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Caderno de questões 1 a 47 comentadas OAB XVII

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CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Meu nome é Glauber Moreira B. da Silva, sou advogado e realizei o presente
trabalho com a intenção de ajudá-los na aprovação da prova da OAB. 
Não esqueçam de realizar a leitura dos artigos mencionados nas questões, pois é
muito importante para fortalecer os estudos. 
Para quem não conhece o grupo do facebook o endereço é
https://www.facebook.com/groups/cursogratuitooab/?ref=bookmarks
Meu e-mail para contato: glaubermoreirabs@hotmail.com
Segue em anexo a prova e o gabarito oficial da FGV. 
Espero que possa contribuir de alguma forma na aprovação de vocês. 
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
ÉTICA PROFISSIONAL 
GABARITO COMENTADO
1) A resposta encontra fundamento no artigo 7º do EOAB:
Art. 7º São direitos do advogado:
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a
inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; 
Aconselho a leitura dos outros incisos do artigo para futuras provas, pois, embora a banca não repita
a mesma questão, provavelmente ela cobrará o assunto do artigo 7º baseado utilizando outro inciso. 
Reposta “c”.
2) Art. 1º. São atividades privativas de advocacia:
§ 2º. Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade só podem ser
admitidos à registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.
Acerca do assunto assim se manifesta o ilustre professor, Arthur Trigueiros:
Quanto a atividade privativa destacada no § 2º citado alhures “ chamamos a atenção para o fato de
os atos constitutivos de pessoas jurídicas (contratos sociais, estatutos, etc.) somente serem
admitidos a registro sob pena de nulidade, se visados por advogados (art. 2º, Regulamento Geral). A
única exceção encontra-se disciplinada na Lei Complementar 123/06 (art. 9º, § 2º), que dispensa a
obrigatoriedade de os atos constitutivos de microempresas e empresas de pequeno porte serem
visados por advogados".
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
Resposta “c”.
3) Art. 29 EAOAB - Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de
órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente
legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da
investidura.
Resposta “a”.
4) No caso em análise, podemos observar que a advogada foi presa por motivo que não estava
ligada ao exercício da advocacia conforme dispõe o Art. 7º do EAOAB. Vejamos.
São direitos do Advogado:
IV- ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos,
a comunicação expressa à seccional da OAB:
§ 3º. O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão em
caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
5) O Códio de Ética e Disciplina responde essa questão no seu artigo 24. Leiamos.
Artigo 24 - O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da
causa. 
§ 1º O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio e inequívoco
conhecimento do cliente. 
§ 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários com o
substabelecimento. 
Portanto, fica claro que apenas o substabelecimento sem reservas de poderes é que se exige o prévio
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
e inequívoco conhecimento do cliente. 
Resposta: “a”.
6) A resposta encontra amparo legal no artigo 28 do EAOAB.
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I- chefe do Poder Executivo e membro da MESA do Poder Legislativo e seus substitutos legais.
Veja que esse tipo de incompatibilidade refere-se apenas quando o advogado ocupa o cargo de
membro da mesa do Poder Legislativo ou Chefe do Poder Executivo. Observe que a questão deixou
bem clara que ela foi eleita integrante da Mesa Diretora. Muito importante esse artigo para as
próximas provas. Provavelmente o examinador irá formular outra questão utilizando o artigo 28,
apenas mudando o inciso para não repetir a questão. Logo, é de grande importância a leitura de
todos os incisos desse artigo. 
Resposta: ''b”
7) O respaldo lega dessa questão se encontra no art. 34, Parágrafo único. “a” do EAOAB, que assim
dispõe:
Art. 34. Constitui infração disciplinar:
Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível:
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei;
Veja que o artigo 34 é muito cobrado no exame da OAB, por isso deve ser estudado em sua
integralidade. 
Resposta: “b”.
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TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
8) Para responder a questão basta o conhecimento do que dispõe o Código de Ética e Disciplina da
OAB a este respeito:
Art. 29. O anúncio deve mencionar o nome completo do advogado e o número da inscrição na
OAB, podendo fazer referência a títulos ou qualificações profissionais, especializações técnico-
científica e associações culturais e científicas, endereços, horário do expediente e meios de
comunicação, vedadas a sua veiculação pelo rádio e televisão e a denominação de fantasia.
§ 4º. O anúncio do advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente, qualquer cargo, função
pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido, passível de captar clientela.
A banca adora esse assunto, por isso, é muito importante estudá-lo.
Resposta: “d”.
9) Estatuto da Advocacia responde essa questão no seu artigo 7º inciso VI.
Art. 7º. São direitos do advogado:
VI - ingressar livremente:
a) nas salas e sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos
magistrados.
Observe que o assunto, direitos do advogado, sempre aparece na prova da OAB, portanto, o artigo
7º deve ser estudado em sua integralidade. 
Resposta: “c”.
10) A resposta encontra-se no art. 22, § 3º do Estatuto da Advocacia e da OAB, vejamos:
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
§ 3º. Salvo estipulação em contrário, 1/3 (um terço) dos honorários é devido no início do serviço,
outroterço até a decisão de primeira instância e o restante ao final.
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TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
Vale a pena realizar a leitura atenta desse artigo. 
Resposta: “d”.
FILOSOFIA JURÍDICA
11) Segundo a escola da teoria pura do direito, criada por Kelsen, basicamente consiste em
vislumbrar a lei como um marco de possibilidades, ou seja, uma moldura na qual cabem sempre ao
menos duas soluções interpretativas. Para ele, a escolha por uma das opções seria uma preocupação
de política jurídica, não da ciência do direito.
Resposta: “c”.
12) Conforme ensina Miguel Reale, jusfilósofo, artífice da Teoria Tridimensional do Direito:
"Por força do princípio de complementaridade, opera-se um raciocínio dialético, também
denominado 'dialética de implicação e polaridade', segundo o qual os elementos em contraste não se
fundem, mas, ao contrário, se correlacionam, mantendo-se distintos”.
Ou seja, existe uma aparente contradição, embora oposto, esses termos se correlacionam. 
Resposta: “b”.
DIREITO CONSTITUCIONAL 
13) O entendimento do STF é que não pode haver controle de constitucionalidade de normas
constitucionais originárias. Portanto, não seria possível falar em normas constitucionais originárias
inconstitucionais. Sendo assim, a alternativa A está incorreta. Vale lembrar que não há hierarquia
