Apostila - Implantaçao de Sistemas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS – UNIPAC – UBERLÂNDIA 
DISCIPLINA DE INFORMÁTICA APLICADA 
Autor: Prof. Esp. Gustavo Cibim Kallajian 
 
MINI APOSTILA SOBRE 
CONCEITOS EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
Obs: O texto desta apostila foi escrito de forma simplificada com o objetivo de tornar-se 
mais didático a usuários com poucos conhecimentos técnicos. 
 
 
SITEMAS DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS 
 
 INTRODUÇÃO 
 
São softwares que atendem a uma determinada necessidade dentro das organizações. Podem ser 
produzidos em escala ou criados especialmente para atender às necessidades de uma determinada 
empresa. 
Os softwares específicos mais comuns são os de Folha de Pagamento, Contabilidade, Controle de 
Estoque, Contas à Pagar/Receber, ERP (softwares que englobam toda a rotina administrativa e produtiva 
de uma empresa) etc 
Hoje em dia, as empresas podem optar por softwares específicos acessíveis via 
CLIENTE/SERVIDOR ou via WEB. 
Nos softwares CLIENTE/SERVIDOR é necessário a instalação do programa cliente em toda 
estação que deseja utilizá-lo. Já os softwares acessíveis via WEB podem ser acessados de qualquer 
equipamento que possua um navegador (browser). Nesse caso, o acesso poderá ser realizado somente 
dentro da empresa (pela INTRANET) ou de qualquer lugar fora dela (EXTRANET) através da INTERNET. 
Quando se possui um software específico dentro de uma empresa, nos deparamos com as 
seguintes operações básicas: 
 
 
o Parametrização – Definições básicas que o sistema necessita para operar. 
o Manutenção dos Cadastros – Rotinas de Cadastro, Alteração e Exclusão de registros, 
visando fazer do Banco de Dados um espelho perfeito da realidade. 
o Operações Específicas – Rotinas particulares de cada sistema. 
o Consultas e Relatórios – Extração de informações formatadas de dentro do Banco de 
Dados 
o Acesso ao Banco de Dados / Utilização com o Office – Extração de informações de 
dentro do Banco de dados para uso com os aplicativos do pacote Office. 
 
 
 
 FASES DE UMA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
 
o Estudo dos processos atuais da empresa 
o Estudo da nova estrutura de processos, segundo o Sistema que será 
implantado 
o Definição do projeto de reestruturação funcional 
o Definição de quem será o implantador. Apresentá-lo formalmente à equipe, 
dando os poderes necessários 
o Conscientização e treinamento de toda a equipe 
o Realização da instalação física e tecnológica (rede, servidores, estações, 
softwares etc 
o Realização de Testes e Avaliação da necessidade/custos de customização 
o Elaboração do Cronograma de Início dos Módulos em Produção 
o Monitoramento 
 IMPACTOS DA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
 
 
Quando uma empresa decide trocar sua rotina manual por um sistema automatizado e informatizado, ela 
deve estar ciente dos impactos que esta ação acarretará: 
 
