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ATIVIDADE ESTRUTURADA 
CURSO : LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA
2º PERÍODO/ 1º semestre 2013
DISCIPLINA – HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
Professora: Mari Angela Monjardin Barbosa	
Aluna: Janaína Lourenço Matrícula : 201202313371
 Atividade Estruturada proposta para os cursos de Graduação com Licenciatura que fazem essa disciplina (História da Educação no Brasil)
1ª Ação: 		
Pesquisar as mais antigas escolas de Ensino Fundamental (atual 6o ao 9o ano) e/ou de Ensino Médio, sobretudo as antigas escolas do município/estado, levantando a época e analisando o contexto histórico em que essas surgiram, a que segmentos sociais elas atendiam, quem eram os professores. 
Pode ainda ser investigada como se dava: a formação dos professores da respectiva disciplina (Matemática, Letras, História, ou seja, de acordo com a graduação que você está cursando) os primeiros manuais didáticos utilizados, a metodologia de ensino da disciplina. 
Além disso, podem ainda ser pesquisados os prédios escolares, sua arquitetura sua adequação ou adaptação à atividade pedagógica.
2ª Ação:  	
Realizar entrevista com professor da respectiva disciplina da unidade escolar sobre sua relação com a comunidade escolar ao longo do tempo que atua na unidade escolar, bem como vem percebendo as diferenças das exigências e expectativas dos alunos durante sua trajetória profissional.
PRODUTO/RESULTADO:
Construção de uma reflexão pessoal sobre a relação entre os dados coletados na visita à escola e os conteúdos estudados na disciplina.
1ª Ação
Criação e História do Colégio de Pedro II – Rio de Janeiro – RJ
            
 Em 1837, na cidade do Rio de Janeiro foi criado o Colégio de Pedro II, onde funcionava o Seminário de São Joaquim. O Colégio de Pedro II fornecia o diploma de bacharel, título necessário na época para cursar o nível superior. Foram também criados nessa época colégios religiosos e alguns cursos de magistério em nível secundário, exclusivamente masculinos. O colégio de Pedro II era frequentado pela aristocracia, onde era oferecido o melhor ensino, a melhor cultura, com o objetivo de formar as elites dirigentes. Por este motivo, era considerada uma escola modelo para as demais no país. Ele é o segundo mais antigo dentre os colégios em atividade no Brasil.
 As suas instalações sediavam-se na antiga Rua Larga (atual Av. Marechal Floriano), no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro, cujas salas de aula funcionam até aos nossos dias. 	
 A maioria dos alunos pertencia à elite econômica e política do país, apesar de haver a previsão para estudantes destituídos de recursos.
 O Colégio deveria:
	
	(...) atender tanto aos filhos das elites quanto aos destituídos (...), preparando os alunos para o comércio, a indústria e a administração pública."
	
— Lúcia Bastos Pereira das Neves
	 
 Transformou – se em Instituto de Ensino Secundário pelo decreto de 2 de dezembro de 1837 que dizia:
Art. I. – O Seminário de São Joaquim é convertido em colégio de instrução secundária.
Art. 2 - Este colégio é denominado Colégio de Pedro II.
Art. 3. – Neste colégio serão ensinadas as línguas latina , grega, francesa, inglesa, retórica e os princípios elementares de geografia , história, filosofia, zoologia, mineralogia, álgebra, geometria e astronomia”...
 A inauguração e o começo das aulas ocorreram no dia 25 de março de 1838. Estavam presentes o jovem imperador e suas irmãs, o regente Pedro de Araújo Lima, assim como todos os Ministros de estado. Estas presenças ilustres demonstravam a importância política que o colégio teria, desempenhado outros papéis além da instrução.
 O Colégio de Pedro II recebeu atenções especiais na sua organização e orientação. Buscava-se o apoio daqueles que compunham a “boa sociedade”, que dependia de bons governantes, de bons administradores e de bons agentes civilizadores como, por exemplo, o médico, o romancista, e o professor de História. Afinal era uma Instituição aristocrática destinada a oferecer “ a cultura básica necessárias às elites dirigentes “, a “ boa sociedade” formada por aqueles que eram brancos, livres e proprietários de escravos e terras. Torna-se necessário lembrar que,quando a população brasileira girava em torno de 8.800.000 habitantes, apenas 1,2% eram de alunos matriculados nas escolas do Império. 