entre normas constitucionais, pelo menos, esse é o entendimento de boa parcela da doutrina. O
poder constituinte originário é um poder ilimitado e não sofre controle, ao contrário do poder
constituinte derivado, que deve obedecer limites e está sujeito a controle de constitucionalidade.
Vale lembrar que o poder constituinte reformador manifesta-se por meio de emendas constitucionais
e altera o conteúdo escrito da constituição, pois, é um poder derivado, limitado, condicionado por
limitações explícitas e implícitas. As limitações explícitas são de vários tipos: os procedimentais
(art. 60, I, II, III e §§ 2°, 3° e 5°); os circunstanciais (art.60, §1°) e os materiais, as chamadas
cláusulas pétreas (art. 60, §4°). As implícitas são limitações que impossibilitam a alteração do titular
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TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
do poder constituinte originário e o titular do poder constituinte derivado reformar, bem como a
proibição de se violar as limitações expressas, não tendo sido adotada, no Brasil, portanto, a teoria
da dupla revisão, ou seja, uma primeira revisão acabando com a limitação expressa e a segunda
reformando aquilo que era proibido. Sendo assim, está incorreta alternativa B e correta a alternativa
C. Vale lembrar que os direitos e garantias fundamentais não estão restritos aos art. 5º da
Constituição Federal, pois o próprio artigo estabelece em seu § 2º que os direitos e garantias
expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Por
fim, o art. 60,§ 4º, da CF/88 estabelece que são cláusulas pétreas: I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e
garantias individuais. Incorreta a alternativa D.
Resposta: “c”. 
14) O neoconstitucionalismo está relacionado a um movimento pós-positivista, onde existe uma
conexão entre direito e moral, ou, podemos dizer: direito e justiça. Ademais, a fundamentação
constitucional é essencial. Portanto, está centrado na força normativa da constituição, que se
expande para todas as áreas do direito, funcionamento como um "filtro", como descreve a questão.
Podemos por exemplo citar a grande influência que o Direito Constitucional exerce no Direito
Civil. No neoconstitucionalismo há uma valorização dos princípios e reconhecimento da sua
natureza normativo-jurídica. A ponderação como técnica decisória é usada para alcançar a melhor
decisão para os casos concretos, garantindo a racionalidade das decisões judiciais e suscitando o
consenso acerca delas. A busca pela racionalidade das decisões pode ser identificada com a razão
prática, já que as técnicas objetivas da ponderação devem gerar as soluções mais adequadas,
necessárias e proporcionais em sentido estrito.
Resposta: “a”.
15) Conforme dispõe o art. 97, da CF/88, somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros
ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público. Logo, quando uma turma, câmara ou seção recebe
processo em que existe questionamento incidental de constitucionalidade, suscita-se uma questão de
ordem e a análise é remetida ao pleno ou órgão especial do tribunal. Entretanto, em razão do
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
princípio da economia processual, da segurança jurídica e na busca da desejada racionalização
orgânica da instituição judiciária brasileira, vem-se percebendo a inclinação para a dispensa do
procedimento do artigo 97 da CF toda vez que já haja decisão do órgão especial ou pleno do
tribunal, ou do STF, que é o guardião da Constituição sobre a matéria. Sendo assim, correta a
alternativa C, com base nesse entendimento. As demais alternativas estão incorretas, já que quando
não há decisão anterior, não cabe ao órgão fracionado decidir sobre a constitucionalidade incidental.
Reposta “c”. 
16) A resposta encontra respaldo no art. 22, I, da CF/88, pois compete privativamente à União
legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho. Sendo assim, a lei estadual é inconstitucional, pois afrontou a competência
privativa da União de legislar sobre Direito Processual Penal. Vale lembrar que se houvesse
autorização da União, através de lei complementar, para que o Estado legislasse, não seria a referida
lei considerada inconstitucional. É o que dispõe o parágrafo único do artigo 22 da Constituição
Federal.
Resposta: “b”. 
17) A resposta se encontra no art. 51, I, da CF/88, que estabelece que compete privativamente à
Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra
o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado. Logo, podemos concluir,
que no caso descrito pela questão, o processo deverá ser arquivado, tendo em vista o fato de a
decisão da Câmara dos Deputados não ter contado com a manifestação favorável de dois terços dos
seus membros.
Resposta: “c”
18) Inicialmente, devemos lembrar que a separação dos poderes públicos não é rígida e não se pode
falar em uma divisão absolutamente restrita de funções. Portanto, a Constituição Federal atribui
competências típicas e atípicas a cada um dos poderes. Por exemplo, o Poder Legislativo tem a
função típica de legislar e fiscalizar as contas do Executivo.Porém possui funções atípicas de
natureza executiva ao dispor sobre sua organização, provendo cargos, concedendo férias, licenças a
servidores. Ademais, atua julgando nos crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da
República. A função típica do Executivo é realizar atos administrativos, de chefia de Estado e
governo. Entretanto, de forma atípica, atua como legislandor com medidas provisórias e julga
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
processos administrativos. O Judiciário tem função jurisdicional, mas também atua como legislador
ao elaborar os regimentos internos de seus tribunais e como executivo ao administrar seus
servidores.
Resposta: “d”.
19) Podemos, para responder essa questão, dar a palavra ao professor Lenza. "As CPIs terão
poderes de investigação, próprios das autoridades judiciais, alem de outros previstos nos regimentos
internos das Casas. [..] Consoante já decidiu o STF, a CPI pode, por autoridade própria, ou seja, sem
a necessidade de qualquer intervenção judicial, sempre por decisão fundamentada e motivada,
observadas toas as formalidades legais, determinar: quebra de sigilo fiscal, quebra de sigilo
bancário, quebra de sigilo de dados. [...] Muito embora o constituinte originário tenha conferido
poderes à CPU, restritos à investigação, referidos poderes não são absolutos, devendo sempre ser
respeitado o postulado da reserva constitucional de jurisdição. [...] Isso significa que a CPI não
poderá praticar determinados atos de jurisdição atribuídos exclusivamente ao Poder Judiciário, vale
dizer, atos propriamente jurisdicionais reservados à primeira e última palavra dos magistrados, não
podendo a CPI neles adentrar, destacando-se a impossibilidade de: diligência domiciliar, quebra de
sigilo das comunicações telefônicas; ordem de prisão, salvo no caso de flagrante delito." 
Resposta: “c”. 
DIREITOS HUMANOS
20) A questão foi anulada por erro material da banca, pois o correto seria falar em Corte
Interamericana de Direitos Humanas. Vamos analisar a questão agora. A Comissão tem competência
para examinar comunicações encaminhadas por indivíduo, grupo de indivíduos ou organizações não
governamentais, que contenham denúncia de violação a direito consagrado na Convenção, cometida
