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MANIFESTAÇÕES BUCAIS DO HIV

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PARA ESTUDO DO SEMINARIO
MANIFESTAÇÕES BUCAIS DO HIV
CANDIDÍASE ORAL
  Nas mucosas e só causa doença quando existem condições que favoreçam o seu crescimento. É a mais comum das infecções fúngicas que afetam a boca; podem desenvolver-se em qualquer superfície da mucosa e em pacientes infectados pelo HIV, normalmente, apresentam a lesão no palato duro e palato mole.
No 1º caso de doença notificado que, posteriormente, foi diagnosticado como AIDS, a candidíase foi descrita como uma das características da doença em 4 em cada 5 paciente. A candidíase é também encontrada nos aspectos clínicos de quase todos os pacientes que participam dos antigos grupos de risco: hemofílicos, pacientes que são submetidos à transfusões sanguíneos, usuários de drogas. A candidíase bucal pode ser o primeiro sinal ou sintoma de infecção pelo HIV.
Observam-se 3 formas clínicas predominantes de candidíases em pessoas HIV+:
Candidíase Eritematosa: apresenta-se sob a forma de manchas ou áreas eritematosas avermelhadas. Ocorre com maior freqüência no palato e dorso da língua, podendo ocorrer como pequenos pontos avermelhados na mucosa jugal. É uma forma bem típica de pacientes infectados pelo HIV.
Pseudomembranosa: infecção resultante da proliferação da Candida albicans, é vulgarmente conhecida como "sapinho". É mais comum em crianças, caracteriza-se pela presença de placas esbranquiçadas ou amareladasdistribuídas em qualquer parte da boca, preincipalmente nas mucosas jugal, palatina e lingual. A retirada é fácil por meio de raspagem e deixa áreas eritematosas e hemorrágicas. Em pacientes HIV+, pode ser um aviso da progressão da doença, podendo ser complicado pela xerostomia nos pacientes terminais.
Queilite Angular: apresenta-se como fissuras radiais nas comissuras labiais. Estão freqüentemente associadas a eritrema a placas esbranquiçadas. A Candida albicans é um importante fator etiológico desta manifestação, podendo também estar presente o Staphylococus aureus.
. O diagnóstico é feito através do exame micológico direto. O tratamento com solução de nistatina é adequado para o tratamento inicial. Nas formas mais rebeldes pode-se utilizar miconazol gel oral, que adere à mucosa por tempo prolongado. Nos casos mais graves, pode-se iniciar a terapia por via sistêmica, com cetoconazol (400mg, 1x/d) ou fluconazol (50-100mg, 1x/d) por período variável, conforme gravidade do quadro ou resposta do paciente ao tratamento. Outras formas de candidíase também podem acometer estes pacientes: eritematosa atrófica-máculas avermelhadas em palato e dorso da língua, queilite angular e hipertróficaplacas brancas e elevadas que resistem às tentativas de remoção, sendo diagnosticadas por biópsia geralmente. Pacientes com episódios repetidos têm indicação de uso de fluconazol de forma profilática (100mg, 1 vez por semana) e quando há odinofagia ou disfagia, deve-se pesquisar candidíase esofágica.
GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE
  Há alguns anos, tornou-se evidente que lesões gengivais e periodontais incomuns, com freqüência não esperada, estavam aflingindo pacientes afetados pelo HIV. O envolvimento das estruturas periodontais, cria uma oportunidade precoce de detecção daqueles indivíduos que desconhecem o seu estado de infecção pelo HIV.
CONCEITO
GUNA
A GUNA (Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda) é uma infecção bacteriana rápida e progressiva, causada por um complexo de fusoespiroquetas dos quais, o mais associado à lesão é o Treponema vicentii. que causa massiva destruição aos tecidos orais.
A infecção inicia nas papilas gengivais espalhando-se lateralmente à gengiva marginal . A rápida perda dos tecidos resulta na retração gengival sem a concomitante formação de bolsa periodontal. As lesões afetam mais comumente a gengiva anterior de pacientes portadores do vírus HIV.
GENGIVITE ASSOCIADA AO HIV (HIV-G) ou ERITEMA LINEAR MARGINAL GENGIVAL
Esta patologia caracteriza-se pela presença de um eritema que afeta a gengiva livre, inserida e mucosa alveolar, não desaparece completamente após terapia de controle da placa bacteriana.
A importância do correto diagnóstico se deve a duas razões:
primeiro que esta lesão pode representar um dos primeiros sinais de infecção pelo HIV
- e porque a gengivite associada ao HIV pode evoluir para uma periodontite associada ao HIV resultando uma perda de tecidos do periodonto de proteção e inserção.
REFERENCIA
http://www.reocities.com/odontoufpr/aids.html
PERIODONTITE
A forma de periodontite ulcerativa necrosante é de progressão rápida ocorre com maior frequencia entre individuos soropositivo para HIV, apesar das lesoes como essas terem sido descritas muito antes da epidemia AIDS. A periodontite ulcerativa necrosante (PUN) pode ser descrita como uma extensão da GUN em que ocorre perda ossea e perda de inserção periodontal. A PUN é caracteriziada por necrose em tecido mole, destruição periodontal rapida e perda de osso interproximal. As lesoes podem ocorrer em qualquer arco dental e geralmente são localizadas em alguns poucos dentes, embora a PUN possa, algumas vezes apresentar-se generalizada após uma depleção acentuada nas celulas CD4+. O osso é muitas vezes exposto, resultando em necrose e subsequente sequestro. A PUN é bastante dolorida no inicio e o tratamento imediato é necessario. Ocasionalmente os pacientes experimentam a resolução expontanea das lesoes necrosantes, deixando crateras proximais profundas, indolores, que dificultam a limpeza e que podem induzir a periodontite convencional.
A terapia inclui desbridamento, raspagem e alisamento radicular, irrigação local com agentes microbianos e estabelecendo uma higiene oral meticulosa, incluindo o uso domicilar de enxaguatorios ou irrigação antimicrobianos. Na PUN grave uma terapia antibiótica pode ser necessária mas deve ser utilizada com cautela em pacientes infectados com HIV para evitar uma candidiase localizada, oportunista e potencialmente seria, ou uma septicemia por candida. Se um antibiotico for necesario o metronidazol 250 mg, 4 vezes ao dia por 7 dias é o medicamento escolhido. A prescrição profilática de um agente antifungico topico ou sistemico é prudente se um antibiotico for utilizado.
Sarcoma de Kaposi
Lesões do sarcoma de Kaposi (KS) são encontradas no palato mole, como máculas vermelho-azul ou roxo-azuis ou nódulos. As lesões são inicialmente assintomáticas, mas devido a trauma e ulcerações secundárias, elas podem tornar-se sintomáticas para falar e mastigar. Lesões na gengiva e língua também são comuns. As lesões extrapalatais estão associadas com uma rápida progressão da SIDA. Geralmente ocorre em pacientes com contagem de CD4 abaixo 200 células/mm3, mas podem ser vistas em todas as fases da doença. Diagnóstico diferencial é feito com pigmentação fisiológica; angiomatose bacilar, linfoma e trauma. O diagnóstico definitivo requer a biópsia. O tratamento para KS inclui radiação, excisão cirúrgica e injeções intralesionais com quimioterápico. É importante perceber que a maior parte desses tratamentos não cura, mas reduz o tamanho e o número. Estudos recentes mostram alguma eficácia com agentes antiangiogenesis, tais como talidomida e ácido retinoico.

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