 D. Pedro, que costumava referir-se a ele como “seu colégio”, escolhia os professores, assistia às provas e conferia as médias. Certa vez, o Imperador Pedro II declarou em uma carta a José Bonifácio: "Eu só governo duas coisas no Brasil: a minha casa e o Colégio Pedro II". 
 
 A partir de 1857 a instituição dividiu-se em Internato e Externato, sendo a primeira modalidade instalada no bairro da Tijuca no ano seguinte (1858), onde permaneceu até 1888, quando as suas dependências foram transferidas para o Campo de São Cristóvão  (Unidade São Cristóvão). 
 Os princípios norteadores da fundação do Colégio foram expressos em um trecho da aula inaugural, proferida por Bernardo Pereira de Vasconcelos, em 25 de março de 1838:
	
	Nenhum cálculo de interesse pecuniário, nenhum motivo menos nobre e menos patriótico, que o desejo de boa educação da mocidade e do estabelecimento de proveitosos estudos, influiu na deliberação do Governo. Revela, pois, ser fiel a este princípio: manter e unicamente adotar os bons métodos; resistir a inovações que não tenham a sanção do tempo e o abono de felizes resultados; prescrever e fazer abortar todas as espertezas de especuladores astutos, que ilaqueam a credulidade dos pais de família com promessas de fáceis, e rápidos processos na educação de seus filhos; e repelir os charlatães que aspiram à celebridade, inculcando princípios e métodos que a razão desconhece, e, muitas vezes, assustada, reprova. Que importa que a severidade de nossa disciplina, que a prudência e a salutar lenteza com que procedemos nas reformas, afastem do Colégio muitos alunos? O tempo, que é sempre o condutor da verdade e o destruidor da impostura, fará conhecer o seu erro. O Governo só fita a mais perfeita educação da mocidade: ele deixa (com não pequeno pesar) as novidades e a celebridade aos especuladores, que fazem do ensino da mocidade um tráfico mercantil, e que nada interessam na moral e na felicidade de seus alunos. Ao Governo só cabe semear para colher no futuro. ’— Bernardo de Vasconcelos
 Em seus primórdios, a instituição garantia o privilégio do acesso de seus alunos aos cursos de nível superior, sem que necessitassem se submeter a qualquer exame de admissão. Ao completar o curso, os estudantes recebiam o grau e o diploma de Bacharel em Ciências e Letras, que os habilitava a ingressar no ensino superior . 
 Numerosas reformas no ensino secundário foram promovidas a partir da criação do Colégio de Pedro II, mas um número mínimo de estudantes frequentava tais estudos, e os quais o faziam poucas vezes encontravam nele o que se alardeava.
 Desde a sua fundação em 1838 o Colégio de Pedro II passou por oito reformas principais em seus estatutos, a última foi em 1881. A duração do curso secundário era de sete anos. As matérias estudadas, de acordo com o regulamento de 1881, eram as seguintes:
1º ano – História Sagrada, Português, Geografia, Aritmética e Geometria. 
2º ano – Português, Francês, Latim e Matemáticas elementares.
3º ano – Português, Francês, Latim, Matemáticas elementares, Álgebra, Geografia e Aritmética.
4º ano – Português, Francês, Latim, Geografia, Cosmografia e Matemáticas elementares.
5º ano – Português, Inglês, Latim, História Geral, Física e Química.
6º ano – Alemão, Grego, História Natural e Higiene, Retórica, Poética e Literatura Nacional e Filosofia.
7º ano – Italiano, Alemão, Grego, Português e História Literária, Filosofia, Corografia e História do Brasil.
 
 No primeiro regulamento do Colégio Pedro II , feito em 31 de janeirode 1838, a História fazia parte do plano de estudos como disciplina obrigatória. Esse documento incluía a estrutura organizacional e os fundamentos filosóficos da escola, com seu ensino enciclopédico e acadêmico.
 O documento estabelecia que a duração do curso inicial – equivale ao segundo segmento do ensino fundamental e ao ensino médio – na instituição seria de oito anos. A disciplina História era ministrada desde o 3º ano do curso até o final, considerada uma matéria de peso em um currículo que valorizava a formação clássica e erudita. 