por algum Estado-parte. Isto porque os Estados, ao se tornarem parte da Convenção, aceitam
automática e obrigatoriamente a competência da Comissão para apreciar denúncias contra eles.
Sendo assim, a comunicação individual é obrigatória e a comunicação interestatal é facultativa no
sistema interamericano, ao passo que no sistema europeu ocorre o oposto. Em relação ao
procedimento da petição perante a Comissão, verificam-se quatro fases: (a) fase da admissibilidade;
(b) fase da conciliação; (c) fase do primeiro Informe; e (d) fase do segundo Informe ou a
propositura de uma ação de responsabilidade internacional perante a Corte Interamericana de
Direitos Humanos. Ou seja, existe a opção de ingressar com a ação ou realizar o segundo informe. 
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
Resposta: “d”.
21) Inicialmente vale lembrar que o antigo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana
(CDDPH) foi transformado pela lei 12.986/14 em Conselho Nacional dos Direitos Humanos
(CNDH), no intuito de torná-lo mais participativo e forte institucionalmente. O atual Conselho é
vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que estabelece como
objetivos principais do Conselho: a defesa dos direitos humanos, por meio de ações preventivas,
protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou violação desses
direitos. Dessa forma, o CNDH contará com membros da sociedade civil (provenientes da OAB, do
Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União, entre
outros) e do Poder Público. 
Resposta: “d”.
22) Podemos considerar a letra A correta em razão do disposto no art. 6º, da Lei 9474/97.
Entretanto, na prática, também é assegurado o direito ao Cadastro de Pessoa Física (CPF). Devemos
lembrar que o refugiado não pode deixar o país quando for de sua vontade, porque necessita prévia
autorização do Governo brasileiro, caso contrário, poderá perder a condição de refugiado, conforme
dispõe o art. 39, IV, da Lei 9474/97. Sendo assim podemos considerar a letra B incorreta. Devemos
lembrar que o art. 5º, da Lei 9474/97, afirma que o refugiado gozará de direitos e estará sujeito aos
deveres impostos aos estrangeiros no Brasil. Portanto, não podemos concordar com a afirmação que
a letra C, tendo em vista que os direitos são os estabelecidos no artigo 5 da lei acima mencionada.
Vejamos o que dispõe a lei:
“Art. 5º O refugiado gozará de direitos e estará sujeito aos deveres dos estrangeiros no Brasil,
ao disposto nesta Lei, na Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados de 1951 e no Protocolo
sobre o Estatuto dos Refugiados de 1967, cabendo-lhe a obrigação de acatar as leis,
regulamentos e providências destinados à manutenção da ordem pública. “
Por fim, a letra D está incorreta, pois o refugiado não tem direito a possuir título de eleitor. 
Resposta: “a”.
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
DIREITO INTERNACIONAL 
23) A resposta desta pergunta encontra respaldo no texto constitucional que assim dispõe:
Art. 12. São brasileiros:
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007).
Vejam que a Constituição Federal não fala em brasileiro nato para registro na repartição brasileira,
apenas fala sobre brasileiro. Logo, pode ser naturalizado. O Brasil adota o critério do Jus soli
mitigado por critérios do jus sanguinis, chegando a doutrina a afirmar que o país adota um sistema
misto ou híbrido. 
Pelo sistema do jus sanguinis, a nacionalidade originária obtém-se de acordo com a dos pais, à
época do nascimento. Trata-se de nacionalidade obtida de acordo com a filiação. Poderá ser fixar
também a nacionalidade pelo critério do jus soli, ou seja, pelo local do nascimento. 
As regras estão todas estabelecidas no artigo 12 da Constituição Federal. 
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venhama residir na República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
Resposta: “d”. 
24) As obrigações resultantes do contrato será regida pela lei do país que se constituírem. É o que
dispõe o Artigo 9 da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta
observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
A letra C está errada porque na verdade o que vai ser obrigatoriamente no Brasil é o foro para
dirimir litígios conforme dispõe o caput do artigo 12 da LINDB.
 Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou
aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
Resposta: “b”.
DIREITO TRIBUTÁRIO 
25) Para a análise da questão devemos conhecer o Artigo 151 do Código Tributário Nacional, que
dispõe o seguinte:
Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I- moratória;
II- o depósito do seu montante integral;
III- as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;
IV- a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V- a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
VI- o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
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INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
No caso da questão a impugnação do auto de infração está enquadrada no inciso III, suspendendo a
exigibilidade do crédito Tributário possibilitando a emissão da Certidão Positiva de Débito com
efeito de Negativa.
Vejam que a letra A está incorreta, pois a modalidade de exclusão do crédito tributário é a isenção e
a anistia. 
Para terminar de responder a questão o candidato deve conhecer os artigos 205 e 206 do CTN.
Vejamos:
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja
feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as
informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou
atividade e indique o período a que se refere o pedido.
 Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida
e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência
de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora,
ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Resposta: “d”. 
26) A questão traz à baila o assunto da desconsideração da personalidade jurídica, que ocorre
quando afastamos temporariamente a responsabilidade patrimonial da pessoa jurídica para
atingirmos os bens dos sócios. Ora, somente o inadimplemento não enseja responsabilidade
solidária do sócio-gerente, há que haver abuso da personalidade jurídica. No caso da questão
deveria estar configurado o abuso, que ocorre com o desvio de finalidade ou com a confusão
patrimonial. O fundamento legal se encontra no artigo 50 do Código Civil. 
CC Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou
pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Resposta: “d”.
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TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
27) A questão encontra respaldo legal no artigo 178 do Código Tributário Nacional. Vejamos:
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições,
pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do
art. 104.
Como vimos, na leitura do artigo, a regra é que a Administração Pública tem a faculdade de revogar
ou modificar por lei, a qualquer tempo, a isenção concedida. Entretanto, em caso da isenção ser
concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, o poder público não poderá
exercer a sua faculdade.
28) A questão versa sobre a seguinte pergunta: qual a natureza jurídica das custas judiciais e dos
