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Profa. Érica Santos Material: Aline Brito Tischler e Érica Santos Histórico 0A antropometria nasceu não da medicina ou da ciência, mas das artes. Estudava-se a figura humana dando mais ênfase às proporções que às medidas em si. 0Marcos Vitrúvio Polião (século I a. c.): arquiteto e engenheiro romano. Obra: "De Architectura“ em 10 volumes, cujo 3º descreve as proporções do corpo masculino. Homem Vetruviano. Leonardo Da Vinci (1490). Etimologia 0Dr. Johann Sigismund Elsholtz primeiro médico a preocupar-se com a medida do corpo humano. Sua tese de graduação era intitulada Antropometria, na sua primeira edição em Pádua, em 1654. 0Antropometria (do grego anthropos, "homem", e metron, "medida") é o conjunto de técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou suas partes. Legislação 0Resolução CFN 380/05: É atribuição do nutricionista prestar assistência dietética e promover educação nutricional a indivíduos, sadios ou enfermos, em níveis hospitalar, ambulatorial, domiciliar e em consultórios de nutrição e dietética, visando à promoção, manutenção e recuperação da saúde. DOU, 10/01/2006 Legislação 0Lei 8234 (MT) DOU de 17/09/91: regulamenta a profissão: 0É atribuição do nutricionista realizar avaliação nutricional na prática clínica para estabelecer o diagnóstico nutricional. DOU, 10/01/2006 Composição corporal 0Variações: ossos, músculos e gordura 0Massa gorda 0Homens adultos saudáveis – 15% 0Mulheres adultas saudáveis – 23% Composição corporal 0Massa magra 075 a 85% do total 0Massa celular corporal (MCC) 0Metabolicamente ativo e rico em potássio 0Tecidos que trocam oxigênio, oxidantes de glicose e gasto energético 0Músculos, vísceras e sistema imune 0Massa extra celular: pouco ativo e rico em sódio 0Esqueleto, cartilagens, colágeno, tendões, derme Níveis de organização de análise de composição corporal Nível Componentes Atômico 50 elementos atômicos. 98% da Massa Corporal Total - MCT é formado por combinações de oxigênio, gás carbônico, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo Molecular Componentes moleculares da MCT: água,lipídios, proteínas, carboidratos, minerais Cerca de 75% do peso de um músculo é composto por água. O sangue por sua vez contém 95% de água, a gordura corporal 14% e o tecido ósseo 22%. Níveis de organização de análise de composição corporal Nível Componentes Celular Celular: primeiro nível de organização anatômica. Corpo dividido em: Massa celular total (adipócitos, miócitos, osteócitos), fluídos (intra e extra celulares) e sólidos extra celulares (tecidos conectivos, elementos inorgânicos e outros) Tecidual principais tecidos, órgãos e sistemas orgânicos: Tecido conectivo adiposo + ósseos + tecidos muscular = 75% Tecido epitelial e nervoso = até 25% Corpo inteiro Unidade única: tamanho, forma, área e densidade: estatura, massa corporal e volume corporal Importante 0Avaliar gasto energético: 0Massa muscular 0Avalia necessidades protéicas e resposta metabólica ao estresse fisiológico – resposta de fase aguda: 0 Sistema imune Estado Nutricional DEMANDA GASTO BASAL GASTO AF GASTO SITUAÇÕES ESPECIAIS Reservas: adiposa e protéica = Deficiências nutricionais ASPEN: guidelines and standards. JPEN, v. 19, 1995, pag 1-2 Avaliação Nutricional 0Métodos de análise dos compartimentos corporais, estado nutricional e alterações nutricionais. 0Avaliação metabólica: análise da função dos órgãos. 0 Interpretação de múltiplos indicadores => diagnóstico nutricional 0 Coleta de informações => Plano nutricional 0Monitorização da adequada intervenção nutricional ASPEN: guidelines and standards. JPEN, v. 26, 2002, suppl 1-138 Determinação do Diagnóstico Nutricional 0 Avaliação do paciente 0 Métodos subjetivos 0 Métodos objetivos 0 Análise de parâmetros bioquímicos 0 Portaria 337/99 ANVISA e Resolução 63/00: 0 Realizar avaliação do Estado Nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo preestabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional (...) e a adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução nutricional e tolerância digestiva. Frangella et al: aspectos nutricionais e técnicos na área clínica. Tratado de Alimentação & Dietoterapia, SP, 2007 Risco Nutricional 0Qualquer situação em que há presença de fatores, condições ou diagnósticos que possam afetar estado nutricional do indivíduo. 