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NÚCLEOS FUNDIDOS Repõe a estrutura coronária perdida; Proporciona retenção e suporte para a porção coronal que vai receber a prótese, principalmente contra as forças dirigidas lateralmente durante a mastigação. São elementos protéticos que permitem a reconstrução parcial ou total da porção coronária perdida, por meio de uma ancoragem intra-radicular (desobtura o conduto, é feita uma modelagem no interior do canal e o pino é colocado e fica uma parte em raiz e outra em coroa). A indicação de um retentor jamais deveria ser para reforçar o dente. O pino não reforça a raiz, ao contrário, quando desobtura o canal também vai ser removida dentina, então vai ficar uma espessura mais fina do tecido e a resistência da raiz é reduzida. Considerações biológicas: Avaliação radiográfica – devem ser avaliados o comprimento, forma e inclinação das raízes, para observar se há uma grande quantidade de tecido, ver a espessura da parede, pra saber se elas sustentarão a colocação desse núcleo e se podem fraturar durante sua colocação. Nível de inserção óssea – o núcleo deve estar inserido em osso; Perda de estrutura coronária; Qualidade do tratamento endodôntico – se está em condições favoráveis ou se precisa ser refeito. Requisitos da endodontia satisfatória: Ausência de sintomas clínicos – sensibilidade à percussão, fístula, edema. Análise radiográfica – canal fechado, limite apical adequado, lâmina dura intacta, ausência de lesão. Elementos constituintes: Pino intra-radicular; Reconstrução coronária. Esses núcleos podem ser confeccionados em diferentes ligas metálicas Indicação: Ouro tipo III e IV. Prata paládio. Níquel cromo – mais usada. Cobre alumínio. Tipos: Núcleo de preenchimento (pino pré-fabricado): São feitos com materiais de preenchimento (resina composta, ionômero de vidro), acompanhados de pinos intrarradiculares pré-fabricados. Núcleo metálico fundido: São confeccionados em laboratório, a partir de um padrão de acrílico, o qual é incluído em revestimento. Assim, o núcleo é obtido através da injeção de uma liga metálica. Núcleo fundido cerâmico: Também são confeccionados em laboratório, e obtidos através de cerâmicas injetáveis; São indicados sob próteses livres de metal, proporcionando a estética adequada. Seleção do núcleo: Remover todo meterial restaurador e carie; No caso de 2/3 da coroa destruída, o remanescente coronário não é suficiente para dar resistência estrutural ao material de preenchimento. Usar núcleo intrarradicular FUNDIDO Indicações de núcleos fundidos: 2/3 da coroa destruída; Formato de da raiz elíptica ou expulsivos. Reabilitação com indicação de múltiplos retentores intrarradiculares; Retentores de próteses parciais fixas ou removíveis. Contra indicações: Em coroas livres de metal (translúcidas) não se utiliza núcleo metálico fundido; Conduto radicular muito dilatado. Vantagens: Boa adaptação; Boa rigidez; Radiopacidade; Menor película de cimento. Desvantagens: Duas sessões clínicas; Custo laboratorial; Pode causar efeito de “cunha” devido à forma cônica; Cor desfavorável (no caso de núcleos metálicos). O NÚCLEO APENAS DEVOLVE AS FORMAS DE RETENÇÃO E RESISTÊNCIA PERDIDAS, DEVIDO À PERDA CORONÁRIA. Forma de retenção: Comprimento do pino; Diâmetro do pino; Inclinação das paredes do conduto; Características da superfície do pino. Comprimento do Pino: Igual ou maior que a coroa clínica; ½ do comprimento da raiz envolvida por tecido ósseo; 2/3 do comprimento total do remanescente dental; Sempre deixar no mínimo 3 a 5mm de material obturador remanescente para garantir um selamento efetivo na porção apical: raiz curta – 3mm e Raiz longa – 5mm A retenção e a distribuição de esforços são diretamente proporcionais ao comprimento do pino intrarradicular, promovendo longevidade à prótese; Isto é, quanto mais longa for a porção radicular do núcleo, maior será a retenção e o suporte e, como conseqüência, a diminuição de tensão nas paredes internas do preparo intrarradicular. Núcleos curtos: Não há uma distribuição uniforme das forças oclusais