emolumentos cartorários? A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou orientação no
sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais
possuem natureza de tributo, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos. (STF
ADI MC 1378/ES).
DIREITO ADMINISTRATIVO 
29) O fundamento legal da questão se encontra disciplinado no Artigo 9º da Lei 9.986 de 2000, que
dispõe sobre a gestão de recursos humanos das Agências Reguladoras e dá outras providências.
Art. 9o - Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de
condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar.
Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever outras condições para a perda do
mandato.
A questão correta está disposta na letra A, pois o fato de os dirigentes das agências reguladoras
ostentarem mandato fixo constitui importante mecanismo de incremento da autonomia
administrativa de tais entidades. Afinal, em assim sendo, não pode o chefe do Poder Executivo
exonerá-los livremente. O professor Alexandre Mazza ensina: "Essa proteção contra a exoneração
imotivada ou ad nutumrepresenta uma estabilidade mais acentuada, permitindo ao dirigente exercer
tecnicamente suas funções sem preocupação com influências políticas ou partidárias." (Manual de
Direito Administrativo, 4ª edição, 2014, p. 177).
Sendo assim, a letra D pode ser descartada. 
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
Vale lembrar que as agências reguladoras são autarquias e não órgão, portanto, possui personalidade
jurídica própria e não integram a Administração direta, e sim a indireta.
Sendo assim, a assertiva B está incorreta. 
Ademais, só podemos falar em relação de hierárquica noâmbito de uma mesma pessoa jurídica,
logo, se a agência é uma pessoa jurídica autônoma, é evidente que não se submete ao poder
hierárquico do chefe do Poder Executivo, porquanto este integra outra pessoa jurídica, no caso da
questão da prova, um determinado Estado da Federação. Portanto, incorreta a letra C. 
Resposta: A 
30) A questão versa sobre o tema estabilidade. Embora os servidores públicos gozem de
estabilidade, eles podem sofrer a penalidade de demissão desde de que passem por um processo
regular administrativo disciplinar, assegurada ampla defesa (Lei 8.112/90, artigos 127, III, art. 132 e
148 e seguintes). Vale lembrar que os servidores públicos não gozam de vitaliciedade, como é o
caso, por exemplo, dos juízes de direito, mas sim de estabilidade (art. 41, caput, CF/88). Ademais,
este mesmo dispositivo constitucional elenca outras hipóteses, além da sentença judicial transitada
em julgado, em que os servidores estáveis podem perder seus cargos.
Resposta: “c” 
31) Para começar a resolver a questão devemos mencionar que antes dos entes da federação
desapropriar um terreno por motivo de construção de vias públicas, o terreno deve ser declarado de
utilidade pública conforme dispõe o Decreto-lei 3.365/41 em seu artigo 5 alínea “i”.
Art. 5 - Consideram-se casos de utilidade pública: 
i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de planos de
urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização
econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritos industriais; (Redação dada
pela Lei nº 9.785, de 1999) .
E, no que se refere à desapropriação de terrenos contíguos, necessários ao prosseguimento e/ou
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
desenvolvimento das obras, também há expressa base legal para a expropriação de tais áreas, como
se extrai do art. 4º, caput, do Decreto-lei 3.365/41:
Art. 4o A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a
que se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização
do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las,
mencionando-se quais as indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda.
De tal forma, pode-se concluir que ambos os decretos expropriatórios expedidos pelo respectivo
Chefe do Poder Executivo seriam legítimos.
Resposta: “c”
32) O STF firmou o entendimento pela legitimidade da alteração do edital, entretanto, em hipóteses
bastante restritas. O edital só pode ser modificado para fins de adequação a lei superveniente que
imponha novas condições a serem observadas para o respectivo cargo público. Além disso, o
Supremo firmou entendimento que a publicação do edital e no curso do certame, só se admite a
alteração das regras do concurso se houver modificação na legislação que disciplina a respectiva
carreira. Portanto, a alteração promovida no edital, durante o hipotético concurso público versado
nessa questão, não seria válida, pois fere os princípios da impessoalidade e da vinculação ao
instrumento convocatório.
Resposta: “a”.
33) Devemos lembrar que não existe obstáculo para que uma empresa pública, em ordem,
desenvolva uma dada atividade econômica, como expressamente autoriza o art. 173, caput e §1º,
CF/88:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
§1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
prestação de serviços, dispondo sobre:(...)" 
Portanto, a assertiva A está incorreta. 
Devemos lembrar que a criação de empresas públicas está regulada no art. 37, XIX, CF/88, que se
limita a exigir autorização em lei específica, mas não em lei complementar. Logo a assertiva B
também está incorreta. 
Ademais, tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia mista podem desenvolver
atividades econômicas ou podem prestar serviços públicos, a depender de simples opção
administrativa e legislativa, esse assunto está disciplinado no art. 173, caput e §1º c/c art. 175,
CF/88. Portanto, a assertiva C está incorreta. 
Por fim, devemos lembrar que a submissão ao regime trabalhista próprio das empresas privadas é
uma imposição constitucional (art. 173, §1º, II, CF/88) e a necessidade de realizar prévio concurso
público para recrutamento de pessoal, pode ser explicado pelo fato de que toda a Administração
Pública, seja a direta, seja a indireta (no que se incluem as empresas públicas), submete-se às
normas do art. 37, CF/88, inclusive ao disposto em seu inciso II, que consagra o princípio do
concurso público.
Resposta: “d”.
34) Devemos lembrar que é perfeitamente possível que um ato discricionário seja objeto de controle
jurisdicional, bastando, para tanto, que viole ou ameace direitos, em observância ao princípio do
amplo acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, CF/88). O poder judiciário não pode, em regra, adentrar no
mérito administrativo. Entretanto existem momentos que o ato discricionário viola princípios.
Nesses casos o poder judiciário pode e deve atuar. Portanto, a letra A está incorreta.
No caso da questão ora comentada, em se tratando de ato que revogou outro ato administrativo, a
fundamentação seria imprescindível, mormente porque limitou e afetou direitos de terceiros, o que
encontra expressa base no art. 50, I e VIII, Lei 9.784/99. Vejamos:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; (...) VIII - importem
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo." A ausência de motivação,
na espécie, ocasionou a nulidade do ato, de sorte que o Poder Judiciário poderia, sim, ser acionado
(por exemplo, via mandado de segurança) para pronunciar tal invalidade. Sendo assim, a letra B
está correta. 
Vale lembrar que autorização de uso de bem público é ato discricionário e não vinculado. Logo a