 Apesar de ser uma escola pública, o Colégio Pedro II não era gratuito naquela época. Os alunos pagavam o honorário do ensino prestado, fixado pelo governo imperial. Os primeiros alunos ingressaram na instituição por meio de um rigoroso exame de admissão que prezava a idade, o mérito adquirido e o mérito ingênito, ou seja, pessoas que possuem um dom inato. 
 O ministro Bernardo Pereira de Vasconcellos era quem indicava os professores para as cátedras do Colégio, uma decisão que tinha que ser aprovada pelo próprio imperador. Os professores catedráticos tinham status acadêmico e muitos deles integravam as cadeiras nos níveis de ensino superior e secundário.
 Como não havia instituições que se dedicassem à formação de professores, normalmente eram selecionados membros da comunidade letrada do Império, como advogados, médicos, escritores. Era uma elite intelectual basicamente formada no exterior. Entre os nomes famosos que deram aula no Colégio Pedro II estão os historiadores-autores Justiniano José da Rocha (1811-1864) e Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882). 
 A escolha do material didático também era cuidadosa. O próprio Bernardo Vasconcellos fazia a seleção dos compêndios – como eram conhecidos os livros didáticos da época. As primeiras publicações desse tipo foram inicialmente importadas: eram os manuais franceses de Cayx e Poisson (História Antiga) e os de Rozoir e Dumont (História Romana). Mais tarde, essas obras foram traduzidas por Justiniano José da Rocha.
 O governo imperial estabelecia ainda os programas de ensino do Colégio. Todos eles seguiam os ideais do Império de gerir um projeto para uma nação identificada com o homem branco europeu e cristão. Para desenvolver o trabalho de construir uma História do Brasil, os intelectuais historiadores do IHGB ( Institutito Histórico e Geográfico Brasileiro ) e do Colégio Pedro II utilizaram a concepção de História que se constituía na Europa naquele momento. A escrita era fundamentada em uma história universal, ligada às tradições iluministas, de cunho científico. Esta modalidade atendia à necessidade de pesquisar o passado colonial e de valorizar a realidade brasileira sem deixar de incluir o país na civilização ocidental. Mas o controle não era absoluto. Afinal, o conteúdo das disciplinas estava a cargo dos catedráticos, em sua maioria autores dos livros didáticos ali adotados. Nascia assim uma escrita da história acadêmica dedicada ao ensino.
		 	 
 Mulheres no Pedro II
 Destinado a abrigar, instruir e educar exclusivamente alunos do sexo masculino, esse estabelecimento educativo representou por muito tempo o modelo de ensino secundário ministrado no país. O fato é que esse nível de ensino era próprio para quem pretendia continuar os estudos, o que não era compatível e por muito tempo, com o papel social designado ao sexo feminino naquela sociedade oitocentista, pois às mulheres era destinado o casamento, o lar e a maternidade. Com isso, as poucas escolas existentes de nível secundário particulares para meninas e a Escola Normal não se equiparavam, em nível acadêmico, ao Colégio Pedro II, exclusivamente masculino . 
 Em 1885 havia no estabelecimento 15 alunas matriculadas e 5 ouvintes. O reitor solicitava ao Ministro a nomeação de uma inspetora, ponderando com tudo a conveniência de serem as alunas do Externato encaminhadas para outras instituições escolares adequadas ao sexo feminino. Das alunas do Externato uma contava 22 anos de idade, outra 16, a idade das demais variava entre 10 e 14 anos. Só uma aluna frequentava o 3 o ano, as outras matriculadas no 1º e 2º ano. 
 Durante noventa anos o Colégio não permitiu o ingresso de estudantes do sexo feminino. A primeira estudante a concluir o curso secundário foi Yvone Monteiro da Silva, em 1927.
Metodologia de Ensino e Material didático utilizado
 Com a nova estrutura para a matemática escolar implantada pelo Colégio Pedro II, a partir de 1929, surgiu também um novo tipo de livro didático . A matemática na educação secundária deveria ser sempre considerada como um conjunto harmônico, pois um dos pontos fundamentais da reforma foi a fusão dos diferentes ramos (aritmética, álgebra, geometria e trigonometria). Dessa forma, novos livros didáticos deveriam ser editados para o ensino da matemática. Neste momento, surgem quatro coleções: Como se aprende mathematica, em dois volumes, de Savério Cristófaro; o Curso de Mathematica elementar, em três volumes, de Euclides Roxo; Mathematica, em três volumes, de Cecil Thiré e Mello e Souza; e Primeiro ano de mathematica, de Jacomo Stávale. 