ao longo de toda superfície radicular, aumentando a possibilidade de ocorrer concentração de stress em determinadas áreas, causando a fratura da raiz. Diâmetro do Pino: Deve corresponder, no máximo, a um terço do diâmetro radicular; Com o aumento do diâmetro do pino: - A retenção e a resistência do pino serão aumentadas muito pouco; - Além de levar ao enfraquecimento da raiz remanescente e a possibilidade de fratura radicular. Inclinações das paredes do conduto: Com as brocas de Largo, deve-se seguir a própria inclinação do conduto, que terá o seu diâmetro “aumentado”; Preservar o máximo de estrutura dental, para obter resistência do dente e aumentar a retenção da prótese. Superfície do Pino: Nos núcleos metálicos fundidos podemos alterar a textura superficial através de: Aumentando-se a retenção friccional. Asperização com brocas; Técnica para Confecção de Núcleos Metálicos Fundidos: Técnica Direta – confecção do núcleo com pó e liquido dentro do canal (manda pronto o núcleo em acrílico para o laboratório) Técnica Indireta- moldagem do canal com elástomero para laboratório realizar o núcleo. MONDAGEM PARA CONFECÇAO DE NUCLEOS FUNDIDOS: Técnica indireta: É indicada quando há necessidade de se confeccionar núcleos para vários dentes; É indicada para moldagem de dentes com raízes divergentes Realiza-se a moldagem do conduto e da porção coronária remanescente com elastômero, obtendo-se um modelo, sobre o qual o núcleo será esculpido em laboratório. Sprue acrílico adaptado no interior do conduto radicular, com comprimento um pouco maior que o do conduto e com uma ligeira folga em relação às paredes radiculares. Material utilizado: moldeira parcial, placa de vidro e espátula. Material de moldagem utilizado: silicona de consensação. Feito a moldagem com a silicona. Depois se faz alivio com bisturi ou brocas nas ameias e no conduto Neste molde com alivio se aplica a silicona fluida. Aplica-se também a silicona fluida dentro do canal. Posiciona-se o spru dentro do canal. Levar a moldeira em posição carregada de silicone de condensação e fluida. Aguardar presa da silicone fluida. Técnica Direta: - Remoção de tecido cariado e de material restaurador. - Eliminar irregularidades e esmalte sem suporte; Confeccionar o STOP: planificação da porção mais incisal do remanescente dental. Rx para cálculo da profundidade de penetração da broca. Inicia-se a remoção do material obturador com calcador endodôntico aquecido. Broca de Largo calibrada com cursores; Remoção do material obturador, utilizando a broca de Largo, de diâmetro compatível com o conduto radicular. Após a remoção do material obturador, fazer um Rx. Preparo intrarradicular: Acompanhar a anatomia do conduto; Preservar o máximo de dentina remanescente das paredes laterais Preservar o máximo de estrutura dental, para obter resistência do dente e aumentar a retenção da prótese; Após eliminar as retenções da câmara pulpar, o ideal é que as paredes da coroa preparada apresentem uma base de sustentação para o núcleo (contenção cervical), com espessura mínima de 1 mm (Efeito Férula). Um bastão de resina acrílica ou um pino de acrílico pré-fabricado (Pin-Jet) é preparado e adaptado ao diâmetro e comprimento do conduto radicular preparado, e com 1 cm além da coroa remanescente O pin-jet deve atingir a porção apical do conduto preparado e com uma ligeira folga em relação às paredes do conduto para facilitar a moldagem com a resina acrílica. Lubrificar o conduto e a porção coronária, com algodão envolvido na broca de Largo (sem estar adaptada ao contra-ângulo). Preencher o conduto com resina acrílica Duralayvermelha, pela “Técnica do Pincel –pó e líquido” (Técnica de Nealon); Durante a polimerização da resina acrílica, o pin-jetdeve ser removido e reintroduzido várias vezes no conduto, para evitar que o bastãofique retido; Após a polimerização da resina, verificar a fidelidade do pino moldado. Cortar o excesso do bastão de acrílico e realizar o preparo extra-coronário (remanescente dental e resina acrílica).
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