letra C está errada. 
Por fim, fica claro que sendo um ato discricionário, mesmo após a autorização ser concedida, não
há mudança na natureza do ato, que persiste discricionário. Portanto, passível de revogação a
qualquer tempo, à luz de critérios de conveniência e oportunidade. O que torna a letra D incorreta. 
Resposta: “b” 
DIREITO AMBIENTAL 
35) A questão pode ser respondida facilmente com o texto constitucional quedispõe sobre a
competência comum. Vejamos:
CF.88 Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
Resposta: “ a”. 
36) O respaldo legal dessa questão encontra-se no artigo 22, §7º da lei 9985/200. Leiamos:
Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público.(Regulamento)
§ 1o (VETADO)
§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a
unidade, conforme se dispuser em regulamento.
§ 3o No processo de consulta de que trata o § 2o, o Poder Público é obrigado a fornecer informações
adequadas e inteligíveis à população local e a outras partes interessadas.
§ 4o Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigatória a consulta de que trata
o § 2o deste artigo.
§ 5o As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável podem ser transformadas total ou
parcialmente em unidades do grupo de Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo
nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta
estabelecidos no § 2o deste artigo.
§ 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites
originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível
hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta
estabelecidos no § 2o deste artigo.
§ 7 o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita
mediante lei específica.
Resposta “d”.
DIREITO CIVIL 
37) O respaldo legal para resolver a questão encontra-se no artigo 1410, I do Código Civil:
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
O usufruto é vitalício, pois com a morte do usufrutuário, automaticamente extingue-se o usufruto.
Ademais, deve-se lembrar que a legislação veda o usufruto sucessivo. Mas o que é o usufrutuário
sucessivo? O usufruto sucessivo ocorre quando há nomeação de substituto para a hipótese de
falecimento do usufrutuário. Porém, o usufruto não se transmite por herança.
Assim, falecendo Otávia, usufrutuária, extingue-se o usufruto, cancelando-se o registro no Cartório
de Registro de Imóveis.
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Resposta: “c”.
38) A obrigação da questão é uma obrigação alternativa. As obrigações alternativas são pagas com a
prestação de apenas uma das alternativas. Na questão foi facultado ao devedor o pagamento do
montante no termo avençado ou a entrega do único cavalo da raça manga larga marchador,
conforme escolha a ser feita pelo devedor. Para resolução do problema encontramos o respaldo
legal no artigo 252 do Código Civil.
Artigo 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
Vale lembrar que não há que se falar em obrigação solidária, pois a solidariedade decorre da lei ou
da vontade das partes. Na obrigação solidária há pluralidade de credores e/ou devedores. Além
disso, não podemos falar em prestação infungível, pois nesse tipos de prestação não se pode haver
substituição de uma coisa por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade e, além disso, a
prestação é única e individual. O cavalo manga larga marchador é infungível, uma vez que não pode
ser substituído, porém, o dinheiro é fungível, pois pode ser substituído por outro da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
A letra C também está incorreta segundo o artigo 253 do Código Civil. Vejamos. 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível,
subsistirá o débito quanto à outra.
Nas obrigações alternativas, em razão da essencial pluralidade de objetos, a perda ou
impossibilidade de um não afetará a relação obrigacional, subsistindo esta quanto ao outro. Se
forem dois objetos, a obrigação se tornará comum, em relação ao outro, não se podendo falar em
possibilidade de substituição do objeto perdido.
Assim, se o animal morrer antes da escolha da obrigação alternativa, que se chama pela doutrina de
Concentração, subsistirá a obrigação de pagar o montante no termo avençado.
Além disso devemos lembrar o que dispõe o artigo 252 do Código Civil:
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Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
Nas obrigações alternativas, se outra coisa não se estipulou, a escolha cabe ao devedor.
Para que a escolha da prestação a ser cumprida nas obrigações alternativas caiba ao credor, é
necessária prévia estipulação.
Resposta: “A”
39) A questão trata sobre cláusula de retrovenda. A cláusula de retrovenda consiste no direito que o
vendedor tem de readquirir o imóvel que vendeu, no prazo decadencial de três anos, restituindo ao
comprador o preço recebido e reembolsando as despesas, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com autorização escrita (do vendedor), ou para a realização de benfeitorias
necessárias. Vejamos o que dispõe o Código Civil sobre o assunto:
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de
decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador,
inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a
realização de benfeitorias necessárias.
Vale lembrar que a retrovenda só pode ser realizada em relação a imóveis e se consubstancia em um
compromisso de se revender o bem ao proprietário anterior, se este assim o quiser, em um período
máximo de três anos após a transmissão. 
Ademais, cláusula de preferência não se confunde com cláusula de retrovenda. A cláusula de
preferência se encontra no art. 513 do Código Civil:
Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a
coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na
compra, tanto por tanto.
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.
A cláusula de preferência impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que o
comprador venderá dentro do prazo de até cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou de até dois
anos, se a coisa for imóvel.
A cláusula de retrovenda é um pacto incluído na compra e venda e que se consubstancia em
revender o bem ao proprietário anterior, se este assim o quiser.
Dessa forma, a disposição incluída no contrato é uma cláusula de retrovenda, e não de preferência.
Devendo ser exercida no prazo decadencial máximo de três anos.
Resposta: “d”.
40) Mais uma questão sobre direito de sucessões. Normalmente a OAB costuma reservar uma
questão para esse tema. Para responde-lâ devemos começar com a análise de alguns dispositivos
legais. Primeiramente, o código dispõe o quem são herdeiros necessários
Código Civil:
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Logo após ele informa qual a parte que pertence aos herdeiros necessários, ou seja, a legítima, que
equivale a metade dos bens. 
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança,
constituindo a legítima.
Sendo assim, em virtude de ter descendentes, Ester não pode dispor de seus bens por testamento.
É verdade que toda pessoa pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte
deles, para depois de sua morte. Entretanto, Ester pode dispor de seus bens por testamento, mas
como há descendentes (herdeiros necessários) ela só poderá dispor da metade da herança.
 