 A Antologia Nacional de Fausto Barreto e Carlos de Laet (ambos professores de Português do Colégio Pedro II), publicada pela primeira vez em 1895, foi uma das compilações literárias mais usadas pelos brasileiros que passaram pela escola secundária , atingindo 43 edições em 1969. Tal longevidade (que ultrapassou os 70 anos) torna-se ainda mais excepcional quando a comparamos com seletas antecessoras, cuja permanência na escola era de aproximadamente dez anos.[1: ]
 Adotada inicialmente no Colégio Pedro II, instituição modelo durante décadas, e nos exames de ingresso para as faculdades, chamados de "Exames Preparatórios", a Antologia Nacional, que reuniu textos de autores brasileiros e portugueses, teve seu consumo disseminado rapidamente em outras escolas, marcando a leitura escolar de várias gerações. Manuel Bandeira e Pedro Nava, por exemplo, que estudaram no Colégio Pedro II em épocas diferentes, citam a Antologia Nacional em suas memórias e comentam a função formadora que ela representou para eles .
 Até 1869, o ensino de Português era insignificante no currículo do Colégio Pedro II, onde predominavam as disciplinas clássicas, sobretudo o Latim. Depois de 1869, quando o exame de Português foi incluído entre os Preparatórios, nota-se a ascensão desta disciplina, cujo desenvolvimento, ainda que sujeito a variações, foi sempre crescente.
 O ensino da língua e da literatura nacional sempre se pautou pelo ensino das línguas clássicas, sobretudo do Latim. A gramática portuguesa era estudada a partir das categorias gramaticais da língua latina e explicada como sua transformação, enquanto a literatura nacional era apresentada segundo os critérios fixos da Retórica e da Poética clássicas, divididas por gêneros. A leitura literária, base do ensino de Latim e Grego e base do ensino de Retórica e Poética, também se transformaram na base do ensino da língua e da literatura nacional, erigindo os clássicos nacionais.
 Inicialmente, as aulas de Português no Colégio Pedro II, restritas ao primeiro ano e ao estudo da gramática, eram dadas pelo professor de Latim. Aos poucos, a disciplina foi absorvendo práticas pedagógicas e conteúdos das aulas de Retórica e Poética. Em 1855, vieram a leitura literária, a recitação e os exercícios ortográficos. Nesta década e na seguinte, era comum o uso de uma gramática, um dicionário, uma seleta para leitura (onde predominavam os autores clássicos portugueses) e uma obra de autor clássico.
 A partir de 1870, após a inclusão do Português nos Exames Preparatórios e com o aumento da carga horária, as aulas de Português passarama ensinar também redação e composição. O estudo da língua foi ampliado com a abordagem histórica de suas diversas fases, incentivando, cada vez mais, a leitura cronológica. Até o final do Império, nota-se nos programas de ensino do Pedro II, a adoção de duas gramáticas, de um dicionário e de várias seletas para leitura, cuja seleção, que ainda privilegiava os escritores "clássicos", dos séculos XVI e XVII, já incluía muitos trechos de autores mais "modernos", dos séculos XVIII e XIX.
 No final da década de 1880, percebe-se o esforço para nacionalizar e simplificar as adoções de livros de leitura nas aulas de Português. Em 1887, foi publicada a Seleção Literária de Fausto Barreto e Vicente de Souza, ambos professores do Colégio Pedro II, a qual apresentava cronologicamente prosadores e poetas portugueses e brasileiros, porém, sem dividi-los em períodos. Esta parece ter sido a primeira seleta brasileira que reunia num único volume, textos de autores dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX, dispostos cronologicamente. Sua adoção substituiu as várias seletas anteriormente prescritas nos programas de Português.
 Hoje em dia
 O casarão da Rua Larga de São Joaquim, depois Externato do Colégio Pedro II, hoje Unidade Escolar Centro, foi tombado em 1983 pelo Patrimônio Histórico sendo reconhecido como “um dado da nossa nacionalidade” e guarda significativa  parcela da memória histórica da instituição.
