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5_PROCESSOS EVOLUTIVOS NOS SISTEMAS ECOLÓGICOS.pdf

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PROCESSOS EVOLUTIVOS NOS 
SISTEMAS ECOLÓGICOS 
naturalistaemcena.blogspot.com 
Por que existem tantos tipos de organismos e 
por que suas distribuições são tão restritas? 
 
 
Uma resposta adequada deve envolver a 
compreensão de processos evolutivos. 
 
 
No dia 1º de julho de 1858, a teoria da 
evolução por seleção natural foi 
apresentada pela primeira vez à Sociedade 
Lineana de Londres (Linnean Society), na 
Inglaterra, em co-autoria. A descoberta era 
assinada por dois naturalistas britânicos. O 
primeiro era Charles Darwin. O outro, 
freqüentemente esquecido, era um jovem 
biólogo autodidata, que chegara às mesmas 
conclusões pesquisando espécies do sudeste 
asiático, nas florestas do Arquipélago Malaio. 
Seu nome era Alfred Russel Wallace. 
Teoria da evolução 
forumsistematica.blogspot.com 
Charles Robert Darwin 
(1809 -1882) 
bibliocriptana.wordpress.com 
Alfred Russell Wallace 
 (1823 – 1913) 
PURVES et al., 2005 
EVOLUÇÃO 
Mudança, no tempo, das características 
herdáveis de uma população ou espécie 
(mudança nas frequências dos diferentes alelos). 
 
Componentes principais da teoria da evolução: 
 
As espécies não são imutáveis, elas sofrem 
modificações, ou adaptações, ao longo do tempo. 
O agente que produz as modificações é a seleção 
natural. 
ADAPTAÇÃO 
O significado deste termo 
aborda dois aspectos: 
As características que 
aumentam a sobrevivência 
e o sucesso reprodutivo 
dos indivíduos que as 
possuem. 
 
O processo pelo qual 
essas características são 
adquiridas: a seleção 
natural. 
Tamanho dos bicos do tentilhão de peito preto 
da África Ocidental e sua relação com 
alimentação e sobrevivência.(PURVES et al., 2005) 
A evolução por seleção natural baseia-se nos 
seguintes pressupostos: 
Os indivíduos de uma população não são idênticos. 
 
Parte da variação entre indivíduos é herdável (base 
genética). 
 
Em cada geração, nem todos os indivíduos se 
reproduzem (muitos morrem antes de se reproduzirem). 
 
Nem todos os indivíduos que deixam descendentes 
contribuem igualmente para a geração seguinte (quanto 
maior o número de descendentes, maior a influência nas 
características hereditárias das gerações subsequentes). 
Forças que conduzem a evolução 
 
Para Darwin: 
Ênfase na competição por recursos limitados e nos efeitos letais 
do adensamento (superpopulação) 
 
Para Wallace: 
Ênfase na mortalidade causada pelos fatores físicos, tais como 
geada, seca e predadores. 
 
Portanto, 
constituem forças ecológicas importantes para a 
evolução: 
- Condições físicas e disponibilidade de recursos 
- Natalidade, mortalidade, dispersão 
- Competição interespecífica 
- Predação, pastejo, doenças 
 
Forças que conduzem a evolução 
A população diminui com a redução de alimento após anos de seca. 
O tamanho do bico dos indivíduos da população aumenta após anos de 
seca, devido ao aumento da dureza das sementes. 
Os indivíduos que determinaram a direção da evolução foram: 
Aqueles mais capazes de sobreviver aos riscos e catástrofes do 
ambiente onde viveram. 
Aqueles que foram favorecidos reprodutivamente. 
Experimento realizado por 
ANDERSON (1982): 
Os machos da viúva-de-
cauda-longa com caudas 
alongadas artificialmente 
(com penas coladas) 
atraíram mais fêmeas para 
fazer ninho em seus 
territórios do que os machos 
controle ou os machos de 
caudas encurtadas 
(cortadas). 
(RICKLEFS, 2003, p.216-217) 
UMA OBSERVAÇÃO: 
 
A seleção natural é diferente da seleção artificial 
(feita pelo homem) porque: 
 
A seleção artificial tem um objetivo definido 
(exemplo: cereal mais produtivo). 
 
A natureza não tem objetivos: não há escolha ou 
seleção feita na natureza; há maior sucesso de 
alguns indivíduos para sobreviverem e se 
reproduzirem. 
Evolução intra-específica 
 
 
 
Dentro da mesma espécie, há variação entre 
indivíduos, determinada parcialmente pela 
hereditariedade e parcialmente por variações 
ambientais (especializações a nível local) 
Variabilidade 
entre indivíduos 
de uma 
população 
http://genome.cshlp.org 
Quando plantas de Arabis fecunda provenientes de locais de baixa altitude 
(propensos à seca) e de elevada altitude foram cultivadas juntas no 
mesmo jardim, observou-se que havia adaptação local. As de baixa 
altitude foram mais eficientes no uso da água e formaram rosetas mais 
altas e largas. (TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2006) 
Evolução intra-específica 
Variação entre indivíduos, determinada pela hereditariedade 
http://www.plant-identification.co.uk 
 
Na costa norte do país de Gales, 
uma espécie de gramínea (Agrostis 
stolonifera) apresenta evolução 
intra-específica: 
 
Plantas que crescem nos costões 
rochosos formam estolões curtos, 
enquanto os de plantas que 
crescem em pastagens são longos. 
Essa diferença se manteve quando 
as plantas cresceram em jardim 
experimental. 
a) Mapa da área e pontos de coleta das plantas de Agrostis stolonifera 
b) Altitude de cada ponto de coleta 
c) Comprimento médio dos estolões produzidos em jardim experimental 
pelas plantas coletadas da transecção (TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2006). 
Em Arabis fecunda e em Agrostis 
stolonifera a variação geográfica 
proporcionou a ocorrência de variação intra-
específica porque existiu variação hereditária 
suficiente para a ação da seleção natural. 
 