Resposta: “d”. 
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
41) O Código Civil regulamenta o direito de superfície:
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu
terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de
Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto
da concessão.
Art. 1.370. A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; se onerosa, estipularão as partes se o
pagamento será feito de uma só vez, ou parceladamente.
Art. 1.372. O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos
seus herdeiros.
Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pelo concedente, a nenhum título, qualquer pagamento
pela transferência.
Dessa forma, é nula a cláusula que prevê que, em caso de alienação do direito de superfície por
Francisco, Mateus terá direito a receber quantia equivalente a 3% do valor da transação. Mateus não
terá direito a receber o pagamento de quantia em caso de alienação do direito de superfície. 
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu
terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de
Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto
da concessão.
Vale lembrar que não existe norma legal impedindo que se estabeleça uma cláusula que venha
obrigar a Francisco construir um edifício no terreno. 
 
Resposta:”c”.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
42) Vejamos o que diz o Código Civil sobre o assunto.
Código Civil:
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode
referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à
mora.
Logo, não pode o credor pedir conjuntamente o valor da multa (cláusula penal) e o cumprimento da
obrigação. Ou se exige o cumprimento da obrigação principal ou se executa a cláusula penal.
Portanto, diante da recusa de José Antonio a cumprir o contrato, a sociedade poderá persistir na
exigência do cumprimento obrigacional, ou, alternativamente, satisfazer-se com a pena
convencional.
Ademais, assim dispõe o Código Civil:
Art. 416. Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o
credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale
como mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente.
Se não foi convencionado previamente cobrar valor superior ao montante fixado na cláusula oitava,
não poderá a sociedade pleitear o pagamento de indenização superior ao já fixado. A cláusula penal
serve como indenização.
Vale lembrar a lição dos artigos 409 e 411 do Código Civil:
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode
referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à
mora.
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada,
juntamente com o desempenho da obrigação principal.
Existem duas espécies de cláusula penal. A moratória e a compensatória. A cláusula penal
compensatória refere-se ao inadimplemento total da obrigação e serve de alternativa ao credor, que,
desejando poderá recebê-la como satisfação dos prejuízos pelo não cumprimento.
A cláusula penal moratória é somada à obrigação principal, pois não tem como objetivo ressarcir os
prejuízos do atraso, mas sim, evitar que ele ocorra.
Poderá existir no mesmo contrato cláusula penal compensatória e moratória. 
No caso da questão a cláusula oitava é classificada como cláusula penal compensatória, e a
sociedade pode exigir ou o cumprimento da obrigação principal ou a cláusula penal.
Por fim, vale lembrar a lição do artigo 416 do Código Civil:
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.
Ou seja, a simples infração de cláusula penal, pelo inadimplemento total ou atraso são as causas da
aplicação da cláusula penal, logo, há uma presunção do prejuízo, não sendo necessário qualquer
prova nesse sentido.
Resposta: “a”.
43) Para responder essa questão, basta o conhecimento dos artigos 1697 e 1698 do Código Civil:
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de
suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as
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pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos
recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
Resposta: “b”.
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
44) Para responder a questão basta o conhecimento dos artigos abaixo:
Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao
adolescente as seguintes medidas:
 I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
 III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semi-liberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
 VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as 
circunstâncias e a gravidade da infração.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e 
especializado, em local adequado às suas condições.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
§ 1o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) 
meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.(Redação dada pela Lei nº
12.594, de 2012)
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§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada.
Resposta: “c”
45) A questão exige do candidato o conhecimento do artigo 18-B do Estatuto da Criança e do
Adolescente que sofreu recente alteração no ano de 2014. Ademais, exige o conhecimento da
competência do Conselheiro tutelar. Vejamos:
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de
adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão
sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de
acordo com a gravidade do caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Incluído pela
Lei nº 13.010, de 2014)
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
2014)
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
2014)
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº
13.010, de 2014)
V – advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem
prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Resposta: “c”.
 DIREITO DO CONSUMIDOR
46) Vejamos o que nos informa o CDC:
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
 Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, 
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, 
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou 
inadequadas sobre sua utilização e riscos.
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, 
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
 I - sua apresentação;
 II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi colocado em circulação.
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. 
A responsabilidade pelo fato do produto e do serviço é o mesmo que acidente de consumo. Haverá
fato do produto ou do serviço sempre que o defeito, além de atingir a incolumidade econômica do
consumidor, atinge sua incolumidade física ou psíquica. Nesse caso, haverá danos à saúde física ou
psicológica do consumidor. Em outras palavras, o defeito exorbita a esfera do bem de consumo,
passando a atingir o consumidor, que poderá ser o próprio adquirente do bem - consumidor padrão
ou stander – art 2º do CDC - ou terceiros atingidos pelo acidente de consumo, que, para os fins de
proteção do CDC são equiparados àquele - consumidores por equiparação bystander – artigo 17 do
CDC. Exemplos de fato do produto: aqueles famosos casos dos telefones celulares cujas baterias
explodiam, causando queimaduras no consumidor; o automóvel cujos freios não funcionam,
ocasionando um acidente e ferindo o consumidor; um ventilador cuja hélice se solta, ferindo o
consumidor; um refrigerante contaminado por larvas ou um alimento estragado que venha a causar
intoxicação etc. 
Resposta: “b”.
47) A questão trata de uma relação de consumo, portanto deve ser regida pelo Código de Defesa do
Consumidor. Portanto, a resposta encontra seu respaldo legal no artigo 3º do CDC.
Art. 3° - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira,
bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração,
CADERNO DE QUESTÕES COMENTADAS EXAME OAB XVII - PROVA
TIPO 1 - BRANCA – ÉTICA, FILOSOFIA JURÍDICA, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS, DIREITO
INTERNACIONAL, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ADMINISTRATIVO , DIREITO AMBIENTAL , DIREITO CIVIL, ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DIREITO DO CONSUMIDOR
inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das
relações de caráter trabalhista.
Resposta: “d”.
SUA PROVA
TEMPO
NÃO SERÁ PERMITIDO
INFORMAÇÕES GERAIS
Além deste caderno de prova do �po 1, contendo 
oitenta questões e um ques�onário de percepção 
sobre a prova com dez questões obje�vas, você 
receberá do fiscal de sala:
Ÿ uma folha des�nada às respostas das questões 
obje�vas formuladas na prova de �po 1
Ÿ 5 horas é o tempo disponível para a realização da 
prova, já incluindo o tempo para a marcação da 
folha de respostas da prova obje�va.
Ÿ 2 horas após o início da prova é possível re�rar-se 
da sala, sem levar o caderno de prova.
Ÿ 1 hora antes do término do período de prova é 
possível re�rar-se da sala levandoo caderno de 
prova.
Ÿ Qualquer tipo de comunicação entre os examinandos.
Ÿ Levantar da cadeira sem a devida autorização do 
fiscal de sala.
Ÿ Portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, 
telefone celular, walkman, agenda eletrônica, 
notebook, palmtop, receptor, gravador, telefone 
celular, máquina fotográfica, controle de alarme 
de carro etc., bem como relógio de qualquer 
espécie, protetor auricular, óculos escuros ou 
quaisquer acessórios de chapelaria, tais como 
chapéu, boné, gorro etc., e ainda lápis, lapiseira, 
borracha e/ou corretivo de qualquer espécie.
Ÿ Usar o sanitário ao término da prova, após deixar 
a sala.
Ÿ Verifique se o número deste caderno de provas coincide com 
o registrado no rodapé de cada página. Caso contrário, 
notifique imediatamente o fiscal da sala, para que sejam 
tomadas as devidas providências.
Ÿ Confira seus dados pessoais, especialmente nome, número 
de inscrição e documento de identidade e leia atentamente 
as instruções para preencher a folha de respostas.
Ÿ Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta 
esferográfica transparente de cor azul ou preta.
Ÿ Marque na folha de respostas o campo relativo à 
confirmação do tipo/cor de prova, conforme o caderno 
recebido.
Ÿ Não será permitida a troca da folha de respostas por erro 
do examinando.
Ÿ Reserve tempo suficiente para o preenchimento de sua 
folha respostas. Para fins de avaliação, serão levadas em 
consideração apenas as marcações realizadas na folha de 
respostas.
Ÿ A FGV coletará as impressões digitais dos examinandos na 
folha de respostas .
Ÿ Quando terminar sua prova, você deverá, OBRIGATORIAMENTE, 
entregar a folha de respostas devidamente preenchida e 
assinada ao fiscal da sala. Aquele que descumprir esta regra 
será ELIMINADO.
Ÿ Os 3 (três) últimos examinandos de cada sala só poderão 
sair juntos, após entregarem ao fiscal de aplicação os 
documentos que serão utilizados na correção das provas. 
Esses examinandos poderão acompanhar, caso queiram, o 
procedimento de conferência da documentação da sala de 
aplicação, que será realizada pelo Coordenador da 
unidade, na Coordenação do local de provas. Caso algum 
desses examinandos insista em sair do local de aplicação 
antes de autorizado pelo fiscal de aplicação, deverá assinar 
termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado 
Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros 
examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo 
Coordenador da unidade de provas.
Ordem dos Advogados do Brasil
XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Tipo 1 - BRANCA
‘‘Qualquer semelhança nominal e/ ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência’’
 