                        O Novo-Velho Colégio Pedro II – “instituição dotada de alma e historicidade” – se revela hoje como lugar de memória, existindo de fato e de direito na fronteira entre o passado e o presente, entre a tradição e a modernidade.
 Disciplinas de hoje em dia Ensino Fundamental e Médio:
- ARTES VISUAIS (EF)
- BIOLOGIA
- CIÊNCIAS
- CIÊNCIAS SOCIAIS
- DESENHO
- ED. MUSICAL
- ED. FÍSICA
- FILOSOFIA (EM)
- FÍSICA (EM)
- FRANCÊS (EM)
- GEOGRAFIA
- HISTÓRIA
- INGLÊS (EF)
- MATEMÁTICA
- PORTUGUÊS
- QUÍMICA
- SOCIOLOGIA (EM)
	As regras continuam rígidas, em relação a uniforme, namoros, atrasos e comportamento.
 
	2ª Ação
 Não consegui fazer uma entrevista com algum professor da atualidade, pois não pude fazer a pesquisa in loco , fiz tudo via internet, tentei manter contato com alguns professores do Pedro II, mas não obtive resposta de nenhum a tempo de entregar o trabalho. Então colocarei uma entrevista muito interessante para o conteúdo que estamos estudando, que foi feita com o Professor Paschoal Lemme concedida a Oswaldo Frota-Pessoa, Clarice Nunes e Sheila Kaplan publicada em março de 1988.
1. “ A Escola Normal era, naquele tempo, uma das grandes instituições de ensino do Rio de Janeiro?
Sim, havia três grandes instituições de ensino na capital da República: o Colégio Pedro II, o Colégio Militar e a Escola Normal. Os professores, os mais notáveis da época, eram comuns às três, alguns até da Escola de Medicina e da Escola Politécnica — as grandes instituições de ensino superior, junto com a Escola de Direito. Não havia universidade ainda. Afrânio Peixoto, por exemplo, ensinava medicina legal na Escola de Medicina e ciências naturais na Escola Normal. Entrei em 1918 e em 1922 saí formado professor, com 18 anos. Em 1924, tive a primeira nomeação como professor adjunto de terceira classe. Fui então para a zona rural, uma escolinha de Guaratiba, começar a minha vida de professor. Aí conheci a minha mulher, professora também. Fomos nomeados em abril de 1924, no fim do ano já estávamos em pleno namoro. Em 1927, nos casamos.
Na Escola Normal, havia poucos rapazes. Quando entrei, eram quase mil moças para uns cem rapazes ou menos. Já nessa época a profissão de professora primária estava sendo quase que exclusiva das mulheres. Eram raros os rapazes que se formavam na escola normal e ficavam no magistério primário. Procuravam logo uma outra carreira no ensino superior. Faziam da Escola Normal um ensino secundário básico, mas esse curso — anomalias do ensino brasileiro — não dava direito ao ingresso na universidade. A gente, então, estudava em qualquer lugar e fazia os exames chamados preparatórios ou parcelados no Pedro II, ou em outro colégio oficial. Tive, então, que fazer todos os 11 preparatórios (português, francês, inglês, latim etc), tive que fazer tudo isso de novo para poder me candidatar ao vestibular da Escola Politécnica, onde entrei em 1927.
2. Seu ingresso na Escola Politécnica deu-se então por uma espécie de pressão social?
A pressão social influía. Para os homens, pareceria uma incapacidade ficarem apenas como professores de ensino primário. Era um pensamento que começava a brotar entre os rapazes e eu fui levado nessa mesma onda. Dos meus colegas, uns foram para o Colégio Militar, outros para a Escola de Medicina, mas todos procuravam ir além, sair do ensino primário, alcançando uma profissão de nível mais alto. Na Escola Politécnica, fiz apenas três anos de curso, porque aí se deu minha ida em definitivo para a educação. Enquanto eu fazia o curso da Politécnica, o professor Teófilo me chamou para ensinar complementos de matemática na escola que ele então dirigia uma escola de tipo profissional, onde cada professor já lecionava apenas uma matéria ou duas. Mas logo em seguida fui convidado (nunca pleiteei nada) a colaborar na reforma Fernando de Azevedo, o que me desviou inteiramente da possibilidade de concluir o curso de engenharia.