 
A variação geográfica também pode 
proporcionar variação intra-específica quando 
as forças seletivas forem suficientes para 
impedir a hibridização ou miscigenação entre 
diferentes locais 
Guppy ou lebiste 
http://tudosobrepeixes.blogspot.com/ 
Em populações naturais, quando não 
há predadores, os machos de gupis 
apresentam ornamentação brilhante, 
com inúmeras manchas coloridas. 
 
Em um mesmo rio de Trinidad (América 
do Sul), populações de gupis estão 
divididas acima e abaixo das quedas 
d´água: 
 
Os gupis mais coloridos e com mais 
manchas são normalmente 
encontrados próximos à nascente do 
rio e são bem diferentes daqueles 
encontrados na foz. 
Evolução intra-específica 
determinada por variações ambientais 
(especializações a nível local) 
Experimento demonstrou 
alterações na coloração de gupis 
(Poecilia reticulata) quando em 
populações expostas a predadores: 
o número de manchas caiu 
rapidamente sob intensa predação. 
 
 
Tempo = zero: introdução de gupis no 
tanque experimental 
Tempo = S: introdução de predadores 
pouco eficientes no tanque “R” e 
vorazes no tanque “C”. 
As populações de gupis têm sido sujeitas à seleção 
natural pelos predadores. 
 
Evolução intra-específica determinada por variações 
ambientais (especializações a nível local) 
 
 
Em Trinidad, os gupis coloridos são normalmente 
encontrados próximos à nascente do rio, onde não há 
predadores. 
 Variação intra-específica com pressões de seleção 
provocadas pelo homem 
 
São desencadeadas por poluição ambiental 
Exemplo: o melanismo industrial 
Formas pretas ou escuras de mariposas em populações de 
áreas industriais (gene dominante responsável pela produção 
do excesso de pigmento) 
Na Inglaterra do século XVIII, dava-se o início 
da Revolução Industrial, inúmeras fábricas 
estabelecidas utilizavam carvão como 
combustível. (naturalistaemcena.blogspot.com) 
es.wikipedia.org 
A pressão de seleção foi exercida pela predação mais 
acentuada da forma típica, num ambiente coberto por fuligem. 
 
Biston betularia 
naturalistaemcena.blogspot.comA fuligem 
dispersada 
pelas fábricas 
recobre os 
troncos das 
árvores e 
diminui a 
quantidade 
liquens 
Houve redução das 
formas melânicas 
quando houve 
substituição das 
máquinas a carvão 
por petróleo e 
eletricidade. 
PELO FAVORECIMENTO DE 
INDIVÍDUOS COM 
CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIAS 
DIFERENTES EM POPULAÇÕES 
DIFERENTES, A SELEÇÃO 
NATURAL LEVA AS POPULAÇÕES A 
DIVERGIREM GENETICAMENTE; 
 
ENTRETANTO, A REPRODUÇÃO 
SEXUADA E A HIBRIDIZAÇÃO 
PROVOCAM NOVAMENTE A 
MISCIGENAÇÃO. 
 
 
DUAS PARTES DE UMA 
POPULAÇÃO PODEM EVOLUIR 
PARA ESPÉCIES DISTINTAS 
SOMENTE SE ALGUM TIPO DE 
BARREIRA IMPEDIR O FLUXO 
GÊNICO. 
http://biogeografia-ufsm.blogspot.com 
PORTANTO: 
 
Especiação ecológica é a especiação induzida por seleção 
natural divergente em subpopulações distintas. 
 
Estágios para que isso ocorra: 
 
1) Duas subpopulações se tornam geograficamente 
isoladas e a seleção natural pressiona a adaptação 
genética aos seus ambientes locais. 
 
1) Em seguida ocorre isolamento reprodutivo entre as duas 
(como um subproduto da diferenciação genética). 
Subespécies de coruja-pintada (Coruja-pintada do norte e 
Coruja-pintada mexicana) morando em diferentes localizações 
geográficas mostram algumas diferenças genéticas e 
morfológicas. Esta observação é consistente com a idéia de que 
novas espécies se formam através de isolamento geográfico. 
O isolamento reprodutivo pode ser: 
 
Pré-zigótico 
Impede o cruzamento. 
Exemplos: diferentes rituais de corte (isolamento 
sexual) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espécie deLampyris noctiluca, conhecida como 
Pirilampo, não são capazes de reconhecerem os 
sinais de acasalamento de outros espécies de 
pirilampos 
Espécies recentemente evoluídas: 
Possuem diferentes rituais de corte. 
 
Possuem diferentes sinais de atração 
entre os sexos. 
 
Possuem diferentes polinizadores. 
cienciahoje.uol.com.br 
http://www.infoescola.com/ 
Espécies de orquídeas distintas mas morfologicamente idênticas 
(Pleurothallis fabiobarrosii e Pleurothallis ochreata subsp. 
Cylindrifolia) só foram diferenciadas pelo inseto polinizador. 
(fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=1791&bd=1&pg=1&lg= ) 
O isolamento reprodutivo pode ser: 
 
Pós-zigótico 
Viabilidade reduzida ou inviabilidade da prole (híbridos 
possuem baixa eficácia biológica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Burro: um híbrido estéril, resultante do 
cruzamento entre o jumento (Equus 
asinus) e a égua (Equus cabalus) 
REFERÊNCIAS 
 RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Editora 
Guanabara Koogan, S.A., 2003. 
 
 TOWNSEND, C. R.; BEGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em 
ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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