Buscar

A desigualdade de gênero

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Desigualdade de Gênero
A desigualdade de gênero atual no Brasil reflete sem dúvida todas as mazelas da história. Desde a colonização aos dias de império as mulheres viveram submissas aos homens, considerados os mantenedores e líderes da sociedade, pois era ela a cabeça pensante que garantiria o desenvolvimento. Aos dias da República iniciou-se o que poderia ser o grande marco de conquista de direitos das mulheres durante o governo de Getúlio Vargas. Esperanças que logo desvaneceram com a ditadura militar que novamente suprimiu os direitos femininos.Aos dias de glória da tão sonhada constituição cidadã de 1988 que sem dúvida é o grande marco da positivação dos direitos Brasileiros, as mulheres virão mais uma vez a oportunidade de participar e efetivamente contribuir para o desenvolvimento da pátria. O que não se imaginava é que elas se encontrariam novamente oprimidas, não mais pelas leis que proibiam o direito ao voto ou ao trabalho, a opressão agora veio por meio do não cumprimento das leis. Pois se a legislação garante que a República irá proporcionar o bem de todos sem distinção de raça, sexo e gênero se torna responsabilidade do estado fiscalizar e punir órgãos ou entidades e até mesmo empresas ou instituições que venham sob qualquer aspecto desrespeitar e
descumprir os ordenamentos jurídicos brasileiros. Se tratando da desigualdade de gênero o problema se agrava devido á cultura ainda machista a qual a sociedade brasileira está submetida e a neutralidade a qual muitas mulheres ainda se encontram, não buscando independência financeira e ainda aceitando as funções de mãe, esposa e dona de casa, sendo muitas vezes desqualificadas profissionalmente em relação ao marido ou discriminadas não só
por serem mulheres, mas também pela origem e pela cor. Tratar da desigualdade de gênero no Brasil é ainda polêmico apesar dos esforços do poder público por meio de campanhas publicitárias e de entidades feministas que veem conquistando espaço no meio social a questão da desigualdade ainda acarreta certo tabu em meio às discussões no cenário político, sociológico e jurídico. Não é de se espantar que ainda se ouça músicas extremamente ofensivas ás mulheres, porém se observa que tais produções são divulgadas em meio às comunidades brasileiras, mais pobres e com menor grau de instrução. E este ponto é extremamente importante tendo em vista que é possível reconhecer o publico feminino mais susceptível a sofrer discriminação por causa do gênero, pois a menor informação e menor grau de instrução são fatores determinantes no silêncio das mulheres e a não denúncia dos fatos antijurídicos que possam sofrer. Atos que, venham a ser praticados contra a mulher no seu local de trabalho, na comunidade da qual faz parte, nos locais públicos e privados que frequenta e na utilização de serviços e ate mesmo no acesso á cultura ao esporte e ao lazer,
podem muitas vezes, ser esquecida, pela, não consciência de vítima da mulher. Nestas condições tem-se que o acesso á informação tanto como acadêmico quanto prestação de serviço será o fator decisivo na diminuição da desigualdade de gênero no Brasil, e que desta forma a denúncia será, portanto o marco inicial para haver de fato punição e cada vez mais as mulheres se posicione na luta por seus direitos e definitivamente estabeleçam o seu lugar de profissional, de pesquisadora, de mãe, de esposa, de política, de artista, de atleta e demais
cargos á qual esteja disposta a ocupar na sociedade, fazendo valer o seu direito previsto nas normas já positivadas.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo busca discutir á questão da desigualdade de gênero no Brasil sob o aspecto da falta de informação do publico feminino que é o mais susceptível á sofrer discriminação tendo em vista o contexto histórico e cultural a qual as mulheres na sociedade brasileira estão submetidas.
Falar de desigualdade de gênero no Brasil é trazer á tona questões que muitas vezes podem causar polêmicas, pois a desigualdade irá acarretar consigo uma série de discussões sobre temas que a sociedade ainda se mostra conservadora como o aborto, o adultério, a união homo afetiva, como também o assédio sexual e o estupro. As eleições de 2014 demonstraram como a sociedade ainda se mostra apreensiva com os temas já mencionados, pois segundo reportagem doJornal da Câmara a maior parte dos