3. O senhor foi chamado diretamente pelo Fernando de Azevedo?
Não, eu nem o conhecia. Fui chamado por um colega meu, diretor de escola, que era secretário dele: Antônio Vítor de Souza Carvalho. Com a reforma de ensino, a antiga Diretoria de Instrução Pública dividiu-se. Fernando de Azevedo deu uma nova organização ao ensino do Rio de Janeiro, criando duas subdiretorias. Além do diretor geral, que chefiava tudo, havia uma subdiretoria administrativa e uma subdiretoria técnica. Essa subdiretoria técnica foi chefiada pelo Jônatas Serrano, um grande professor de história do Colégio Pedro II e da Escola Normal. Ele precisava de um assessor e meu nome foi indicado. Quando, depois, o Antônio Vítor foi nomeado secretário do Instituto de Educação, vagou-se o seu cargo. O professor Álvaro Gomes, que era o oficial-de-gabinete, passou a secretário e eu passei a oficial-de-gabinete do Fernando de Azevedo, diretamente. Participei assim daquela reforma toda, ocorrida entre 1927 e 1930, no governo de Washington Luís.
Quando veio a Revolução de 1930, fomos acusados de República Velha, sofremos uma série de contestações, até inquéritos. Antes do Fernando de Azevedo, os cargos de inspetor escolar eram preenchidos exclusivamente por influência política. Eram pessoas nomeadas diretamente, sem nenhuma qualificação especial. Esses inspetores, em cada distrito escolar, tinham um grande poder, eles é que manejavam toda a máquina de ensino em cada uma das suas regiões. Era uma verdadeira opressão no comando da política do ensino. Havia muito favoritismo político. Se hoje há ainda, e é o grande mal da política brasileira, naquele tempo era mais tacanho, de nível muito baixo. Esses inspetores, então, foram tremendamente coibidos no seu autoritarismo pela reforma. Da parte deles é que vinha uma grande campanha com Fernando de Azevedo, que justamente transformou o cargo num cargo de carreira. Começaram os inquéritos e o prefeito Prado Júnior foi acusado pelo "desperdício" representado por este belo prédio que está aí até hoje, na rua Mariz e Barros, acomodando o Instituto de Educação. Segundo anedota da época, o Prado, homem riquíssimo, disse então : "Vocês vejam qual foi o prejuízo, eu compro o prédio." Além de regulamentar a política de preenchimento de cargos, a reforma Fernando de Azevedo trouxe a modernização do ensino. O Brasil estava fazendo um grande esforço de modernização e, a partir de 1922, começaram nos vários estados as grandes reformas de ensino. A mais profunda delas foi justamente na capital da República. Em 1924, foi fundadaa Associação Brasileira de Educação (ABE), uma grande entidade, que tomou a si a propaganda das idéias novas que vinham da Europa depois da guerra.
4. Que inovações a reforma Fernando de Azevedo trouxe?
As escolas, antes, eram uma rotina: ler, escrever, contar e pouco mais. A nova concepção, que chegou a ser chamada de "revolução copernicana" da educação, não foi inventada no Brasil, veio de uma corrente européia e da América do Norte. Basicamente, ao invés de o ensino ser ditado pelas idéias do professor ("o professor disse e não se discute"), passou-se a prestar atenção à psicologia da criança. Foi-se descobrindo que os indivíduos, em seu desenvolvimento biológico e psicológico, tinham interesses diferentes. As professoras eram levadas a estudar a psicologia da criança, que deixava de ser considerada um adulto em miniatura. Procurava-se então ensinar a matemática, a linguagem e os outros conhecimentos partindo daquilo que a criança podia compreender.
5. Em 1932, houve o célebre "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova". Que circunstâncias tornaram necessário esse documento?
Com a Revolução de 1930, iniciou-se a degradação dos marcos conquistados pela reforma Fernando de Azevedo, inspirada por uma filosofia democrática e progressista. Então, dois anos depois, pareceu aos nossos melhores líderes educacionais, homens de ciência e intelectuais, congregados na ABE, que era preciso divulgar um documento que marcasse, com o peso de sua autoridade, as normas fundamentais que deveriam reger a educação nacional para que ela fosse pública, leiga, obrigatória, gratuita, ativa e progressista. O "Manifesto dos Pioneiros" exerceu influência fundamental nas campanhas que precederam a redação das Constituições de 1934 e 1946.