 2
XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 – BRANCA 
 
Questão 1 
 
Leôncio é estagiário de escritório especializado na área cível e 
testemunha o descumprimento de norma legal por 
funcionário público, imediatamente comunicando a situação 
ao seu advogado supervisor. Ambos dirigem-se ao órgão 
diretor administrativo competente e reclamam pelo 
descumprimento de lei, o que foi reduzido a termo. A referida 
reclamação veio a ser sumariamente arquivada por não ter 
sido feita na forma escrita. 
 
Nos termos do Estatuto da Advocacia, reclamações por 
descumprimento de lei 
 
A) devem ser necessariamente escritas. 
B) devem ser formuladas pela OAB, exclusivamente. 
C) podem ser verbais. 
D) são de atribuição privativa de Conselheiro da OAB. 
 
Questão 2 
 
Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, para sua 
admissão em registro, em não se tratando de empresas de 
pequeno porte e de microempresas, consoante o Estatuto da 
Advocacia, devem 
 
A) apresentar os dados do contador responsável. 
B) permitir a participação de outros profissionais liberais. 
C) conter o visto do advogado. 
D) indicar o advogado que representará a sociedade. 
 
Questão 3 
 
Patrícia foi aprovada em concurso público e tomou posse 
como Procuradora do Município em que reside. Como não 
pretendia mais exercer a advocacia privada, mas apenas atuar 
como Procuradora do Município, pediu o cancelamento de sua 
inscrição na OAB. 
 
A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Patrícia não agiu corretamente, pois os advogados públicos 
estão obrigados à inscrição na OAB para o exercício de 
suas atividades. 
B) Patrícia não agiu corretamente, pois deveria ter requerido 
apenas o licenciamento do exercício da advocacia e não o 
cancelamento de sua inscrição. 
C) Patrícia poderia ter pedido o licenciamento do exercício da 
advocacia, mas nada a impede de pedir o cancelamento de 
sua inscrição, caso não deseje mais exercer a advocacia 
privada. 
D) Patrícia agiu corretamente, pois, uma vez que os 
advogados públicos não podem exercer a advocacia 
privada, estão obrigados a requerer o cancelamento de 
suas inscrições. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 4 
 
A advogada Maria foi presa em flagrante por furto cometido 
no interior de uma loja de departamentos. Na Delegacia, teve 
a assistência de advogado por ela constituído. O auto de 
prisão foi lavrado sem a presença de representante da Ordem 
dos Advogados do Brasil, fato que levou o advogado de Maria 
a arguir sua nulidade. 
 
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O auto de prisão em flagrante não é nulo, pois só é 
obrigatória a presença de representante da OAB quando a 
prisão decorre de motivo ligado ao exercício da advocacia. 
B) O auto de prisão em flagrante não é nulo, pois a presença 
de representante da OAB é facultativa em qualquer caso, 
podendo sempre ser suprida pela presença de advogado 
indicado pelo preso. 
C) O auto de prisão em flagrante é nulo, pois advogados não 
podem ser presos por crimes afiançáveis. 
D) O auto de prisão em flagrante é nulo, pois a presença de 
representante da OAB em caso de prisão em flagrante de 
advogado é sempre obrigatória. 
 
Questão 5 
 
O advogado Márcio, sócio de determinado escritório de 
advocacia, contratou novos advogados para a sociedade e 
substabeleceu, com reserva em favor dos novos contratados, 
os poderes que lhe haviam sido outorgados por diversos 
clientes. O mandato possuía poderes para substabelecer. Um 
dos clientes do escritório, quando percebeu que havia novos 
advogados trabalhando na causa, os quais não eram por ele 
conhecidos, não apenas resolveu contratar outro escritório 
para atuar em sua demanda como ofereceu representação 
disciplinar contra Márcio, afirmando que o advogado não agira 
com lealdade e honestidade. 
 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A representação oferecida não deve ser enquadrada como 
infração disciplinar, pois apenas o substabelecimento do 
mandato sem reserva de poderes deve ser comunicado 
previamente ao cliente. 
B) A representação oferecida não deve ser enquadrada como 
infração disciplinar, pois o substabelecimento do mandato, 
com ou sem reserva de poderes, é ato pessoal do 
advogado da causa. 
C) A representação oferecida deve ser enquadrada como 
infração disciplinar, pois o substabelecimento do mandato, 
com ou sem reserva de poderes, deve ser comunicado 
previamente ao cliente. 
D) A representação oferecida deve ser enquadrada como 
infração disciplinar, pois o advogado deve avisar 
previamente ao cliente acerca de todas as petições que 
apresentará nos autos do processo, inclusive sobre as de 
juntada de substabelecimentos. 
 
 
 
 
 3
XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 – BRANCA 
 
Questão 6 
 
Deise é uma próspera advogada e passou a buscar novos 
desafios, sendo eleita Deputada Estadual. Por força de suas 
raras habilidades políticas, foi eleita integrante da Mesa 
Diretora da Assembleia Legislativado Estado Z. Ao ocupar esse 
honroso cargo procurou conciliar sua atividade parlamentar 
com o exercício da advocacia, sendo seu escritório agora 
administrado pela filha. 
 
Nos termos do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) A atividade parlamentar de Deise é incompatível com o 
exercício da advocacia. 
B) A participação de Deise na Mesa Diretora a torna 
incompatível com o exercício da advocacia. 
C) A função de Deise como integrante da Mesa Diretora do 
Parlamento Estadual é conciliável com o exercício da 
advocacia. 
D) A atividade parlamentar de Deise na Mesa Diretora pode 
ser conciliada com o exercício da advocacia em prol dos 
necessitados. 
 
Questão 7 
 
O advogado F recebe do seu cliente WW determinada soma 
em dinheiro para aplicação em instrumentos necessários à 
exploração de jogo não autorizado por lei. 
 
Nos termos do Estatuto da Advocacia, a infração disciplinar 
 
A) decorre somente se o advogado exige o valor para 
aplicação ilícita. 
B) surge diante do recebimento para aplicação ilícita. 
C) inocorre, pois se trata de mero ilícito moral. 
D) é descaracterizada por ausência de previsão legal. 
 
