico 
Ciclo do Carbono. 
Intemperismo Químico 
Intemperismo Químico 
Intemperismo Químico 
Intemperismo Biológico 
Os organismos também podem promover o intemperismo, atuando 
tanto como agentes de intemperismo físico como o químico. 
Ouriços-do-mar promovem o intemperismo 
físico ao escavar as rochas onde se alojam. 
Raízes que crescem em fissuras e quebrando 
rochas. 
Liquens e musgos podem ser agentes de intemperismo primário em rochas frescas. Os 
ácidos orgânicos produzidos por seu metabolismo decompõem alguns minerais, formando 
argilas e pequenas cavidades. 
Intemperismo Biológico 
Plantas maiores, alojam-se em fissuras e 
cavidades nas rochas, causando 
intemperismo físico-biológico. 
Intemperismo Biológico 
Pequenas plantas podem se instalar nas depressões formadas pelos liquens e musgos nas 
rochas, aumentando o processo de intemperismo. 
Intemperismo Biológico 
Intemperismo Biológico 
Os produtos friáveis formados na superfície da Terra 
como resultado do intemperismo, podem não ser 
erodidos e transportados. 
Quando formados em regiões planas, ou de relevo 
suave, ou quando estão protegidos por cobertura 
vegetal, o regolito ou manto de intemperismo evolui 
por meio de reorganizações estruturais e acréscimo de 
matéria orgânica, dão origem aos solos. 
Solos 
Solos 
“Solo é a fina camada do regolito, a qual contém 
matéria orgânica e pode suportar vida” 
(Press et al., 2006) 
Definição 
Solos 
- Clima 
- Organismos 
- Material de origem- Relevo 
- Tempo 
Solos 
Solos 
Distribuição de solos em relação ao relevo. 
Solos 
Distribuição de solos em relação ao relevo. 
Solos 
Os solos apresentam uma estruturação vertical, o perfil 
de solo, caracterizada por camadas horizontais com 
diferentes concentrações de matéria orgânica e 
minerais solúveis lixiviados. 
Solos 
Lixiviação 
Processo de extração e uma substância presente em 
componentes sólidos através da sua dissolução num 
líquido 
A camada superior é conhecida 
como horizonte A, em geral com 
espessuras de 1 até 2 metros, 
comumente mais escura, contendo a 
maior concentração de matéria 
orgânica, argila e minerais insolúveis 
como quartzo. 
Solos 
Solos 
Os minerais solúveis foram lixiviados 
para a camada sotoposta ao 
horizonte A, o horizonte B, onde a 
matéria orgânica é esparsa e os 
minerais solúveis podem ter se 
acumulado. 
Solos 
A camada inferior, o horizonte C, é o 
substrato rochoso levemente 
alterado e decomposto, misturado 
com argila do intemperismo 
químico. 
Solos 
Tipos de solo em relação ao tempo de formação. 
Solos 
A “terra roxa”, um tipo 
comum de solo da 
região do Triângulo 
Mineiro, corresponde a 
um solo muito fértil 
originado da alteração 
das rochas basálticas 
ricas em Ferro. Sua 
oxidação garante a 
típica cor vermelha 
desses solos. 
Solos 
A oxidação do Ferro presente nas rochas (ex. basalto) 
da uma cor avermelhada ao solo originado destas. Esse 
solos vermelhos são típicos de regiões onde 
predominam climas com uma estação úmida e outra 
seca e, são chamado de lateritos. 
Solos 
Laterito formado em mina de hematita (minério de ferro). 
Solos 
Solos 
Formação de Paisagens 
A formação de paisagens ocorre entre a interação dos 
processos tectônicos, que tendem a construir relevo, e 
os processos intempéricos e erosivos que tendem a 
destruí-lo, formando solos (quando não há transporte) 
ou causando denudação (expondo rochas, quando o 
regolito é transportado). 
Formação de Paisagens 
Formação de Paisagens 
Exemplo de um processo 
construtivo de formação de 
paisagens: Cordilheira dos 
Andes. 
Formação de Paisagens 
Intemperismo, erosão e denudação 
de rochas da Formação Serra Geral 
no Cachoeirão de Ponte Alta, 
Uberaba (MG). 
Formação de Paisagens 
Exemplo de um processo 
destrutivo de formação 
de paisagens através de 
intemperismo e erosão 
diferencial: “El Hongo”, 
Ischigualasto, Argentina. 
Formação de Paisagens 
Quando os processos erosivos atuam em áreas 
tectonicamente inativas, há a tendência de que a 
superfície do terreno torne-se uma planície e haja o 
acúmulo de solos ou áreas encharcadas. 
Formação de Paisagens 
Pantanal Matogrossense.