 6. O senhor, que passou por uma escola normal conceituadíssima, como vê a formação dos professores na atualidade?
A carreira de professor primário tinha um conceito bastante elevado, especialmente à época da reforma do Instituto de Educação, na administração do Anísio Teixeira. Hoje, a carreira não tem mais o mesmo conceito. É verdade que isso decorre de vários fatores, entre eles o grande aumento da população, um fator a que muita gente não presta atenção. A crise econômica do país também influi diretamente. O tipo de moça que hoje procura o Instituto de Educação (e não vai nisso nenhum desapreço à pessoas) é de nível econômico e de meios culturais muito mais baixos, porque os salários são muito baixos. Há uma crise geral que abastardou a profissão e que se traduz concretamente nos salários. Como é que uma professora pode continuar sua formação, o seu desenvolvimento, fazer curso, se ela mal pode sobreviver do ponto de vista da própria alimentação?
7.. E como o senhor vê a crise na universidade, hoje?
Há um desejo de que nossas universidades trabalhem com o ritmo imediatistas das empresas industriais, que visam naturalmente acima de tudo, o lucro, e devem atender às exigências da concorrência entre elas. Esta é uma tremenda falácia. A função da universidade não é reproduzir robôs humanos em série, nem realizar pesquisas para acudir às necessidades da indústria. Para isso, elas próprias, as empresas, que promovam e financiem as pesquisas que julgarem necessárias. A tarefa específica da universidade é preparar pessoas competentes nas áreas de conhecimento que escolheram, com uma ampla e sólida base de formação humanista e dotada de agudo senso crítico que as leve a nada aceitar pelo critério de imposição e autoridade. Isso, evidentemente, não convém aos regimes autoritários, centralizadores, antidemocráticos e antipopulares, que preferem yes-boys para preencher os quadros de sua tecnoburocracia civil e militar, subserviente e anticriativa, ou para servir à máquina da produção industrial que deve trabalhar com o máximo de eficiência, segundo seus próprios critérios, em benefício dos "donos do poder".
A entrevista completa pode ser encontrada em http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/8_Redemocratizacao/entrevista%20paschoal%20leme.htm
Produto/Resultado
Reflexão
	O Colégio Pedro II, tem hoje 175 anos, então passou pelo Império, transição para República, e por todas as Reformas ocorridas na Educação brasileira, presenciou também a criação da Abe e Escola Nova, o Golpe Militar e a Nova República.
 Creio que se comparado o ensino do começo de sua criação e o de hoje , há diversas e significativas mudanças, para pior e para melhor. Para pior, seria no comportamento e ética dos alunos, que não têm a mesma educação moral que os mais antigos, e para melhor, por permitirem a construção da subjetividade de cada aluno.
 O Colégio Pedro II é muito respeitado por sua história e qualidade de ensino. Quem estuda ou leciona lá, tem muito orgulho de fazer parte desse universo onde muitas pessoas famosas e importantes para o Brasil passaram por lá. 
 	Uma Instituição que reflete a História do Brasil e da Educação brasileira.	 
Fontes Consultadas:
- coralx.ufsm.br
- www.histedbr.fae.unicamp.br
- pt.wikipedia.org
- www.multirio.rj.gov.br
- www.oei.es/quipu/brasil/historia.pdf
- estacio.bv3.digitalpages.com.br – Livro História da Educação no Brasil – Nelson Piletti
- www.youtube.com – História do Rio – Colégio Pedro II
- www.aopedrosegundo.com.br
- www.revistadehistoria.com.br
- sbhe.org.br
 http://www.cp2centro.net/historia/historia/historia.asp?data=2/5/2013%2008:12:23
http://www.cimm.ucr.ac.cr/ocs/index.php/xiii_ciaem/xiii_ciaem/paper/viewFile/1149/385
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/8_Redemocratizacao/entrevista%20paschoal%20leme.htm
 http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/v/alunos-do-colegio-pedro-ii-seguem-disciplina-rigida-para-estudar/2189870/

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