Questão 8 
 
O advogado Nelson, após estabelecer seu escritório em local 
estratégico nas proximidades dos prédios que abrigam os 
órgãos judiciários representantes de todas as esferas da 
Justiça, resolve publicar anúncio em que, além dos seus títulos 
acadêmicos, expõe a sua vasta experiência profissional, 
indicando os vários cargos governamentais ocupados, 
inclusive o de Ministro de prestigiada área social. 
 
Nos termos do Código de Ética da Advocacia, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O anúncio está adequado aos termos do Código, pois 
indica os títulos acadêmicos e a experiência profissional. 
B) O anúncio está adequado aos termos do Código, por não 
conter adjetivações ou referências elogiosas ao 
profissional. 
C) O anúncio colide com as normas do Código, pois a 
referência a títulos acadêmicos é vedada por indicar a 
possibilidade de captação de clientela. 
D) O anúncio colide com as normas do Código, que proíbem a 
referência a cargos públicos capazes de gerar captação de 
clientela. 
 
 
Questão 9 
 
Gisella é advogada recém-aprovada no Exame de Ordem e 
herda diversas causas de um colega de classe que resolveu 
trilhar outros caminhos, deixando numerosos processos para 
acompanhamento nos Juízos de primeiro grau. Ao 
acompanhar uma sessão de julgamento na Câmara Cível do 
Tribunal W, tem necessidade de apresentar, antes de iniciar o 
julgamento, alegações escritas aos integrantes do órgão 
julgador, que somente foram completadas no dia da sessão. 
Aguardando o início dos trabalhos, assim que os julgadores se 
apresentaram para o julgamento, a jovem advogada dirigiu-se 
a eles no sentido de entregar as alegações escritas, sendo 
admoestada quanto à sua presença no interior da sala de 
julgamento, na parte reservada aos magistrados. 
 
Nos termos do Estatuto da Advocacia, o ingresso dos 
advogados nas salas de sessões 
 
A) está restrito ao espaço da plateia. 
B) depende de autorização do Presidente da Câmara. 
C) é livre inclusive na parte reservada aos magistrados. 
D) depende de concordância dos julgadores. 
 
Questão 10 
 
Laura formou-se em prestigiada Faculdade de Direito, mas sua 
prática advocatícia foi limitada, o que a impediu de ter 
experiência maior no trato com os clientes. Realizou seus 
primeiros processos para amigos e parentes, cobrando 
módicas quantias referentes a honorários advocatícios. Ao 
receber a cliente Telma, próspera empresária, e aceitar 
defender os seus interesses judicialmente, fica em dúvida 
quanto aos termos de cobrança inicial dos honorários 
pactuados. 
 
Em razão disso, consulta o advogado Luciano, que lhe informa, 
segundo os termos do Estatuto da Advocacia, que salvo 
estipulação em contrário, 
 
A) metade dos honorários é devida no início do serviço. 
B) um quinto dos honorários é devido ao início do processo 
judicial. 
C) a integralidade dos honorários é devida até a decisão de 
primeira instância. 
D) um terço dos honorários é devido no início do serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4
XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 – BRANCA 
 
Questão 11 
 
Hans Kelsen, ao abordar o tema da interpretação jurídica no 
seu livro Teoria Pura do Direito, fala em ato de vontade e ato 
de conhecimento. Em relação à aplicação do Direito por um 
órgão jurídico, assinale a afirmativa correta da interpretação. 
 
A) Prevalece como ato de conhecimento, pois o Direito é 
atividade científica e, assim, capaz de prover precisão 
técnica no âmbito de sua aplicação por agentes 
competentes. 
B) Predomina como puro ato de conhecimento, em que o 
agente escolhe, conforme seu arbítrio, qualquer norma 
que entenda como válida e capaz de regular o caso 
concreto. 
C) A interpretação cognoscitiva combina-se a um ato de 
vontade em que o órgão aplicador efetua uma escolha 
entre as possibilidades reveladas por meio da mesma 
interpretação cognoscitiva. 
D) A interpretação gramatical prevalece como sendo a única 
capaz de revelar o conhecimento apropriado da mens 
legis. 
 
Questão 12 
 
“Mister é não olvidar que a compreensão do direito como ‘fato 
histórico-cultural’ implica o conhecimento de que estamos 
perante uma realidade essencialmente dialética, isto é, que 
não é concebível senão como ‘processus’, cujos elementos ou 
momentos constitutivos são fato, valor e norma (...)” 
(Miguel Reale, in Teoria Tridimensional do Direito) 
 
Assinale a opção que corretamente explica a natureza da 
dialética de complementaridade que, segundo Miguel Reale, 
caracteriza a Teoria Tridimensional do Direito. 
 
A) A relação entre os polos opostos que são o fato, a norma e 
o valor, produz uma síntese conclusiva entre tais polos. 
B) A implicação dos opostos na medida em que se desoculta e 
se revela a aparência da contradição, sem que, com esse 
desocultamento, os termos cessem de ser contrários. 
C) A síntese conclusiva que se estabelece entre diferentes 
termos, conforme o modelo hegeliano de tese, antítese e 
síntese. 
D) A estrutura estática que resulta da lógica de subsunção 
entre os três termos que constituem a experiência jurídica: 
fato, norma e valor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 13 
 
Pedro, reconhecido advogado na área do direito público, é 
contratado para produzir um parecer sobre situação que 
envolve o pacto federativo entre Estados brasileiros. Ao 
estudar mais detidamente a questão, conclui que, para atingir 
seu objetivo, é necessário analisar o alcance das chamadas 
cláusulas pétreas. 
 
Com base na ordem constitucional brasileira vigente, assinale, 
dentre as opções abaixo, a única que expressa uma premissa 
correta sobre o tema e que pode ser usada pelo referido 
advogado no desenvolvimento de seu parecer. 
 
A) As cláusulas pétreas podem ser invocadas para sustentar a 
existência de normas constitucionais superiores em face 
de normas constitucionais inferiores, o que possibilita a 
existência de normas constitucionais inconstitucionais. 
B) Norma introduzida por emenda à constituição se integra 
plenamente ao texto constitucional, não podendo, 
portanto, ser submetida a controle de constitucionalidade, 
ainda que sob alegação de violação à cláusula pétrea. 
C) Mudanças propostas por constituinte derivado reformador 
estão sujeitas ao controle de constitucionalidade, sendo 
que as normas ali propostas não podem afrontar cláusulas 
pétreas estabelecidas na Constituição da República. 
D) Os direitos e as garantias individuais considerados como 
cláusulas pétreas estão localizados exclusivamente nos 
dispositivos do Art. 5º, de modo que é inconstitucional 
atribuir essa qualidade (cláusula

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