1) Mudança na Rotina – Com a informatização, a maioria das rotinas administrativas será fatalmente 
alterada. Novos procedimentos se tornarão necessários e muitos perderão o sentido. Com isso, o 
impacto no cotidiano dos colaboradores será inevitável. Se o cronograma e as políticas de 
implantação não forem bem elaboradas, a empresa correrá o risco de entrar rapidamente em 
entropia (desorganização). 
2) Choque de Gestão – Com a informação atualizada e de rápido acesso, a postura da empresa 
perante seus clientes, colaboradores e fornecedores começará a mudar. O combate à 
inadimplência, por exemplo, será mais eficaz, o controle de jornada dos trabalhadores será mais 
confiável, as pesquisas orçamentárias dentre os fornecedores será mais adequada e a necessidade 
da criação de uma nova postura ficará evidente. Durante essa “guerra” é praticamente impossível 
agradar a todos...A empresa inevitavelmente sofrerá um choque de gestão que, se não for bem 
alicerçado e confiável, poderá causar sérios danos! 
3) Desativação de Cargos – Evidente que, com o novo modelo de gestão, novas funções serão 
criadas e alguns “cargos” ficarão desnecessários. Este aspecto causa grande desconforto nos 
colaboradores que, muitas vezes, se colocam como obstáculos a implantação, deturpando dados e 
comprometendo a confiabilidade do processo. Para amenizar este impacto é inevitável que a 
empresa mostre os benefícios que o novo sistema trará para empresa e que a intenção não é 
demitir e sim readequar. 
4) Simultaniedade - Não há como parar a empresa para realizar a implantação de um software! A 
análise dos pontos críticos é fundamental para que se determine um cronograma de implantação 
que não inviabilize a operacionalidade da empresa. 
5) Inexperiência em Informática - Nem sempre encontramos colaboradores com conhecimentos 
suficientes em informática para operar o novo sistema. O ideal é determinar qual o grau mínimo de 
conhecimento em informática que cada função exigirá e criar treinamentos específicos. Não adianta 
querermos, pro exemplo, que um porteiro que nunca teve contato com um computador, aprenda a 
fazer planilhas em EXCEL se ele nunca precisará realizar uma operação desse tipo! 
6) Treinamento Operacional – É o momento em que se “ensina” o colaborador a trabalhar com o 
novo sistema. Na fase inicial dos treinamentos, também não adianta mostrarmos todo o 
funcionamento do sistema aos colaboradores! O ideal é fazer um paralelo entre a rotina manual 
anterior e a suas novas tarefas utilizando o sistema. 
7) Testes e Monitoramento – Antes de liberar qualquer módulo para uso em produção, uma 
exaustiva bateria de testes deve ser realizada. E, depois da liberação do uso, é importante que se 
realize o monitoramento dos ciclos de cada processo. 
 
 
 Tópicos Relacionados à Gestão de um Departamento de Tecnologia 
 
1. Estrutura de cargos de um Departamento de Informática 
a. Gerente de TI 
b. Analista de Sistemas 
c. Analista de Banco de Dados (DBA) 
d. Programador 
e. Operador de Computadores 
f. Gerente de Redes 
g. Help-Desk / Treinamento 
h. Opção: Serviço Terceirizado 
 
2. As Opções quanto ao Sistema 
a. Desenvolver aplicação proprietária 
b. Terceirizar uma Software House: 
i. Adquirindo o Direito de Uso 
ii. Locando o sistema 
iii. Solicitando o desenvolvimento sob medida e comprando o código fonte 
 
 
3. Custos e cuidados de uma terceirização 
 
Direito de uso 
 
Colocar no contrato o direito de acesso aos fontes, 
documentação completa e banco de dados no caso da software 
house fechar ou não atender mais às expectativas da empresa. 
Horas de Implantação 
 
Definir o máximo de horas do projeto, deixando a 
responsabilidade por excessos por conta da software house. 
Treinamento 
 
Defina se os treinamentos estão inclusos nas horas de 
implantação ou no contrato de manutenção para que este não se 
torne mais um item de custo em seu projeto. 
Horas de Customização 
 
Para diminuir o volume de customizações, o ideal é se fazer uma 
análise apurada do software que será implantado para verificar 
se ele realmente atende às necessidades. Com isso, é possível 
solicitar adequações antes da aquisição do mesmo, reduzindo a 
necessidade de customizações. 
Outro ponto importante, é definir em contrato quais são as 
funcionalidades que o software oferece. Se alguma customização 
for necessária, defina seu preço e escopo antes de iniciar os 
trabalhos. 
Contrato de Manutenção / Help Desk 
 
Analisar a forma em que o suporte será oferecido: por telefone, 
chat, pessoalmente, por acesso remoto etc; 
Analisar também os custos com transporte e hospedagem nas 
visitas técnicas, quando necessárias; 
Verifique se o contrato de manutenção dá direito às novas 
versões do software 
 
 
 
4. As Opções quanto à Estrutura 
a. Manter estrutura local para aplicação e banco de dados 
b. Fazer co-location dos servidores 
c. Locar Servidores de Datacenter para todos os serviços 
d.Locar todos os equipamentos 
 
5. Elementos necessários para uma implantação de sistemas bem sucedida 
a. Implantador 
i. 100% de Dedicação 
ii. Acesso e confiança da alta gerência 
iii. Conhecimento integral do processo e do software 
b. Chefes de Equipes 
i. Cada departamento (na visão do sistema) deve ser envolvido no processo