deputados eleitos é da base conservadora de partidos e como tais já veem manejando as
questões a serem discutidas e desta forma não manifestam interesse em debater tais temas.
O fato de se ter uma mulher na presidência não ameniza a situação, pois há de esse
observar que tal cargo não oferece garantia de cumprimento da lei, porem, já demonstra um avanço sob o aspecto da proporção de mulheres ocupando cargos políticos que é extremamente inferior à quantidade de homens.
A desigualdade de gênero também encontra certo apoio no que diz respeito ao IDH das regiões brasileiras, pois se percebe que quanto menor o Índice de Desenvolvimento humano se tem menor grau de instrução e menores chances de mudança no cenário ao qual estão submetidas, geralmente mulheres que sofrem discriminação hoje são filhas de mulheres que também sofreram discriminação.
A pobreza, o trabalho precoce e a gravidez precoce são condições altamente relacionadas á falta de informação e o não acesso á educação e consequentemente ao retrocesso intelectual do ser humano fazendo com que o mesmo se submeta á condições vexatórias.
É importante ressaltar que o, estado já veem, de certa forma promovendo ações para assegurar os direitos femininos e em consequência diminuir a desigualdade de gênero, temos como o exemplo a criação da lei Maria da Penha sancionada em sete de Agosto de 2006 que busca sem dúvida á solução de uma questão seriíssima que há muito precisava ser reprimida que é a agressão física á mulher como ressalta em seu artigo 2º:
“Toda mulher, independente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda,
cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais
inerentes á pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e
facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e
seu “Aperfeiçoamento moral, intelectual e social.” (lei nº 11.340, de 7 de
agosto de 2006, artigo 2º)
A aprovação da lei Maria da Penha representa um salto importante no abismo da
desigualdade de gênero, pois a repressão aos crimes contra á mulher incentivam e facilitam o respeito às mesmas, e tendem, a garantir a continuação da conquista de direitos.Não pode se aceitar cultural, hábitos e atitudes preconceituosas que coloquem a mulher em situação de inferioridade em relação ao homem, o problema é seriíssimo e vai deste as simples piadas de “mulher no trânsito”, “loira burra”, até casos mais sérios como a “empregada preta”,tais termos revelam a distorção da igualdade no Brasil, por que “mulher é tudo igual” acarreta
sentindo de inferioridade e “homem é tudo igual” acarreta sentido de superioridade? Isso revela a condição de discriminação que a mulher enfrenta.
A mulher na sociedade Brasileira é sempre colocada em situação de desconforto, há uma apreensão no momento em que se tenta debater questões femininas no meio político e social, muitas vezes as próprias mulheres se submetem as tais condições, aceitando ser objeto de
desejo e satisfação do outro, aderindo a paradigmas pré-estabelecidos por homens machistas que detinham o poder. Essas situações representam sem dúvida a pequena ponta do iceberg que é a questão da desigualdade de gênero no Brasil
2.1. OBJETIVO GERAL:
Discutir a respeito da desigualdade de gênero no Brasil sob o aspecto do acesso á
informação, e como tal, as consequências de não se investir na promoção do conhecimento e não promover políticas de desenvolvimento humano enfatizando a condição da mulher que já representa maior parcela da população brasileira, mas que ainda vive em condição de sexo frágil diante do sexo oposto.
“Mesmo as mulheres brasileiras ainda sendo maioria entre a população
analfabeta, isto só acontecepelo peso da exclusão das mulheres das gerações mais idosas. Nas gerações mais jovens, as mulheres conseguiram superar os homens no ensino fundamental e, especialmente, no ensino médio e superior.
Neste último, 60% dos formandos são do sexo feminino. Mais recentemente,
a partir de 2004, as mulheres são maioria também entre os titulados dos
cursos de doutorado no Brasil.”. (Dinis Alves, Indicadores de Desigualdade
de gênero no Brasil, 2013, p. 10).

Outros materiais