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Prova da coagulase PRINCÍPIO Verificar a capacidade de microrganismos reagirem com o plasma e formarem um coágulo, uma vez que a coagulase é uma proteína com atividade similar à protrombina, capaz de converter o fibrinogênio em fibrina, que resulta na formação de um coágulo visível. Pode ser encontrada em duas formas que possuem diferentes propriedades: coagulase conjugada e coagulase livre. A coagulase conjugada (prova em lâmina), é também conhecida como fator de aglutinação, encontra-se unida à parede celular bacteriana e não está presente em filtrados de cultivos. Quando as células bacterianas são suspensas em plasma (fibrinogênio), formam-se cordões de fibrina entre elas, o que causa agrupamento sob a forma de grumos visíveis. A coagulase livre (prova em tubo) é uma substância similar à trombina e está presente em filtrados de cultivos. É secretada extracelularmente e reage com uma substância presente no plasma denominado Fator de Reação com a Coagulase – CRF, para formar um complexo que, por sua vez, reage com fibrinogênio, formando fibrina (coágulos). Quando uma suspensão em plasma do microrganismo produtor de coagulase é preparada em tubo de ensaio, forma-se um coágulo visível após o período de incubação. UTILIDADE Separar as espécies de Staphylococcus de importância clínica, S. aureus – coagulase positiva, das demais espécies – coagulase negativa. INOCULAÇÃO Coagulase conjugada: Traçar dois círculos com lápis de cera em uma lâmina de vidro; Colocar duas gotas de água destilada ou solução fisiológica estéreis dentro de cada círculo; Com auxílio de um fio bacteriológico agregar a colônia em estudo, homogeneizando delicadamente em cada círculo; Colocar uma gota de plasma para a prova de coagulase em um dos círculos; No outro círculo, adicionar outra gota de água destilada ou solução fisiológica estéreis, como controle; Homogeneizar com palito de madeira; Inclinar a lâmina delicadamente, para frente e para trás; Observar presença de aglutinação. Coagulase livre: Com auxílio do fio bacteriológico, suspender colônias em estudo em caldo BHI e colocar em estufa à 37ºC até que turve; Se necessário, acertar a turbidez até 0,5 da escala de MacFarland; Em um tubo de ensaio estéril, colocar 0,5 ml de plasma reconstituído e 0,5 ml do caldo BHI com crescimento bacteriano recém turvado; Incubar em estufa à 35ºC 4 horas; Verificar se há presença de coágulo; Se não houver presença de coágulo, incubar o tubo em temperatura ambiente e repetir as leituras com 18 e 24 horas de incubação. INTERPRETAÇÃO Coagulase conjugada: + Positiva: formação de precipitado branco e aglutinação dos microrganismos da suspensão, após 15 segundos, no círculo que contém o plasma. - Negativa: ausência de aglutinação no círculo que contém o plasma. ***A presença de precipitado ou aglutinação, torna a prova inespecífica, devendo ser repetida a prova em tubo. Coagulase livre: + Positiva: presença de qualquer grau de coágulo. - Negativa: ausência de coágulo.
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