0Infecções, escaras, morbimortalidade, tempo e número de internações. Shills et al: Tratado de Nutrição na Saúde e na Doença, São Paulo, Manole, 2002 Níveis de assistência nutricional 0 Nível primário: 0 Pacientes que não necessitam de dietoterapia específica para suas afecções e não apresentam nenhum risco nutricional. 0 Nível secundário: 0 Pacientes que necessitam de dietoterapia específica ou apresentam algum risco nutricional 0 Nível terciário: 0 Pacientes que necessitam de dietoterapia específica e apresentam fatores de risco nutricional Maculevicius et al. Níveis de assistência em Nutrição. Revista Hospital das Clínicas Fac. Med. V49, 1994. p 79-81 Avaliação nutricional nos ciclos de vida 0 Para intervir de forma adequada na manutenção e/ou recuperação do estado de saúde de: 0 Atletas e praticantes de exercícios físicos 0 Gestantes 0 Idosos 0 Crianças 0 Trabalhadores 0 Indivíduos de qualquer idade, gênero, estado fisiológico ou condição física. Estado nutricional de uma população ou grupo indicador de qualidade de vida Antropometria e Composição Corporal: Conceitos e Equipamentos 0 ANTROPOMETRISTA- é a denominação para o profissional capacitado para a coleta de medidas antropométricas. Equipamentos 0 O Equipamento deve estar em perfeito funcionamento O local de instalação dos equipamentos deve ser escolhido de modo a: 0 Oferecer claridade suficiente 0 Permitir a privacidade do indivíduo e de sua família; 0 Proporcionar conforto térmico; 0 Ter espaço suficiente para permitir o trabalho dos profissionais e a presença da mãe e/ou familiares, se necessário for Fita Antropométrica 0 Alguns aspectos importantes: 0 Inextensibilidade 0 Flexibilidade Fita métrica metálica: são mais difíceis de se acomodarem aos contornos do corpo humano, não sendo a mais indicada. A fita métrica de costureira utilizada em costura, é milimetrada somente até os primeiros 10 cm, depois disso, a fita não detalha isso, e então perdemos esta informação, que a título de cálculos é extremamente importante. BALANÇA 0 É o instrumento utilizado para medir a massa corporal total. 0 O equipamento deverá ter precisão necessária para informar o peso de um indivíduo o mais exato possível. 0 A balança deve estar instalada em local nivelado, pois o equipamento deve permanecer estável durante o procedimento. Tipos de Balança 0 PEDIÁTRICA: utilizada para crianças de 0 a 2 anos; pode ser mecânica ou microeletrônica (digital); 0 PLATAFORMA: pesa adultos e crianças maiores de 2 anos; pode ser mecânica ou microeletrônica (digital); Outros tipos de balança 0 DE CAMPO OU TIPO PÊNDULO: esta balança é assim denominada porque é portátil e foi idealizada para utilização em atividades externas ao serviço de saúde. 0 DE CAMPO TIPO MICROELETRÔNICA (DIGITAL): esta balança é tambémportátil, apropriada para o trabalho de campo como pesquisas populacionais ou chamadas nutricionais ANTROPÔMETRO/ INFANTÔMETRO/ ESTADIÔMETRO É o equipamento utilizado para medir o comprimento de crianças menores de dois anos e a altura de crianças e adultos. Pode ser denominado de antropômetro, régua antropométrica, infantômetro ou estadiômetro. ANTROPÔMETRO/ INFANTÔMETRO/ ESTADIÔMETRO Para crianças menores de 2 anos é utilizado o infantômetro ou antropômetro horizontal ou régua antropométrica. Para indivíduos maiores de 2 anos e adultos é utilizado o antropômetro vertical ou estadiômetro. Estes equipamentos devem estar apoiados contra uma superfície firme, lisa, sem rodapé, chão liso e sem elevações. Plano imaginário estabelecido no ponto mais baixo da margem orbitária.. Ponto mais alto da margem do meato acústico externo Referências 0 DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional – Aspectos Clínicos e Laboratoriais – 1ª. Ed. São Paulo, Editora Atheneu, 2007. 0 TIRAPEGUI, J.; Ribeiro, S.M.L. – Avaliação Nutricional Teoria e Prática – 1ª. Ed. São Paulo Editora Guanabara Koogan, 2009. 0 ROSA, G. - Avaliação nutricional do paciente hospitalizado- uma abordagem teórico-prática. 1ª. Ed. São Paulo Editora Guanabara Koogan. 2009. 0 CUPPARI, L. Guias de Medicina Ambulatorial e hospitalar. Nutrição - Nutrição Clinica do Adulto, 2a ed., Manole, São Paulo, 2005. 0 ROSSI, L. Avaliação Nutricional : novas perspectivas – 1 ª ed. São Paulo : Roca, 2008. 0 KRAUSE, M. V. e MAHAN, L. K. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, Roca, 2005. 0 TISCHLER, A. B. Caracterização do perfil corporal de pacientes obesos e portadores de hipertensão arterial sistêmica admitidos em uma clínica-escola de nutrição no município de Lauro de Freitas – BA.
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